Lição 8 – Gênesis 12 e 13: Abraão, O Pai da Fé

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Gênesis 12 e 13 há 20 e 18 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Gênesis 12.1-20 (5 a 7 min.).

Professor(a) querido(a), hoje veremos o projeto de redenção tomar forma. Deus escolheu um homem para povoar uma terra escolhida e gerar a descendência da qual nasceria o Messias – glória a Deus! – por isso é que através dele todas as nações foram abençoadas. Abraão creu e obedeceu de maneira incondicional, estabelecendo um relacionamento com Deus como Adão não foi capaz de fazer. Mesmo vivendo em meio a cultos idólatras, Abraão testemunhou a fé em Yaweh. Mesmo quando errou, tornou à vontade de Deus dando provas de seu amadurecimento como crente. Esta lição nos mostra a certeza de que o projeto que Deus começou com Abraão se confirmou em Jesus e também por Ele será concluído.

 

OBJETIVOS
• Mostrar o valor da fé.
• Refletir sobre as promessas de Deus.
• Avaliar nossa caminhada com Deus.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Professor(a), comece destacando as consequências da fé. Tome Abraão como modelo, pois ele creu nas palavras de promessa que Deus lhe fez e, pela fé, passou a agir. Ele peregrinou, separou-se do sobrinho, gerou descendentes que encheram a terra e não hesitou, mesmo quando lhe foi requisitado o próprio filho em sacrifício. Mostre que a fé tem uma dimensão prática, ou seja, que o crente precisa realizar serviços em prol do Reino. Todos os que creem são ativos, são bênçãos no mundo, como Abraão.

 

 

RESPOSTAS
D C
2) C
3) E

 

LEITURA ADICIONAL
Deus escolheu Abraão e separou-o dentre os seus congêneres idólatras, a fim de reservar um povo para si mesmo, entre o qual se mantivesse a verdadeira adoração até a vinda de Cristo. (…) Ele foi provado em seu amor ao Senhor acima de tudo, para saber se era capaz de deixar tudo para seguir a Deus. Os seus parentes e a casa de seu pai eram uma constante tentação para ele; não podia continuar entre eles, sem correr o risco de ser por eles contaminado. Os que deixam os seus pecados e voltam-se a Deus, terão, por esta mudança, uma recompensa indescritível. A ordem que Deus deu a Abraão é em grande medida igual à chamada do Evangelho, porque os afetos naturais devem dar lugar à graça divina. O pecado e todas as suas oportunidades devem ser abandonados, assim como as más companhias, em particular. (…) Todos os preceitos de Deus são acompanhados de promessas para os que são obedientes:
Primeira: “E far-te-ei uma grande nação”. Quando Deus tirou Abraão do meio de sua parentela, prometeu fazer-lhe líder de um outro povo;
Segunda: “Abençoar-te-ei”. Os crentes obedientes estarão seguros de herdar a bênção;
Terceira: “Engrandecerei o teu nome”. O nome de cada crente obediente será certamente engrandecido;
Quarta: “E tu serás uma bênção”. Os homens bons são bênçãos para os seus países;
Quinta: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. Deus se encarregará de que ninguém perca por qualquer serviço ou benefício proporcionado ao seu povo;
Sexta: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Jesus Cristo é a grande bênção para o mundo, a maior que o mundo já possuiu em todos os tempos.
Livro: Comentário bíblico de Mathew Henry (4a ed – Rio de Janeiro, CPAD, 2004, pgs. 44-45).

 

Estudada em 20 de fevereiro de 2022

 

LIÇÃO 8 – GÊNESIS 12 e 13: ABRAÃO, O PAI DA FÉ

 

Texto Áureo
“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.” Gn 12.1

 

Verdade Prática
A fé de Abraão resultou numa jornada que mudou a história do mundo.

