Lição 11- Efésios 5 – Imitadores de Deus no Mundo e no Lar

LIÇÃO 11 – EFÉSIOS 5 – IMITADORES DE DEUS NO MUNDO E NO LAR

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Efésios 5 há 33 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Efésios 5.18-33 (5 a 7 min.).

A palavra trevas, na Bíblia, geralmente está ligada à ideia de ignorância. Assim, pois, não há uma outra possibilidade de Satanás escravizar uma pessoa a não ser enganando-a, e mantendo-a no mundo das trevas por pura ignorância.
A palavra luz na Bíblia, em muitos momentos, está ligada à ideia de conhecimento. Portanto, o estar em Cristo não é coisa de pessoas tolas, a exemplo do que muitos acreditam, mas de quem foi iluminado pelo Espírito Santo e, consequentemente passou a ver as verdades de Deus de modo claro. Por esse motivo, Paulo nos chamou de “filhos da luz”, e o escritor aos Hebreus afirmou que fomos chamados para a Sua maravilhosa luz.
Só mediante a luz/conhecimento é possível viver um relacionamento familiar sob o padrão do Reino de Deus.

 

OBJETIVOS
• Observar a importância de se andar na luz.
• Vencer o pecado, sendo cheio do Espírito Santo.
• Compreender as responsabilidade que marido e mulher tem um com o outro.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Caro mestre, como mostra o nosso esboço, inicie esta aula evidenciando que o estar em trevas faz com que produzamos obras da carne. Antes de expor os tópicos sobre ser cheio do Espírito e relacionamento familiar, fale sobre um ponto chave acerca da luz, a respeito do qual Paulo disse: “Tudo isso é revelado pela luz”. A partir dessa afirmação, compreendemos que o poder da luz de Cristo desvenda qualquer coisa que está em trevas. Não há um ser que consiga se esconder diante Dele, pelo contrário, tudo está patente aos Seus olhos, e um dia as contas disso serão prestadas.

 

RESPOSTAS
1) Em toda bondade, e justiça, e verdade.
2) O Espírito Santo.
3) É pôr-se debaixo da missão de outra pessoa.

 

LEITURA ADICIONAL
A convivência no âmbito da Igreja, o corpo de Cristo, é determinada pelo Espírito Santo. As pessoas foram renovadas por meio Dele. Ele deve plenificar cada vez mais os crentes. Consequentemente, o louvor ao Deus triúno deve ser proferido na igreja e cunhar a convivência das pessoas.
À luz do relacionamento com Cristo, ganha nova qualidade também o convívio de homem e mulher, pais e filhos, senhores e servos. Todos os cristãos estão conjuntamente subordinados à cabeça, Jesus Cristo. Ele, porém, cuida com amor auto sacrificial de Seu corpo, a Igreja. Dessa maneira, os cristãos são libertos para respeitar as ordens vigentes dentro das respectivas situações de vida.
Portanto, a “condição de cabeça” do homem no matrimônio reveste-se de responsabilidade e compromisso para ambos os cônjuges. Filhos e subalternos devem dedicar o devido respeito a seus pais (ou superiores). Estes, por seu turno, não devem abusar de sua posição. Não pode ser ignorada a tônica que remete todos os envolvidos à instância do último juiz: “O Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e para com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6.9).
Livro: Carta aos Efésios, Filipenses e Colossenses: Comentário Esperança
(Eberhard Hahn, Wernerde Boor, Esperança, 2006, Pg. 80).

 

Estudada em 13 de junho de 2021

 

Texto Áureo:
“Pois, outrora éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor, andai como filhos da luz” Ef. 5.8

 

Verdade Prática
A condição de servos de Cristo deve influenciar todas as áreas de nossa vida, inclusive o convívio familiar.

 

INTRODUÇÃO

I. OBRAS DAS TREVAS E FRUTO DA LUZ Ef 5.1-17
1. As obras das trevas Ef 5.8
2. O fruto da luz Ef 5.9
3. Remindo o tempo Ef 5.16,17

 

II. ENCHEI-VOS DO ESPÍRÍTO Ef 5.18-21
1. Não vos embriagueis Ef 5.18
2. O encher-se do Espírito Ef 5.i8
3. A vida cheia do Espírito Ef 5.20

 

III. FAMÍLIA CRISTÃ Ef 5.22-33
1. O fundamento do amor Ef 5.31
2. A missão da esposa Ef 5.24
3. A missão do marido Ef 5.25

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 305 – 5

 

INTRODUÇÃO
No capítulo 5 de Efésios, Paulo continua a falar sobre a forma de vida que deve pautar os cristãos, agora fazendo um contraste entre as obras das trevas e as da luz, fechando a exposição com importantes considerações sobre a família.

 

I. OBRAS DAS TREVAS E FRUTO DA LUZ (Ef 5.1-17)
O objetivo do apóstolo é fazer os crentes se verem como verdadeiros embaixadores do Reino de Deus, exortando-os a serem “imitadores de Deus”.

