LIÇÃO 13 – ESTER 9 e 1O – A FESTA DO PURIM E A GRANDEZA DE MORDECAI
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 9 e 10 há 32 e 3 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 9.20-32 e 10.1-3 (5 a 7 min.).
Neste trimestre, a vida e atuação das heroínas Rute e Ester foram estudadas e pudemos extrair preciosas lições. Elas exerceram um papel relevante na nação de Israel e são as únicas mulheres que nomeiam livros da Bíblia. Uma gentia que se agrega ao povo da promessa e uma exilada que coloca sua vida em risco para evitar a extinção de sua raça, vítima de um ardil que a condenara à destruição.
A alegria, a restauração e a comemoração pelo livramento foi tema de mais uma celebração acrescentada ao calendário judaico, a Festa de Purim. Até hoje, a celebração faz o povo judeu relembrar que Deus é maior do que as leis da casualidade e que Ele pode intervir decisivamente na História, mesmo que permaneça oculto de todos, menos daqueles que podem enxergar com os olhos da fé.
OBJETIVOS
• Aprender sobre a origem e propósito da Festa do Purim.
• Mostrar como os judeus exilados finalmente puderam celebrar a vitória providenciada por Deus.
• Explicitar a maneira como Deus age na vida dos que se dedicam a fazer conhecido e notório o Seu nome.
PARA COMEÇAR A AULA
Para iniciar a aula você pode fazer uma retrospectiva rápida da história de Ester e de como a ação de Deus foi eficaz, pois Ele tem um compromisso com a nação de Israel, de onde procederia o Redentor. Portanto, nenhuma arma preparada pelo maligno seria suficiente para frustrar os planos de Deus em relação ao propósito divino de trazer o Redentor. E finalizar agradecendo a Deus pela maneira como conduziu os eventos na história desse povo, que esteve à beira da destruição total pelo orgulho e soberba de um homem ímpio e mau.
RESPOSTAS
1) Lembrar às futuras gerações a libertação do seu povo.
2) A rainha Ester.
3) Era o segundo depois do rei Assuero.
LEITURA ADICIONAL
Visto à luz do cenário de festas do Antigo Testamento, os aspectos horizontais da Festa de Purim são impressionantes. Ela foi estabelecida como uma ordenança pelos editos de Ester e Mordecai, não por Deus (Et 9.20-22,29-32).
Na Festa de Purim, os judeus, tanto de longe quanto de perto, deveriam reunir-se para festejar, regozijar-se, dar presentes uns aos outros e fazer doações aos pobres. Essa celebração deveria se repetir para sempre, como as leis dos persas e dos medos, que não podiam ser revogadas. Do que as pessoas deveriam se lembrar era da trama de Hamã e da intervenção do rei para livrá-las (Et 9.23-28).
Em nenhuma parte dessas instruções encontramos qualquer menção clara do povo de Deus se reunindo para louvar a Deus pelo seu livramento e lembrar aos seus filhos dessa demonstração da fidelidade de Deus, algo que era central numa festa como a Páscoa. Parece que é como se para eles fosse possível obedecer o edito de Mordecai e Ester sem pensar em Deus pelo menos uma vez durante todo o dia. […] a essência do Purim, conforme está registrado na Bíblia estava precisamente correta. Tratava-se de um memorial do tempo em que os judeus tiveram descanso de todos os seus inimigos, quando a tristeza deles foi transformada em alegria e o lamento deles em celebração. […] Como seria possível alguém se lembrar da transformação das trevas em luz e da obtenção de descanso dos inimigos sem pensar em Deus? Como alguém poderia celebrar o Purim sem ver o que Deus havia feito? Os desvalidos que são erguidos do pó e os necessitados que são tirados do monturo para se assentar junto aos príncipes não deveriam precisar ser incitados a louvar o Senhor (SI 113.5-9). A Festa de Purim, quando corretamente compreendida, é mais do que apenas um lembrete para o povo de Deus da habilidade passada Dele para intervir decisivamente, mesmo permanecendo escondido de todos, menos dos olhos da fé.
Livro: Estudos Bíblicos expositivos em Ester e Rute. (Duguid, lain M. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2016, p. 120,121,124).
LIÇÃO 13 ESTER 10 – A FESTA DO PURIM E A GRANDEZA DE MORDECAI
Texto Áureo
“Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam e do que lhes havia sucedido,” Et 9.26.
Verdade Prática
É justo celebrar com entusiasmo os livramentos proporcionados por Deus, por meio de Sua providência constante.
Estudada em 26 de setembro de 2021
Leitura Bíblica Para Estudo Et 9.20-32; Et 10.1-3
INTRODUÇÃO
I. ORIGEM DA FESTA DO PURIM Et 9.20-28
1. Origem da Festa do Purim Et 9.21
2. A festa como instituição oficial Et 9.23
3. O significado do nome Purim Et 9.26
II. FESTA DO PURIM ATÉ HOJE Et 9.29-32
1. Ester ratifica a celebração Et 9.29
2. Divulgação da festa de Purim Et 9.30
3. Detalhes da Festa do Purim Et 9.32
III. A GRANDEZA DE MORDECAI Et 10.1-3
1. Tributo sobre a terra Et 10.1
2. Arquivos reais Et 10.2
3. A ascensão de Mordecai Et 10.3
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 216 – 525
INTRODUÇÃO
Nesta última lição, estudaremos sobre a instituição da festa de Purim, autorização para que esta celebração fizesse parte dos festivais judaicos; a vida do povo judeu restaurada e a promoção e engrandecimento de Mordecai.
