Lição 1: 1Coríntios 1 e 3: Unidade e Sabedoria de Deus

 

LIÇÃO 1: 1CoRÍNTIOS 1 e 3: UNIDADE E SABEDORIA DE DEUS

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 1Coríntios 1 e 3 há 31 e 23 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1 Coríntios 1.1-25 (5 a 7 min.).

Querido professor, exponha nesta lição que havia na igreja de Corinto pelo menos quatro facções, as quais eram simpatizantes dos ensinamentos de Paulo, Pedro Apolo e Cristo, embora estas não seguissem fielmente os ensinamentos de seus mestres. Esses grupos disputavam entre si quem era o mais espiritual. Isso gerava dissensões e partidarismos entre o povo de Deus. No entanto, eles possuíam um denominador comum: crer em Jesus Cristo e na propagação da Sua mensagem.
Paulo iniciou o discurso do versículo 10 empregando a expressão “rogo-vos, irmãos em Cristo”, mostrando que a igreja possui um nome que é maior do que qualquer nome de escolas teológicas: o nome de Jesus Cristo.

 

OBJETIVOS
• Entender a importância da Primeira Carta aos Coríntios para a igreja de hoje.

• Compreender os benefícios gerados pela unidade da igreja.

• Reconhecer que a excelência da sabedoria de Deus excede a capacidade de entendimento humano.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Dê início a esta aula fazendo à classe as mesmas perguntas que Paulo fez no início do versículo 13: “Está Cristo dividido?”; “Foi Paulo crucificado por vós?”; “Ou fostes batizados em nome de Paulo?”. E, no decorrer da aula, mostre que Paulo teve todos os seus argumentos direcionados ao nome de Cristo, mostrando que isto é a sabedoria de Deus: justiça, santificação e redenção. Encerre enfatizando que Cristo é o fundamento, e os homens, apenas servos Dele.

 

RESPOSTAS
1) Posicional e progressivo.
2) Partidarismo
3) F – V – V

 

LEITURA ADICIONAL
A maioria de nós que frequenta a igreja por vários anos tem presenciado ou tem sabido de congregações onde houve uma divisão ou pelo menos uma séria contenda. 0 problema existe na igreja desde os tempos do Novo Testamento. Os crentes de Corinto deixaram a desejar de muitas maneiras e a primeira coisa pela qual Paulo os chamou à ordem foi a discórdia ou contenda. Contenda é uma realidade na igreja porque o egoísmo e o pecado são realidades nos seres humanos. Por causa de desavenças, o Pai é desonrado, o Filho é envergonhado, seu povo é desmoralizado e desacreditado e o mundo é afastado (despedido) e confirmado na descrença. Em sua oração sacerdotal Jesus orou para que sua igreja fosse uma (Jo 17.11,21-23). Imediatamente após o Pentecostes os novos convertidos, cheios de poder, estavam em per feita harmonia uns com os outros — compartilhando, regozijando-se. adorando e testemunhando juntos. A unidade deles produziu grandes frutos no ministério uns para com os outros e no testemunho diante do mundo, glorificando e agradando a Deus.
Livro 1 Coríntios: a solução de Deus para os problemas da Igreja (MACARTHUR John São Paulo Cultura Cristã 2011. p. 15)

 

 

Estudada em 2 de abril de 2023

 

Leitura Bíblica Para Estudo 1 Coríntios 1.1-25

 

Texto Áureo
“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.”

 

Verdade Prática
Divisões na Igreja revelam uma compreensão distorcida de Cristo e prejudicam a evangelização.

