Lição 11: 2 Samuel 11 e 12: A Queda e Restauração de Davi

LIÇÃO 11: 2 SAMUEL 11 E 12: A QUEDA E RESTAURAÇÃO DE DAVI

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 2 Samuel 11 e 12 há 27 e 31 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 2 Samuel 12.1-14 (5 a 7 min.).

A biografia de Davi está ligada às suas conquistas militares, o que pode nos remeter às nossas batalhas espirituais. Mas, Davi confiou no próprio exército e nas suas armas. Na ocasião em que não foi à guerra talvez achou que fosse invencível, mas quem abandona a trincheira porque se sente forte, esse é que se mostra fraco. Professor(a), mostre aos irmãos que a luta não cessa! Quem não peleja em jejum; oração e estudo bíblico, cai em ruína. Não existe super crente, todos somos dependentes de Jesus. Os que não querem cair, atendam às advertências do Espírito que move a igreja; quanto aos que caem, a esses Deus oferece seu perdão mediante o arrependimento sincero. O sangue de Jesus nos redime.

 

OBJETIVOS
• Compreender a realidade da tentação.

• Vigiar e orar para sustentar nossa integridade.

• Arrepender-se quando pecar.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Um bom recurso é assistir a brevíssima animação “Decida mudar de vida”, disponível no Youtube. Comenta o salmo 51, escrito e cantado por Davi em meio à agonia da culpa que o havia afastado de Deus. É um ótimo começo para aprendermos que o pecado atormenta nossa consciência, nos afasta dos irmãos e machuca a quem amamos. Porém, ao que se humilha e se arrepende dos seus maus caminhos, Deus concede seu perdão. Professor(a), convide os irmãos a adorar ao Senhor, pois grande é a Sua misericórdia.

 

RESPOSTAS
1) A ociosidade, Ignorar as advertências e a quebra da integridade

2) Ele contou uma parábola sobre uma ovelhinha

3) O salmo 51.

 

Leitura Adicional

TENTADOS E PROVADOS
“Tentações e provações são inerentes à vida humana. Isso levou Roy Baumeister, professor de uma universidade americana, a elaborar uma pesquisa sobre o tema junto a seus alunos. Eles deveriam ficar em completo jejum durante certo período de tempo, e depois, deixados isolados com um prato de rabanetes e outro de biscoitos. Era permitido aos alunos comerem os rabanetes, mas terminantemente proibido provarem dos biscoitos.
Com grande esforço, todos os alunos conseguiram resistir à tentação de comerem os biscoitos. Como resultado desse teste, logo depois, os alunos não conseguiram desempenhar tarefas intelectuais; estavam psicologicamente exaustos. Concluiu-se que o autocontrole demanda caráter, decisão, mas dispende uma grande carga de energia. A mente precisa ser “recarregada” antes de poder ser usada novamente.
O rei Davi foi tentado quando viu Bate-Seba tomando banho num riacho. Sucumbiu. Dele saiu o pior: providenciou para que o marido dela fosse morto, buscou encobrir o próprio pecado. Quanto sofrimento adveio disso!
O patriarca Abraão, no Egito, foi tentado a mentir, dizendo que sua bela esposa Sara era sua irmã, pois temia ser morto. Dele brotara o pior. E quantos problemas enfrentou por isso!
Vejamos o exemplo de Jesus. Quando Ele foi tentado por Satanás quarenta dias no deserto, mas de Seu interior nada poderia brotar a não ser o bem; e Ele resistiu e venceu. No jardim do Getsêmani, Jesus foi provado. Ele estava para se oferecer como sacrifício para a nossa salvação, receber sobre si todos os pecados da humanidade, se tornar Ele próprio pecado; isso quebraria a comunhão eterna com o Pai e Ele teria que provar a morte. Em agonia, pediu ao Pai que fosse passado de si esse cálice; todavia resolveu obedecer a vontade de Deus: ‘Faça-se a tua vontade. O mundo nunca mais foi o mesmo depois dessa decisão.
Artigo Tentado e Provado (Samuel Câmara – www.boasnovas.tv)

 

LIÇÃO 11: 2 SAMUEL 11 e 12: A QUEDA E RESTAURAÇÃO DE DAVI

 

Texto Áureo
“Então, disse Davi a Natã Pequei contra o Senhor. Disse Natã a Davi: Também o Senhor te perdoou o teu pecado; não morrerás.“ 2Sm 12.13

 

Verdade Prática
Nunca devemos ignorar nossas fraquezas, mas tratá-las com vigilância e oração.