 

Leitura Bíblica Para Estudo Gênesis 12.1-20

 

INTRODUÇÃO

 

I. SEU CHAMADO Gn 12.1-4
1. Rompendo com o passado Gn 12.1
2. Um futuro desconhecido Gn 12.1
3. Uma caminhada de fé Gn 12.4

 

II. AS PROMESSAS Gn 12.2
1. Uma grande nação Gn 12.2a
2. Um grande nome Gn 12.2b
3. Uma grande bênção Gn 12.2c

 

III. SEU LEGADO Gn 12.7-13.9
1. Levantador de altares Gn 12.7
2. Imperfeito Gn 12.13
3. Desapegado Gn 13.9

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 84 – 459

 

Lição 8 – Gênesis 12 e 13: Abraão, o Pai da Fé

 

INTRODUÇÃO
Chegamos à segunda divisão do livro de Gênesis. Do capítulo 12 até o 36, veremos a história da salvação começando a se concretizar historicamente com a chamada de Abraão. Como a história de um homem que viveu há 4.000 anos pode impactar a nossa vida hoje?

I. SEU CHAMADO (Gn 12.1-4)
Do mesmo modo como a primeira parte de Gênesis se inicia com Deus falando (e criando), agora Ele fala novamente, desta vez comissionando. Não há novo começo, não há coisa nova se Deus não falar.

1. Rompendo com o passado (Gn 12.1)
“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.”
O chamado de Abraão começa com um convite ao rompimento e à mudança. Ele deveria deixar as velhas estruturas e partir para o novo de Deus. Aos 75 anos, tendo vivido quase a metade da sua vida (ele morre aos 175 anos conforme Gênesis 25.7), Abraão é convidado a um novo começo. Estaria ele disposto? Aceitaria ele tão grande desafio numa idade tardia? Aprendemos aqui que não existe idade ou tempo ideal para Deus nos usar em Suas mãos.
A agenda de Abraão, diferente de muitos, estava disponível para Deus. Aceitar o chamado divino implica reavaliar nossa vida, rever valores e cancelar muita coisa. Muitos não se sujeitam a mudanças, sobretudo depois de uma certa idade, até porque em toda mudança há perdas e dores, e nós não queremos isso. Samuel Chang estava certo quando disse: “Não há crescimento sem mudanças, não há mudança sem perdas, e não há perdas sem dores”. Nesse sentido, Abraão é uma figura do chamado para a salvação, como encontramos em 2 Coríntios 5.17. Todos que Deus chama precisam abandonar algo e romper com o antes. Ninguém avança para o amanhã sem deixar o ontem. Muitos não avançam porque estão algemados ao passado.
Um último ensinamento aqui é que, à semelhança de Abraão, também somos de outra terra. Estamos em trânsito. Por isso as Escrituras nos chamam de “peregrinos” (1Pe 2.11).

 

2. Um futuro desconhecido (Gn 12.1)
“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.”
Você sairia da sua terra natal, do meio de familiares e obedeceria um chamado sem saber nem mesmo qual seria o destino? Abraão fez isso. Não tinha mapa com seu ponto final, apenas a confiança no seu Deus. Mas quando nosso destino depende mais de Deus do que de nós mesmos, então estamos em boas mãos. Deus nunca chama ninguém para um projeto falido. Abraão não sabia pra onde ia, mas sabia que iria pra um lugar melhor pois quem o chamara fora Deus, cujos planos são sempre superiores aos nossos.
Num certo sentido, todos estamos caminhando para um futuro ainda não conhecido. A diferença é quem confia em Deus não teme o que virá, pois sabe que Deus já está lá no amanhã à nossa espera. Como isso é confortador. Em termos simples podemos afirmar que Abraão não sabia para onde estava indo, mas sabia com quem estava indo, e isso lhe bastava.

