Lição 5: Juízes 9 e 10: Abimeleque; Tola, o 6º Juiz de Israel e Jair, o 7º

LIÇÃO 5: JUÍZES 9 e 10: ABIMELEQUE; TOLA, O 6º JUIZ DE ISRAEL E JAIR, O 7º

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Juízes 9 e 10 há 57 e 18 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Juízes 9.1-21 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Olá, professor(a)! Esta lição trata dos atos de Abimeleque, o filho de Gideão que se tornou um governante cruel e despudorado. Cabe-nos refletir sobre as evidências de uma vida degenerada. Os que rejeitam os propósitos de Deus e seguem seus próprios desejos, afundam na prática do maligno. Abimeleque idolatrou e assassinou; usurpou e acercou-se de pessoas perversas. Todo esse quadro revela bem a baixeza dos que não se submetem ao governo de Deus. Siquém amargou um (des) governo de iniquidades que viria a terminar de forma trágica e até ridícula. A apostasia da época nos faz pensar na profecia de Paulo (2Tm 3.1-4). Abimeleque foi derrotado, mas Israel estava longe de uma conversão sincera.

 

OBJETIVOS
• Compreender as consequências da iniquidade;
• Reconhecer a necessidade de conversão sincera;
• Entender que somente o governo de Cristo será perfeito.

 

 

PARA COMEÇAR A AULA
Antes de entrar no tema, convide os irmãos a dizer, brevemente, como será a vida dos santos quando Jesus assumir o governo deste mundo. Esse exercício permitirá fazer um contraponto com o maligno governo de Abimeleque. Assim, será possível enfatizar a necessidade de a igreja consagrar-se à vontade do Senhor a fim de rejeitar a iniquidade. Todos herdamos a salvação, pois o evangelho alcançou os gentios. Por isso, ansiamos pela volta de Jesus e pelo seu justo governo. Oremos!

 

 

RESPOSTAS
1) Siquém.
2) Jotão (Jz 9.5).
3) 22 anos (Jz 10.3).

 

LEITURA ADICIONAL
Entre os capítulos 8.34 e 10.6, Deus não é mencionado nem uma vez por seu nome pessoal da aliança, o Senhor. Esse é o retrato de uma sociedade e de um governante que querem tirar Deus de cena completamente — ele não é adorado nem levado em consideração.
Será que Deus se ausentou? Enquanto os siquemitas usam dinheiro de ídolo para financiar um massacre e Abimeleque abre seu caminho sangrento pela terra de Israel, Deus parece ausente. Enquanto Jotão estava morando em Beer “por temer seu irmão Abimeleque” (9.21), ninguém, em sã consciência, o condenaria por pensar que sua maldição nos versículos 16-20 fora um equívoco. A morte dos siquemitas e até mesmo de Abimeleque, no final do capítulo 9, é resultado de contenda e vingança e de uma tacada de sorte de uma mulher. Deus parece ausente.
No entanto, nos versículos 23,24 e 56,57, o narrador levanta as cortinas dos acontecimentos humanos e nos permite vislumbrar o que Deus estava fazendo. “Deus enviou um espírito mau entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém […] para que a violência praticada contra os setenta filhos de Jerubaal e o sangue derramado deles fossem vingados” (v. 23,24). Depois que Abimeleque morre, o narrador comenta: “Assim Deus retribuiu a Abimeleque o mal que havia feito a seu pai. […] Deus também retribuiu aos homens de Siquém todo o mal que fizeram” (v. 56,57).
Talvez Deus estivesse calado, mas não ausente. No que parecia o curso normal dos eventos, ele estava aplicando sua justiça. Não houve relâmpagos vindos do céu… mas houve justiça. Paulo diz em Romanos 1.18: “Pois a ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens, que impedem a verdade pela sua injustiça” (A21). O julgamento de Deus não está reservado somente para o futuro; é uma realidade do presente.
Livro: Juízes para você (KELLER, Timothy. São Paulo: Vida Nova, 2016, págs. 122- 123).

 

Lição 5: Juízes 9 e 10: Abimeleque; Tola, o 6º Juiz de Israel e Jair, o 7º

 

Texto Áureo
“Assim, Deus fez tomar sobre Abimeleque o mal que fizera a seu pai, por ter aquele matado os seus setenta irmãos.” Jz 9.56

 

Verdade Prática
A justiça divina assegura que quem semeia o mal colherá desgraça.

