Lição 4: Êxodo 10 e 11: Gafanhotos, Trevas e a Morte dos Primogênitos

Lição 4: Êxodo 10 e 11: Gafanhotos, Trevas e a Morte dos Primogênitos

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Êxodo 10 e 11 há 29 e 10 versos; respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Êxodo 10.10-29 (5 a 7 min.).

Querido(a) professor(a), nesta lição veremos a onipotência de Deus e seu amor pelo povo escolhido. Quem pode impedir nosso Deus de cumprir seus desígnios? Se cremos e somos guiados por Ele, jamais devemos ceder a escolhas que corrompem nossa fé. Moisés sabia que os filhos e os bens que o povo possuía os havia recebido de Deus. É tempo de entendermos que o valor de tudo que temos está na misericórdia de quem a nós o concedeu. Nada nos pertence, nós é que pertencemos a Deus. Não por acaso a própria morte está sob o governo do Altíssimo e nenhum daqueles cuja vida foi entregue a Ele perecerá, mas ressuscitará em Cristo.

 

 

OBJETIVOS
• Compreender os resultados de resistir a Deus.

• Reconhecer o senhorio de Cristo sobre tudo que temos.

• Saber que até a morte está sujeita a Deus.

 

 

PARA COMEÇAR A AULA
Essa é uma aula para começar com um grande “Glória a Deus!” por seu poder e sua grande misericórdia. Cada irmão deve ser advertido a não cometer os erros de faraó, pois ele foi soberbo, insubmisso e malicioso ao tentar enganar Deus, apesar das advertências que recebeu. Sejamos felizes na obediência, pois os pensamentos de Deus para nós são de paz e não de mal (Jr 29.11). Quantos poderiam testemunhar acerca das providências de Deus em seu favor quando tudo parecia sem solução?

 

 

RESPOSTAS
1) V
2) V
3) F

 

 

LEITURA ADICIONAL
As pragas que Deus enviou sobre o Egito mostram a gravidade do pecado. (…). Faraó desejou humilhar-se, mas não foi levado em consideração por não ter sido essa uma atitude sincera. Anuncia-se a praga dos gafanhotos. Esta deveria ser muito pior do que qualquer outra desta categoria dantes conhecida. Os servos de faraó o persuadiram para que se fizesse um acordo com Moisés. Neste momento, faraó quer permitir que apenas os homens partam, imaginando falsamente que isto era tudo o que desejavam. Jura que as crianças e as mulheres não os acompanhariam.
Satanás faz todo o possível para impedir que aqueles que servem a Deus levem os seus filhos juntamente com eles. É o inimigo jurado da piedade precoce. Temos razão para suspeitar que Satanás está envolvido com tudo o que nos impeça de comprometer os nossos filhos no serviço de Deus. Tampouco os jovens devem se esquecer de que o conselho do Senhor é: “Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade”; porém, o conselho de Satanás é que as crianças sejam mantidas como escravas do pecado e do mundo. Observe que o grande inimigo do homem deseja retê-lo por meio dos laços afetivos, como faraó desejava tornar reféns parte dos israelitas para garantir o seu retorno, retendo em cativeiro as esposas e os filhos. Satanás está disposto a dividir o nosso dever e o nosso serviço com o salvador, porque Jesus jamais aceitará as condições dele.
Deus faz com que Moisés estenda a sua mão; os gafanhotos obedecem ao seu chamado. Teria sido mais fácil resistir a um exército do que a esta hoste de insetos. Então, quem é capaz de fazer frente ao Todo-poderoso?
Livro: Comentário bíblico de Mathew Henry (Editora CPAD, 2004).

 

Estudada em 24 de julho de 2022

 

Leitura Bíblica Para Estudo Êxodo 10.10-29

 

Texto Áureo
“Não viram uns aos outros, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; porém todos os filhos de Israel tinham luz nas suas habitações.” Êx 10.23

 

Verdade Prática
Deus é o Senhor sobre a luz e sobre as trevas, sobre a vida e sobre a morte.

