Em Josué 5 há 15 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Josué 5.1-15 (5 a 7 minutos).
No capítulo 5 de Josué, como veremos, não foi por acaso que as primeiras medidas tomadas por Josué para a conquista da terra foram de ordem espiritual, pois ele sabia que a vitória só seria possível pela intervenção divina.
Primeiro, o altar foi concertado (o pacto foi restabelecido); depois a comunhão com Deus foi religada (celebração da Páscoa); então os filhos de Israel passaram a gozar das bênçãos dessa comunhão.
O mesmo aconteceu conosco: outrora escravos do pecado, fomos graciosamente amados pelo Senhor; firmamos um pacto com Ele que, por sua vez, circuncidou o nosso coração pela habitação do Santo Espírito em nós. Consequentemente, hoje comungamos com Ele na ceia do Senhor, aguardando Sua promessa de novos céus e nova terra.
OBJETIVOS
• Compreender a importância da obediência pactual.
• Ressaltar a necessidade de ter comunhão com Deus.
• Crer nas bênçãos oriundas da comunhão.
PARA COMEÇAR A AULA
Inicialmente, interaja com os alunos perguntando o que eles entendem sobre o conceito de “PRIORIDADE”. Enfatize que existem coisas que precisam ter primazia em nossa vida.
Ressalte o fato de que Josué sabia que o Senhor entregaria Jericó nas mãos dos filhos de Israel e, para isso, a comunhão com Deus era condição indispensável e primordial.
RESPOSTAS
1) Preparação espiritual para a conquista.
2) Sua libertação miraculosa da escravidão egípcia
3) Despir-se de sua autoridade.
LEITURA ADICIONAL
O motivo da circuncisão (5.4-9). Os versículos 4-9 estão entrelaçados com verbos e expressões repetidos. Constituem um argumento a favor da circuncisão de Israel. Todos os circuncisos haviam morrido no deserto. O versículo 6 descreve o motivo para a morte dos circuncisos, e o versículo seguinte descreve a razão para a ausência de circuncisão para aqueles que vieram a nascer. Os versículos 8-9 sumariam o processo de circuncisão e preparam para a celebração da Páscoa.
O verbo-chave é “morrer”. Todo israelita que tinha saído do Egito, os homens,… eram já mortos no deserto. Por essa razão devia acontecer uma segunda circuncisão de todo Israel. Ninguém sobreviveu dentre aqueles que participaram originariamente do êxodo. O interesse específico são os homens de guerra, ou seja, aqueles homens com idade suficiente para entrar em combate. Josué circuncidou esses em Gilgal. Seus equivalentes da geração anterior haviam morrido no deserto.
Esses homens haviam sido circuncidados. De novo a ênfase recai sobre todo o povo que saíra. Todo povo daquela geração morrera, mas, igualmente importante, todos eles haviam sido circuncidados. Israel ainda estava se formando, não tinha nenhum guerreiro incircunciso. Nenhum membro incircunciso da comunidade atravessou o mar Vermelho nem ficou no monte Sinai nem entrou em aliança com Deus. De forma que isso deve ser válido para a nova geração. Todos devem ser circuncidados. Entretanto, o versículo 5 contém um mas. O leitor fica sabendo que aqueles que nasceram depois de o povo sair do Egito não foram circuncidados. Novamente a expressão nem um sugere que ninguém foi circuncidado. O povo todo da geração anterior estava circuncidado; da geração nascida no deserto, nem um deles.
Livro: “Josué, introdução e comentário” (Richard Hess. Editora Vida Nova, Págs. 107, 108).
Estudada em 24 de janeiro de 2021
Leitura Bíblica Para Estudo Josué 5.1-15
Texto Áureo
“Respondeu o príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim.” Js 5.15
Verdade Prática
O importante não é se Deus vem para o nosso lado, e, sim, se nós estamos ao Seu lado. Deus não toma lados; Ele tem posição.
