Lição 6 – Mateus 12 e 13: A Oposição e as Parábolas

LIÇÃO 6 – MATEUS 12 E 13: A OPOSIÇÃO E AS PARÁBOLAS

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Mateus 12 e 13 há 50 e 58 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Mateus 13.1-23 (5 a 7 min.).

Querido(a) professor(a), seus alunos precisam refletir sobre a necessidade de cada pessoa buscar a presença de Jesus – através do seu evangelho – com disponibilidade para aprender os princípios espirituais do Reino. Somos semelhantes a uma casa ornada com as bênçãos de Deus; ou a uma casa vazia, disponível ao mal? Recebemos o evangelho como a terra boa acolhe a semente? Se assim procedemos, somos parte da família espiritual do Messias, atentos às verdades eternas contidas nas parábolas que Ele ensinou. A Igreja tem como princípio seguir seu único pastor. Tenhamos cuidado com os farisaísmos que conduzem ao erro e com as ideologias que distorcem o que o próprio Jesus ensinou.

 

OBJETIVOS
• Entender que o Reino se manifesta ao mundo pelo cuidado com o ser humano.

• Compreender que a Igreja deve ser reconhecida por seu trabalho missionário.

• Reconhecer que o Evangelho transforma o crente e o capacita à evangelização.

 

 

PARA COMEÇAR A AULA
Professor(a), prepare uma lista com as principais palavras usadas por Jesus: farinha e fermento; tesouro e pérola; terra e semente; peixe e rede; grão e árvore. Proponha uma compreensão dessas palavras no contexto das parábolas, relacionando-as. A seguir, questione seus alunos: quem vai assumir a missão de ser fermento na farinha? Como você pretende passar de grão a árvore? Como agir como rede que sustenta os peixes. Fomos ensinados a cuidar, física e espiritualmente, uns dos outros com ações práticas.

 

 

RESPOSTAS
1) Duas: colher espigas e curar em um sábado.
2) Histórias cotidianas ilustrando verdades espirituais. 
3) A todos sem distinção (Gl 3.28).

 

LEITURA ADICIONAL
Quando Jesus falou sobre humildade, não fez um discurso, mas pegou uma criança nos braços. Quando falou sobre a influência do mal, não dragou os porões da iniquidade, mas disse que um pouco de fermento leveda a massa toda. […] Tasker, porém, diz que Jesus adotou deliberadamente o método de ensinar por parábolas num particular estágio do seu ministério com o fim de reter a mais ampla verdade sobre ele e o reino dos céus, privando disso as multidões que se tinham mostrado surdas às suas reivindicações e que não foram responsivas aos seus apelos. De agora em diante, quando Jesus se dirige à multidão incrédula, ele fala somente em parábolas (13.34), que privadamente interpreta para os seus discípulos. Resta claro, portanto, dizer que as parábolas do reino não são ilustrações gerais de verdades morais e espirituais fáceis de entender, mas elementos essenciais da revelação de Deus que se estava efetuando concretamente na pessoa e na obra de Jesus, o Messias.
[…]
A parábola do semeador é a porta de entrada para o entendimento de outras parábolas. Essa parábola é uma espécie de chave hermenêutica para a compreensão das outras parábolas. […]
Nessa parábola, Jesus falou sobre seis verdades fundamentais: o semeador, a semente, o solo, a semeadura, o crescimento e a colheita. A parábola revela, ainda, que Jesus não se impressionava com as multidões que o seguiam. A maioria daquelas pessoas que seguia Cristo não produziria frutos dignos de arrependimento. O coração delas era uma espécie de solo pobre. A parábola mostra quatro tipos de solo, que simbolizam quatro tipos de resposta à Palavra de Deus: o coração que não corresponde (13.19), o coração impulsivo (13.20,21), o coração preocupado com outras coisas (13.22) e o coração que corresponde (13.23).
Livro: Mateus: Jesus, o Rei dos reis. (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2019, pp. 416; 418).

 

Estudada em 7 de novembro de 2021

 

Texto Áureo:
“Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram” Mt 13.17

 

Verdade Prática
O discípulo se interessa e procura compreender todos os ensinamentos de Cristo, e tem uma vida feliz e frutífera.

 

Leitura Bíblica Para Estudo: Mateus 13.1-23

 

INTRODUÇÃO

 

I. A OPOSIÇÃO E A FAMÍLIA DE JESUS Mt 12.1-50
1. O sábado Mt 12.11
2. Os fariseus pedem sinal Mt 12.38
3. A casa vazia e a família de Jesus Mt 12.48

 

II. A PARÁBOLA DO SEMEADOR Mt 13.1-58
1. As parábolas Mt 13.3
2. A razão das parábolas Mt 13.10-11
3. A parábola do semeador Mt 13.23

 

III. MAIS PARÁBOLAS DO REINO Mt 13.24-52
1. Joio, mostarda e fermento Mt 13.30
2. O tesouro escondido e a pérola Mt 13.44
3. A rede e as coisas novas e velhas Mt 13.47

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 220 – 15

 

INTRODUÇÃO
Após Jesus fixar os princípios do reino no sermão do monte, demonstrar o seu poder com muitos milagres e chamar os seus discípulos, inicia-se a oposição ao seu ministério. A reação de Jesus foi falar por parábolas que traziam importantes ensinamentos sobre o Reino dos Céus, mas os mantinham ocultos aos que não eram interessados.