 

Leitura Bíblica Com Todos: Juízes 9.1-21

 

INTRODUÇÃO

L ABIMELEQUE ACLAMADO Jz 9.7-6
1. A cidade Jz 9.1
2. A campanha Jz 9.4
3. A aclamação Jz 9.6

II. O APÓLOGO DE JOTÃO Jz 9.7-21
1. O monte Gerizim Jz 9.7
2. O apólogo de Jotão Jz 9.8
3. O espinheiro Jz 9.14

III. ABIMELEQUE DERROTADO Jz 9.22-57
1. A conspiração de Gaal Jz 9.28
2. A morte de Abimeleque Jz 9 53
3. Tola, o 6o juiz e Jair, o 7° Jz 10.1-s

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 75 – 166

 

INTRODUÇÃO
As pessoas que desejam o poder são sempre mais numerosas do que as que são capazes de usá-lo com sabedoria. No capítulo 9 de Juízes, vemos a ascensão e queda de Abimeleque, alguém que, ao invés de suscitado pelo Senhor, ascende ao posto de liderança valendo-se de um terrível jogo de intrigas, divisão e violência.
Muitos estudiosos da Bíblia consideram a história de Abimeleque um parêntese na sequência dos Juízes, pois ele está mais para um usurpador e um fracassado candidato a rei.

I. ABIMELEQUE ACLAMADO (Jz 9.1-6)
Abimeleque era filho de Gideão com uma concubina, que estava em Siquém (Jz 8.31). Apelando para seus laços familiares em Siquém, Abimeleque tentou tirar proveito da oferta que fora feita a seu pai, e que este recusara (Jz 8.22-23), apresentando-se para ser reconhecido rei.

1. A cidade (Jz 9.1)
Abimeleque, filho de Jerubaal, foi-se a Siquém, aos irmãos de sua mãe, e falou-lhes e a toda a geração da casa do pai de sua mãe, dizendo:
Depois da morte de Gideão, Abimeleque quis assumir o lugar de seu pai. Para colocar seu plano em ação, ele foi à cidade de Siquém, terra de sua mãe, para conseguir apoio.
Siquém era uma cidade importante, uma interseção de rotas de comércio e uma ligação natural entre a planície costeira e o vale do Jordão. Quem controlasse Siquém dominaria o interior.
Abimeleque foi declarado como rei de Israel, em Siquém, o local de outros eventos importantes da Bíblia Siquém foi uma das primeiras paradas de Abraão, ao chegar em Canaã (Gn 12.6,7). Quando Jacó vivia ali, dois de seus filhos mataram todos os homens de Siquém (Gn 34). Os ossos de José foram sepultados em Siquém (Js 24.32); em Siquém, Israel renovou seu conceito com Deus (Js 24).

 

2. A campanha (Jz 9.4)
E deram-lhe setenta peças de prata, da casa de Baal-Berite, com as quais alugou Abimeleque uns homens levianos e atrevidos, que o seguiram.
A campanha de Abimeleque foi financiada por setenta peças de prata tiradas do tesouro do templo de Baal-Berite, um falso deus a quem os israelitas começaram a adorar. Com esse dinheiro, Abimeleque contratou “uns homens ociosos e levianos” (Jz 9.4), pessoas indignas, libertinas, lascivas, imprudentes e orgulhosas que o seguiram.
O primeiro ato de Abimeleque foi de extrema crueldade. Ele levou o seu bando a Ofra e assassinou seus setenta meios-irmãos, com exceção de Jotão, que conseguiu se esconder (Jz 9.5).
Ao invés de conquistar o respeito e a admiração dos membros mais honrados da comunidade, Abimeleque preferiu montar a base de seu governo com pessoas desordeiras, desocupadas e mercenárias, ou seja, com depravadas e amorais.

 

3. A aclamação (Jz 9.6)
Então, se ajuntaram todos os cidadãos de Siquém e toda Bete-Milo; e foram e proclamaram Abimeleque rei, junto ao carvalho memorial que está perto de Siquém.
Após remover a possível competição ao poder, assassinando, brutalmente, todos os seus setenta meios-irmãos (exceto Jotão, que fugiu), Abimeleque foi levantado como rei por todos os cidadãos de Siquém e Bete-Milo. A vida de Abimeleque nos mostra o que acontece quando a fome de poder corrompe o juízo.
A posição de Gideão como guerreiro e juiz havia deixado Abimeleque em um ambiente de poder; a morte de Gideão proporcionou uma oportunidade para que seu filho agarrasse o poder. Uma vez iniciado o processo, os resultados desastrosos eram inevitáveis. A lição que podemos aprender com a vida de Abimeleque é que nossos objetivos controlam nossas ações.
Deus determinou julgar Abimeleque, bem como aqueles que o apoiavam. A arrogância, a desobediência, a desonestidade e o egoísmo desse homem o desqualificaram para liderar o povo de Deus, mas ele governou sobre os homens de Siquém durante três anos (Jz 9.22).

