Lição 8: Êxodo 20 – Os Dez Mandamentos

LIÇÃO 8: ÊXODO 20: OS DEZ MANDAMENTOS

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Êxodo 20 há 26 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Êxodo 20.1-21 (5 a 7 min.).

Caro(a) professor(a)! Na aula passada vimos como Deus cuida do seu povo, agora veremos como nos instrui com as dez palavras mais importantes das nossas vidas, pois ele mesmo as determinou. Ninguém está isento de cumprir as máximas leis morais, justamente porque somos seguidores de Jesus, o único que as obedeceu perfeitamente. Quanto a nós, temos a tarefa de aplicar os mandamentos às nossas vidas. Portanto, cabe-nos falar contra o aborto; contra a ideia de que há qualquer outro deus e contra qualquer forma de abuso e promiscuidade sexuais. Que tal começar por esses compromissos? Essa postura fiel a Deus certamente nos fará rejeitados pelo mundo, mas isso só prova que estamos no caminho certo.

 

OBJETIVOS
• Ressaltar a importância dos Dez Mandamentos.
• Alertar para a moralidade de Deus.
• Contextualizar os Dez Mandamentos.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Um ótimo começo de aula seria pensar no quanto a sociedade mundial tem criado leis e morali- dades que desprezam os mandamentos de Deus. O liberalismo de costumes tem causado em muitos irmãos a sensação de permissivi- dade, de um “tudo é permitido”. Contudo, o Deus de amor que nos concede sua Graça é também um Deus moral e de juízos perfeitos. A disciplina moral dos mandamentos nos conserva no caminho da santidade. Uma vida conforme os mandamentos é a garantia de uma vida com Jesus.

 

RESPOSTAS
1) Que Deus é um ser moral, pessoal e sábio.

2) São aqueles cujo foco é o próprio Deus.

3) Honrarás pai e mãe; não matarás.

 

LEITURA ADICIONAL
Deus fala de muitas maneiras aos filhos dos homens; pela consciência, por providências, por sua voz, a todas as quais devemos atender cuidadosamente; porém, nunca falou, em momento algum, como na ocasião em que deu os Dez Mandamentos. Deus já dera esta lei ao homem anteriormente, escrita em seu coração; porém, o pecado a desfigurou tanto que foi necessário relembrar o conhecimento dela.
(-)
O primeiro mandamento refere-se ao objeto de adoração, Jeová, e somente a Ele. Aqui se proíbe a adoração a criaturas; porém, o mandamento vai muito mais além. Aqui se proíbe amar, desejar, deleitar-se ou esperar algo que tenha natureza pecaminosa. Transgride este mandamento tudo aquilo que não seja amor, gratidão, reverência ou a adoração perfeita. “Tudo o que fizerdes, fazei-o para a glória de Deus”.
O segundo mandamento refere-se à adoração que devemos render ao nosso Deus. Proíbe-se fazer imagens ou retratos da divindade em qualquer forma, ou para qualquer que seja o propósito; proíbe-se o ato de adorar a qualquer criatura, imagem ou quadro; porém, o alcance espiritual deste mandamento vai muito mais além. Aqui se proíbe todo tipo de superstição e o emprego de invenções puramente humanas para a adoração a Deus.
O terceiro mandamento refere-se à maneira de adorar, que seja com toda a reverência e seriedade possível. Os votos falsos são proibidos. Toda alusão leviana a Deus e toda maldição profana é uma horrível transgressão deste mandamento. Não importa se palavras com ou sem sentido são utilizadas. Todo gracejo profano com a Palavra de Deus ou com as coisas sagradas e todas as coisas semelhantes violam este mandamento, e não há proveito, honra nem prazer nelas. O Senhor não terá como inocente aqueles que tomam o seu nome em vão.
Livro: Comentário bíblico de Mathew Henry. Editora (CPAD, 2004).

 

Estudada em 21 de agosto de 2022

 

LIÇÃO 8: ÊXODO 20: OS DEZ MANDAMENTOS

 

Leitura Bíblica Para Estudo Êxodo 20.1-21

 

Texto Áureo:
“Então, falou Deus todas estas palavras.” Êx 20.6

 

Verdade Prática
Os Dez Mandamentos formam o sustentáculo ético fundamental da civilização humana.