 

3. Uma caminhada de Fé (Gn 12.4)
“Partiu, pois, Abrão, como Iho ordenara o Senhor, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã.”
O chamado de Abraão se deu em Ur (At 2-4). Após isso, viria a segunda ordem. Quais as garantias que Abraão tinha? Em termos humanos, nenhuma. Não houve assinatura de contrato nem confecção de atas. Isso é fé. Deus falou e Abraão pôs o pé na estrada. Agimos pela fé quando aquilo que Deus fala é suficiente; quando cremos na Sua Palavra e no Seu caráter, sabendo que Ele não volta atrás e nem reformula o que já disse.
Tanto a história da redenção como a história da criação começam da mesma maneira: com Deus falando. Deus é o agente de ambas.
Abraão foi um homem de fé e os que são da fé são chamados seus filhos e seus herdeiros. Deus não mudou Seus métodos. Quer caminhar com Ele? O único modo é pela fé. As Escrituras são claras em nos dizer que o verdadeiro filho de Deus não é aquele que tem o sangue de Abraão nas veias, mas o que tem a fé de Abraão no coração, pois a salvação não se baseia nas obras que fazemos, mas na obra que Deus fez por nós em Cristo (G13.9,29). Simples assim!

 

 

II. AS PROMESSAS (Gn 12.2)
Abraão sai de Ur dos caldeus parando por algum motivo em Harã e lá ficando até a morte do seu pai. Ao renovar o chamado, Deus lhe faz sete promessas. Aqui, seguindo nosso esboço, veremos apenas aquelas que julgamos as mais importantes.

1. Uma grande nação (Gn 12.2a)
“De ti farei uma grande nação…”
A promessa de uma descendência a partir de Abraão vai de encontro ao fato declarado anteriormente, em Gênesis 11.30, de que Sarai era estéril. Ou seja, Não havia como ele gerar uma nação a partir de sua esposa, senão pela intervenção direta de Deus. Em 13.15-18 Deus confirma a promessa dizendo que sua descendência seria como o pó da terra, de tão numerosa. A palavra hebraica usada para nação é goy, um conceito político, implicando em uma base territorial. A promessa não era ter um povo ou uma parentela somente. Uma nação sairia dele e Deus nunca brinca com Suas promessas.

 

2. Um grande nome (Gn 12.2b)
“…E te engrandecerei o nome…”
No Antigo Testamento, o nome estava associado à pessoa ou à sua personalidade. Quem era esse desconhecido arameu? Um – homem simples de quem nada saberíamos se não fosse a graça de Deus na sua vida. Seu nome, Abrão, no hebraico, significa “pai elevado”. Comumente o chamado de Deus vem acompanhado de promessas. Não somos chamados para a desgraça ou para a mediocridade. Muitos têm medo de que sua vida piore se obedecerem ao chamado de Deus, mas o que ocorre é o contrário. Quando obedecemos a Deus, nossa vida ganha uma dimensão jamais sonhada ou possível, não fosse a Sua obra em nós.
À medida que vamos lendo e conhecendo a biografia de Abraão, somos forçados a concordar com o consenso teológico segundo o qual, depois de Jesus Cristo, Abraão é, provavelmente, o personagem mais importante da Bíblia. Seu nome é citado 347 vezes nas Escrituras. Hoje, ele é considerado o pai das três maiores religiões do mundo (cristianismo, islamismo e judaísmo) e mais de três bilhões de pessoas pelo mundo associam, de alguma maneira, seu nome a Abraão. Lembremos que no capítulo anterior, no episódio de Babel, uma das motivações era ter um grande nome. O resultado foi confusão. Agora, Deus chama um homem e promete: “Vou te fazer famoso”. Deus dá a Abraão aquilo que, na Babilônia, as pessoas tentavam conseguir por conta própria.