 

PARÁBOLAS EXLCUSIVAS DE MATEUS
13.24-30, 36-43 Joio
13.44 Tesouro escondido
13.45,46 Pérola de grande valor
13.47-50 A rede
13.51,52 Tesouro novo e tesouro velho

 

I. A OPOSIÇÃO EA FAMÍLIA DE JESUS (Mt 12.1-50)

1. O sábado (Mt 12.11)
“Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali?”
Em Mateus 12, são narradas duas controvérsias entre Jesus e os fariseus. A primeira se deu porque os discípulos, em um sábado, ao passarem pelas searas, estando como fome, colheram espigas e comeram os grãos (v. 1). Os fariseus os censuraram, afirmando que não era lícito trabalhar no sábado (v. 2). A segunda, é o episódio do homem da mão ressequida. Jesus o curou em um sábado (v. 13).
Cristo admoestou os fariseus porque eles salvavam, em dia de sábado, a ovelha que caísse numa cova, mas o atacavam quando curava e fazia o bem às pessoas. O Senhor condenou a falsa piedade dos fariseus, pois não se preocupavam.
Vê-se o mesmo hoje, quando pessoas comemoram a aprovação do aborto e protestam quando um animal é morto. Não obstante devamos cuidar bem dos animais, os seres humanos – obra prima da criação de Deus – merecem mais atenção, desde a geração no ventre de suas mães.

 

2. Os fariseus pedem sinal (Mt 12.38)
“Então, alguns escribas e fariseus replicaram: Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal”.
Os fariseus, a partir da cura do homem da mão ressequida e de um endemoninhado cego e mudo, passaram a conspirar contra o Senhor, para lhe tirar a vida (Mt 12.14). Jesus afastou-se Deles e continuou a realizar curas (v. 15). Ao lhe trazerem uma pessoa cega e muda, Jesus a curou. A multidão perguntava: “É este, porventura, o Filho de Davi?” (v. 23). Por seu lado, os fariseus murmuravam e diziam que Jesus libertava as pessoas através do poder de Belzebu (v. 24).
Cristo refutou-os, mencionando que os demônios saíam pelo poder do Espírito de Deus, o que demonstrava que era chegado o reino de Deus sobre os homens (v. 28). Jesus afirmou que, por toda palavra frívola dita pelos homens, terão que prestar conta no Dia do Juízo (v. 36-37).
Os fariseus e escribas, então, pediram a Jesus algum sinal (v. 38). Estavam a desafiar o Cristo, para que Ele comprovasse ser o Messias. Conhecendo-lhes o coração mau e corrompido, Jesus disse-lhes que o único sinal que lhes daria seria o do profeta Jonas (v. 39): precisavam se arrepender, como os ninivitas se arrependeram diante da pregação de Jonas. Os fariseus não acreditavam que os milagres de Jesus provinham de Deus. Não lhes adiantaria sinal algum.

 

3. A casa vazia e a família de Jesus (Mt 12.48)
“Porém Jesus respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”
Em Mateus 12.43-45, o Senhor ensina sobre a estratégia do inimigo para destruir o ser humano. O adversário procura casas vazias, que estão varridas e ornamentadas, e a elas retorna trazendo consigo mais do mal – outros sete espíritos – que escraviza a vida humana. O varrer a casa, nesse texto, tem o sentido de retirar dela a graça, a salvação, a santidade e a comunhão com o Senhor. Pelo que se vê, quem retira os bens espirituais não é o maligno, mas o próprio homem, como que convidando o mal para dentro.
Jesus tem a solução para isso: todo aquele que faz a vontade do Pai celeste, Jesus diz: “é meu irmão, irmã e mãe” (v. 50). Em verdade, aqueles que fazem a vontade do Pai são da família de Jesus. Aquele que tem em seu coração a Palavra de Deus e, portanto, a Cristo, recebe todas as bênçãos prometidas em sua Palavra. Assim, a casa vai estar cheia de Deus e de suas bênçãos (1Co 6.19; Ap 3.20), não havendo espaço para os espíritos imundos e, por extensão, há a expectativa do cumprimento da Palavra do Senhor de que a salvação alcançará toda a família (At 16.31).