 

INTRODUÇÃO

 

I. OS DEZ MANDAMENTOS Êx 20.1-6
1. Seu autor é Deus Êx 20.1
2. Sua importância Êx 20.2
3. Relação com o Novo Testamento Êx 20.1

 

II. MANDAMENTOS VERTICAIS Êx 20.3-8
1. Não terás outros deuses Êx 20.3
2. O uso do nome de Deus Êx 20.7
3. O sábado de descanso Êx 20.8

 

II. MANDAMENTOS HORIZONTAIS Êx 20.12-17
1. Honrarás pai e mãe e não matarás Êx 20.12,13
2. Não adulterarás e não furtarás Êx 20.14,15
3. Não dirás falso testemunho e não cobiçarás Êx 20.16,17


APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 75 – 499

 

INTRODUÇÃO
Os Dez Mandamentos eram parte da aliança entre Deus e Israel quando Ele libertou a nação para si e fez dela um povo especial. É curioso que nove desses mandamentos são repetidos nas epístolas do Novo Testamento, sugerindo que devem ser obedecidos pela Igreja. O único que não aparece é o mandamento que determina a guarda do sábado, indicando expressamente não ser necessária sua guarda (Cl 2.16,17; Mc 2. 27,28).

I. OS DEZ MANDAMENTOS (Êx 20.1-6)
Neste tópico, veremos aspectos gerais dos Dez Mandamentos, necessários para uma adequada compreensão destes.

1. Seu autor é Deus (Êx 20.1)
“Então, falou Deus todas estas palavras “
O autor dos Dez mandamentos é Deus. Moisés é apenas o emissário. Êxodo 31.18 os chama de “tábuas do testemunho” e diz que foram escritas pelo “dedo de Deus”. Em Êxodo 32.16 está dito que “eram obra de Deus e tinham a sua escritura.”
Os Dez Mandamentos revelam alguns aspectos do seu autor: a) Sua moralidade. Somente um Deus moral poderia revelar mandamentos com elevado sentido moral; b) Sua pessoalidade. O Deus revelado nas Escrituras não é uma energia impessoal ou uma coisa. É uma pessoa e, como tal, quer se relacionar com Suas criaturas. Ele fala, se comunica e revela Sua vontade. Por isso a Bíblia é chamada de “Palavra de Deus”; c) Sua sabedoria. Se os Dez Mandamentos fossem cumpridos e observados, o mundo seria um paraíso. Não haveria crimes, os relacionamentos humanos seriam honrados e Deus glorificado.

 

2. Sua importância (Êx20.2)
“Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”
Os Dez Mandamentos são uma das mais conhecidas seções da Bíblia e uma das peças de literatura religiosa mais importantes do mundo. A expressão hebraica que os nomeia ocorre três vezes no Antigo Testamento (Êx 34.28; Dt 4.13; 10.4) e significa literalmente “dez palavras” (deka, “dez” e logos, “palavra”).
Antes de dar a lei moral ao Seu povo, Deus o resgatou da escravidão e lhe propôs uma aliança, aceita pelo povo (Êx 19.4-8) e posteriormente selada com sangue (Êx 24.1- 11). Com o pacto firmado, Israel se submeteria à Lei de Deus, o que implicaria agir de maneira peculiar em relação aos outros povos. O objetivo do decálogo era santificar a nação de Israel de modo que ela pudesse refletir o caráter santo de Deus.

 

3. Relação com o Novo Testamento (Êx 20.6)
“E faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.”
Qual a relação dos Dez Mandamentos com a Nova Aliança? Eles são aplicáveis ainda hoje? Devemos obedecer a todos ou apenas a alguns? O que eles significam à luz da revelação de Deus em Cristo? Ao estudar o Antigo Testamento temos de interpretá-lo à luz do Novo Testamento, que é a revelação final de Deus.
Então os Dez mandamentos são coisas do passado? Perderam seu valor? Absolutamente! Essa confusão se dá porque muitos não conseguem perceber os diferentes tipos de leis ou mandamentos: a) Lei moral. Essa lei é eterna, não caduca. Daqui a mil anos, adultério, idolatria, assassinato continuarão sendo pecados; b) Lei cerimonial. São leis que tinham “data de validade”, estendendo-se até o Calvário. A finalidade destas leis era mostrar aquilo que Cristo faria. Elas foram importantes, mas já cumpriram seu propósito. O sacrifício de animais é um exemplo, ou ainda a Páscoa; c) Lei civil. São leis que serviam para distinguir Israel das demais nações. São aquelas leis que regiam as divisões da terra, guerras, dívidas etc.