 

INTRODUÇÃO

I. SAUDAÇÃO E GRATIDÃO 1Co 1.1-9

1. Paulo e Sóstenes 1Co 1.1
2. Santificados e santos 1Co 1.2
3. Ações de graça 1Co 1.3-9

 

II. UNIDADE E DIVISÃO 1Co 1.10-17
1. Incentivo à unidade 1Co 1.10
2. Divisão “racha” a igreja 1Co 1.11,12

3. Cristo não está dividido 1Co 1.13.14

 

III. SABEDORIA DIVINA 1Co 1.18-31
1. Loucura de Deus 1Co 1.25
2. As coisas loucas 1Co 1.27,28
3. Glorie-se no Senhor 1Co 1.29-31

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 175 – 400

 

INTRODUÇÃO
A autoria da Carta é do apóstolo Paulo (1Co 1.1). O destinatário, a igreja na cidade de Corinto (1Co 1.2). Quanto ao local e data, a carta foi escrita em Éfeso (1Co 16.8), durante a terceira viagem missionária de Paulo, entre 53 e 58 d.C. (At 18.21-23;19).
Paulo plantou a igreja de Corinto no final de sua segunda viagem missionária. Ele passou um ano e seis meses pregando a Palavra de Deus naquela grande cidade, onde teve uma visão do Senhor (At 18.9-11).
Sete anos após a passagem de Paulo por Corinto a igreja enfrentava alguns problemas, trazidos ao conhecimento de Paulo pelos da casa de Cleo (1.11). O apóstolo também aproveita para responder uma consulta que a igreja em Corinto fizera a ele: “Quanto ao que me escrevestes…” (7.1).
Ela é dividida em seções que correspondem aos cinco principais problemas: divisão (1-4) sexualidade (5-7), alimento (8-10), ordem no culto e dons espirituais (11-14), além de ressurreição (15-16). Existem outros assuntos diferentes, mas esses são o eixo central. A 1“ carta aos Coríntios é a mais longa epístola de Paulo.

 

I. SAUDAÇÃO E GRATIDÃO (1Co 7.7-9)
As palavras de abertura da carta possuem os elementos essenciais de uma saudação comum às cartas do primeiro século: identificação do escritor, identificação dos destinatários e votos de bem-estar.

1. Paulo e Sóstenes (1Co 1.1 ]
Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes,
De acordo com Atos 18, quando Paulo plantou a igreja em Corinto, o líder da sinagoga naquela cidade era Crispo, que aceita Jesus e é convidado a deixar a sinagoga, ficando Sóstenes em seu lugar.
Sóstenes, por sua vez, querendo ver Paulo expulso da cidade, leva-o perante o magistrado com acusações ilegítimas. O magistrado decide não agir, entendendo ser este um assunto interno dos judeus.
Insatisfeitos, os judeus agarram e espancam Sóstenes, que posteriormente também aceita Jesus e passa a viajar com Paulo. Agora, encontramos Sóstenes auxiliando a Paulo.
Os habitantes de Corinto conheciam Sóstenes como o ex-líder da sinagoga que se converteu ao Evangelho.

 

2. Santificados e santos (1Co 1.2)
A igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:
A Igreja é de Deus. Não se trata, portanto, só da igreja de Corinto, mas da Igreja de Deus em Corinto. Deus nunca passou procuração transferindo-nos o direito de posse da Igreja. A Igreja só tem um dono: Jesus!
Por sua vez, a santificação tem dois aspectos importantes: santificação posicional e progressiva.
Todo crente é santificado em Cristo. “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus” (1.2). Essa é a santificação posicionai. Toda pessoa que crê em Jesus é santa.
Paulo prossegue: “Aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos…” (1.2). Parece contraditório, pois se já é santo, então por que ser chamado para ser santo? Quem está em Cristo é chamado para andar com Cristo. Quem está em Cristo precisa ser transformado contínua e progressivamente à imagem de Cristo. Essa santificação é um processo que só terminará com a volta de Jesus.

 

3. Ações de graça (1Co 1.3-9)
Sempre dou graças a [meu] Deus a vosso respeito, a propósito da sua graça, que vos foi dada em Cristo Jesus (1.4).