 

Estudada em 10 de setembro de 2023

 

Leitura Bíblica Para Estudo 2 Samuel 12.1-14

 

INTRODUÇÃO

 

I. O CAMINHO DA QUEDA 2Sm 11.1-6
1. Ociosidade 2Sm 11.1
2. Ignorar as advertências 2Sm 11.3
3. Descuido em tempo de sucesso 2Sm 11.6

 

II. OS PERIGOS DO PECADO 2Sm 11.7-27
1. O pecado é oportunista 2Sm 11.2
2. O pecado é sedutor 2Sm 11.14
3. O pecado insensibiliza 2Sm 11 15

 

III. A RESTAURAÇÃO DE DAVI 2Sm 12
1. As consequências do pecado 2Sm 12.12
2. Arrependimento 2Sm 12 13
3. O Perdão de Deus 2Sm 12 13

 


APLICAÇÃO PESSOAL

 

 

Hinos da Harpa: 156 – 79

 

 

INTRODUÇÃO
A biografia de Davi, sem sombra de dúvidas, é uma das mais impressionantes da Bíblia. Ele é o personagem mais mencionado e um dos que mais recebeu elogios, contudo, existem dois episódios tristes na sua trajetória que mancharam seu reinado: o adultério com Bate-Seba e o recenseamento para conhecer o seu poderio de guerra. Nesta lição veremos o primeiro.

 

I. O CAMINHO DA QUEDA (2Sm 11.1-6)
Quando consideramos o que as Escrituras dizem sobre Davi, nos parece impossível considerá-lo um candidato a um desastre moral, mas ninguém está imune ao pecado. Daí a recomendação paulina: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1Co 10.12).

 

1. Ociosidade (2Sm 11.1)
Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra, enviou Davi a Joabe, e seus servos, com ele, e a todo o Israel, que destruíram os filhos de Amom e sitiaram Rabá; porém Davi ficou em Jerusalém.

O texto acima, que trata do pecado de Davi, sutilmente inicia dizendo que todos estavam em guerra, menos Davi. Joabe estava em guerra, o exército estava em guerra, o reino estava em guerra, mas o rei de Israel estava ocioso. Era tempo de guerra, não tempo de descanso Essa observação do escritor bíblico não deve passar despercebida. Não há nada de errado em ficar casa ou descansar, mas aquele não era o momento para isso.
Não era tempo de paz, mas de guerra. Davi havia chegado no topo. Seu nome estava estabelecido, seu exército vencia sempre, ele era bajulado, servido, aclamado e quase idolatrado. Davi, como se diz popularmente estava com o “burro na sombra”. Tempos assim são perigosíssimos. A ociosidade quando prolongada, voluntária e proposital pode ser um antro de grandes tentações. Todos precisamos ser cuidadosos para nunca perdermos o sonho, o desejo ardente de servir e se doar pela causa do Evangelho.

 

2. Ignorar as advertências (2Sm 11.3)
Davi mandou perguntar quem era. Disseram-lhe: É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu.
Deus sempre vai nos alertar e advertir acerca dos perigos, mas nunca vai decidir em nosso lugar.
De tanto passear pelo palácio, Davi acabou vendo o que não devia. Tivesse parado por aí já seria ruim. Mas não parou. Ao ver aquela mulher, não contente com isso, o rei procura informações a seu respeito. Os serventes do rei ao lhe informar são precisos: É Bate-Seba, mulher de Urias, o heteu  Essa identificação feita pelo servo deveria ter detido Davi. Era como se dissesse: “Davi, pare com isso.  Caia fora disso. Essa mulher é casada e a sua atitude em relação a está totalmente errada.
Esteja certo, se somos filhos de Deus o Espírito Santo sempre vai nos alertar e nos advertir diante dos perigos e da iminência do desastre espiritual. Um sinal amarelo será aceso. Pode ser uma inquietação na consciência, um sermão pastoral, um conselho de um amigo etc. Toda vez que o Espírito de Deus nos disser “não faça isso”, o desastre é iminente para os que não o obedecem.