 

Lição 4: Êxodo 10 e 11: Gafanhotos, Trevas e a Morte dos Primogênitos

 

INTRODUÇÃO

 

I. A PRAGA DOS GAFANHOTOS Êx 10.1-11
1. Até quando Faraó? Êx 10.3
2. Plantações devastadas Êx 10.5
3. Deixem as crianças Êx 10.10

 

II. A PRAGA DAS TREVAS Êx 10.21-29
1. Trevas palpáveis Êx 10.21
2. Deixem os rebanhos Êx 10.24
3. Faraó ameaça Moisés Êx 10.28

 

III. A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS Êx 11.1-10
1. A morte visita o Egito Êx 11.5
2. Grande clamor Êx 11.6
3. O Senhor guarda Israel Êx 11.7

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 96 – 372

 

INTRODUÇÃO
Veremos as últimas pragas sobre o Egito. A praga dos gafanhotos, a praga das trevas e, finalmente, a morte dos primogênitos quebram as últimas resistências de Faraó e Deus garante a Moisés: “ele vai expulsar vocês.”

I. A PRAGA DOS GAFANHOTOS (Êx 10.1 -11)
Calcula-se entre 10 meses e um ano o período das pragas sobre o Egito.

1. Até quando Faraó? (Êx 10.3)
“Até quando recusarás humilhar-te perante mim? Deixa ir o meu povo, para que me sirva.”
Moisés e Arão se dirigem a Faraó com uma dura palavra divina: “Até quando recusarás humilhar-te diante de mim?”
No início de tudo Faraó havia zombado: “Quem é o Senhor para que eu ouça a sua voz?” (5.1). Agora ele já sabia, mas recusava humilhar-se. Deus deixa claro que estava nas mãos de Faraó colocar um fim no ciclo de destruição. Bastava humilhar-se. Mas isso não é algo simples ao ego humano, especialmente inflado pelo poder. Poucas autoridades, para não falar do restante de nós, tem um bom histórico em se humilhar.

As escrituras mostram repetidamente que Deus é extremamente sensível às reações humana. Ele é um Deus “de coração mole”.
Por isso se autoqualifica “Deus de misericórdia.” (Is 55.6). O aparecimento e desaparecimento súbito de tantas pragas, numa escala tão vasta, pela Palavra de Deus na boca de Moisés, foi elemento persuasivo do povo (“não sabes que o Egito está destruído?” – Êx 10.7), e eles pressionam Faraó a reconhecer que sua teimosia e obstinação estavam levando o Egito à destruição.

 

2. Plantações devastadas (Êx 10.5)
“Eles cobrirão de tal maneira a face da terra, que dela nada aparecerá; eles comerão o restante que escapou, o que vos resta da chuva de pedras, e comerão toda árvore que vos cresce no campo.”
Não sobrou muita coisa depois da praga do granizo, mas o pouco que sobrara seria comido pelos gafanhotos. Vieram numa multidão tão grande que cobriram a face da terra consumindo tudo. Poucas pragas são tão temidas pelos agricultores como a de gafanhotos. O apetite voraz e sua multidão incontrolável costumam devorar tudo de verde que encontram numa rapidez impressionante. Comentaristas dizem que, em proporções assim, eles podem formar camadas de até 10 centímetros de altura. Joel, o profeta, os compara a um exército invasor, tão grande seu poder destrutivo.
“Como zombei dos egípcios” (Êx 10.2). O antagonismo e obstinação de faraó serviu simplesmente para uma manifestação ainda maior da glória de Deus e Seu poder. Assim como as rãs e as moscas, os gafanhotos também entrariam nas casas dos egípcios (10.6). Mesmo assim, o pior estava por vir.