 

 

II. O APÓLOGO DE JOTÃO (Jz 9.7-21)
O objetivo mais importante de Abimeleque era ter poder. Sua sede de poder o levou a eliminar não apenas seus irmãos, mas também cidades inteiras que se recusaram a se submeter a ele.

1. O monte Gerizim (Jz 9.7)
Avisado disto, Jotão foi, e se pôs no cimo do monte Gerizim, e em alta voz clamou, e disse-lhes: Ouvi-me, cidadãos de Siquém, e Deus vos ouvirá a vós outros.
Jotão foi o único filho de Gideão que escapou ao massacre da família, determinado por Abimeleque (Jz 9.5). Jotão avisou os habitantes de Siquém acerca da maldade de Abimeleque, mediante a parábola das árvores que escolheram o espinheiro como rei.
Ele subiu ao monte Gerizim, local designado por Deus para proferir bênçãos sobre Israel (Dt 28.1-14) e ali apresentou sua parábola. A advertência de Jotão foi ignorada pelos siquemitas e a calamidade sobreveio três anos mais tarde (Jz 9.15,57).

 

2. O apólogo de Jotão (Jz 9.8)
Foram, certa vez, as árvores ungir para si um rei e disseram à oliveira: Reina sobre nós.

As três primeiras árvores da parábola de Jotão representam a nação de Israel.
a) A oliveira, a mais útil e proveitosa árvore, estava muito ocupada produzindo para Deus e os homens para que pudesse governar (Jz 9.9).
O azeite produzido pela oliveira era usado em Israel para ungir reis, profetas e sacerdotes (1Sm 16.1; 1Rs 19.16). A madeira da oliveira era entalhada e polida para se fazer objetos elegantes como querubins e as portas do templo (1Rs 6.23-25).
b) A figueira (Jz 9.10) era uma árvore de porte médio, de crescimento lento e que produz um fruto doce durante cerca de dez meses do ano. Foi com folhas de figueira que Adão e Eva fizeram vestimentas (Gn 3.7). Os figos eram consumidos frescos (Is 28.4) ou prensados em bolos (1Sm 25.18).
c) A videira (Jz 9.12) era plantada em fileiras nas encostas ensolaradas das montanhas. A videira tornou-se um emblema de Israel, relembrando o tempo em que Moisés enviou espias para a Terra Prometida, os quais voltaram com cachos de uvas tão pesados que exigiam dois homens para carregá-los (Nm 13.17- 24). Jesus falou de si mesmo como a videira verdadeira (Jo 15.1).

 

3. O espinheiro (Jz 9.14)
Então, todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu e reina sobre nós.
O espinheiro, o mais inútil a Deus e aos homens, era usado somente como cerca; era perigoso aproximar-se muito dele. Eis um símbolo perfeito para um rei ímpio, cruel e opressor (Jz 9.15).
Abimeleque é comparado a um espinheiro. Ele parece o candidato ideal para liderança. Dotado comunicador e hábil tático, determinou-se para tornar-se governante de seu povo. Teve paixão para liderar, mas faltava-lhe aptidão.
Jotão usou uma imagem vivida para descrever a liderança estéril de Siquém da parte de seu irmão e advertiu que a fome de poder, que caracterizava a liderança de Abimeleque, provocaria tragédia (Jz 9.16-20).
Após ter proferido essa corajosa parábola, diante do perigo que corria, Jotão fugiu e não mais se ouve falar dele nas Escrituras.

 

 

III. ABIMELEQUE DERROTADO (Jz 9.22-57)
Abimeleque, brutal e ambicioso filho de Gideão, sofreu a conspiração de Gaal, destruiu a cidade de Siquém, mas foi finalmente abatido por uma pedra de moinho lançada de uma torre em Tebes.

1. A conspiração de Gaal (Jz 9.28)
Disse Gaal, filho de Ebede: Quem é Abimeleque, e quem somos nós de Siquém, para que o sirvamos? (…) Mas nós, por que serviremos a ele?

