Lição 4 – Hebreus 6: Prosseguindo para a Maturidade Cristã

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Hebreus 6 há 20 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Hebreus 6.1- 20 (5 a 7 min.).

O capítulo 6 de Hebreus nos traz assuntos aparentemente diferentes, mas que estão direta ou indiretamente interligados.
Nos versículos de 1 a 3 o escritor convida a sair da religiosidade iniciando uma caminhada rumo à perfeição. Os versículos 4 a 8 abordam o perigo da apostasia e dos versículos 9 a 20 discorre sobre a segurança inabalável em Cristo.
Existem posições teológicas divergentes em relação aos versículos 4 a 8. Sugerimos a leitura de comentaristas diferentes apenas para conhecimento, mas não devemos entrar em polêmicas desnecessárias.

 

OBJETIVOS
• Exortar o Cristão a sair da superficialidade.
• Alertar a Igreja quanto à apostasia.
• Recomendar acerca da diligência.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Perguntar mais uma vez quantos já leram a Bíblia toda, ou quantos livros cada aluno já leu. Apenas para uma breve descontração e troca de ideias. Em seguida, inquira sobre o que entendem por maturidade cristã e o que devemos fazer para alcançá-la.
Explique que, após aceitarmos a Cristo como salvador, temos uma longa caminhada até a perfeição, durante a qual devemos nos manter firmes contra os perigos da apostasia, para, então, herdarmos a promessa de vida eterna. São esses temas que aprofundaremos no estudo do capítulo 6 de Hebreus.

 

RESPOSTAS
1) Apóstatas.
2) Os diligentes.
3) Além do Véu.

 

Lição 4 – Hebreus 6: Prosseguindo para a Maturidade Cristã

 

LEITURA ADICIONAL
O autor aos Hebreus diz que não podemos alcançar essa perfeição ou maturidade espiritual sendo tardios para ouvir ou demonstrando um crescimento retardado. Há muita coisa a ser feita, e para isso são necessários empenho, esforço e dedicação. Para alcançar a perfeição, precisamos nos render ao propósito divino. O autor usa a expressão deixemo-nos levar (6.1), que está na voz passiva, significando que, embora haja a necessidade de nossa consciência e nossa participação nesse processo rumo à perfeição, é o próprio Deus que opera em nós e nos capacita. Outra questão vital é: o que é necessário para alcançarmos a perfeição? O que precisa ser feito? Em resposta a essa pergunta, a primeira coisa a ser feita é colocar de lado os princípios elementares da doutrina de Cristo (6.1). (…) Os destinatários dessa carta eram crentes judeus e consideravam o Antigo Testamento como o oráculo de Deus, a base de sua verdadeira religião. Tal base já fora lançada, esses oráculos apontavam para Cristo e já se haviam cumprido em Cristo, razão pela qual o crente deveria colocar isso de lado e prosseguir, não retrocedendo mais às cerimônias e aos ritos judaicos.
Os crentes deveriam buscar somente Cristo, em vez de se deterem nesses princípios elementares. Concordo com Walter Henrichsen quando ele diz que todo edifício precisa de alicerce, mas somente de um. Lance-o uma vez e lance-o bem. Havendo lançado o fundamento, não tente relançá-lo periodicamente. Vá em frente com a construção da estrutura. O fundamento de sua vida cristã suportará, pois está edificado sobre a promessa de Deus, e não sobre sua experiência pessoal.
Livro: Hebreus, A Superioridade de Cristo (Hemandes Dias Lopes. São Paulo, Hagnos, 2018, pg 79).

 

Estudada em 24 de abril de 2022

 

Leitura Bíblica Para Estudo: Hebreus 6.1 -20

 

HEBREUS 6: PROSSEGUINDO PARA A MATURIDADE CRISTÃ

 

Verdade Prática
O verdadeiro Cristão deve crescer na graça e no conhecimento.

 

Texto Áureo
“Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus.” Hb 6.1

 

INTRODUÇÃO

 

I. MATURIDADE CRISTÃ Hb 6.1-3
1. Deixando a superficialidade Hb 6.1a
2. Base do arrependimento, obras e fé Hb 6.1b
3. Caminhos para a maturidade Hb 6.2

 

II. OS PERIGOS DA APOSTASIA Hb 6.4-8
1. O que é apostasia? Hb 6.4,5
2. A diferença entre queda e apostasia Hb 6.6
3. Dois tipos de crentes Hb 6.7,8

 

III. DILIGÊNCIA CRISTÃ Hb 6.9-19
1. Deus não esquece Hb 6.10
2. Herdeiros das promessas Hb 6.12
3. Ancorados em Cristo Hb 6.19

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO
Devemos lembrar que o capítulo 5 de Hebreus termina com uma exortação em função da negligência para ouvir. Aqueles que deviam ser mestres, ainda não haviam crescido espiritualmente.
Nesse contexto, o escritor inicia o capítulo 6, convidando-os a sair da mesmice, da superficialidade, dos rudimentos, e prosseguirem para uma vida cristã de maturidade.