 

 

II. A PARÁBOLA DO SEMEADOR (Mt 13.1-58)

1. As parábolas (Mt 13.3)
“E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o semeador saiu a semear.”
Em Mateus 13, Jesus profere o seu terceiro grande discurso, edificando sua comunidade, a Igreja, separando-a do mundo, através de parábolas, recurso de linguagem comum à época, em que figuras da natureza ou da vida na terra são utilizadas para que verdades espirituais do Reino dos Céus sejam ensinadas. Em cada parábola há uma verdade espiritual principal, embora outras secundárias também possam existir.
Quatro parábolas são expressadas diante da multidão, mas a explicação delas é dada apenas aos discípulos. Outras quatro parábolas são dirigidas somente aos discípulos. O Senhor lhes expõe o Reino dos Céus e a sua glória, que não tem paralelo na terra.

 

2. A razão das parábolas (Mt 13.10-11)
“Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas àqueles não lhes é isso concedido”.

Por que o Senhor falou por parábolas?
Embora fossem de fácil entendimento, elas exigiam sensibilidade e algum esforço interpretativo para superar algum enigma ou mistério, o que exigiria interesse em aprender ou um pedido de esclarecimentos para o Mestre. Os judeus, em geral, não quiseram saber, havendo uma separação entre os interessados, que queriam seguir a Jesus – e os que não queriam (Sl 78.2 e Mt 13.35).
O método parabólico serviria para a seleção das almas receptivas ao Evangelho, que se aproximavam de Jesus, em um segundo momento, para explicações no privado, tornando-se discípulos e bem-aventurados (Mt 13.16-17).

 

3. A parábola do semeador (Mt 13.23)
“Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um”.
Na parábola didática do Semeador, o Senhor explica, através de quatro espécies de solo, os tipos de pessoas que ouvem o Evangelho, quanto à maneira que o coração a ele reage:
1º) Beira do caminho (coração duro)
– a semente (a Palavra) não penetra e se perde no meio do caminho, pois nada compreende do que ouviu;
2º) Solo rochoso (coração com pouco espaço para Deus) – a semente entra, gera algo bom que, não podendo crescer, já que não desenvolveu raízes fundas e, portanto, não sobrevive às perseguições e críticas – muitas vezes vindas da própria família – por causa da Palavra de Deus; 3º) Entre espinhos (coração com espaço para a Palavra, mas que não frutifica, pois a fascinação das riquezas e a dedicação maior às ocupações do mundo o sufocam; 4e) Boa Terra (coração é boa terra para a semente ser plantada) – Este ouve e compreende a Palavra, tem espaço para a semente e esta germina, vencendo espinhos, cresce e produz muitos frutos a trinta, a sessenta e a cem por um.

 

III. MAIS PARÁBOLAS DO REINO (Mt 13.24-52)
Neste tópico trataremos predominantemente das parábolas registradas somente por Mateus.

1. Joio, mostarda e fermento (Mt 13.30)
“Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro”.
“Jesus explicou que a boa semente Dele (trigo) é semeada nas pessoas e elas a aceitam. Todavia, o inimigo de Deus semeia a semente do mal (joio). Esta é a razão por que há pessoas que frutificam segundo a Palavra e outras que praticam a iniquidade. No final dos tempos, os anjos farão a colheita: “ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade” (Mt 13.41b). E conclui Jesus: “Então, os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça” (Mt 13.43).
“Outra parábola lhes propôs, dizendo: O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo” ( Mt 13.31).
O grão de mostarda, uma pequena semente (Palavra de Deus) vai se tornar uma árvore relevante, que não se acredita da minúscula semente proceder.
O sucesso da semente de mostarda é incrível e desproporcional. A árvore resultante é forte, útil, produtiva, única, diferente e acolhedora (as aves do céu nela repousam). Trata-se de um novo ser, que traz bênçãos aos outros. Jesus promete que será assim com aqueles que recebem e reservam o lugar devido para a Sua Palavra.
“Disse-lhes outra parábola: O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado” (Mt 13.33).
Uma pequena porção da Palavra, caso seja aceita no ser do homem, faz uma obra integral, profunda e intensa, comparável à força do fermento: uma pequenina quantidade produz efeito em toda a massa.

 

2. O tesouro escondido e a pérola (Mt 13.44)
“O Reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo” (Mt 13.44).
Nos tempos antigos, quando em muitos lugares não havia bancos, era costume esconder tesouros no solo. Jesus falou sobre um homem que inesperadamente descobriu um “achado”, e vendeu tudo o que tinha para comprar o campo e obter o tesouro.
Alguns têm interpretado essas duas parábolas como significando que Cristo deu tudo o que possuía para comprar a igreja. Mas, a maioria dos estudiosos as interpreta como significando que devemos valorizar o Reino dos Céus, pois a vida de Deus na alma é o tesouro escondido e a pérola preciosa.  É a nossa maior possessão.
Na parábola da pérola, da mesma forma que na parábola do tesouro escondido, o Senhor mostra que é fundamental encontrar o principal: Jesus. “E, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra” (v. 46). Todo “investimento” possível para ter essa presença é necessário, sobretudo através de uma vida dedicada a Deus.