1. As obras das trevas (Ef 5.8)
“Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.”
O apóstolo apresenta uma série de comportamentos que não condizem com a vida de quem nasceu de novo em Cristo. São obras da carne, já tratadas em Gálatas 5:
a) Impudicícia (Ef 5.3). É falta de pudor, imoralidade ou devassidão. Todos os desvios no campo da sexualidade, ao contrário do que muitos pensam, não são coisas da modernidade. Nos tempos de Paulo, o mundo romano estava mergulhado em todo tipo de prostituição e homossexualismo.
b) Conversação torpe (Ef 5.4). Paulo menciona aqui atitudes de palavras que também corroem a moralidade cristã, apontando, portanto, para “coisas vergonhosas”. Tudo o que é dito que não é construtivo, que vai de piadas indecentes à conversas sem nenhum propósito. Chocarrice pode ser aquela linguagem leviana com licenciosidade e coisas obscenas para parecer engraçado aos que ouvem.
Os crentes de Éfeso estavam inseridos numa sociedade que havia banalizado o pecado. Hoje, não é diferente. Muitos que se intitulam “cristãos”, inclusive líderes religiosos, estão à procura de uma forma de fazer a Palavra de Deus admitir o pecado.
Nenhuma pessoa que vive deliberadamente na prática habitual do pecado terá lugar no Reino de Deus. O arrependimento, que produz mudança de comportamento, é o caminho para corrigir as práticas inconvenientes.

 

2. O fruto da luz (Ef 5.9)
“Porque o fruto da luz consiste em toda a bondade, e justiça, e verdade.”
Paulo passa a mostrar aos crentes o ideal de Deus para eles, ou seja, as condutas que demonstram que a luz de Cristo os havia alcançado. São o fruto do Espírito já estudado em Gálatas 5.
a) A bondade. Atos de generosidade praticados pelo cristão para com os demais.
b) A justiça. Equidade ou retidão. Quando somos ENXERTADOS EM CRISTO PELA CONVERSÃO, Deus, por Sua graça, nos transmite uma partícula dessa justiça, nos capacitando a dar a Ele e aos semelhantes o que é justo e devido.
c) A verdade. Paulo está fazendo um contraste entre boas e más virtudes, então, cabe dizer que esta verdade é, acima de tudo, uma oposição à mentira anteriormente mencionada. Uma vida íntegra.

 

3. Remindo o tempo (Ef 5.16,17)
“Remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.”
Os versos 15 a 17 definem como o cristão deve usar o seu tempo (como pode usar seu dinheiro, sua capacidade, seu conhecimento, sua mente). A característica do nosso século é gastar mais e mais tempo sem trazer benefício para o que é eterno.
Satanás tenta nos pressionar para que, pela falta de tempo, não pensemos nos valores reais.
Com certeza, as pessoas sábias têm consciência de que o tempo é um bem precioso. Todos nós temos a mesma quantidade de tempo ao nosso dispor: 60 minutos por hora, 24 horas por dia. As pessoas sábias empregam seu tempo de forma proveitosa. Que você diria de um aviso assim? “PERDIDAS, ontem, nalgum lugar entre o nascer e o pôr do sol, duas horas de ouro, cada uma  cravejada com sessenta minutos de diamante. Nenhuma recompensa é oferecida, pois foram-se para sempre!”.
Moral do aviso: nunca perder um só momento de tempo, mas, sim, utilizá-lo da maneira mais proveitosa que puder. Isto é viver remindo o tempo.

 

II. ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO (Ef 5.18-21)
Aqui, Paulo mostra aos Efésios um caminho sobremodo excelente para aqueles que querem vencer o pecado e cultivar um frutífero relacionamento com Deus.

1. Não vos embriagueis (Ef 5.18)
“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.”
Em vários textos bíblicos encontramos advertências contra o uso demasiado de bebidas alcoólicas, tendo em vista que a ingestão prejudica a sobriedade da pessoa.
Pesquisas científicas demonstram que mesmo pequenas quantidades de álcool podem ter impacto negativo no cérebro de uma pessoa. Alguns pesquisadores chegam a afirmar que os danos causados pelo álcool são superiores ao benefício medicinal que proporciona.
A dissolução está diretamente relacionada com a embriaguez e com a devassidão. O consumo de bebidas alcoólicas é estimulante para todo tipo de libertinagem, ações desenfreadas, dissolutas e descontroladas. Perde-se o pudor e a vergonha.