 

I. MATURIDADE CRISTÃ (Hb 6.1-3)

1. Deixando a superficialidade (Hb 6.1a)
“Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito…
Os Hebreus estavam acostumados com o trivial. Qualquer semelhança com a geração pós-moderna- na, não será mera coincidência. A Igreja brasileira sofreu um grande desgaste nas últimas décadas com uma onda de pregadores com mensagens triunfalistas sem aprofundamento bíblico. Como consequência, nasceu uma geração cheia de “evangeliquês” e pobre em Doutrina Bíblica. O escritor de Hebreus exorta a sair dessa ilusão para a profundidade da Fé cristã.

 

2. Base do arrependimento, obras e fé (Hb 6.1b)
“…não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus,”
Nesta passagem, o autor de Hebreus está esclarecendo a diferença entre as doutrinas básicas (que ele chama de base) e as verdades mais profundas da Escritura (que os crentes devem estudar para progredirem na vida espiritual). Ele conclui que, por já serem cristãos há tempo, os crentes já lançaram a base, e têm o conhecimento básico sobre:
a) “A base do arrependimento de obras mortas”. Primeiro componente da base espiritual cristã (At 2.38; 3.19), o arrependimento envolve mente e pensamentos em uma completa reviravolta. Não há mais interesse em atividades que conduzem à sua destruição, evitando-se os efeitos do pecado que traz morte (Rm 5.12,21;6.23; 7.11).
b) “E da fé em Deus”. Lançar uma base de fé em Deus foi uma ação positiva que os crentes fizeram quando aceitaram a Cristo em fé. Eles se deslocaram de suas “obras que conduziam à morte” para a vida em Cristo pela fé, importante tema tratado no capítulo 11 de Hebreus. Para o escritor, a fé constitui uma confiança completa. Todos que põem sua fé no Evangelho entram no descanso de Deus (4.2,3). Não precisam voltar atrás.

 

3. Caminhos para a maturidade (Hb 6.2)
“E da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.”
Seus leitores querem alcançar a maturidade, e o autor, prudentemente, reconhece que também está junto a eles na luta pela maturidade, esperando que o efeito dessas observações sobre seus hábitos espirituais seja positivo.
Depois do arrependimento e fé, o autor cita as seguintes bases:
a) “Ensino de batismos.” A primeira fase na instrução do crente é o ensino a respeito de batismos. A expressão no plural provavelmente expressa um contraste entre o batismo cristão e todos os outros conhecidos dos leitores. O evangelho e Atos mencionam o batismo em águas e também o batismo com o Espírito Santo (Mt 3.11, At 1.5; 11.16). As epístolas acrescentam o batismo no corpo de Cristo.
b) “E da imposição de mãos.” É recomendada por Jesus para a cura de enfermos e para abençoar pessoas (Mc 16.16; Mt 19.13,15). Em Atos, resulta também no transbordar do Espírito Santo. Outras passagens a mencionam quando da ordenação ao serviço ministerial (At 6.6; 13.3; 1Tm 4.14; 2Tm 1.6).
c) “Da ressurreição dos mortos.” já no tempo do Antigo Testamento, a doutrina da ressurreição era conhecida (Sl 16.10; Is 26.19; Ez 37.10; Dn 12.2). Nos dias de Jesus e dos apóstolos, o público em geral sabia a respeito desse ensino (Jo 11.24), porém a seita judaica dos saduceus discordavam dessa doutrina (At 23.6,7).
Jesus ensinou a doutrina da ressurreição ao reivindicá-la para si mesmo: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11.25); os apóstolos fizeram desse ensino a base da sua pregação (At 1.22; 2.32; 4.10; 5.30; 10.40; 13.37; 17.31,32; 26.23).
d) “E do juízo eterno.” Logicamente relacionada a da ressurreição, implicando na ressurreição do justo e no julgamento do ímpio. Cristo retornará para julgar vivos e mortos (1Pe 4.5; 2Tm 4.1).