 

3. A rede e as coisas novas e velhas (Mt 13.47)
“O Reino dos céus é também semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie.”
A mensagem do Evangelho é a rede que pretende alcançar e salvar todas as pessoas, não importando as suas diferenças. Ora, a igreja de Cristo também assemelha-se a uma rede, pois é formada de pessoas que, embora diferentes, são ligadas umas às outras pelo Espírito de Deus, para levar a mensagem de amor do Evangelho e abençoar a todos, sem distinção.
“Então, lhes disse: Por isso, todo escriba versado no Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas” (Mt 13.52). Assim como um pai, que tem responsabilidade e amor ao ensinar, jesus nos chama a sermos discípulos, a aprendermos sua Palavra e a compartilhá-la em toda a sua inteireza. Tudo o que está na Bíblia é relevante para todas as gerações.
O Evangelho é como uma família que tem pessoas de todas as idades; alcança velhos e novos. É sempre atual e completo em todo tempo. O critério de Deus não é se as coisas são velhas ou novas, mas se são boas ou más.

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL
A Palavra deve ser semeada em toda criatura. Os que a aceitam sinceramente produzem frutos, bastando uma pequena porção para regenerar o ser humano.

 

 

RESPONDA
1) Quantas controvérsias são narradas em Mateus 12 e quais são?

2) O que são parábolas?

3) A quem se destina a mensagem do Evangelho?

Um Comentário

  1. 12.1,2 Os fariseus haviam estabelecido 39 categorias de atividades proibidas nos sábados; estas proibições estavam baseadas em interpretações dos mandamentos de Deus e dos costumes judaicos. A colheita era uma das atividades proibidas.
    De acordo com os fariseus, quando os discípulos de Jesus pegaram as espigas e debulharam-nas com as mãos, infringiram as normas. Mas eles colheram espigas para comer, e não por razões comerciais. Não estavam trabalhando no sábado. Entretanto, os fariseus não podiam (e não queriam) enxergar além dos termos técnicos das leis. Não davam lugar a compaixão e estavam determinados a acusar Jesus de cometer delito.

    12.4 – Essa história sobre Davi foi registrada em 1 Samuel 21.16. Toda semana os pães da proposição eram substituídos; os da semana anterior eram comidos pelos sacerdotes. Os pães que Davi comeu foram os recém substituídos. Embora os sacerdotes fossem os únicos com permissão para comer esse pão, Deus não castigou Davi, porque a necessidade dele de alimentar-se era mais importante do que os regulamentos sacerdotais. Ao lembrar este episódio, Jesus estava dizendo aos fariseus que se o condenassem, deveriam condenar também Davi; algo que os líderes religiosos jamais fariam, sem se indispor com o povo. Jesus não demonstrou qualquer conivência com a desobediência aos mandamentos de Deus; apenas enfatizou o discernimento e a compaixão na aplicação das leis.

    12.5 – Os Dez Mandamentos exigiam que o sábado sempre fosse um dia santificado ao Senhor (Ex 20.8-11). Mas os fariseus, de acordo com sua interpretação da lei, criaram uma longa lista de atividades que não poderiam ser praticadas nesse dia, e as
    pessoas foram forçadas a “descansar”. Eles se prenderam a letra da lei. Jesus sempre enfatizou o significado e a finalidade dos mandamentos, mas os fariseus haviam perdido o verdadeiro sentido da lei de Deus e estavam. com todo o rigor, exigindo que ela fosse cumprida de acordo com a interpretação que eles julgavam ser correta.

    A verdadeira finalidade do sábado era proporcionar as pessoas tempo para descansar e adorar a Deus, por isso os sacerdotes tinham permissão de oferecer sacrifícios e conduzir os cultos de adoração, porque seu trabalho no sábado tinha a finalidade de
    servir e adorar a Deus.

    12.6 – Os fariseus estavam tão preocupados com os rituais religiosos, que se esqueceram do verdadeiro propósito do Templo: conduzir o povo a Deus. Pelo fato de Jesus Cristo ser muito superior ao Templo, não há pessoa melhor do que Ele para desempenhar essa tarefa. Deus é muito mais importante do que os meios criados para o adorar. Se nos preocuparmos mais com as formas de adoração do que com aquEle a quem estamos adorando, perderemos Deus de vista, mesmo que imaginemos estar
    oferecendo a Ele nossa adoração.

    12.7 Jesus repetiu aos fariseus as palavras que o povo judeu ouvira inúmeras vezes no decorrer da história de Israel (1Sm 15.22,23; SI 40.6-8: Is 1.11 -17; Jr 7.21-23; Os 6.6). Isso denota que, primeiro, sentimos em nosso coração a vontade de obedecer
    a Deus, somente após ter esta vontade, estaremos em condições de obedecer e cumprir os rituais e os regulamentos religiosos.