Após apenas três anos de liderança, surgiu séria discórdia entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém (Jz 9.22-23). O bom acolhimento de Gaal, filho de Ebede, em Siquém tem a ver com a expectativa dos siquemitas de rebelar-se contra Abimeleque, pois viram em Gaal uma figura útil para esse objetivo (Jz 9.26-29).
Durante a festa em que os siquemitas ofereciam a Baal as primícias de suas vinhas, Gaal procurou instigar a ira da população local contra Abimeleque, ausente naquela ocasião.
Gaal desafiou Abimeleque e promoveu em Siquém uma revolta generalizada. Assim, juntamente com seus parentes, ganhou a confiança dos homens da cidade.
A forte reação de Abimeleque foi a de esmagar a revolta iniciada por Gaal. A posterior destruição da cidade foi também um julgamento de Deus contra os habitantes de Siquém (Jz 9.34-41).
Abimeleque, informado por Zebul, governador da cidade, a respeito do discurso rebelde de Gaal, ajuntou-se ao povo que estava com ele e, à noite, colocaram-se em emboscada contra Siquém. Quando Gaal saiu pela manhã e parou à porta da cidade, Abimeleque e seu exército saíram da emboscada e atacaram (Jz 9.43-45).
Abimeleque matou o povo de Siquém, destruiu os muros e as construções e ainda jogou sal em toda a cidade, como sinal de desolação e repugnância (Jz 9.45; Dt 29.23; Jr 17.6).

 

2. A morte de Abimeleque (Jz 9.53)
Porém certa mulher lançou uma pedra superior de moinho sobre a cabeça de Abimeleque e lhe quebrou o crânio.

O momento de triunfo de Abimeleque não duraria muito. A rebelião irrompeu em outra parte de seu pequeno reino fazendo-o conduzir seus homens a Tebes a fim de dominar a cidade (Jz 9.50,51).
Abimeleque tentou repetir a mesma estratégia usada em Siquém, ou seja, queimar a torre. Durante sua tentativa, ele chegou perto demais da torre e dos que a defendiam a partir do telhado. Aproveitando essa imprudência, uma mulher jogou uma pedra sobre a cabeça de Abimeleque e fraturou seu crânio. Vendo-se em situação agonizante e querendo evitar a vergonha de ser morto por uma mulher, Abimeleque pediu ao seu escudeiro que o matasse e assim foi feito (Jz 9.53-54).
Depois de sua morte, o exército se dispersou e assim Deus fez tornar sobre Abimeleque o mal que fizera a seu pai, por ter aquele matado setenta irmãos (Jz 9.56). Aqueles que porventura escaparam do julgamento humano caíram diante do providencial julgamento de Deus. A maldição de Jotão cumpriu-se (Jz 9.16-21, 55-57).
Tanto a destruição de Siquém como a morte de Abimeleque são interpretadas como justo castigo, pelo fratricídio cometido pelo usurpador e apoiado pela liderança da cidade, bem como pela deliberada idolatria a Baal-Berite, que começou em Siquém e contaminou a todo povo de Israel. Muitas vezes, o Senhor emprega meios improváveis para alcançar seus objetivos.
Fica-nos o lembrete de que as posições de liderança na igreja devem ser ocupadas por servos chamados por Deus que influenciam pelo amor e bom exemplo, e não por afeiçoados ao poder que dominam através do medo (1Pe 5.2-3).

 

3. Tola, o 6º juiz e Jair, o 7º (Jz 10.1-5)
Depois de Abimeleque, se levantou, para livrar Israel, Tola, filho de Puá… (Jz 10.1a)
Tola é o 62 juiz de Israel. Julgou e liderou por 23 anos (Jz 10.1,2). E Jair é o 7º juiz, tendo liderado por 22 anos (Jz 10.3-5). Compõem o grupo dos seis Juízes menores: Sangar (3:31), Tola e Jair (10:1-5), Ibsã, Elom e Abdom (12.8-15).
Jair exerceu sua autoridade, apoiado por seus trinta filhos. A menção de que cavalgavam trinta jumentos e tinham trinta cidades, a que chamavam Havote-Jair, era sinal de prestígio e prosperidade.
Foram preservados pouquíssimos detalhes concernentes aos Juízes menores. A consequência inevitável disto é que aparecem como personalidades de menor destaque, em comparação a Gideão, Débora, Abimeleque, Jefté, Sansão e Samuel.
Às vezes, eles aparecem como árbitros de disputas dentro das tribos, ou entre elas. É possível que tenham sido líderes de Israel durante os períodos de paz, quando não havia ameaça de domínio estrangeiro. Se alguns feitos espetaculares houvessem sido desempenhados por estes homens, pelo menos traços deles teriam sido preservados.

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Deixemo-nos conduzir pelo Espírito Santo, sujeitando a Deus nossas motivações e propósitos. Agir pela carne só gerará dor e frustração.

 

 

RESPONDA
1) Em que cidade Abimeleque foi declarado rei de Israel?

2) Qual o nome do único filho de Gideão que escapou do massacre familiar?

3) Por quantos anos Jair liderou Israel?