 

 

II. MANDAMENTOS VERTICAIS (Êx 20.3-8)
Os Dez mandamentos contêm duas divisões básicas: Os primeiros quatro, cujo foco é Deus, são chamados de verticais, e os seis últimos, cujo foco está no próximo, são chamados de horizontais. Seguiremos essa divisão didática.

1. Não terá outros deuses (Êx20.3)
“Não terás outros deuses diante de mim”
Os dois primeiros mandamentos se complementam. No primeiro Deus diz que não se deve servir outros deuses e no segundo proíbe a fabricação de ídolos e imagens de qualquer coisa no céu, na terra e embaixo da terra. Essa proibição inclui o próprio Deus, ou seja, Ele não pode ser confinado aos limites de imagens, pessoas, símbolos ou qualquer outra coisa, pois é Espírito. Ele deve ser adorado sem o uso de imagens.
O primeiro mandamento não é, essencialmente, uma proibição à adoração de outros deuses, como se Deus temesse rivais, mas uma afirmação de que não existem outros. Os outros “deuses” são apenas ídolos fabricados pelo homem. Deus é único.

 

2. O uso do nome de Deus (Êx 20.7)
“Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.”
O nome de DEUS não é amuleto verbal, nem senha para ser usado em vão. Deve ser usado com cuidado e reverenciado. Em Êxodo 3.14, Deus já revelara a Moisés seu nome: EU SOU O QUE SOU. É o nome pessoal de Deus. Os comentaristas mais conceituados rejeitam a transliteração para “Jeová” preferindo Yahweh (lê-se Iave). É o tetragrama sagrado e inefável (YHWH) acrescido, séculos mais tarde, de algumas vogais para ajudar os leitores. A versão Almeida Atualizada (ARA) traduz o nome de Deus para SENHOR.
Como seguidores do Novo Testamento, nós também temos um nome inefável e acima de todos os nomes, o nome de Jesus (Fp 2.9-11). Ser cristão é se identificar e reverenciar o nome de Jesus expressando seu caráter em nós. Em mais de vinte ocasiões, somente no evangelho de João, Jesus usou a expressão “EU SOU” em relação a si próprio, sendo que em sete delas ele usa metáforas que aponta para algum aspecto da sua obra como, por exemplo: “Eu Sou o pão da vida” (Jo 6.35); “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12). O nome de Jesus também não é amuleto verbal, nem senha espiritual. Deve ser reverenciado.

 

3. O sábado de descanso (Êx 20.8)
“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar.”

A questão de um dia semanal para descanso e adoração encontra muita discussão modernamente. Devem os cristãos guardar o sábado? O Novo Testamento nos diz que Jesus é o Senhor do sábado e que este apontava para sua própria obra. A palavra “sábado” não significa sétimo dia, ela vem de uma raiz hebraica que significa descansar ou cessar.
Depois da ressurreição de Cristo, os cristãos passam a guardar o domingo, em vez do sábado, porque eles entenderam que o dia do descanso falava sobre redenção. O sábado marca o fim da obra da criação e o domingo o fim da obra da redenção.
Jesus Cristo consumou a obra da redenção na cruz e ressuscitou no domingo (Mt 28.1-6). Ele apareceu aos seus discípulos no domingo (Jo 20.19-29). Num domingo, o Espírito Santo foi derramado (At 2.1-4). Num domingo, a igreja cristã se reunia para ofertar e adorar (1Co 16.2) e celebrar a ceia (At 20.7). Num domingo Jesus apareceu a João na Ilha de Patmos para trazer-lhe a revelação apocalíptica (Ap 1.10). Desde então, a igreja cristã, ao longo dos séculos tem separado o primeiro dia da semana, o dia do Senhor, para dedicar-se e consagrar-se a Deus e à sua obra. Cristo é nosso descanso. Nele nós descansamos. Um comentarista diz algo interessante: “Cristo levou o sábado com ele para o túmulo e de lá trouxe o dia do Senhor na manhã da ressurreição”.

 

 

III. MANDAMENTOS HORIZONTAIS (Êx 20.12-17)
A ordem e a estrutura dos Dez Mandamentos é perfeita e plena de sentido. Nosso relacionamento com Deus determina como serão os nossos relacionamentos com as demais pessoas.