 

3. Deixem as crianças (Êx 10.10)
“Replicou-lhes Faraó: Seja o Senhor convosco, caso eu vos deixe ir e as crianças. Vede, pois tendes conosco más intenções.”
Faraó hesitava diante da grande massa de trabalho escravo que a saída dos hebreus representaria. Pressionado, tenta negociar uma solução e propõe sugestões malignas a Moisés. Faraó sugere a Moisés ir sem levar as crianças. Essa foi a terceira proposta de Faraó. Já vimos as duas primeiras na lição 3. O estratagema de Faraó, sem dúvidas era que, deixando os filhos para trás, os hebreus teriam que regressar. Em essência, Moisés responde a Faraó: “Todos devem ir, ou ninguém irá!”. Na vida cristã é necessário que nos posicionemos de modo claro, ainda que com mansidão. Não há negociação com as trevas. Ceder é ser derrotado. “Levem os adultos e deixem a crianças” é uma velha tática de Satanás na batalha espiritual dos nossos dias também. Não deve haver negociação com Faraó.

 

 

II. A PRAGA DAS TREVAS (Êx 10.21-29)
A nona praga, assim como a terceira e a sexta, veio de repente, sem advertências ou reuniões. Três dias de trevas como se fosse meia noite. Mais uma vez Faraó cede e mais uma vez volta atrás.

1. Trevas palpáveis (Êx 10.21)
“Então, disse o Senhor a Moisés: Estende a mão para o céu, e virão trevas sobre a terra do Egito, trevas que se possam apalpar.”
Como aconteceu na praga um, dois, três, sete e oito, essa também ocorreu mediante a vara de poder, que em si mesmo nenhum poder tinha. Nas mãos de Moisés, era apenas um cajado para apascentar ovelhas; nas mãos de Deus, era um instrumento para subjugar reis e a natureza. Tudo depende das mãos que o utilizam. Essa praga desafia diretamente Amom-Rá, o deus supremo dos egípcios, protetor dos faraós e deus do sol.
Muitos estudiosos concordam que as trevas foram provavelmente causadas pelo Khamsin, a violenta tempestade de areia extremamente temida no oriente. O calor, a poeira e a eletricidade estática tornam as condições físicas quase insuportáveis. Pior ainda é o efeito causado na mente e no espírito devido a opressiva escuridão. O escuro era tão temido no Egito que havia uma divindade só para protegê-los disso. Mas ela nada pode fazer. As densas trevas impediam os homens de se verem. Toda a atividade comercial e industrial cessou. Em Gósen, todavia, havia luz para os israelitas. O
povo do mundo anda em trevas espirituais, mas o povo de Deus anda na luz (1Jo 1.5-10).

 

2. Deixem os rebanhos (Êx 10.24)
“Então, Faraó chamou a Moisés e lhe disse: Ide, servi ao Senhor. Fiquem somente os vossos rebanhos e o vosso gado; as vossas crianças irão também convosco.”
Alquebrado, Faraó convocou novamente Moisés e Arão e faz uma nova oferta. Os hebreus poderiam ir, mas não poderiam levar consigo seus rebanhos. Certamente o plano de Faraó era confiscar os animais de Israel para repor o que haviam perdido. Essa era a quarta proposta de Faraó: deixar as riquezas no Egito. Foi prontamente recusada. A riqueza dos hebreus tinha a sua fonte em Deus e não seria entregue a Faraó. Lamentavelmente há pessoas que não conseguem servir a Deus por causa do dinheiro. Foram cooptadas pelos termos de Faraó. Tudo o que temos é de Jesus e deve estar à sua disposição, caso contrário não estaremos aptos a andar com ele. Jesus assumiu uma posição muito radical em relação ao dinheiro (Mt 19.24; Mc 10.21).
Moisés não teve dúvidas em discordar de Faraó: “Nem uma unha ficará no Egito” (10.26). Havia, claro, necessidades materiais (alimentação) para nada ficar no Egito, mas Moisés prioriza as espirituais – sacrifícios e holocaustos (Êx 10.25). Há um ensino aqui: Quando um servo ou uma serva de Deus devolve o dízimo, oferta no reino ou abençoa gente necessitada está dizendo que sua renda pertence ao Senhor e não a Faraó.