 

3. Uma grande bênção (Gn 12.2c)
“…Sê tu uma bênção!”

Até hoje, pessoas dentro e fora de Israel dizem: “Deus te abençoe como fez com Abraão”. Seu nome se tornou sinônimo de bênção. Abraão se torna uma fonte de bênção, que jorra bênção da qual ele mesmo está cheio. Primeiro, Deus promete abençoá-lo, depois diz: “Sê tu uma bênção!’1. É uma promessa e um imperativo ao mesmo tempo. As duas coisas andam juntas. Isso porque quem Deus abençoa tem a obrigação e de ser uma bênção aos demais.
Em Gênesis 12.3 é dito que nada menos do que todas as famílias da terra seriam beneficiadas através de Abraão. Certamente, essa é uma referência ao fato de que dele viria o descendente cujo sacrifício salvaria todos os que nele cressem. Logo, a promessa se cumpriria em sua plenitude, não em um Israel étnico, mas em Jesus e Sua Igreja (G1 3.7,16). Abraão não tinha condições de absorver e entender tudo isso naquele momento, o que ressalta ainda mais o fato de que ele foi um homem que caminhou pela fé desde o momento em que foi chamado por Deus.

 

III. SEU LEGADO (Gn 12.7-13.9)
Os personagens bíblicos são figuras arquetípicas (que possuem características comuns aos outros). Eles são “eles e nós” ao mesmo tempo. Podemos nos ver neles e assim melhorarmos, avaliando seus erros e acertos.

1. Levantador de altares (Gnl2.7)
“Apareceu o Senhor a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. A!i edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe aparecera.”

Abraão tem duas marcas constantes na sua jornada de fé: altares e tendas. Para ele, tendas, algo perecível; para Deus, altares, algo permanente. Altar é lugar de sacrifício, símbolo de adoração e consagração. Isso mostra que Abraão era um adorador autêntico. Sua vida foi cheia de altares. A nossa está cheia do quê? Abraão deixava as marcas da sua fé por onde andava. Nós fazemos isso também? As pessoas com quem convivemos sabem que somos crentes?
Em Canaã havia divindades variadas como Baal, Milcom, Astarote, Moloque etc. No meio de todo esse paganismo, Abraão adorava o Deus único e verdadeiro.

 

2. Imperfeito (Gn 12.13)
“Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida.”
Embora Abraão tenha sido um homem de reconhecidas qualidades morais, ele também cometeu sérias faltas. Os homens de Deus do passado não foram perfeitos como muitas vezes poderíamos presumir ao achar que, considerando nossas falhas, nunca poderemos ser usados por Deus como eles um dia o foram. W. Wiersbe diz que Abraão deu quatro passos errados numa evidente crise de fé: a) deixou de confiar para tramar; b) deixou de confiar e começou a temer; c) deixou de se preocupar com a esposa e passou a preocupar-se mais consigo mesmo; d) deixou de ser bênção e passou a ser fonte de julgamento (12.17).
Fica claro na leitura do texto que ele não deveria ter descido ao Egito. Durante esse tempo, ele não levanta altares, sai de lá envergonhado e ainda leva consigo a semente de um futuro problema: Agar, a escrava egípcia. Agir sem consultar a Deus é um desastre. Graças a Deus que Abraão volta ao caminho (13.1). O conceito bíblico de santidade não significa perfeição. A ideia de que o verdadeiro cristão deve alcançar impecabilidade aqui na Terra tem causado diversos males em algumas denominações cristãs. Isso não sig-nifica “passar pano” ou incentivar o pecado, mas reconhecer que santificação é um processo que só terá sua conclusão final no arrebatamento. Como disse alguém: “vida cristã vitoriosa nada mais é do que uma série de recomeços.”

 

3. Desapegado (Gn 13.9)
“Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda.”
Desprendimento e desapego não é algo comum ao homem natural. A tendência do ser humano é juntar e acumular mais e mais para si, fazendo prevalecer seus desejos. Abraão demonstra uma grandeza de caráter que devemos imitar. Como líder do clã, ele tinha o direito de escolher, e a Ló cabia obedecer. No entanto, ele coloca a terra diante do seu sobrinho e o deixa escolher. Abraão ficaria com o outro lado. Não impôs seus direitos insistindo por um lugar determinado, mas deixou Ló escolher primeiro e ficou com a sobra. Qualquer que fosse a decisão de Ló, Abraão demonstrara não estar preocupado com o futuro, pois sabia que tudo estava nas mãos de Deus. Em vez de exigir ser servido, ele opta por servir. Que grande exemplo!