Paulo começa essa carta como um pastor sensível, fazendo elogios à igreja. O apóstolo aplaude os crentes de Corinto por estarem ativamente engajados nos dons. Ele destaca uma igreja enriquecida na Palavra, no conhecimento e no testemunho de Jesus (v. 4-7), que também olhava para frente, aguardando a revelação de Cristo (v. 8).
Se não fossem estes primeiros versículos do capítulo 1, caberia perguntar: será que os crentes de Corinto eram verdadeiramente crentes? Será que a igreja em Corinto era mesmo cristã?
Do verso 10 em diante, veremos alguns problemas existentes nessa comunidade local, os quais também podemos identificar em nosso meio, nos dias de hoje.

 

 

II. UNIDADE E DIVISÃO (1Co 1.10-17)
Paulo é informado de que estava havendo dissensões e partidarismo entre os cristãos de Corinto. Essa informação é chegada até Paulo por intermédio de Cloe.
Paulo menciona o zelo da irmã Cloe e identifica a origem da informação. Ele não diz: “uma fonte anônima” ou “uma fofoca”. Apresenta-se um modelo claro e transparente de lidar com dificuldades, identificando com zelo e responsabilidade problemas que precisam ser resolvidos.
É preciso reconhecer que, se não fossem os problemas dos coríntios, estaríamos, por exemplo, sem um tratamento teológico da Ceia do Senhor; sem o grande capítulo do amor; sem o tratamento estendido aos dons espirituais; sem a clássica passagem a respeito da ressurreição do corpo e sem as instruções relacionadas à disciplina da Igreja, ao casamento, e à ética Cristã.

 

1. Incentivo à unidade (1Co 1.10)
Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.

Neste ensejo, Paulo incentiva a união da igreja de Corinto. A união é um requisito primordial para que os crentes convivam em paz e sejam abençoados (Sl 133).
Lucas, autor do livro de Atos, relata que os crentes da igreja primitiva cresciam juntos e, “enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (At 2.47).

 

2. Divisão “racha” a igreja (1Co 1.11,12)
Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós (1.11).
Paulo usa o termo “dissensão”, na língua grega, schimata, que significa literalmente “rasgo” ou “rachadura”. Paulo está enfatizando que as dissensões e o partidarismo “racham” o caráter e o testemunho da Igreja. E, se está “rachado”, pode quebrar a qualquer momento. A Igreja deve permanecer sólida e “perfeita”, pois é “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15).
Na igreja em Corinto havia pelo menos quatro partidos: o grupo de Paulo, o de Apolo, o de Cefas (Pedro) e o de Cristo. Cada grupo expõe também características dos crentes partidários dos dias de hoje:
a) Paulo. Como Paulo era o fundador da igreja de Corinto e gozava de grande prestígio entre eles, havia aqueles do “partido” de Paulo.
b) Apolo. O talento de Apolo era tão grande que o mesmo era considerado um grande intelectual das Escrituras na região (At 18.28). O grupo de Apolo era formado pelos “intelectuais” da igreja.
c) Cefas. Ainda havia outro grupo, o de Cefas. Cefas é o nome aramaico do apóstolo Pedro (Jo 1.42). Esses crentes existem ainda hoje, buscando rotular os outros que não seguem o legalismo judaizante.
d) Cristo. Você poderia se perguntar: será que o partido de Cristo não seria o ideal para a igreja? A resposta é: Não! Porque estes tais estavam menosprezando os outros, criando o partido dos “orgulhosos”. Eram pessoas que não se sujeitavam à autoridade de qualquer outra liderança porque se achavam “diretamente ligados” a Cristo.
Não há evidências de que Paulo, Apolo e Cefas apoiavam qualquer destes grupos.