INTRODUÇÃO
I. CIRCUNCISÃO DE TODOS Js 5.1-9
1. O temor dos cananeus Js 5.1
2. Aliança com a nova geração Js 5.2
3. Uma nova mentalidade Js 5.9
II. PRIMEIRA PÁSCOA Js 5.10-12
1. Celebrando a Páscoa Js 5.10
2. Comendo os frutos da terra Js 5.11
3. Provisão Contínua Js 5.12
III. PRÍNCIPE DO EXÉRCITO DO SENHOR (Js 5.13-15)
1. A pergunta de Josué Js 5.13
2. A resposta do Senhor Js 5.74
3. Terra Santa Js 5.15
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 46 – 77
INTRODUÇÃO
Após a travessia do rio Jordão, o povo de Israel precisava completar sua preparação para uma nova fase em sua história: a conquista da terra que o Senhor prometera aos seus patriarcas. Deus, então, requer que o povo se prepare espiritualmente, reafirmando o pacto com Ele e sinalizando obediência aos Seus mandamentos. Deus também reafirma o Seu compromisso com Israel, aparecendo a Josué próximo a Jericó.
I. CIRCUNCISÃO DE TODOS (Js 5.1-9)
Após a travessia do Jordão, Israel firmou acampamento em Gilgal, onde os líderes poderiam planejar sua incursão militar a Canaã. No entanto, antes de se falar em qualquer estratégia, Deus requer que Josué prepare espiritualmente o povo para conquistar a terra prometida.
1. O temor dos cananeus Js 5.1
“Sucedeu que, ouvindo todos os reis dos amorreus que habitavam deste lado do Jordão, ao ocidente, e todos os reis dos cananeus que estavam ao pé do mar que o Senhor tinha secado as águas do Jordão, de diante dos filhos de Israel, até que passamos, desmaiou-se-lhes o coração, e não houve mais alento neles, por causa dos filhos de Israel.”
O primeiro verso do capítulo 5 enfatiza o medo difundido entre as nações de ambos os lados do Jordão. Como revelado por Raabe (Js 2.9-113, a fama do Deus de Israel havia chegado aos ouvidos dos reis amorreus e dos cananeus: a abertura do mar Vermelho na saída do Egito e as grandes vitórias militares contra os reis amorreus bastaram para infundir um grande terror entre as nações. Então, a notícia da travessia só agravou esse temor.
A linguagem figurativa da afirmação “desmaiou-se-lhes o coração”, que no idioma original nos remete à imagem de uma vela de cera derretendo, indica, além do terror difundido entre as nações, a total ausência de interesse dos cananeus em atacar Israel naquele momento.
Esse momento de “trégua” foi providencial, da parte de Deus, para que a nova geração de israelitas pudesse fazer uma pausa segura e prolongada (veja o v. 8). O objetivo era o povo se preparar espiritualmente para o que estava por vir.
2. Aliança com a nova geração (Js 5.2)
“Naquele tempo, disse O Senhor a Josué: Faze facas de pederneira e passa, de novo, a circuncidar os filhos de Israel.”
A circuncisão foi um ritual instituído por Deus e ordenado ao patriarca Abraão e à sua descendência (Gn 17.10-14).
A dolorosa cerimônia tinha um forte simbolismo, expressando a aliança entre o povo de Israel e o Deus de seus pais. Os circuncidados sinalizavam lealdade a Deus, expressa em obediência e fidelidade; e Deus afirmava Sua promessa de proteger e guiar os descendentes de Abraão.
A geração que saiu do Egito, embora circuncidada, não evidenciou os frutos de um coração leal e devotado a Deus. Nas primeiras adversidades no deserto, esqueceu-se do grande livramento divino e desejou retornar para o Egito. Nos 40 anos de peregrinação errante, o povo não observou a circuncisão. Deus não permitiu que essa geração possuísse a terra prometida, mas estava pronto a cumprir Sua promessa entregando Canaã à nova geração.
3. Uma nova mentalidade (Js 5.9)
“Disse mais o SENHOR a Josué: Hoje, removi de vós o opróbrio do Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal até o dia de hoje”.