I. ORIGEM DA FESTA DO PURIM (Et 9.20-28)
1. Origem da Festa do Purim (Et 9.21)
“Ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos”
Uma vez que a própria continuidade do povo escolhido estivera em jogo, o seu milagroso resgate não podia deixar de ser comemorado. Mordecai escreveu e enviou cartas falando sobre os acontecimentos que concerniam a todo o povo judeu, incorporando os aspectos importantes em escritos que apresentavam as diretrizes para o futuro.
O sistema postal real tornava as comunicações relativamente fáceis e abrangentes, alcançando todos os judeus – os de perto e os de longas distâncias de até 3.000 quilômetros. Assim, a carta de Mordecai estabeleceu a festa de Purim, que não fora estabelecida pela lei mosaica, mas ordenada por Mordecai (Et 9.20-28).
2. A festa como instituição oficial (Et 9.23)
“Assim, os judeus aceitaram como costume o que, naquele tempo, haviam feito pela primeira vez, segundo Mordecai lhes prescrevera”
Era preciso estabelecer a data da festa, e Mordecai decretou que tanto o dia catorze quanto o dia quinze de adar deviam ser observados anualmente. Seria isto para lembrar às futuras gerações a maravilhosa libertação da extinção: a tristeza se transformara em alegria, e a lamentação, em celebração.
Os judeus temiam inovações que talvez fossem tidas como contradições com a lei de Moisés. Mas a autoridade de Mordecai era suficiente para fazer a festa de Purim entrar no calendário judaico das festas nacionais. Há uma forte ênfase para que judeus em todos os lugares comemorem esses dias.
A comunidade judaica em geral sempre celebrou com entusiasmo essa festa, pois, os inimigos dos judeus tinham sido destruídos pelo poder de Deus, por meio de Sua providência constante. Os homens eram convocados a relembrar esses fatos. Os judeus cumpriram as ordens recebidas, e assim têm feito através dos séculos. A festa foi e continua sendo celebrada anualmente.
3. O significado do nome Purim (Et 9.26)
“Por isso àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que lhe havia sucedido.”
A festa chamou-se Purim, para relembrar que Hamã usou a prática de Pur, isto é, lançar sorte, para determinar o dia da destruição dos judeus. A palavra Pur é originária da Babilônia e significa sorte ou destino. Lançar a sorte, algo semelhante a lançar dados, era uma forma comum de fazer uma escolha aleatória (Ne 11.1) ou de discernir a vontade divina (Jn 1.7).
Acreditando que seus deuses controlavam o resultado do Pur, Hamã lançou a sorte para determinar o dia certo para destruir os judeus (Et 3.7). Lançando a sorte, Hamã, sem querer, escolheu o dia do livramento dos judeus, até hoje celebrado como o festival de Purim (Et 9.28).
Mordecai estabeleceu a festa com dois dias de duração, para comemorar o livramento de Deus em favor do Seu povo, salvando-o da conspiração maligna de Hamã para exterminar os judeus.
II. FESTA DO PURIM ATÉ HOJE (Et 9.29-32)
1. Ester ratifica a celebração (Et 9.29)
“Então, a rainha Ester, filha de Abiail, e o judeu Mordecai escreveram, com toda a autoridade, segunda vez, para confirmar a carta de Purim.”
Mesmo sendo respeitado no império, Mordecai ainda teve o respaldo da rainha, que também escreveu uma carta para estimular a observância da festa. Ester escreveu na tentativa de persuadir, e não de ordenar ou coagir o seu povo, a celebrar o Purim. Ela acrescentou sua autoridade e autenticou a festa, adicionando algo à sua natureza obrigatória. Ela escreveu com toda autoridade, pois, como rainha, contava com o apoio e autoridade do rei, que também encorajou a celebração.
A rainha Ester institucionalizou a comemoração do Purim sob a lei persa. A expressão “e se escreveu no livro” indica que a decisão de Ester determinando a observância de Purim por todo o império foi colocado nos arquivos reais. “Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que lhes havia sucedido, determinaram os judeus e tomaram sobre si, sobre a sua descendência e sobre todos os que se chegassem a eles que não se deixaria de comemorar estes dois dias segundo o que se escrevera deles e segundo o seu tempo marcado, todos os anos” (Et 9.26,27).
2. Divulgação da festa de Purim (Et 9.30)
“Expediram cartas a todos os judeus, às cento e vinte províncias do reino de Assuero, com palavras amigáveis e sinceras”
A festa de Purim promoveu a paz de Deus e Sua verdade entre o povo judeu. E, pelo fato de a festa poder causar efeitos tão benéficos, Ester e Mordecai se dedicaram a si mesmos e aos seus descendentes não só na observância como também na divulgação da festa utilizando de todos os meios possíveis, de modo que todos a conhecessem e também a celebrassem.
