Lição 5 – As Dez Virgens – Descuido Fatal

LIÇÃO 5 – AS DEZ VIRGENS – DESCUIDO FATAL

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Tenho certeza que tem sido proveitoso e edificante o tema desta revista.

A aula de hoje é um verdadeiro brado de Cristo Jesus contra a imprevidência que precisa ser reparada nos dias atuais.

Ensine aos alunos sobre o verdadeiro significado desta parábola: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora”.

Nesta mensagem, Jesus faz um apelo também ao povo de Israel em todo mundo, para que coloquem sua esperança no Noivo Eterno, ou seja, no Senhor Jesus. Ele é o Messias prometido.

 

OBJETIVOS

Descrever pelo menos dois princípios da parábola.

Conscientizar-se do perigo da imprevidência.

Despertar para uma vida santificada e cheia do Espírito Santo.

 

PARA COMEÇAR A AULA

Uma cena muito comum dentro da nossa sociedade é a figura de uma noiva entrando em um casamento. Gostamos de cerimônias de casamentos. Todos ficam na expectativa de verem como ela estará adornada. Em um momento, as portas se abrem e uma música anuncia que a noiva vem. Que momento maravilhoso.

Melhor ainda é saber que nós, na verdade o universo inteiro, aguarda com expectativa o momento do encontro da Igreja com o Noivo Jesus. A aula de hoje nos ajudará nessa perspectiva.

 

PALAVRAS-CHAVE

Prudência • Vigilância • Preparação

 

RESPOSTAS DA PÁGINA 34

1)        Por que negligenciaram a reserva de azeite.

2)        É necessário azeite nas lamparinas.

3)        Muita. A preparação está intimamente ligada com a vigilância.

 

 

LEITURA COMPLEMENTAR

O ambiente que mais combina com o reino de Deus é o da festa e do banquete.

“As virgens prudentes entraram para a festa do reino. É interessante que nos evangelhos o reino de Deus é sempre comparado a festas. Não há ambiente mais significativo para ilustrar o reino do que banquete. Isso mostra muito acerca do que é o Evangelho. Aos Romanos, Paulo, apóstolo, diz que: “o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).

Jesus mostra Deus como fonte de alegria, leveza e paz. Hoje há uma espiritualidade sofrida, lamurienta, sem festa, onde Deus parece ser sempre motivo de angústia, cobrança e peso. Mas veja que o reino de Deus se dá num ambiente de festa. Jesus foi muito festeiro, gostava de eventos alegres. Por exemplo: seu milagre de abertura foi num casamento, onde a festa estava ameaçada pela falta de vinho e Jesus deu “combustível” para a festa não acabar transformando água no melhor dos vinhos. Jesus gostava tanto de festas que isso lhe rendeu o título aparentemente grosseiro de “comilão e beberrão”. O reino de Deus não é um lugar de gente sisuda, de cenho franzido e aparência lúgubre. Não é lugar de gente constantemente insatisfeita, e lamurienta. O reino de Deus é alegria. E quando se consumar na eternidade será uma alegria tão grande que falta figuras para representar, sendo a da festa de casamento a que mais combina.

Em Lucas 5.27-31 está registrado que após Jesus chamar Levi para segui-lo, este deu uni GRANDE banquete em sua casa para uma MULTIDÃO de pessoas. Jesus combina com festa. Aleluia! Então é significativo que quando o reino se consumar em plenitude a figura mais usada seja de festa, banquete e alegria sem limites. Quando Jesus voltar se iniciará a maior festa jamais vista.”

Livro: “As Parábolas de Jesus”. (Pádua Rodrigues. Editora Nítida – S. J. dos Campos, 2018. Págs. 125)

 

LIÇÃO 5 – AS DEZ VIRGENS – DESCUIDO FATAL

 

TEXTO ÁUREO

“Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens quer tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo ”  Mt 25.1

Estudada em 28 de julho de 2018

 

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Ef 5.18 Esperando o noivo cheios do Espírito Santo

Terça – Mt 25.13 Esperando o noivo com vigilância

Quarta – Mt 24.4-5 Esperando o noivo servindo

Quinta – Ec 9.8 Esperando o noivo comas vestes brancas

Sexta-2Co 11.2 Esperando o noivo com pureza

Sábado – 2Tm 4.8 Esperando o noivo amando sua vinda

 

 

LEITURA BÍBLICA

Mateus 25.1-8

1         Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo.

2         Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes.

3         As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo;

4         no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas.

5         E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram.

6         Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!

7         Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas.