Os hebreus foram resgatados por Deus de maneira maravilhosa do Egito. Porém, séculos de submissão ao degradante regime de escravidão havia deixado marcas profundas. Aquela geração saiu do Egito, mas o Egito não havia saído dela. A mentalidade de escravo os acompanhou durante toda a peregrinação, fazendo-os hesitar e desobedecer ao Senhor.
Ao realizar a circuncisão, em estrita obediência ao que Deus havia ordenado, a nova geração rompe com o estilo de vida rebelde de seus pais; e o Senhor imediatamente responde a essa atitude, afirmando que a vergonha de seus pais no deserto não pesaria sobre os seus ombros.
É importante dizer que a cerimônia de circuncisão não era um fim em si mesmo, nem uma garantia da proteção e aprovação divina. Deus requisitava lealdade e santidade, que consistiria na retirada de toda obstinação e rebeldia do coração de Seu povo, apontando para a necessidade de conversão à Sua santa e justa vontade (Dt 10.16).
II. PRIMEIRA PÁSCOA (Js 5.10-12)
1. Celebrando a Páscoa Js 5.10
“Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó”.
A Páscoa era uma das três principais festas anuais de Israel, comemorada em memória à libertação miraculosa dos filhos de Israel da escravidão egípcia (Êx 23.15).
Em apenas uma ocasião, no segundo ano após a saída do Egito, os israelitas haviam celebrado a Páscoa (Nm 9.1-15). A longa jornada pelo deserto e talvez o medo da escassez de alimentos podem ter sido os fatores que levaram o povo a suspender a celebração. O fato é que os peregrinos hebreus realmente se esqueceram dos grandes feitos que o Senhor havia realizado durante sua libertação da escravidão e condução pelo deserto, desviando o seu coração dos caminhos do Senhor.
A segunda geração do povo de Israel havia chegado à terra prometida em seu período do ano de maior prosperidade. O clima era de gratidão a Deus pelas grandes realizações desde o Egito até aquele momento, e também de total confiança em Sua aliança. Logo, Deus não precisou ordenar a reinstituição da celebração. Pelo contrário, foi uma atitude espontânea do povo de Israel, sinalizando forte comunhão e total comprometimento com o Senhor.
2. Comendo os frutos da terra (Js 5.11)
“Comeram do fruto da terra, no dia seguinte à Páscoa; pães asmos e cereais tostados comeram nesse mesmo dia”
Era época de colheita (Js 3.14). Canaã abundava dos seus frutos, concretizando a vivida imagem de uma “terra que mana leite e mel”, prometida pelo Senhor aos filhos de Israel. Mais do que contemplar a bela paisagem — o que fora negado aos seus pais por causa da desobediência —, os israelitas puderam desfrutar de suas delícias, enquanto continuavam em celebração a Deus na Festa dos Pães Asmos, experimentando o cheiro e o sabor do cumprimento da promessa de bênção feita aos patriarcas.
As promessas de Deus são baseadas em Seu caráter. Sua lealdade e fidelidade às Suas promessas atravessam gerações. Ele tem o poder para cumprir o que quer que tenha prometido.
Por outro lado, precisamos expressar nossa confiança através da obediência à vontade do Senhor, mesmo quando não a compreendermos ou não concordarmos totalmente. O Senhor conhece as nossas necessidades, é fiel às Suas promessas e sabe o melhor caminho para nos fazer chegar até elas.
3. Provisão contínua (Js 5.12)
“No dia imediato, depois que comeram do produto da terra, cessou o maná, e não o tiveram mais os filhos de Israel; mas, naquele ano, comeram das novidades da terra de Canaã”.
Esta passagem revela a multiforme graça de Deus. Deus é o Provedor do Seu povo. Não importa a maneira ou o momento, o Senhor está atento às nossas necessidades e cuida de nós em todo o tempo.