A apresentação da rainha Ester nos versículos 29-32 propicia assentimento real à atividade legislativa de Mordecai, em consequência de que essa legislação presumivelmente foi acrescentada a todo o resto das leis dos medos e persas, que não podiam ser contraditadas.
3. Detalhes da Festa do Purim (Et 9.32)
“E o mandado de Ester estabeleceu estas particularidades de Purim; e se escreveu no livro.”
Como a Páscoa, a festa de Purim celebra o livramento divino. Salvos do governo do faraó e da escravidão no Egito e livres da destruição planejada por Hamã, os judeus comemoraram uma libertação que só Deus poderia ter orquestrado. Toda a história do feriado do Purim está no livro de Ester.
O primeiro dia da festa. O livro inteiro de Ester é lido em voz alta, e a cada vez que o nome de Hamã é mencionado, as crianças do grupo respondem ao nome de Hamã com chocalhos e guizos, os presentes batem com os pés no chão a fim de abafar o som do nome de Hamã e dizem: “Que o seu nome seja apagado”. No segundo dia da festa, a alegria e a comemoração se manifestam. Comida, música, peças de teatro e brincadeiras, canções especiais e recitais acrescentam à disposição festiva. As pessoas se presenteiam e fazem questão de dar presentes e alimento aos pobres, por ter sido esse um desejo especial de Mordecai (Et 9.22).
III. A GRANDEZA DE MORDECAI (Et 10.1-3)
1. Tributo sobre a terra (Et 10.1)
“Depois disto, o rei Assuero impôs tributo sobre a terra e sobre as terras do mar”.
É inquestionável o poder do rei Assuero, e o seu império precisava de um hábil administrador. É tanto que o rei impôs tributo sobre as terras. Tributo aqui pode referir-se tanto a impostos como a trabalhos que o rei impôs sobre todo o seu território.
Sobre a terra e sobre as terras do mar dá a entender que o rei era possuidor de todo esse território, sendo o litoral o do Mediterrâneo oriental de maneira genérica, com suas muitas ilhas. E o homem certo para o trabalho era Mordecai, assim como o foi José no Egito (Gn 41.41-46). Ele foi promovido à posição de primeiro-ministro e muitos detalhes do governo lhe foram delegados. Ele foi um grande patriota judeu, também foi capaz de ministrar habilidosamente uma potência estrangeira. Mordecai foi um homem qualificado o bastante para preencher ambas as posições e funções.
2. Arquivos reais (Et 10.2)
“Quanto aos mais atos do seu poder e do seu valor e ao relatório completo da grandeza de Mordecai, a quem o rei exaltou, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis da Média e da Pérsia?”.
O período histórico de Mordecai e Ester foi devidamente resguardado na história mundial, conforme o livro nos diz. A orientação de Deus estava por trás da elevação de Mordecai, no império medo-persa, por parte de Assuero. A referência citada é uma espécie de registro diário dos acontecimentos da corte. O livro da história dos reis da Média e da Pérsia certamente oferecem maiores detalhes sobre a vida do rei Assuero, da rainha Ester e do seu primeiro ministro Mordecai, cujos feitos foram registrados em crônicas oficiais do império.
3. A ascensão de Mordecai (Et 10.3)
“Pois o judeu Mordecai foi o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e estimado pela multidão de seus irmãos, tendo procurado o bem-estar do seu povo e trabalhado pela prosperidade de todo o povo da sua raça”.
O livro de Ester termina com grandes elogios a Mordecai, cujos feitos foram registrados nas crônicas oficiais do império persa. Mordecai foi o segundo na hierarquia. Ele não desfrutava somente do favor especial do rei, mas era respeitado também por seu povo e honrado por sua administração bem-sucedida. Obteve a aceitação dos grandes do império e era popular com as massas.
Sempre buscou o bem-estar de seu povo, bem como da população do império em geral. E, acima de tudo, falava de paz ao remanescente perseguido dos judeus, trazendo-lhes a luz de um novo dia.
Mordecai entrou para a galeria de heróis da história israelita como mais um exemplo de vitória concedida por Deus ao seu povo disperso entre as nações. Quanta falta faz nas autoridades de hoje os predicados e elogios dedicados a Mordecai neste último verso do livro de Ester: “Pois o judeu Mordecai foi o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e estimado pela multidão de seus irmãos, tendo procurado o bem-estar do seu povo e trabalhado pela prosperidade de todo o povo da sua raça” (Et 10.3).
APLICAÇÃO PESSOAL
Podemos ver a atuação providencial e maravilhosa de Deus em todas as páginas do livro de Ester. Sendo assim, é justo celebrar com entusiasmo os livramentos proporcionados por Deus, por meio de Sua providência constante.
RESPONDA
1) Qual o propósito da Festa do Purim?
2) Quem institucionalizou a Festa do Purim?
3) A que grau de elevação Mordecai passou a exercer diante do povo?