 

3. Faraó ameaça Moisés (Êx 10.28)
“Disse, pois, Faraó a Moisés: Retira-te de mime guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque, no dia em que vires o meu rosto, morrerás.”
Nesse texto Faraó faz, explicitamente, uma ameaça a Moisés. Ele realmente se considerava divino: “No dia em que vires o meu rosto, morrerás”. Em Êxodo o verdadeiro Deus diz a Moisés que ele não podia ver a sua face, senão morreria (Êx 33.20). Faraó acha que de fato é um deus.
Certamente, se pudesse Faraó já teria matado a Moisés. Muitos que importunaram e desafiaram reis e poderosos morreram por menos que isso. Talvez a explicação esteja no início do capítulo seguinte quando é dito que Moisés era uma figura muito respeitada e famosa na terra do Egito não somente pelo povo, mas também pelos oficiais de Faraó. Mas acima de tudo é evidente que estava sob a proteção do Altíssimo e Moisés sabia disso, tanto que o expressa no Salmo 91, a ele atribuído: “Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido” (Sl 91.7).

 

III. A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS (Êx 11.1-10)
Após nove dolorosas pragas, os egípcios estão prestes a receber um último duro e fatal golpe. A praga aqui anunciada e concretizada com detalhes no capítulo 12, que estudaremos na próxima lição, consiste em Deus “passar por todo o Egito” (11.4) e matar todos os primogênitos, tanto de humanos quanto de animais.

1. A morte visita o Egito (Êx 11.5)
“E todo primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta no seu trono, até ao primogênito da serva que está junto à mó, e todo primogênito dos animais.”
A morte é um terrível inimigo de todos nós. Em Jó, ela é chamada de “rei dos terrores” (Jó 18.14). Mas é bom que se diga que a morte não é algo que existe desde sempre. Não! Ela passa a existir após a entrada do pecado na raça humana. É um evento tão comum em nosso meio que esquecemos que ela não estava lá no princípio, quando Deus criou o homem.
A morte visitaria o Egito em escala nacional, ceifando o primogênito de homens e animais, incluindo o herdeiro de Faraó. A expressão “primogênito da serva que está junto à mó”, segundo estudiosos, refere-se ao menor dos empregos no Egito, de ajudante no serviço de moagem. Não escaparia ninguém. Do mais exaltado socialmente ao mais humilde, todos seriam atingidos.
Arqueólogos e historiadores têm observado que os egípcios eram especialmente obcecados pela vida após a morte. Provavelmente nenhuma civilização gastou tanto dinheiro, proporcionalmente, para construir túmulos e mausoléus como os egípcios. As pirâmides provam isso. Essa praga será, de novo, um grande golpe em Osíris, o deus dos mortos.

 

2. Grande clamor (Êx 11.6)
“Haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve, nem haverá jamais.”
Deus anuncia que seria o derradeiro golpe (“Ainda mais uma praga.” – Êx 11.1). Do começo ao fim tudo seria obra de Deus. Israel já poderia iniciar os preparativos para sua partida. É difícil descrever o impacto da morte dos primogênitos no Egito. Foi uma calamidade em escala nacional e seu impacto geraria um clamor jamais ouvido antes ou depois desta tragédia. Quem conhece um pouco a cultura oriental sabe como são estridentes os gritos dos enlutados. Todos sabemos que países às vezes passam por lutos nacionais quando morre alguém importante ou ocorre uma catástrofe de grande magnitude ou algo assim. Foi o que ocorreu. A nação inteira do Egito se abateria e haveria um choro nacional.
A consternação seria tão profunda que para se livrarem dos hebreus os egípcios lhes dariam de bom grado o que pedissem. O povo de Israel antes odiado e rejeitado, agora, pelo mover de Deus, encontraria graça aos olhos daqueles que os desprezaram e oprimiram. Deus é o Justo Juiz.