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL
O único jeito de vivermos neste mundo e chegarmos à nossa Canaã, assim como Abraão, é pela fé. Por isso, as Escrituras dizem que os que são da fé são filhos de Abraão. Você tem andando nas pegadas de Abraão, o pai da fé?

 

 

RESPONDA
Marque C para certo e E para errado nas afirmativas abaixo:

1) A caminhada de Abraão foi pela fé, pois ele saiu sem saber seu destino.

2) Deus, ao chamar Abraão, faz-lhe várias promessas.

3) A descida de Abraão ao Egito foi muito proveitosa e edificante.

 

 

COMENTÁRIOS

12.1-3 – Ao ser chamado por Deus, Abrao pela fe mudou-se de Ur

para Hara. e finalmente para Canaa. Entao Deus estabeleceu um

pacto com Abrao, prometendo que ele seria o pai de uma grande

nacao. Deus disse que nao apenas esta nacao seria abencoada,

mas tambem o seriam as outras nacoes da terra, atraves dos descendentes de Abrao. Israel, a nacao que viria de Abrao. seguiria a

Deus e influenciaria todos com quem tivesse contato. Atraves da

arvore genealogica de Abrao. Jesus Cristo nasceu para salvar a

humanidade. Atraves de Cristo, as pessoas podem ter um relacionamento pessoal com Deus e ser infinitamente abencoadas.

12.2 – Deus prometeu abencoar Abrao e torna-lo famoso, mas

havia uma condicao: ele teria de obedecer a Deus completamente

Isto significava deixar casa e amigos e viajar para uma nova

terra, onde Deus prometera estabelecer a grande nacao formada

por seus descendentes. Abrao obedeceu e partiu em direcao a

promessa de Deus. para um futuro de bencaos ainda maiores.

Deus pode estar tentando levar voce a um lugar onde podera ser

de grande proveito para Ele. Nao permita que o conforto e a segurança o façam perder o plano de Deus para a sua vida.

12.5 – Deus planejou desenvolver uma nação a qual Ele chamaria

de “meu povo”. Ele tirou Abrão da ímpia e egocêntrica cidade de

Ur para uma região fértil chamada Canaã. onde uma nação santa

e temente a Deus seria estabelecida. Embora pequena em suas

dimensões, a terra de Canaã foi o foco principal da maior parte da

historia de Israel, bem como do surgimento do cristianismo. Esta

pequena terra dada a um homem, Abrão, tem causado um enorme

impacto na historia mundial.

12.7 – Abrão construiu um altar ao Senhor. Os altares eram utilizados em muitas religiões, mas, para o povo de Deus. eles significavam muito mais do que locais para sacrifícios — simbolizavam comunhão com Deus e a comemoração de notáveis encontros com Ele. Feito de rochas firmes e terra, os altares permaneciam em seus lugares durante muitos anos como um continuo lembrete da proteção e promessas de Deus. Abrao construia regularmente

altares a Deus com dois propositos: (1) para oracao e

adoracao, e (2) como lembranca das promessas das bencaos

de Deus. Abrao nao poderia sobreviver espiritualmente sem renovar

com regularidade o seu amor e lealdade a Deus. Construir

altares ajudava Abrao a lembrar-se de que Deus era o centro de

sua vida. O culto regular ajuda-nos a refletir sobre a vontade de

Deus e motiva-nos a obedecer-lhe.

12.10- Quando a fome chegou, Abrao foi para o Egito, lugar onde

havia alimento. Por que haveria fome justamente na terra para

onde Deus havia chamado Abrao9 Este foi um teste para a fe de

Abrao, que nao questionou a lideranca de Deus ao enfrentar a dificuldade

e foi aprovado. Muitos crentes descobrem que, quando

estao determinados a fazer a vontade de Deus, imediatamente

encontram grandes obstaculos. Quando voce enfrentar um teste

assim, nao tente repensar sobre a vontade de Deus. Use a inteligencia

que Ele deu a voce e. como fez Abrao ao mudar-se temporariamente

para o Egito, aguarde novas oportunidades.