 

II. OS PERIGOS DA APOSTASIA (Hb 6.4-8)

1. O que é apostasia? (Hb 6.4,5)

“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro,”
O perigo da apostasia é tão real hoje como o era quando esta carta foi escrita. Devemos atentar às advertências dessa passagem. Dizer que um crente salvo não pode cair da graça, independente de como viva, vai na contramão da exigência bíblica quanto à vigilância e à santificação.
Apostasia é o abandono e negação deliberada e permanente da fé. Ela não acontece de repente. Antes, é parte de um declínio gradual, que passa pela descrença e desobediência, levando ao endurecimento do coração, impossibilitando arrependimento. O autor usou o exemplo dos israelitas para demonstrar este processo (3.18; 4.6,11).
Ao longo de toda a epístola, o escritor admoesta seus leitores a aceitarem a Palavra de Deus em fé e a não caírem no pecado da descrença que resulta em juízo eterno (2.1- 3; 3.12-14; 4.1,6,11; 10.25,27,31; 12.16,17,25,29). Muitos israelitas pereceram no deserto por causa de sua descrença. Essa verdade aplica-se também ao hebreus cristãos.

 

2. A diferença entre queda e apostasia (Hb 6.6)
“E caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.”
A palavra “caíram [para o lado]”, refere-se àqueles que deixaram o caminho, apostataram – que significa negar ou abandonar a fé de forma definitiva e deliberada. Eles foram iluminados, provaram o dom celestial, fizeram-se participantes do Espírito Santo, provaram da Palavra de Deus, mas retrocederam. Temendo perseguições, alguns estavam voltando para o judaísmo e negando a fé em Cristo. Esses apóstatas desprezaram os dons de Deus (6.4,5), rejeitaram o Seu Filho (6.6) e desistiram das Suas bênçãos (6.7,8).
É preciso diferenciar queda da apostasia. A Bíblia diz que o justo cai sete vezes e se levanta (Pv 24.16). Também deixa claro que aquele que confessa e deixa o pecado, alcança misericórdia (Pv
28.13). A queda é uma fraqueza momentânea e sanável, quando há, no coração do que caiu, consciência do seu erro e inclinação ao arrependimento.
Muitos personagens da Bíblia caíram e se levantaram. Davi cometeu adultério enviando o marido de Bate-Seba para a morte e tomando-a para si. Advertido de seu pecado pelo profeta Natã, arrependeu-se e implorou o perdão e a misericórdia divinos (2Sm 12.1-13; Sl 51). Seu nome é mencionado em Hebreus 11.32 como exemplo de fé. A igreja em Éfeso, após abandonar a prática de suas primeiras obras, foi advertida por Jesus a lembrar de onde caiu e se arrepender (Ap 2.4,5).
A apostasia, porém, é um ato de rebeldia, um abandono deliberado e consciente da fé, um caminho sem volta, justamente porque não há admissão do erro e nem intenção de arrependimento por parte daquele que apostatou.
A apostasia também pressupõe um deslocamento da fé da pessoa, que passa a descrer das verdades da fé cristã para colocar sua fé em ensinos enganadores e até demoníacos (1Tm 4.1).
Um exemplo de apóstatas na Bíblia são Himeneu e Fileto, que se desviaram da verdade, pregando uma falsa doutrina e pervertendo a fé de outros (2Tm 2.17,18).’
Dizer que alguém que se afastou da fé nunca foi um crente verdadeiro é um grande equívoco. Crentes autênticos e professos estavam de malas prontas para voltar ao judaísmo. O perigo da apostasia era (e continua sendo) evidente.

 

3. Dois tipos de crentes (Hb 6.7,8)

“Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada.”
De forma alegórica, podemos ver aqui dois tipos de pessoas: os do versículo 7 e os do versículo 8. A) TERRA BOA: O que recebe a chuva, a Palavra, os ensinos, a Doutrina e produz uma colheita proveitosa e por conta disso recebe a bênção de Deus. B) TERRA RUIM: O que recebe as mesmas coisas, mas produz espinhos e abrolhos e, como consequência, é reprovado. É só ver os exemplos de Judas, que se desviou e nunca mais retornou, e Pedro, que caiu em pecado, mas logo se arrependeu. Que Deus nos ajude a sermos terra boa para produzirmos boa colheita e desfrutarmos das bênçãos do Senhor.
O autor de Hebreus ensina que a apostasia resulta do endurecimento do coração e de uma incapacidade de arrepender-se. “é impossível outra vez renová-los para arrependimento”(Hb 6.6; 10.26).
Por outro lado, o escritor diz palavras encorajadoras aos destinatários de sua epístola: “Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à salvação, ainda que falamos desta maneira” (Hb 6.9).