    12.8 Quando Jesus disse que era o Senhor do sábado, estava afirmando ser maior do que a lei e estar acima dela. Para os fariseus, isto representava uma heresia. Não percebiam que o Senhor Jesus, o Filho de Deus. havia criado o sábado. O Criador é
    sempre maior do que sua criação, portanto, Jesus tinha autoridade para prevalecer sobre tradições e regulamentos.

    12.10 – Os fariseus tentaram montar uma armadilha para Jesus. Apontaram um homem com a mão mirrada e perguntaram ao Mestre se era legal curar no sábado. De acordo com os fariseus, as pessoas não podiam receber ajuda neste dia, a não ser que a vida delas estivesse em perigo. Jesus havia curado muitas pessoas no sábado, nenhuma delas em situação de emergência. Se Ele tivesse esperado até o dia seguinte, teria se submetido a autoridade dos fariseus e demonstrado que a interpretação deles
    da lei era correta.

    Os fariseus alegavam que, ao curar as pessoas no sábado. Jesus teria contrariado as leis divinas, por esta razão diziam que o poder dEle não vinha de Deus. Mas Jesus provou que a interpretação e aplicação da lei pelos fariseus era desprezível, pois Deus
    ama as pessoas, não as regras. A melhor maneira de oferecer conforto a alguém é quando ela está precisando de auxílio.

    12.10-12 Os fariseus colocavam suas regras acima das necessidades humanas. Estavam tão preocupados por Jesus ter desrespeitado uma dessas normas, que pouco se interessavam pela mão deformada daquele homem.
    Qual é sua atitude em relação aos outros? Se suas convicções não o permitem ajudar certas pessoas, pode ser que não estejam sintonizadas com a Palavra de Deus. Não permita que algum dogma o impeça de enxergar as necessidades de seus semelhantes.

    12.14 Os fariseus tramaram a morte de Jesus porque se sentiram ultrajados. Jesus lhes havia rejeitado a autoridade (Lc 6.11) e exposto o injusto comportamento perante toda a multidão reunida na sinagoga. Jesus havia demonstrado que os fariseus eram mais fiéis ao seu sistema religioso do que a Deus.

    12.15 Até esse momento, Jesus havia confrontado agressivamente a hipocrisia dos fariseus. Mas decidiu retirar-se da sinagoga, antes que um conflito maior pudesse ocorrer, pois ainda não havia chegado a hora de sua morte. Ele ainda tinha muitas lições a ensinar aos discípulos e ao povo.

    12.16 – Jesus não queria que as pessoas curadas contassem a respeito dos milagres operados por Ele, para evitar que fosse procurado por razoes erradas. Isso prejudicaria seu propósito de ensinar, além de despertar falsas esperanças sobre um reino terreno. Porem as notícias se espalharam, e muitos foram a Ele para conferir pessoalmente (ver Mc 3.7,8).

    12.17-21 – O povo esperava que o Messias assumisse o trono de Israel. A profecia de Isaias (Is 42.1-4), citada por Jesus, mostrava que o Messias realmente era Rei. mas explicava de que tipo —um soberano tranquilo e gentil, que traria justiça a todas as nações. Assim como a multidão daquela época, podemos desejar que Cristo reine, trazendo grandes e visíveis vitorias a nossa vida, mas, muitas vezes, a obra de Cristo e silenciosa e acontece de acordo com o seu perfeito cronograma, não com o nosso.

    12.24 – Os fariseus já haviam acusado Jesus de receber poder do príncipe dos demônios (9.34). Tentavam desacreditá-lo, fazendo uso de um argumento falso, motivado pela inveja, ao recusarem-se a acreditar que Jesus fora enviado por Deus, os fariseus o caluniaram, afirmaram que estava associado a Satanás. Jesus demonstrou com muita facilidade que este argumento não passava de uma tolice.

    12.25 – ao encarnar, Jesus temporariamente abriu mão de usar suas habilidades sobrenaturais de forma completa e ilimitada. Porém. Ele possuía um profundo conhecimento da natureza humana. Seu discernimento impediu que os líderes religiosos o colocassem em armadilhas. O Cristo ressuscitado conhece todos os nossos pensamentos. Isto pode ser muito confortante, porque Ele sabe exatamente o
    que queremos dizer quando nos dirigimos a Ele, mas também pode ser uma ameaça, por não podermos esconder-nos. Pois Ele conhece o egoísmo que norteia nossas motivações.

    12.29 A encarnação de Cristo trouxe um grande impacto sobre o poder e o domínio de Satanás. No deserto. Jesus lutou e venceu as tentações do diabo e, por meio da ressurreição, Ele o derrotou com a arma suprema: a morte. No fim. Satanás será vencido para sempre (Ap 20.10) e o mal nunca mais prevalecerá na terra. Jesus tem completo domínio e autoridade sobre tudo; Satanás e todas as suas forças não são páreo para Ele.