12.11-13 – Movido pelo medo. Abrao pediu que Sarai contasse

uma meia-verdade: que ela era sua irma. Sarai era sua meiairma

(ver 20.12), mas era tambem sua esposa.

A intencao de Abrao era enganar os egipcios. Ele temia que os

egipcios, descobrindo a verdade, o matassem para ficar com

Sarai. Por causa de sua beleza, Sarai seria desejavel para aumentar

o harem de farao e tambem um grande potencial para

aliancas politicas. Como irmao de Sara. Abrao receberia lugar de honra. Como marido, porem, sua vida corria perigo, pois Sara

nunca poderia fazer parte do harem de farao a menos que Abrao

estivesse morto. Assim, Abrao perdeu a fe na protecao de Deus,

mesmo apos ouvir todas as promessas que Ele lhe tizera, e contou

a meia-verdade. Isto nos mostra como a mentira mistura-se

aos efeitos do pecado. Ao mentir, os problemas de Abrao se

multiplicaram.

13.1,2 – Nos dias de Abrao. os proprietarios de ovelha e gado

poderiam juntar muitas riquezas. A riqueza de Abrao nao incluia

somente ouro e prata, mas tambem gado. Estes animais eram

produtos valiosos utilizados para alimentacao, vestimenta e matenais

para fabricacao de tendas e sacrificios. Eles costumavam

ser trocados per outros bens e servicos. Abrao podia observar

sua riqueza aumentando e se multiplicando diariamente.

13.5-9 – Ao enfrentar um conflito em potencial com seu sobrinho

Lo, Abrao tomou a iniciativa no estabelecimento da disputa. Ele

deu a Lo a oportunidade de escolher primeiro, embora, sendo

mais velho, tivesse o direito de faze-lo. Abrao tambem demonstrou

conhecer o risco de ser trapaceado. Seu exemplo nos mostra

como devemos enfrentar situacoes familiares dificeis: (1)

tome a iniciativa de resolver os conflitos; (2) permita que as pessoas

tenham a chance de fazer a primeira escolha, mesmo que

isto signifique abrir mao de algo muito desejavel; (3) coloque a

paz familiar acima das vontades particulares.

13.7,8 – Cercado por vizinhos hostis, os homens que cuida

vam do gado de Abrao e Lo deveriam controlar-se, mas permitiram

que a inveja os separasse. De forma semelhante, hoje.

alguns cristaos deixam de vigiar enquanto Satanas trabalha

ao redor. Rivalidades, discussoes e brigas entre os crentes

podem ser destrutivas de tres maneiras: (1) danificam a boa

vontade, a confianca e a paz — os fundamentos das boas rela

coes humanas; (2) impedem o progresso de importantes objetivos

em desenvolvimento; (3) tornam-nos egoistas ao inves

de amaveis. Jesus sabia quao destrutivas poderiam ser as

discussoes entre os crentes e, por isso, em sua oracao final

antes de ser traido e preso. Ele pediu a Deus que seus seguidores

fossem “um” (Jo 17.21).

13.10,11 – O carater de Lo e revelado por suas escolhas. Ele escolheu

a melhor parte da terra, embora isto significasse viver proximo

a Sodoma. uma cidade conhecida por seu pecado. Ele era

ganancioso, querendo o melhor para si, sem pensar nas necessidades

de seu tio Abrao, ou no que era justo. A vida e composta de

escolhas. Tambem podemos escolher o melhor e ignorar as ne cessidades e os sentimentos das pessoas, mas. como nos mostra

a vida de Lo, este tipo de escolha conduz a muitos problemas.

Quando paramos de tomar decisoes segundo a vontade de

Deus. tudo o que nos resta e fazer escolhas na direcao errada.

13.12,13 – A principio, bons pastos e agua em abundancia pareciam

uma sabia escolha aos olhos de Lo, mas ele esqueceu que

a maligna Sodoma poderia oferecer tentacoes fortes o bastante