 

3. O Senhor guarda Israel (Êx 11.7)
“Porém contra nenhum dos filhos de Israel, desde os homens até aos animais, nem ainda um cão rosnará, para que saibais que o Senhor fez distinção entre os egípcios e os israelitas.”
Deus é poderoso para proteger o seu povo do mais terrível inimigo. A morte não é soberana. Deus é o Senhor sobre a vida e a morte. Esse episódio deixa isso claro mesmo para os incrédulos. O Deus dos hebreus, e não Osíris, é o verdadeiro Senhor sobre a vida e a morte. “Nem um cão rosnará”. O povo de Deus estará protegido.
Quem pertence a Cristo pode descansar em paz pois Ele é soberano sobre a morte e demonstrou isso durante seu ministério. Nunca, em nenhum instante, durante o ministério de Jesus alguém morreu em sua presença e em todos os velórios em que foi o morto se levantou. Por fim, ele mesmo ressuscitou corporalmente e um dia voltará triunfante e gloriosamente e a morte será definitivamente vencida. Nele a morte não é mais assustadora, nem hoje e nem nunca. Na morte de Cristo a morte foi ferida de morte. Podemos celebrar e dormir tranquilos.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Se você está debaixo das promessas do pacto no sangue de Cristo, descanse, pois o nosso Salvador é Senhor da vida e da morte.

 

RESPONDA

Responda V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas.

1) A proposta de Faraó para que as crianças ficassem no Egito é uma velha tática de Satanás na batalha espiritual usada também em nossos dias.

2) A última proposta de Faraó para que os hebreus deixassem suas riquezas no Egito recebeu de Moisés uma resposta radical: “Nem uma unha ficará no Egito”.

 3) A morte dos primogênitos no Egito não poupou ninguém nem mesmo os filhos de Israel

 

 
REF. PRAGA O QUE ACONTECE RESULTADO
7.14-24 Sangue Peixes morrem, o rio cheira mal e as pessoas ficam sem água. Os mágicos de Faraó realizam o mesmo milagre através das “ciências ocultas”, e Faraó fica endurecido.
8.1-15 Rãs Rãs saem das águas e cobrem a terra por completo. Novamente os mágicos de Faraó imitam o milagre através da feitiçaria, e Faraó fica endurecido.
8.16-19 Piolhos Todo o pó da terra do Egito transforma-se em piolhos. Desta vez os mágicos não conseguem imitar o milagre e dizem ser isto o “dedo de Deus”. Mas o coração de Faraó permanece endurecido.
8.20-32 Moscas Enxames de moscas cobrem a terra. Faraó promete libertar os hebreus, mas seu coração torna a endurecer-se. E ele volta atrás com sua palavra.
9.1-7 Peste nos Animais Morre todo o gado egípcio, porém nenhum animal dos israelitas fica sequer doente. Faraó ainda se recusa a deixar o povo ir.
9.8-12 Úlceras Úlceras terríveis afligem todos no Egito Os mágicos não podem agir, pois também estão com ulceras — Faraó se recusa a ouvir.
9.13-35 Saraiva Chuva de pedras mata todos os escravos e animais não protegidos e quase destrói todas as plantas. Faraó admite seu pecado, mas muda de ideia e recusa-se a libertar Israel.
10.1-20 Gafanhotos Gafanhotos cobrem o Egito e comem tudo o que sobrou após a chuva de granizo. Todos aconselham Faraó a permitir que os hebreus deixem o Egito. Mas Deus endurece o coração dele, e ele não os libera.
10.21-29 Trevas Completa escuridão cobre o Egito durante três dias, de forma que ninguém consegue mover-se, exceto os hebreus, que tinham luz normal. Faraó novamente promete deixar que os hebreus partam, mas muda de ideia mais uma vez.
11.1-12.33 Morte dos Primogênitos Os primogênitos do povo e gado egípcios morrem: Israel é poupado. Faraó e os egípcios obrigam o povo israelita a partir rapidamente. Após saírem, Faraó outra vez muda de ideia e os persegue.