    12.30 – É impossível que alguém permaneça neutro a respeito de Cristo. Aquele que efetivamente não o segue, preferiu rejeitá-lo. Quem não luta pelo bem está preferindo ficar afastado de Deus, o único que é verdadeiramente bom. Recusar-se a seguir a Cristo é escolher aliar-se a equipe de Satanás.

    12.31,32 – Os fariseus blasfemaram contra o Espirito Santo quando atribuíram a Satanás o poder pelo qual Cristo realizava os milagres (12.24). Assim, o pecado imperdoável e a deliberada recusa de reconhecer o poder de Deus em Cristo, porque indica uma insensibilidade consciente e irreversível. Às vezes, os crentes se preocupam, pensando que podem ter cometido acidentalmente esse pecado imperdoável. Mas somente aqueles que deram as costas a Deus e rejeitaram toda a fé devem ter motivos para se preocupar. Jesus disse que estes não poderão ser perdoados, não porque seu pecado seja pior do que qualquer outro, mas porque jamais pedirão perdão. Aquele que rejeita a assistência do Espirito Santo afasta-se da única forca que poderia levá-lo ao arrependimento e a sua restauração com Deus.

    12.34-36 Jesus nos lembra que aquilo que dizemos revela o que existe em nosso coração. Que tipo de palavras você profere? Elas são a indicação do que está em seu coração. Entretanto, você não pode resolver esse problema apenas eliminando as
    palavras torpes. É necessário permitir que o Espirito Santo encha sua mente com novas motivações e atitudes, então, seu coração ficará purificado.

    12.38-40 – Os fariseus pediram a Jesus outro sinal miraculoso, mas não estavam sinceramente interessados em conhecê-lo. Jesus sabia que já haviam visto o suficiente para se convencerem de que Ele era realmente o Messias: bastava apenas que abrissem o coração. Mas os fariseus já haviam decidido que não creriam crer. Jesus, assim, mais milagres não mudariam a opinião deles. Muitas pessoas dizem: “Se eu visse um verdadeiro milagre, creria realmente em Deus”. Mas a resposta de Jesus aos fariseus também vale para nós. Temos muitas evidências – o nascimento, a vida, a morte, a ressurreição, a ascensão de Jesus e um número incontável de testemunhos de sua obra na vida de crentes em todo o mundo — então, ao invés de procurar mais provas ou milagres, devemos aceitar o que Deus já nos concedeu e seguir em frente. Ele pode usar nossa vida como uma evidência para alcançar outras pessoas.

    12.39-41 – Jonas foi um profeta, enviado a cidade assíria de Nínive (leia o livro de Jonas). Pelo fato de a Assíria ser uma nação ímpia e muito cruel, Jonas tentou fugir de sua missão, e teve de passar três dias no ventre de um enorme peixe até aceitar a vontade de Deus. Quando o profeta saiu do interior do peixe, de mau grado, dirigiu-se a Nínive para pregar a mensagem de Deus, e viu os ninivitas se arrependerem. Mas quando Jesus dirigiu-se a seu povo, aconteceu o contrário, eles recusaram arrepender-se.
    A alusão de Jesus a história de Jonas no ventre do grande peixe dizia respeito a sua morte e ressurreição. Exatamente como Jonas, que retornou a praia depois de três dias no ventre do peixe, o Messias voltaria a vida, após o mesmo período.

    12.41.42 Na época de Jonas. Nínive era a capital do Império Assírio. Era conhecida por seu poder e iniquidade (Jn 1.2). Mas todos os seus habitantes se arrependeram por meio da pregação de Jonas. Os ninivitas não foram os únicos gentios a reconhecerem
    a verdade sobre Deus. A rainha de Sabá percorreu uma longa distância para ver Salomão, rei de Israel, e verificar a grande sabedoria de Deus sobre o monarca (1 Rs 10.1-10; ver também a nota sobre Lc 11.31,32 para obter mais informações
    sobre a rainha do Sabá).
    Alguns gentios demonstraram entender a verdade a respeito de Deus quando lhes foi apresentada, ao contrário dos líderes religiosos judeus que a ignoraram, embora ela estivesse perante seus olhos. Como você responde as evidências e a verdade que fazem parte de sua vida?

    12.43-45 Nessa passagem, Jesus estava descrevendo a atitude da nação de Israel, particularmente dos líderes religiosos. Remover de sua vida o pecado, sem preenchê-la com Deus, deixará um grande espaço vazio que pode ser ocupado por Satanás.

    O livro de Esdras registra como as pessoas se libertaram da idolatria, mas deixaram de substituí-la pelo amor e pela obediência a Deus. Libertar nossa vida do pecado é o primeiro passo. Mas devemos também dar o segundo, que é encher nossa vida com a Palavra de Deus e com o Espirito Santo. Pessoas vazias e complacentes representam um alvo fácil para Satanás.