 

1. Honrarás pai e mãe e não matarás (Êx 20.12,13)
“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.”; “Não matarás.”
Tudo começa em casa, na forma como tratamos nossos pais. Grande parte das crises e problemas do mundo é oriunda de famílias desajustadas. O quinto mandamento nos mostra como o filho deve agir com seus pais. “Honra o teu pai e a tua mãe” é a ordem inicial. É mais do que “obedece a teu pai e a tua mãe”. É honra. Isso vai além da mera obediência, ainda que esta esteja implícita. Honrar é tributar peso, dar dignidade, reconhecer sua autoridade.
O sexto mandamento é o menor de todos: não matarás. Contém somente dez letras. Seu conteúdo é simples: uma pessoa não pode tirar a vida de outra. Sugiro lermos também Gênesis 9.6: “Quem derramar sangue de homem, pelo homem terá o seu sangue derramado; porque Deus fez o homem à sua imagem”. Não matar é bem mais do que não dar um tiro em alguém. Há várias formas de assassinar alguém: a) Por omissão; b) Por falta de misericórdia. Oprimir alguém economicamente, prejudicá-lo nos negócios, fraudá-lo ou desviar recursos públicos são também formas de matar, talvez a longo prazo; c) Há assassinatos por palavras. O mau uso da língua tem matado a muitos. Palavras duras, falsas, cruéis e impensadas matam. Há, inclusive, assassinatos cometidos do púlpito através de microfones por homens religiosos.

 

2. Não adulterarás e não furtarás (Êx 20.14,15)
“Não adulterarás.”; “Não furtarás.”
Uma coisa que deve ficar claro é que ao proibir algo (mandamentos negativos), Deus estava ordenando o seu inverso. O sétimo mandamento implica a ideia de devassidão, de fornicação, sexo antinatural.” Mais tarde tomou o sentido mais restrito de uma relação extramatrimonial. A finalidade clara do mandamento é a proteção da família. Nossa cultura massifica o sexo tornando-o algo banal. A glorificação do sexo e o apelo à sensualidade são muito fortes em nossos dias. Há, inclusive, aqueles que relativizam o adultério dizendo que foi “só sexo”. Jesus ultrapassa o mero aspecto legal e diz que o adultério pode existir sem que o ato em si tenha sido consumado (Mt 5.27,28). Quando o ato é praticado, o pecado já aconteceu, na mente e no coração cheio de lascívia (Mt 15.19). Por essa razão o Novo Testamento enfatiza a pureza mental, mais do que a sexual. Porque a primeira produzirá a segunda (Fp 4.8).
O oitavo mandamento – Não furtarás – é uma exortação a se respeitar a propriedade alheia. A forma negativa do mandamento é clara: Não se deve possuir nada que não se tenha conseguido honestamente. Furto é diferente de roubo. Furto é apropriar-se de algo sem violência, enquanto roubo acontece quando há violência ou ameaça.  Se proíbe o furto, o que se dirá do roubo que exige violência?

 

3. Não dirás falso testemunho e não cobiçarás (Êx 20.16,17)
“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.”
A preocupação do nono mandamento era com a possibilidade de alguém jurar falso num tribunal em Israel. As consequências seriam irreparáveis, podendo implicar na morte da pessoa acusada. Mas a abrangência vai além. Significa que deve haver verdade no falar. Uma língua falsa, fofoqueira e caluniadora tem sido um problema até em muitas igrejas.
Como se fala mal das pessoas. Chega a ser quase um divertimento para alguns.
O décimo mandamento – Não cobiçarás pessoas ou bens do próximo – está na esfera dos sentimentos. É um desdobramento do sexto, sétimo e oitavo. Se o sexto mandamento proibia o assassinato, o sétimo o adultério e oitavo o furto, esse proíbe a motivação. Vai mais fundo que os anteriores, pois cuida da base. A ordem dos mandamentos é inteligentíssima: primeiro, Deus; depois, a família; depois o próximo e, por fim, as coisas.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Jesus não cancelou nem modificou a lei de Moisés. Ele a cumpriu integralmente e nos capacita, pelo Espírito Santo, a vivermos de modo santo e irrepreensível.

 

RESPONDA:

1) Segundo a lição, o que os Dez Mandamentos revelam sobre a pessoa de Deus?

 

2) Na classificação dos Dez mandamentos, o que significa a expressão “mandamentos verticais”?

 

3) Mencione dois dos mandamentos horizontais aprendidos na lição.