 

3. Descuido em tempo de sucesso (2Sm 11.6)
Então, enviou Davi mensageiros a Joabe, dizendo: Manda-me Urias, o heteu. Joabe enviou Urias a Davi.
A quebra da integridade explica muitos desastres e quedas morais. Nossos valores sempre estarão sendo pressionados pela cultura do nosso tempo. Nunca devemos flexibilizar valores e princípios copiando o mundo. Pequenas concessões vão minando nossa fidelidade e trincando nossa integridade. A carta de Davi, com orientações homicidas, mostra o relaxamento moral, fruto de um processo de descida e esfriamento. Tudo é uma sequência. Não foi algo que ocorreu do dia para a noite.
O mal e o pecado sempre são cumulativos e ladeira abaixo. O pecado vem dourado, colorido, sugestivo, apetitoso, glamoroso, mas ele esconde, por trás, um anzol de morte. Davi é envolvido numa teia maligna e permite que uma certa indulgência moral entre na sua vida. Há pessoas que, como Davi, nas fases mais altas e abençoadas de sua história vivenciam a fase mais baixa de sua moralidade. Davi não soube lidar com o sucesso com a mesma habilidade e integridade com que lidou com a perseguição e com as lutas.
Tempos de bonanças e bênçãos requerem vigilância acirrada. Na melhor fase da vida de Davi, quando ele estava rodeado de bênçãos e vitórias de todos os lados, Deus ficou em segundo plano e o que era improvável aconteceu.

 

 

II. OS PERIGOS DO PECADO (2Sm 11.7-27)
A experiência de Davi comprova o perigo do pecado e sua natureza nefasta.

1. O pecado é oportunista (2Sm 11.2)
Uma tarde, levantou-se Davi do seu leito e andava passeando no terraço da casa real; daí viu uma mulher que estava tomando banho; era ela mui formosa.
Quando o pecado bate à porta? Sempre que ele encontra oportunidades. As Escrituras nos revelam que o pecado nos espreita (Gn 4.7), e rodeia de perto (Hb 12.1). Todos os dias ele está lá querendo uma brecha.
Davi nunca fugiu das batalhas. Desde adolescente ele lutava, inclusive anonimamente contra um urso e um leão protegendo suas ovelhas. Nesse dia, ao não ir à guerra e ficar ocioso no palácio, ele criou uma oportunidade para o pecado. Precisamos lembrar que não há um único momento da nossa vida em que Satanás não esteja tentando nos derrubar. O que é tentação, senão uma ação maligna para nos fazer cair? A tentação nos acha, a todos. O problema é que muitas pessoas caminham com seus próprios pés para o território pantanoso do pecado e da desobediência. A vigilância não pode ter férias nunca.
Há pessoas que, depois de toda uma carreira percorrida, tropeçam na última volta e trazem vergonha e opróbrio para sua vida, sua casa e sua igreja. Devemos lembrar que o fato de sermos filhos, salvos e cheios do Espírito Santo não nos isenta de sermos tentados, por isso devemos estar sempre vigilantes.

 

2. O pecado é sedutor (2Sm 11.14)
Pela manhã, Davi escreveu uma carta a Joabe e lha mandou por mão de Urias.

O pecado nunca vai se apresentar como algo feio e repulsivo, ao contrário, ele seduz porque se apresenta como atraente e apetitoso. Em Gênesis, no episódio da Queda, é dito que a mulher viu que “a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento…” (Gn 3.6).
Tiago na sua epístola diz que ele seduz como uma isca que esconde o anzol de modo tão eficaz que a presa só perceberá o engodo tarde demais (Tg 1.14). Alias a tentação é um convite ao pecado justamente porque desperta a concupiscência. Ninguém é tentado por algo que não exerce sobre ele nenhum tipo de atração, o pecado sempre nos rodeia. Mas podemos resisti-lo e vencer se nos enchermos do Espírito Santo.

 

3. O pecado insensibiliza (2Sm 11.15)
Escreveu na carta, dizendo: Ponde Urias na frente da maior força da peleja; e deixai-o sozinho, para que seja ferido e morra.

O pecado vai gerando insensibilidade e frieza. Incrivelmente, essas páginas não foram omitidas das Escrituras, a despeito de se referirem a algo tão desprezível e repreensível, para nos advertir. Como Davi, um homem tão piedoso, chegou a esse ponto? Ele maquina, seduz, usa do poder real, mente, adultera, trai e mata. Perguntamos: como isso foi possível? A resposta é que o pecado o vai tornando insensível ao ponto de já nem se reconhecer mais. Ele perdeu por completo o senso de justiça. O pecado quando não confessado gera outro e mais outro. E o que diz o salmista: “um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7). Estranhamente, Davi se torna insensível para o seu pecado, embora ainda seja plenamente capaz de condenar outros, hipocritamente (2Sm 12.5).
Lembremos que a velha natureza ainda está presente em cada cristão, tentando impedir que a nova natureza permaneça no comando.