    12.46-50 ao fazer esse comentário, Jesus não estava negando qualquer responsabilidade em relação a sua família terrena, pelo contrário, estava criticando os líderes religiosos por não obedecerem ao mandamento do AT, quanto a honrar os pais (15.1-9). Na cruz. Jesus demonstrou cuidado com a segurança de sua mãe (Jo 19.25-27), e há evidências de que Maria e os irmãos de Jesus estavam presentes no cenáculo por ocasião do Pentecostes (At 1.14; 2.1). Assim, as declarações de Jesus nessa passagem apenas enfatizam que os relacionamentos espirituais trazem tantos compromissos quanto os familiares, e que Ele estava abrindo o caminho para uma nova comunidade de crentes (a Igreja universal), que seria nossa família espiritual.

    13.2,3 Jesus se utilizava de muitas parábolas (13.34), quando falava às multidões. O que caracteriza essas narrativas são as comparações entre coisas familiares e coisas desconhecidas, a fim de nos ajudar a compreender algo superior, verdades espirituais, por meio de realidades e relacionamentos cotidianos. As parábolas de Jesus levam os ouvintes a descobrir a verdade e, ao mesmo tempo, escondem-na daqueles que são demasiadamente preguiçosos ou obstinados para enxergá-la, aos que, sinceramente, estão à procura de Deus, a verdade se torna completamente inteligível. Mas devemos ter cuidado para não interpretar mal as parábolas, atribuindo-lhes um sentido inadequado. Cada parábola tem o seu significado, a não ser que o próprio Senhor Jesus Cristo tenha especificado algum outro para cada uma delas.

    13.8 – Essa parábola é para encorajar os “lavradores espirituais” — aqueles que ensinam, pregam e procuram conduzir outras pessoas ao Senhor. O lavrador planta boas sementes, mas nem todas brotam; até as plantas têm diferente destino.
    Não desanime caso você nem sempre veja os resultados, quando fielmente ensina a Palavra. A fé não pode obedecer a uma fórmula matemática (uma proporção fixa entre as sementes plantadas e as que brotam). Na verdade, o Espírito Santo faz um milagre ao usar suas palavras para fazer nascer a fé em Cristo no coração de outras pessoas.

    13.9 – Os ouvidos humanos escutam muitos sons, mas existe uma forma mais profunda de ouvir que resulta em entendimento espiritual. Se você procurar sinceramente conhecer a vontade de Deus, terá uma “audição espiritual’’ e essas histórias lhe trarão uma nova perspectiva.

    13.10 ao falar por meio de parábolas, Jesus não estava escondendo a verdade de seus sinceros seguidores, porque aqueles que eram receptivos a verdade espiritual entendiam as ilustrações dEle. Para os outros, eram apenas histórias sem qualquer
    significado prático. Isso permitia a Jesus distribuir alimento espiritual aos que ansiavam por Ele e, ao mesmo tempo, evitava que seus inimigos o expusessem a armadilhas.

    13.12 – Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Essa frase significa que somos responsáveis por utilizar corretamente aquilo que temos. Quando as pessoas rejeitam Jesus, sua insensibilidade sempre afasta ou torna inútil qualquer entendimento que possam ter, por menor que seja.

    13.22 – É fácil concordar com Cristo quando não temos intenção alguma de obedecer-lhe. E fácil denunciar os infortúnios dessa vida, o engodo das riquezas e, ainda assim, nada fazer para mudar nosso comportamento. À luz da vida eterna com Deus, será que suas atuais preocupações são justificadas? Se tivesse alcançado tudo o que deseja,
    mas estivesse privado da vida eterna com Ele, será que as coisas alcançadas seriam tão desejáveis?

    13.23 – Os quatro tipos de solo representam as diferentes respostas a mensagem de Deus. As pessoas respondem de forma diferente, porque estão em distintas condições. Algumas são insensíveis, outras descuidadas, muitas estão contaminadas por preocupações que lhes trazem distrações, e há as que são receptivas. Como a Palavra de Deus se enraizou em sua vida? Que espécie de solo e você?

    13.24ss Jesus nos revela o significado dessa parábola nos versículos 36 a 43.
    Todas as parábolas no cap. 13 ensinam a respeito de Deus e de seu Reino. Explicam como este Reino realmente é.
    Ao contrário das nossas expectativas, o Reino não é um lugar, no sentido geográfico, mas um império espiritual, em que Deus reina e podemos compartilhar a vida eterna com Ele. Passamos a fazer parte deste Reino quando confiamos em Cristo como
    nosso Salvador.