 

 

COMENTÁRIOS:

 

Por que os Dez Mandamentos eram necessários para a

nova nação de Deus? Ao pé do monte Sinai. Deus mostrou ao

seu povo a verdadeira função e beleza de suas leis. Os mandamentos

foram criados para conduzir Israel a uma vida de santidade

pratica. Neles, o povo poderia ver a natureza de Deus e seu

plano, segundo o qual deveriam viver. As ordenanças e diretrizes

tinham em vista direcionar a comunidade a atender as necessidades

de cada indivíduo, de maneira amorosa e responsável. Na

época de Jesus, porém, a maioria das pessoas olhava para a lei

de modo errado; viam na como um meio de prosperidade, tanto

neste mundo quanto no vindouro. Além disso, pensavam que

obedecer a cada lei era o caminho para ganhar a proteção de

Deus contra invasões estrangeiras e desastres naturais. Guardar

a lei tomou-se um fim em si mesmo, e não o meio para cumprir

a suprema lei de Deus. que é o amor.

20.1-6 – Os israelitas tinham acabado de chegar do Egito, uma

terra de muitos ídolos e deuses. Porque cada deus representava

um aspecto diferente da vida. era comum adorar muitos deuses a

fim de conseguir o número máximo de bençãos. Quando Deus disse

ao povo para adora-lo e nEle crer, isto não foi algo tão difícil —

Ele seria apenas mais um deus acrescentado a lista. Mas ao dizer-

lhes que deveriam adorar somente a Fie o povo teve dificuldade

de aceitar. O fato e que se eles não aprendessem que o Deus

que os tirara do Egito era o único Deus verdadeiro, não poderiam

ser o seu povo — não importa quão fielmente guardassem os outros

nove mandamentos. Assim. Deus fixou este mandamento em primeiro lugar e o enfatizou mais que os outros. Hoje. podemos

permitir que muitas coisas se tornem nossos ídolos (dinheiro,

fama, trabalho ou prazer) quando nos concentramos excessivamente

nelas em busca de identidade pessoal, significado da vida

e segurança. Inicialmente, ninguém se posiciona com intenção de

adorar estas coisas, mas. após algum tempo de dedicação, elas

transformam-se nos deuses que por fim controlarão nossos pensamentos

e esforços. Dedicar a Deus o lugar central em nossa

vida impede que estas coisas se tornem ídolos.

20.7 – O nome de Deus e especial porque traz a sua identidade

pessoal. Usá-lo da maneira frívola ou em uma maldição e tão comum

hoje, em alguns idiomas, que podemos falhar em perceber

como isto e sério. O modo como usamos o nome de Deus transmite

como realmente nos sentimos a respeito dEie. Devemos

respeita Io e usá-lo apropriadamente, mencionando-o em louvor

e adoração não em maldições ou gracejos. O abuso ou a

desonra do nome de Deus tem de ser visto com seriedade.

20.8-11 * O sábado era um dia reservado ao descanso e a adoração.

Deus ordenou um “sábado” porque o ser humano precisa passar

um tempo tranquilo em adoração e descanso a cada semana.

O Deus que se preocupa até mesmo em dar nos um dia semanal

para descansar e realmente maravilhoso, e observar um dia regular

em nosso mundo agitado demonstra como Ele e importante para

nos, além de termos o benefício de renovar o nosso espirito.

N do E Como cristãos, não temos mais necessidade de observar

o sábado como o faziam os judeus. Estes, induzidos por

suas tradições que nenhum compromisso tinha com a reta

justiça de Deus acabaram por transformar o sábado num fardo

insuportável. Veio Jesus, porem, e declarou-se Senhor até do

sábado (Mt 12.8). Ele afirmou, ainda, que o sábado foi estabelecido

por causa do homem, e não o homem por causa do sábado

(Mc 23.27). O que isto significa? Hm primeiro lugar, que Deus

destacou um dia especial para o homem descansar de suas

fadigas, e dedicar todo esse dia para adorar o Criador. Infelizmente,

há muitos cristãos que se deixam escravizar pelo sábado

como o faziam os fariseus. Atentemos a esta advertência de

Paulo: ‘Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber,

ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados”

(Cl 2.16).

Com a ressurreicao rio Senhor Jesus no primeiro dia da semana,

os cristaos passaram a dedicar este dia como o seu periodo regular

de adoracao (Mt 28.1: At 20.7; 1 Co 16.2).