 

COMENTÁRIOS:

10.2 Deus disse a Moisés que as experiências miraculosas com Faraó deveriam ser relatadas aos seus descendentes. E que histórias havia para contar! Ao viver um dos maiores dramas da narrativa bíblica, Moisés testemunhou acontecimentos que poucas pessoas alguma vez veriam. É importante contar aos filhos o que Deus fez no passado e ajudá-los a ver o que tem feito agora. Em que áreas de sua vida Deus interveio? O que Ele está realizando neste momento? Suas histórias servirão como base para a fé de seus filhos.

10.22 – À medida que cada peste sombria descia sobre a terra, o povo egípcio percebia a inabilidade de seus deuses para impedi-las. Ápis, o deus do rio Nilo, não conseguiu impedir que as águas se tornassem sangue (7.20). Hátor, a astuciosa vaca-deusa, de nada serviu quando o gado egípcio morreu (9.6). Amon-Ré, o deus sol e chefe dos deuses egípcios, não pôde impedir que a escuridão cobrisse a terra por três dias (10.21.22). Os deuses egípcios eram (1) impessoais, centrando-se em imagens como o sol ou o rio: (2) numerosos; e (3) não exclusivos. Em contraste, o Deus dos hebreus era (1) um Ser pessoal vivo; (2) o único Deus verdadeiro: e (3) o único Deus que devia ser adorado. Deus estava provando tanto para os hebreus quanto para os egípcios que somente Ele é o Deus vivo e Todo-poderoso.

10.27.28 – Por que Faraó tanto relutou em deixar o povo ir? Os hebreus eram a mão-de-obra gratuita do Egito — os construtores de suas grandes cidades. Como líder egípcio. Faraó não permitiria tão facilmente a saída desta grande equipe.

11.7 Moisés declarou a Faraó que Deus havia íc.to uma distinção entre os egípcios e os hebreus. Nesse momento, a divisão estava bem clara na mente de Deus: Ele sabia que Israel era o seu povo escolhido, o que começava a ficar claro também para Moisés. Já os hebreus. no entanto, distinguiam apenas entre escravidão e liberdade. Mais tarde, no deserto, Deus lhes ensinaria as leis, os princípios e valores que os faria sobressair como povo seu. Lembre-se que Deus olha para o que nos tornaremos, e não para o que somos agora.

11.9,10 Você pode perguntar-se como Faraó pôde ser tolo a ponto de ver o poder de Deus e ainda assim não escutar Moisés. Mas Faraó já possuía sua opinião antes de surgirem as pragas. Ele não acreditava que houvesse alguém maior do que ele e sua teimosia e incredulidade lhe endureceram tanto o coração que uma terrível catástrofe não pôde atenuar o seu orgulho. Por fim, aconteceu a maior de todas as calamidades, a perda de seu filho, para forçá-lo a reconhecer a autoridade de Deus. Mesmo neste caso, Faraó desejou que Deus saísse rio Egito e não governasse o seu país. Precisamos abrir o coração e a mente para Deus agora antes que grandes calamidades nos conduzam a Ele.

11.10 – Deus realmente endureceu o coração de Faraó e o forçou a errar? Antes das pragas, Moisés e Arão anunciaram o que Deus faria caso Faraó não libertasse os hebreus. Mas esta mensagem apenas aumentou a teimosia de Faraó ele estava endurecendo o próprio coração. Agindo desse modo, Faraó desafiou tanto a Deus quanto seus mensageiros. Durante as seis primeiras pragas, seu coração ficou ainda mais obstinado e, após a sexta pestilência, Deus pronunciou o veredicto. Cedo ou tarde. as pessoas más serão castigadas por seus pecados. Quando ficou evidente que Faraó não mudaria, Deus confirmou sua decisão e estabeleceu as dolorosas consequências para aquela atitude. Não. Deus não forçou Faraó a rejeitá-lo. Ao contrário, ofereceu várias oportunidades para que ele mudasse de ideia. Em Ezequiel 33.11. Deus diz: “não lenho prazer na morte do ímpio”.