 

3. Cristo não está dividido (1Co 1.13,14)
Acaso, Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo? (1.13).
Paulo faz uma pergunta: “Acaso, Cristo está dividido?”. A resposta a essa pergunta é: “Claro que não!”
Porém, os crentes de Corinto agiam como se estivessem dividindo Cristo. Ao permitir a formação de partidos no meio da igreja, de certa forma, estavam “rachando”, ou seja, dividindo a igreja em Corinto.
É importante frisar que Paulo não apoiava em nada esse tipo de atitude, mesmo existindo um partido com seu nome. Paulo pergunta aos cristãos se ele foi crucificado ou se eles foram batizados em seu nome. Deste modo, ele está dizendo que o centro de sua mensagem é Cristo.
Paulo trata de enfatizar seu verdadeiro objetivo, que não era batizar, mas evangelizar. Isso não deprecia a importância do batismo, mas a sua obrigação primária é de evangelizar (Mc 16.15-16).
Na ordem contida no Evangelho de Marcos, o “Ide!” vem em primeiro lugar (v. 15).

 

 

III. SABEDORIA DIVINA (1Co 1.18-31)

1. Loucura de Deus (1Co 1.25)
Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
Paulo, aqui, ressalta que seu intuito não é produzir admiradores de sua pessoa, mas proclamar a salvação em Jesus. Para isso, não usa de mecanismos de sabedoria humana. Ao invés disso, ele usa palavras simples para dar a ideia de que o processo é baseado na ação de Deus e não na do homem. O poder do Evangelho para persuadir a audiência deriva da mensagem em si, não do mensageiro que a entrega. Paulo não queria que a cruz se perdesse no meio da apresentação. Seu objetivo era uma mensagem simples: Cristo crucificado!
Ao declarar as divergências entre o pensamento judeu e grego, Paulo afirma o seguinte:
a) Escândalo para judeus. Nos tempos bíblicos, a morte de cruz era algo vergonhoso e significava maldição para o condenado. Isso era escandaloso para os judeus.
b) Loucura para gregos. Os gregos eram pensadores que estavam sempre à procura de explicações novas e atraentes baseadas nos preceitos da sabedoria humana. Para estes, a mensagem da morte de Cristo era completa loucura e a simplicidade da mensagem era delírio.
Neste contexto, Paulo proclama a mensagem do Cristo crucificado. A morte de Cristo trouxe salvação. Esta mensagem é central ao Evangelho.

 

2. As coisas loucas (1Co 1.27,28)
Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes (1.27).
Paulo agora fala sobre a vocação dos irmãos e afirma que a “mensagem de Cristo”, que ele tratou no tópico anterior, não faz acepção de pessoas.
Demonstra, assim, que a sabedoria de Deus anda na contramão deste mundo. Ou seja, Deus escolheu as coisas loucas, fracas, humildes, desprezadas, que não são, para envergonhar as sábias, as fortes e as que são. Até porque todos são pecadores e não têm do que se gloriar, a não ser da graça de Cristo.

 

3. Glorie-se no Senhor (1Co 1.29-31)
Para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor (1.31).
Paulo salienta que todas as bênçãos espirituais são provisão divina e não decorrem de méritos humanos. Temos que reconhecer isso para evitar o orgulho e a “autossuficiência” (1Co 1.29).

Ele destaca que nossa sabedoria, justiça, santificação e redenção estão no Senhor e não em nós mesmos (v. 30). Cristo providenciou tudo e nós simplesmente confiamos nele.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
O partidarismo e as dissensões em Corinto estavam prejudicando o crescimento da igreja. Do mesmo modo, nos dias atuais, o mau testemunho atrapalha a aceitação do Evangelho.

 

 

RESPONDA

1) Quais os dois aspectos da santificação?

 

2) Qual o problema que afeta a igreja, decorrente da falta de união?

 

3) Assinale as alternativas com “V”, se verdadeiras, ou com “F”. se falsas

( ) Paulo desejava produzir muitos seguidores de si mesmo.

( ) A Sabedoria de Deus anda na contramão do mundo.

( ) Gloriar-se no Senhor é sinal de sabedoria.