    13.30 – As tenras hastes do trigo se parecem com as do joio (erva daninha), e não podem ser diferenciadas até que cresçam e estejam prontas para a colheita. O joio (os incrédulos) e o trigo (os crentes) devem crescer lado a lado no campo (o mundo).
    Deus permite que os incrédulos vivam perto dos crentes por algum tempo, da mesma maneira que o lavrador tolera as ervas daninhas em seu campo para que o trigo que as circunda não seja arrancado com elas. Entretanto, por ocasião da colheita (o Juízo), o joio será arrancado e lançado fora. O juízo de todos os povos se aproxima. Devemos estar prontos para esta ocasião, assegurando-nos de que nossa fé seja sincera.

    13.31,32 – A semente da mostarda era a menor semente usada pelo lavrador. Jesus empregou essa parábola para mostrar que o Reino tem um início modesto, mas crescerá e produzirá grandes resultados.

    13.33 – Em outras passagens da Bíblia, o fermento é usado como símbolo do mal, do pecado e da impureza. Mas aqui e um símbolo positivo do crescimento. Embora o fermento pareça ser um ingrediente sem importância, permeia todo o pão. Embora o
    Reino tenha um começo muito pequeno, quase imperceptível, logo crescerá e causará um grande impacto no mundo.

    13.40-43 No fim do mundo, os anjos separarão os bons dos maus. Hoje em dia, podem existir os cristãos falsos e os verdadeiros nas igrejas, mas devemos ter muito cuidado com nossos julgamentos, porque somente Cristo está qualificado para fazer
    a separação final entre eles. Se você começar a julgar as pessoas poderá causar algum dano ao “trigo”. E mais importante julgar nossas atitudes do que analisar as dos outros.

    13.42 – Muitas vezes, Jesus empregou esses termos quando se referiu ao Juízo futuro. O pranto indica tristeza ou remorso e o ranger de dentes mostra extrema dor e/ou ansiedade. Aqueles que afirmam não se importar com o que acontecerá depois da morte não avaliam o que estão dizendo. Serão castigados por terem vivido com egoísmo e indiferença a Deus.

    13.43 – No Reino de Deus, aqueles que irão brilhar como o sol contrastam com os que receberam castigo. Uma ilustração semelhante foi usada em Daniel 12.3.

    13.44-46 – O Reino dos céus é mais valioso do que qualquer outra coisa que possamos ter, e devemos estar dispostos a desistir de tudo para alcançá-lo. O homem que descobriu o tesouro no campo havia tropeçado nele acidentalmente, mas conhecia muito bem o seu valor, e o mercador estava muito empenhado em encontrar uma pérola de grande valor e, quando a encontrou, vendeu tudo o que tinha para comprá-la.

    13.47-49 – A Parábola da Rede tem um ensinamento semelhante ao da Parábola do Joio. Devemos obedecer a Deus e falar aos outros sobre sua graça e bondade, mas não podemos decretar quem merece ou não o Reino dos céus. Essa determinação será feita no Juízo final por aquele que é infinitamente mais qualificado do que nós.

    13.52 – Todos aqueles que compreendem o verdadeiro propósito de Deus, tal como foi revelado no AT, possuem um grande tesouro. O AT indica o caminho para o Messias. Jesus sempre confirmou a autoridade e relevância das Escrituras, mas existe um benefício duplo para os que compreendem os ensinamentos dEle sobre o Reino dos céus. Esse era o novo tesouro que Jesus estava revelando.

    Tanto os ensinamentos antigos como os novos fornecem diretrizes práticas para desenvolvermos a fé e vivermos no mundo. Os mestres da lei, entretanto, mostraram-se presos aos antigos ensinamentos e cegos em relação aos novos. Buscavam um reino futuro, precedido pelo Juízo, no entanto.

    Jesus ensinou que o Reino estava presente e que o juízo aconteceria no futuro. Os líderes religiosos esperavam um reino terreno e temporal (que se estabeleceria mediante uma rebelião militar, liderada pelo Messias), mas não viam a importância espiritual do Reino apresentado por Cristo.

    13.55 – Os habitantes da terra natal de Jesus conheciam-no desde sua tenra infância e a sua família, mas não podiam crer em sua mensagem. Estavam muito próximos. Jesus tinha ido a eles como profeta, como aquele que os desafiava a responder a uma verdade espiritual incomum. Não deram ouvidos a mensagem eterna, porque não conseguiam enxergar além do homem.

    13.57- Jesus não foi o primeiro profeta a ser rejeitado no próprio país. Jeremias também experimentou esta rejeição em sua terra natal, até mesmo por membros de sua própria família (Jr 12.5,6).

    13.58 – Jesus realizou poucos milagres em sua terra “por causa da incredulidade deles”. A descrença cega as pessoas quanto a verdade e rouba-lhes a esperança. Essas pessoas perdem o Messias. Qual é a medida de sua fé? Se não pode reconhecer a obra de Deus, talvez o motivo seja a sua incredulidade. Creia e peça a Deus que realize uma poderosa obra em sua vida e espere que Ele aja. Olhe com os olhos da fé.