Por conseguinte, dediquemos este primeiro dia da semana, que

o o domingo, conhecido tambom como o Dia do Senhor, para o

dedicarmos inteiramente ao culto divino. Nao deixemos que o

ativismo, ou a ansia de ganhar dinheiro, privem-nos deste periodo

regular de adoracao. Nao nos esquecendo, e claro, das outras

atividades da igreja local durante a semana.

20.12 Este e o primeiro mandamento que vem acompanhado de

uma promessa. Para viver em paz por muitas geracoes na Terra

Prometida, os israelitas precisavam respeitar a autoridade e construir

familias fortes. Mas o que significa “honrar” os pais? Em parte,

o falar bem deles e trata-los de forma atenciosa; e mostrar-lhes

cortesia e respeito (mas rao se deve obedecer-lhes caso isto signifique

desobediencia a Deus). Tambem e seguir o seu ensino e

exemplo de por Deus em primeiro liigar. Os pais tem um lugar especial

na visao de Deus. Mesmo os fiihos com dificuldades no relacionamento

com os pais sao exortados a honra-los.

20.16 Testemunhar falsamente significa mentir em um tribunal.

Deus sabia que Israel não poderia sobreviver a menos que seu

sistema de justica fosse incorruptivel. Devemos ser honestos em

nossa vida pessoal, como tambem em nossas declaracoes publicas.

Em uma ou outra situacao, “testemunhamos falsamente”

quando excluimos alyo de uma historia, dizemos uma meia-verdade,

torcemos os fatos ou inventamos algo falso. Deus nos

alerta contra o engano. Embora a trapaca seja um estilo de vida

para muitas pessoas, o povo dc Deus jamais deve ceder a ela!

20.17 Cobicar e desejar ter o que o outro possui. Vai muito alem

de simplesmente admirar o bem de outra pessoa ou pensar: ‘Eu

gostaria de ter um destes”. A cobica inclui a inveja, que e ressentir-

se do fato de outros terem o que voce não tem. Deus sabe, porem.

que adquirir bens não faz ninguém feliz por muito tempo. Uma

vez que somente Deus pode prover todas as nossas necessidades,

a verdadeira satisfação so e encontraria nEle. Quando voce

estver dando lugar a cobica, tente averiguar se uma necessidade

mais basica o esta levando a inveja. Por exemplo, voce pode cobicar

o sucesso de alguem não porque queira tira-lo de outra pessoa,

mas por desejar tambem sentir-se apreciado por outros.

Sendo este o seu caso. ore para que Deus o ajude a lidar com o

seu ressontimonto e atenda as suas necessidades basicas.

20.18 As vezes, Deus fala ao seu povo com uma demonstracao

majestosa de poder; ao passo que? em outras. Ele fala suavemente.

Por que a diferenca? Deus usa o modo de falar que

melhor servir a realizacao dos seus propositos. No Sinai, a demonstracao

espantosa de luz e som foi necessaria para mostrar

a Israel o grande poder e a autoridade de Deus. So assim o povo

ouvir a Moises e Arao.

20.20 – Ao longo de toda a Biblia, podemos perceber a seguinte

mensagem: “Nao tomas” . Deus não estava tentando assustar as

pessoas; Ele apenas mostrava o seu grandioso poder a fim de

que os israelitas soubessem que Ele e o Deus verdadeiro, e entao

lhe obedecessem. Caso assim fizessem, o Senhor lhes dis

ponibilizaria o seu poder. Deus deseja que o sigamos por amor,

não por medo. E para vencer o medo, e preciso pensar mais a

respeito do seu amor. Em 1 Joao 4.18, lemos: “A perfeita carida

de lanca fora o temor” . 20.24-26 – Por que foram dadas instrucoes especificas a respeito

da construcao de altares? O povo de Deus não tinha a Biblia e havia

apenas algumas tradicoes relacionadas a fe, com as quais poderiam

aprender. Deus teve de partir do principio e ensinar-lhes

como adora-lo. Entao concedeu-lhes instrucoes especificas sobre

construcao de altares, pois desejava controlar o modo de oferecer

os sacrificios. Para evitar que a idolatria pervertesse a adoracao.

Deus não permitiu que as pedras do altar fossem de alguma forma

cortadas ou modeladas. Tambem não permitiu que o povo construisse

um altar em qualquer lugar. Tal atitude visava impedir que iniciassem

suas proprias religioes ou mudassem o modo como Deus

desejava que as coisas fossem feilas. Deus não e contra a criatividade,

mas Ele não admite que criemos a nossa propria religiao.