A dieta de maná, o pão que descia dos céus, não era mais necessária (Êx 16.4). Mas o povo de Deus poderia permanecer confiante na provisão de Deus. Quando chegaram a Canaã, eles literalmente colheram o que não plantaram, como Deus lhes havia prometido (Dt 6.10-12).
III. PRÍNCIPE DO EXÉRCITO DO SENHOR (Js 5.13-15)
Após a circuncisão e celebração da páscoa, o povo estava preparado para entrar na terra. A aparição do Anjo do Senhor (uma teofania) como comandante do exército de Deus indicava que o próprio Deus se faria presente e lutaria as suas batalhas.
1. A pergunta de Josué (Js 5.13)
“Estando Josué ao pé de Jericó, levantou os olhos e olhou; eis que se achava em pé diante dele um homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos nossos adversários?”
A partir desse verso, o cenário muda de Gilgal para as proximidades de Jericó. É provável que Josué tivesse se afastado do arraial para observar a cidade, em uma missão de reconhecimento.
Este versículo expressa pelo menos duas coisas: a) que a aparição daquela figura foi súbita e surpreendeu Josué; b) a forma como ele é apresentado, estando em pé diante de Josué, demonstra uma posição solene de importância.
O fato de estar com uma espada desembainhada revelava um guerreiro posicionado para a batalha, o que pode ter deixado Josué apreensivo, esperando por um combate iminente. Desejando esclarecer o embate, ele pergunta se aquele guerreiro de alta patente estava do lado de Israel, ou se mi- litava a favor de seus adversários.
2. A resposta do Senhor (Js 5.14)
“Respondeu ele: Não; sou príncipe do exército do SENHOR e acabo de chegar. Então, Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?”
A surpreendente resposta do guerreiro foi um simples e sonoro “Não”, que pareceu tornar a pergunta de Josué em uma questão irrelevante e fora de contexto. Deus não tomaria partido pela nação “a” ou “b”. Ele não faz acepção de pessoas. Se Israel falhasse em obedecer, enfrentaria a ira de Deus, da mesma forma que as nações cananeias (Js 7). O que importava não era se Deus estava do lado de Israel, pois Ele já estava; mas se Israel estaria, de fato, do lado do Senhor.
Quando aquele ser apresenta-se como “príncipe do exército do Senhor”, Josué prontamente reconhece que estava diante do Anjo do Senhor (veja Nm 22.23,31). E, assim, coloca-se em posição humilde e submissa, pronto para receber ordens do verdadeiro Comandante de Israel.
O Anjo do Senhor era uma manifestação corpórea do próprio Deus, em um fenômeno conhecido como teofania. Naquele momento, Deus estava cumprindo o que havia prometido a Moisés: que enviaria um Anjo adiante de Israel na conquista da Terra Prometida (Êx 23.20-23).
3. Terra Santa (Js 5.15)
“Respondeu o príncipe do exército do SENHOR a Josué: Descalça as sandálias dos pés, porque o lugar que estás é santo. E fez Josué assim.”
O verso 15 faz alusão ao episódio da sarça ardente em Êxodo 3, não deixando dúvidas de que se tratava da manifestação do próprio Deus. O episódio também confirma o papel de Josué como sucessor de Moisés. Retirar as sandálias representa despir-se de autoridade. Andar descalço era uma marca distintiva entre os servos.
O que tomava aquele local sagrado? A resposta é: a presença de Deus!
Deus é o Agente principal na história de Israel e o Seu Supremo Comandante. Seu poder e a Sua vontade são o que asseguram que aquele povo conquistaria a terra prometida. Líderes humanos vêm e vão. O fator determinante para o sucesso era a presença de Deus. Moisés e Josué souberam reconhecer esta verdade.
APLICAÇÃO PESSOAL
Sabemos que a nossa vitória vem do SENHOR. Precisamos ser fiéis em obedecê-lo e prezar por nossa comunhão com Ele.
RESPONDA:
1) O que Deus exigiu de Josué em Gilgal?
2) O que o povo de Israel celebrava através da Páscoa?
3) O que significa tirar as sandálias dos pés?