 

 

III. A RESTAURAÇÃO DE  DAVI (2Sm 12)
Davi pecou ao adulterar com Bate-Seba e ao arquitetar a morte de seu esposo Urias e teve que encarar as consequências disso. Graças a Deus que os homens e mulheres que andam com Ele não devem ficar prostrados para sempre. Deus vai ao seu encontro e os ergue.

 

1. Deus tudo vê (2Sm 12.12)
Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei isto perante todo o Israel e perante o sol.
Ninguém consegue esconder seus pecados de Deus. Davi faz um esforço descomunal para ocultar sua queda moral. Quando parecia ter sido bem-sucedido (graças à cooperação de Joabe e ao silêncio de Bate-Seba) o narrador sagrado introduz na história o Senhor que parecia estar ausente ao longo do processo.
A semeadura vai frutificar. Haverá consequências. Elas são inevitáveis. Isso contraria o engodo satânico de que o pecado não é de todo ruim. A verdade bíblica permanece: o pecado sempre deixa um rastro desastroso para trás. Deus restaura Davi, mas ele teve que lidar com as consequências daquele plantio. O profeta enumera várias coisas objetivamente:
a) “A espada jamais se apartará da tua casa”(vs 10);
b) “Tomarei das tuas mulheres perante os teus olhos e as darei a teu próximo” (v. 11);
c) Tu fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e à plena luz do dia” (vs 12); d) “O filho que te nasceu morrerá”.

 

2. Arrependimento (2Sm 12.13a)
Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor.

Deus envia um profeta até Davi. Ele precisava de ajuda. Não é Davi que se dá conta sozinho e diz: Vou arrumar tudo. Tenho competência para isso. Por um tempo ele até tentou esconder o seu pecado. Inclusive arquitetou um plano de quatro etapas para isso:
a) Dar férias ao marido de Bate-Seba;
b) Dar um banquete para Urias e embebedá-lo;
c) Encomendar sua morte;
d) Casar com Bate-Seba para esconder a gravidez. Nenhum deles teve o efeito que Davi gostaria. O único caminho é o arrependimento sincero.

Em 1 Samuel 24.11 Davi havia dito “eu não pequei”, mas agora ele sabe que é culpado. O Salmo 51 foi escrito por Davi após ser repreendido por Natã e revela a agonia e a profundidade do seu arrependimento bem como o desejo de ser perdoado. Arrependimento não é remorso. A palavra metanoia, termo grego para arrependimento, carrega em si a ideia de virar a mente do avesso, implicando em uma mudança de atitude.

 

3. O perdão de Deus (2Sm 12.13b)
Disse Natã o Davi: Também o senhor te perdoou o teu pecado, não morrerás.
Davi era rico e poderoso, mas naquele momento nada o satisfazia, pois sua consciência estava em brasas. Ele precisava de paz para sua alma. Ele traiu Urias e Aitofel (respectivamente, o marido e o avô de Bate-Seba). Também pecou contra sua família e sua nação, mas antes de mais nada e acima de tudo pecou contra Deus. Todo pecado será primeiro contra Deus.
A boa notícia é que Deus está pronto a outorgar o perdão. E o perdão que nos coloca novamente no lugar certo da relação com Ele.
Como está nosso relacionamento com Deus? Infelizmente, muitos pensam haver ultrapassado o limite da misericórdia de Deus. Ledo engano. Essa é uma armadilha maligna. As misericórdias do Senhor não têm fim (Lm 3.22). As boas novas do Evangelho é que Deus perdoa todo e qualquer pecado. O sangue de Jesus não perdeu nem diminuiu seu efeito. Ele ainda nos purifica de todo pecado. A restauração está disponível. Deus convida os que pecaram ao recomeço, à reconstrução. Levante-se, Deus quer refazer a história da sua vida.

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL
A única forma de vencermos e permanecermos em pé é através da vigilância, da oração, da submissão e obediência à Palavra de Deus.

 

 

RESPONDA
1) Quais são os passos de Davi no caminho para a queda que foram mencionados na lição?

 

2) Qual o artifício literário que Natã usou para repreender o rei Davi?

 

3) Arrependido. Davi compôs um salmo. Qual foi?