 

2. O encher-se do Espírito (Ef 5.18)
“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.”
Se tem algo com que o cristão deve embriagar-se à vontade, e sem limites, é do Espírito Santo. No original grego, temos o tempo presente desse verbo (enchei-vos), em sentido progressivo, como se Paulo tivesse escrito “ide vos enchendo”, em um processo contínuo e crescente de enchimento. Esse é o ideal.
Seria impossível exagerar a importância que o Espírito Santo exerce em nossa vida. Paulo falou que somos selados pelo Espírito (1.13,14); e que não devemos entristecer o Espírito (4.30). Agora, ele “ordena” que sejamos cheios do Espírito (5.18).
É o Espírito Santo quem nos convence do pecado, quando pecamos. É Ele quem opera em nós o novo nascimento. É Ele quem nos ilumina o coração para entendermos as Escrituras. É Ele quem nos consola e intercede por nós com gemidos inexprimíveis. É Ele quem nos batiza no Corpo de Cristo. É Ele quem testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. É Ele quem habita em nós. Todavia, é possível ser nascido do Espírito, ser batizado com o Espírito, selado pelo Espírito e, ainda assim, estar sem a plenitude do Espírito. Nós, que já temos o Espírito, que somos batizados no Espírito, devemos viver em processo contínuo e crescente de enchimento do Espírito.

 

3. A vida cheia do Espírito (Ef 5.20)
“Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.”
O crente cheio do Espírito não vive resmungando, reclamando da sorte, criando intrigas, cheio de amargura e ressentimento; sua comunicação é de enlevo espiritual com salmos, louvores e cânticos espirituais. Vive dando graças por tudo a Deus.
Por fim, o apóstolo Paulo diz: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Ef 5.21). Uma pessoa cheia do Espírito não pode ser altiva, arrogante nem soberba. Em Cristo, devemos ser submissos uns aos outros.

 

III. FAMÍLIA CRISTÃ (Ef 5.22-33)
Nesta última parte do capítulo 5, o apóstolo Paulo traz importantes exortações para o círculo familiar. O marido e a esposa são os atores principais na exposição apostólica, na qual a missão de cada um é cuidadosamente colocada.

 

1. O fundamento do amor (Ef 5.31)
“Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne.”
O casamento cristão é a relação mais preciosa da vida; seu melhor paralelo é a relação entre Cristo e a Igreja.
Geralmente esta passagem é lida como se sua essência estivesse na subordinação da mulher ao marido. O fundamento de toda esta passagem não é o controle, mas sim o amor. Paulo refere-se ao amor que o marido deve ter para com sua mulher.
O amor é o alicerce que sustenta o casamento e a família. O amor permanente, que jamais acaba; e que cresce ao longo do tempo. Este é o amor que demonstra-se maduro, responsável, decidido (1Co 13.1-8). Esta é a razão que, por causa desse amor, o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, e tornam-se uma só carne (Ef 5.31). Une-se a ela como os membros do corpo estão unidos entre si. Não pensa em separar-se dela, o qual equivaleria a rasgar seu próprio corpo.
De fato, estamos aqui perante um ideal que contrasta com uma época em que homens e mulheres mudam de parceiro com a facilidade com que mudam de roupa.

 

2. A missão da esposa (Ef 5.24)
“Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.”
No relacionamento entre marido e mulher, Paulo usa a palavra submissão. A má interpretação dessa palavra tem levado pessoas a praticarem as mais repugnantes atrocidades.
Nas culturas grega, romana e judaica, a figura da mulher é sempre inferior, quase um objeto descartável. Um menino, ou mesmo um escravo, podia ler as Escrituras na sinagoga, mas isso não era permitido às mulheres. Para eles, melhor seria queimar os livros da Lei do que permitir que uma mulher aprendesse a Lei. Mas o que seria a submissão? Submissão é pôr-se debaixo da missão de outra pessoa, o que carrega o mesmo sentido de “ajudadora” usado por Deus no início (Gn 2.18). Em toda a missão que o homem desempenhar, o apoio e o encorajamento por parte da mulher é de fundamental importância para o bem estar de toda a família. A missão da esposa é respeitar o marido; e a missão do marido é merecer o respeito dela.

 

3. A missão do marido (Ef 5.25)
“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.”
Quando Paulo fala sobre o bom relacionamento entre marido e esposa, ele usa a Igreja como figura e fundamento. A marca de Cristo na Igreja é o amor, e é esse sentimento que deve ser a tônica no trato que o marido dá à sua esposa. Tudo que Cristo fez pela Igreja, o marido deve repetir em relação à sua mulher.
A comparação com Cristo como a cabeça da Igreja (Ef 1.22; 4.15; Cl 1.18) revela em que sentido o esposo é a cabeça da esposa.
Ele é sua cabeça no sentido de, em sua liderança responsável, manter-se vitalmente interessado no bem-estar dela.
No lar cristão, Jesus é o Senhor, cuja presença abençoadora devemos ter sempre presente, em obedecê-lo em tudo. No casamento cristão não participam dois, mas, sim, três, e o terceiro é Cristo. Ele nos ajuda a manter o amor por nosso cônjuge e suplementa a nossa reserva de amor. “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.” (Rm 5.5).

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Somos novas criaturas em Cristo e devemos viver de acordo com esse novo padrão de vida que recebemos Dele, sendo luz nas trevas e bênção para todos à nossa volta.

 

RESPONDA:

1) Em que consiste o fruto da luz?

2) Quem é o nosso Consolador?

3) O que é submissão à luz, na Bíblia?