8         E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. Texto completo em Mateus 25.1-13

 

Hinos da Harpa: 401 – 300

 

AS DEZ VIRGENS – DESCUIDO FATAL

 

ORGANIZAÇÃO DA LIÇÃO NA REVISTA

INTRODUÇÃO

I. CARACTERÍSTICAS DA PARÁBOLA

O contexto Mt 24.36,42

O aspecto cultural Mt25.i

Os elementos da parábola Mt 25.23

 

II. LIÇÕES DA PARÁBOLA

Tenha azeite reserva Mt 25.8

Não ignore a vigilância Mc 25.11

Não seja imprevidente Mt 25.1o

 

III. CONCLUSÕES DA PARÁBOLA

Hoje é tempo de preparo Mt 25.13

É necessário conteúdo Mt25.12

O azeite é intransferível Mt25.9

 

 

INTRODUÇÃO

Aqui, o Mestre das parábolas mostra de modo claro, através de comparações a certeza da sua vinda com a incerteza do momento e a necessidade de estarmos preparados para tal acontecimento.

 

I. CARACTERÍSTICAS DA PARÁBOLA

O contexto. A parábola em questão é exclusiva de Mateus e aparece no capítulo 25 e versículos de 1 a 13. Perceba que ela está posicionada no evangelho imediatamcntc após o sermão escatológico do capítulo 24. Isso não foi por acaso. Há uma estreita relação entre a parábola e o ensino sobre o final dos tempos coroado com o retorno de Cristo. Não é difícil afirmar que o alvo principal da parábola das dez virgens é alertar para a necessária prontidão ou preparação e o perigo da imprevidência e descuido.

Há cerca de 300 referências sobre a primeira vinda de Cristo nas Escrituras e mais de 2.400 referências sobre a segunda vinda em toda a Bíblia, ou seja, há 8 vezes mais referências sobre a segunda vinda. Vejamos algumas: João 14.3; Mateus 24.30; 2 Pedro 3.10; Apocalipse 3.11; Atos 1.11. Ora, se sabemos que Jesus virá, necessário se faz estarmos preparados para esse glorioso momento com nossas lamparinas cheias de azeite.

O aspecto cultural. Naquele tempo, a cerimônia do casamento seguia contornos e aspectos muito diferentes de hoje. Em geral, as festas duravam dias. Todos os parentes e amigos eram convidados e, às vezes, a cidade inteira também. Era realizado em duas etapas.

Primeiro, o noivo e seus amigos iam até a casa da noiva buscá-la. Ele usava roupas especiais, e alguns, até uma coroa. Em seguida, os dois voltavam para a casa do noivo, onde era celebrada a festa de casamento. Esse retorno do noivo era aguardado pelas virgens (damas de honra) que ficavam com suas lamparinas acesas para saírem ao seu encontro mediante o anúncio da sua aproximação, e então, seguirem juntos num grandioso e alegre cortejo, com danças e músicas.

A aparição do noivo era um sinal de que as festividades ãriam começar. Após as núpcias, os noivos não viajavam, mas voltavam e participavam do restante da festa, que se estendia por sete ou catorze dias.

Os elementos da parábola. Os elementos principais da parábola são o noivo, as virgens e o azeite. Os demais (vendedores de azeite, o arauto) não nos parecem importantes serem explicados. Muitas associações já foram feitas, mas fiquemos com a mais comum. O noivo, que também é chamado de Senhor, é o próprio Jesus Cristo. O azeite é claramente uma alusão ao Espírito Santo; e aqueles que não o possuem não são regenerados, conforme está dito em Romanos 8.9: “…E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”. Por fim, as virgens são as duas classes de crentes, ou seja, no que diz respeito à vinda do Senhor existem aqueles que possuem azeite e os que não o possuem. O Senhor conhece a ambos.

 

“A incerteza de quando o noivo virá não implica a certeza de que ele vai demorar”.

 

II. LIÇÕES DA PARÁBOLA

Tenha azeite reserva. As virgens insensatas tinham óleo em suas lâmpadas, pois inicialmente essas estavam acesas. A loucura delas foi não levar azeite suficiente. A expressão “preparar as suas lâmpadas” se refere provavelmente ao fato de remover a porção queimada dos pavios e os acenderem novamente. Nesse instante as lamparinas das virgens néscias começaram a apagar e elas percebem que não há azeite. Existe outra forma melhor de esperar o Noivo do que estando cheios do Espírito Santo? Todos aqueles que creem em Cristo são salvos e têm o Espírito Santo, mas é fato que nem todos estão cheios do Espírito Santo. O risco de vivermos uma vida vazia de Deus, mesmo dentro da Igreja, é muito grande. Nem Deus, sendo homem, viveu assim. Ou seja, nem Jesus (o Deus encarnado) achou que poderia viver sem ser cheio do Espírito Santo. Por que alguém acharia que pode?

Não ignore a vigilância. A parábola inteira tem essa lição central. A questão da preparação aqui está intimamente ligada com a vigilância. Jesus conclui com uma solene advertência a esse respeito: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13).