 

III. DILIGÊNCIA CRISTÃ (Hb 6.9-19)

1. Deus não esquece (Hb 6.10)

“Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos.”
Pode ser que o homem esqueça, que o pastor esqueça, que o amigo esqueça, mas Deus é fiel para cumprir suas promessas e Ele nunca fica devendo nada a ninguém. Jesus usou o barco de Pedro e restituiu o favor com uma grande pescaria. Ele não esqueceu José na prisão, Ele não esqueceu Israel no Egito, Ele não esqueceu Daniel na cova. “E lembrou- se Deus de Raquel; e Deus a ouviu, e abriu a sua madre.” (Gn 30.22). Ele não esqueceu de Sara, não esqueceu de Rebeca, não esqueceu de Ana, não esqueceu de Mefibosete. Ele não esqueceu das igrejas fiéis: Esmirna e Filadélfia. Ele é fiel!

 

2. Herdeiros das promessas (Hb 6.12)
“Para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.”
Os herdeiros das promessas são privilegiados. O exemplo usado aqui é de Abraão, o pai da fé. E nesse caso: a) Deus, não tendo ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo, se interpôs com juramento; b) Mostrou sua imutabilidade; c) É impossível que Deus minta aos herdeiros. Ora, podemos entender aqui que os herdeiros da promessa devem ter paciência, pois o Deus de Abraão não mudou e fará o que for preciso para cumprir a Sua Palavra. Fiel é o que prometeu. Sua promessa e juramento são imutáveis. Ele não é homem para que minta (Hb 6.17,18).

 

3. Ancorados em Cristo (Hb 6.19]

“A qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu.”
A pequena âncora segura um navio gigantesco. Aqui se fala da “âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu” onde Cristo entrou como precursor. Num contexto de falta de maturidade, o escritor está afirmando que os que são diligentes e esperam com paciência estão firmes, seguros, ancorados, não com uma âncora de ferro comum fincada no fundo do mar, mas com uma âncora fincada “além do véu”, no Santo dos Santos, onde o Sumo Sacerdote eterno entrou, abrindo caminho para nós.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Estude diariamente as santas doutrinas bíblicas a fim de alcançar a maturidade pelo conhecimento. Rejeite os falsos ensinamentos que levam à apostasia e à condenação.

 

PERGUNTAS

1) Como são chamadas as pessoas que rejeitaram o Filho de Deus?

2) Quem são os que jamais serão esquecidos por Deus?

3) Onde está fincada a âncora da nossa alma?

 

 

COMENTÁRIOS:

 

6.1,2 – Certos principios elementares sao essenciais para todos

os crentes — todos devem entende-los. Estas doutrinas basicas

incluem a importancia da fe, a tolice de tentar salvar-se por meio

de boas obras, o significado do batismo e dos dons espirituais, e

os fatos da ressurreicao e da vida eterna. Para continuar a amadurecer

em nossa compreensao, precisamos ir alem (mas nao

para longe) dos ensinos elementares, tendo uma compreensao

mais completa da fe. E isto e o que o autor pretende que seus leitores facam (6.3). Os cristaos maduros devem ensinar as doutrinas

basicas aos novos cristaos. Entao, agindo de acordo com o

que conhecem, os que sao maduros aprenderao ainda mais da

Palavra de Deus.

6.3 Estes cristaos precisavam ir alem dos principios basicos de

sua fe. entendendo que Cristo e o Sumo Sacerdote perfeito e o

cumprimento de todas as profecias do AT. Em vez de discutir

sobre os respectivos meritos do judaismo e do cristianismo, eles

precisavam depender ne Cristo e viver eficazmente para Ele.

 

6.4-6 – No primeiro seculo, um pagao que investigasse o cristianismo e entao voltasse para o paganismo, claramente romperia

relacoes com a Igreja. Mas para os cristaos judeus que decidiam

retornar ao judaismo, a ruptura era menos obvia. Seu eslilo de

vida permanecia relativamente inalterado. Mas ao se desviar deliberadamente de Cristo, eles estavam se excluindo do perdao

de Deus. Aqueles que perseveram em crer sao os verdadeiros

santos: aqueles que continuam a rejeitar a Cristo sao incredulos,

a despeito de quao bem se comportem.