A vigilância é um dos sustentáculos da vida cristã (1Pe 5.8). Ela aponta para uma vida de santificação, sem a qual, ninguém verá a Deus (Hb 12.14). Qual o significado de vigiar? O que significa o verbo “vigiar” nas palavras de Jesus? O dicionário diz que vigiar é “observar atentamente”, “estar atento”, “ficar acordado”, “precaver-se” “estar alerta”. Essa parábola não é dirigida a quem nunca se preparou, mas a quem não se preparou o suficiente, ou seja, foi displicente nas disciplinas espirituais e deixou o azeite acabar durante sua jornada. Vigiar é uma pré-condição para o arrebatamento.

“Não basta ter lâmpadas polidas, brilhantes e chiques. É preciso ter azeite nelas.”

Não seja imprevidente. O que significa isso? Essa é outra mensagem dita aqui e que não podemos desconsiderar. Por que não se prepararam antes? Porque foram imprevidentes, é a resposta.

Imprevidência fala de falta de preparação. Fala dc gente que não se prepara adequadamente. Não nos iludamos: Há gente de igreja que não está preparada para a vinda de Jesus. Nós estamos? Em outras palavras: há gente que está na igreja, mas não é Igreja. Agora, a questão pior é que as insensatas só descobriram isso quando já era muito tarde. Um ponto importante aqui é que não é possível se preparar na última hora. O problema do imprevidente é que só descobre o seu despreparo na última hora. Foi o que ocorreu com essas virgens.

 

III. CONCLUSÕES DA PARÁBOLA

Finalmente, o noivo chegou, a igreja entra e as insensatas ficam de fora. Negligenciar as advertências e oportunidades será desastroso. Vivamos sempre na iminência do fim, ou seja, como não sabemos o dia da volta do Salvador, a melhor maneira de viver é como se hoje fosse o último dia da nossa vida. Qualquer dia desses será realmente o último da nossa vida aqui e participaremos do arrebatamento. Então vejamos algumas advertências para nós:

Hoje é tempo de preparo. Quando o noivo chegar será impossível procurar encher as lâmpadas de azeite. A hora de fazer isso é agora. Não deixe para se preparar na última hora. Não haverá tempo. Quem deixa para se preparar na última hora corre o risco de ficar de fora da festa. As lâmpadas devem estar sempre acesas. Se esperarmos para prepará-las no último momento, perderemos a oportunidade de entrar para a festa de casamento. Hoje é o tempo aceitável para o preparo. Hoje a porta está aberta e o azeite do Espírito está “à venda”: “vinde e comprai-o, sem dinheiro e sem preço” (Is 55.1). Essa é uma notícia que deve encher nosso coração de alegria: A porta da graça está aberta. Vai fechar, mas ainda não ocorreu; e o tempo de hoje é tempo de oportunidade e preparo.

É necessário conteúdo. Há algo interessante aqui: Todas as dez virgens tinham exteriormente a mesma aparência. Todas eram virgens, todas possuíam lâmpadas e todas possuíam a mesma atividade, isto é, estavam esperando o noivo. Mas havia uma radical diferença, não percebida de imediato, entre os dois grupos de virgens. Havia semelhança nas aparências, mas diferença na essência. Não eram iguais. Um grupo tinha prudência e o outro grupo tinha a insensatez como marca.

Apenas possuir aparências não nos qualifica para nada. É possível sermos membros de uma igreja, carregarmos a Bíblia, devolver os dízimos, cumprimentar com saudação cristã e até mesmo usar os púlpitos no trabalho eclesiástico, e não termos nascido de novo. O cristão de aparência é aquele que frequenta um culto de domingo, mas durante a semana vive como quer, sem qualquer temor. São como as virgens loucas: têm aparência, mas não essência.

O azeite é intransferível. O preparo espiritual é intransferível. Não é possível passar a minha experiência e comunhão com Deus para o outro. Essa é outra grandiosa verdade. O relacionamento com Deus é intransferível. Entendemos isso? O azeite de cada um só dá para si próprio. É pessoal. O “azeite” da preparação não se reparte ou divide, nem se pode emprestar ou negociar. Cada um deve consegui-lo pessoalmente na presença de Deus.

Vida cristã não se adquire por contato, é uma experiência pessoal com o Cristo ressuscitado. Ninguém responderá por seu pai ou sua mãe, por mais que os ame. Salvação é algo que ocorre entre duas pessoas, ou seja, você e Deus, mais ninguém. Não há sacerdotes, nem gurus ou mediadores humanos. Ser cristão é um fenômeno pessoal e individual, não coletivo ou étnico, como pensavam os descendentes de Abraão (Mt 3.9).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Cada cristão deve decidir manter-se cheio do Espírito, jamais ignorando a vigilância nem sendo imprevidente, mas vigiando e orando até Jesus voltar.

 

RESPONDA

1)        Porque cinco das virgens foram chamadas de insensatas?

2)        Mencione uma lição aprendida com as virgens insensatas.

3)        Qual a importância da vigilância na espera do Noivo?

 

VOCABULÁRIO

Imprevidência: Falta de cuidado, não ser previdente, não prevenir.