 

6.6 – Este versiculo aponta para o perigo dos cristaos hebreus

retornarem ao judaismo e deste modo cometerem apostasia.

Hoje, alguns aplicam este versiculo aos crentes superficiais que

renunciam ao cristianismo ou aos incredulos que se aproximam

da salvacao e entao se desviam. De qualquer modo, aqueles

que rejeitam a Cristo nao serao salvos. Cristo morreu uma vez

por todas. Ele nao sera crucificado novamente. Nao ha nenhum

outro caminho possivel para a salvacao, a nao ser por meio de

sua cruz. Porem, o autor nao indica que seus leitores estivessem

em perigo de renunciar a Cnsto (ver 6.9). Esta advertindo contra

a dureza de coracao que tornaria o arrependimento inconcebivel

para o pecador.

6.7,8 – A terra que produz uma boa colheita recebe um cuidado

especial, mas a terra que produz espinhos e abrolhos tem que

ser queimada para que o fazendeiro possa começar de novo.

Uma vida crista improdutiva cai sob a condenação de Deus. Não

somos salvos pelas obras ou pela conduta, mas aquilo que fazemos

e a evidencia da nossa fé.

 

6.10 – E facil ficarmos desencorajados, pensando que Deus se

esqueceu de nos. Mas Deus nunca o injusto. Ele nunca se esquece

ou e indiferente ao trabalho arduo que fazemos para Ele.

Voce pode nao estar recebendo as recompensas e o aplauso

atualmente, mas Deus conhece seus esforcos de amor e ministerio.

Deixe que o amor de Deus por voce, e seu conhecimento

intimo do seu servico a Ele lhe sustentem quando voce enfrentar

decepcao e rejeicao aqui na terra.

6.11.12 – A esperanca impede que o cristao se tome preguicoso

ou se sinta entediado. Como um atleta, treine arduamente e corra

bem, lembrando-se de que a recompensa se encontra adiante

(Fp 3.14).

6.15 – Abraao esperou pacientemente; passaram-se 25 anos

desde que Deus lhe prometera um filho (Gn 12.7; 13.14-16;

15.4.5; 17.16) ate o nascimento cie lsaque(Gn 21.1-3). Pelo fato

de nossas tribulacoes e tentacoes serem frequentemente multo

intensas, elas parecem durar uma eternidade Tanto a Biblia

quanto o testemunho de cristaos maduros nos encorajam a

esperar que Deus aja a seu tempo, mesmo quando as nossas

necessidades parecerem muito grandes para que esperemos

ainda mais.

6.17 – As promessas de Deus sao imutaveis e dignas de confianca,

porque Deus e imutavel e digno de toda confianca. Quando

prometeu um filho a Abraao, Deus jurou em seu proprio nome. O

juramento era tao bom quanto o nome de Deus, e o nome de

Deus e tao bom quanto sua natureza divina.

6.18,19 Fstas duas coisas imutaveis sao as promessas do

Deus e seu juramento. Deus personifica toda a verdade; portanto,

Ele nao pode mentir. Por Deus ser a verdade, voce pode estar

seguro em suas promessas; voce nao precisa se perguntar

se Ele mudara seus planos. Nossa esperanca e segura e imutavel.

esta ancorada em Deus, da mesma maneira que a ancora de

um navio se prende firmemente ao fundo do mar. Para aquele

que busca verdadeiramente a Deus com conviccao. Deus da

uma promessa incondicional de aceitacao. Quando com um coracao

aberto, com honestidade e sinceridade, voce pede a Deus

para lhe salvar de seus pecados, Ele lhe salva. Esta verdade

deve lhe dar encorajamento, seguranca, e confianca.

6.19,20 – Uma cortina ficava pendurada na entrada do Lugar

Santo ate o Santo dos Santos, os dois compartimentos mais internos

do Templo. Esta cortina impedia que qualquer pessoa entrasse.

olhasse para dentro, ou ate mesmo conseguisse um

rapido vislumbre do interior do Santo dos Santos (ver tambem

9 .1 -8}. O sumo sacerdote podia entrar ali somente uma vez por

ano para se apresentar na presenca de Deus. e fazer a expiacao

pelos pecados de toda a nacao. Mas Cristo esta na presenca de

Deus a toda hora. nao apenas uma vez por ano, como o Sumo

Sacerdote que pode interceder continuamente por nos.