Lição 14 – Tito 3 – Servindo com Respeito e Boas Obras

LIÇÃO 14 – TITO 3 – SERVINDO COM RESPEITO E BOAS OBRAS

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Olá, professor! Vivemos dias em que precisamos dar mais valor à cortesia cristã em nossos relacionamentos, pois nunca ela foi tão aviltada como hoje. Pratica-se a cortesia formal nas empresas e no comércio como fórmula indispensável ao sucesso pessoal e nos negócios. No entanto, alguns cristãos desrespeitam as mais elementares regras da cortesia com os descrentes no dia a dia. Portanto, enfatize na lição de hoje a importância de resgatarmos o valor do tratamento cortês, da humildade no que diz respeito à nossa própria salvação e da prática das boas obras em geral. Esse resgate será muito importante se quisermos dar bom testemunho para os que não conhecem o Senhor Jesus.

 

OBJETIVOS
• Tratar a todos com cortesia;
• Agradecer a Deus pela salvação;
• Praticar boas obras.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Querido professor, inicie a aula de hoje escrevendo no quadro: PEGUE, POIS É UMA CORTESIA! Espalhe balas ou bombons numa mesa e permita que seus alunos se sirvam. A seguir, pergunte o que significa a palavra “cortesia”. Controle as participações quanto ao tempo de cada fala e o conteúdo falado, para que não fujam do foco. Após a participação da turma, explique que a cortesia é um valor que anda em falta em nossa sociedade, mas que precisamos resgatar a prática deste princípio bíblico. Entre no assunto da lição.

 

PALAVRAS-CHAVE
Cortesia • Salvação • Boas obras

 

RESPOSTAS
1) Submissão e obediência.
2) Que Deus seja glorificado por meio da nossa filiação.
3) A nossa diligente prática de boas obras.

 

LEITURA COMPLEMENTAR
A carta de Paulo a Tito ressalta de maneira esplêndida a profunda conexão que existe entre teologia e vida, doutrina e dever. No capítulo 1, Paulo tratou do dever do cristão em relação à Igreja. No capítulo 2, do dever do cristão em relação à família; e, no capítulo 3, ele trata do dever do cristão em relação ao mundo. A doutrina inspira o dever, e o dever adorna a doutrina. A doutrina e o dever estão casados; e que nada os separe!
Kelly diz que, até esse capítulo, Paulo havia se ocupado com a ordem interna das igrejas de Creta e com os deveres dos seus membros uns com os outros. Agora, faz um breve comentário sobre seu relacionamento com o poder civil e o ambiente pagão em geral.
Concordo com Edmond Hiebert quando diz que a pregação da Igreja primitiva jamais foi limitada à salvação, mas também incluía instruções concernentes às implicações práticas da salvação para a vida diária. Os cristãos deveriam produzir um impacto positivo na vida da sociedade.
A vida cristã trata do nosso correto relacionamento com as autoridades, com o próximo e com Deus. Vamos examinar mais detidamente esses tópicos.
(…)
As verdades cristãs precisam ser ensinadas e repetidas. Paulo começa o capítulo ordenando que Tito lembre aos cristãos seu compromisso em relação ao Estado e às autoridades constituídas. Paulo já havia falado aos cretenses sobre esse importante assunto quando esteve com Tito naquela ilha. Agora, por meio dessa carta, relembra-os dos mesmos ensinos. Não precisamos ter nenhum constrangimento de repetir as mesmas verdades. Essa era uma prática apostólica.
O cristão tem dupla cidadania: é cidadão do céu e também do mundo.
Ele deve obediência a Deus e também às autoridades constituídas.
Livro: Tito e Filemom: doutrina e vida, um binômio inseparável (Hernandes Dias Lopes. São Paulo: Hagnos, 2009. p. 105,106).

 

Estudada em 29 de setembro de 2019

 

Lição 14 – Tito 3 – Servindo Com Respeito E Boas Obras

 

TEXTO ÁUREO
“Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades;
sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra.” Tt 3.1

 

VERDADE PRÁTICA
Devemos observar com cuidado o modo como nos portamos diante do mundo.

 

DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda-feira – Tt 3.1 Obediência ao governo
Terça-feira – Tt 3.2 Cordialidade cristã
Quarta-feira – Fp 4.5 Moderação cristã
Quinta-feira – 2Co 5.17 Passado apagado
Sexta-feira – Tt 3.9 Evitar discussões tolas
Sábado – Tt 3.10 Cuidado com os hereges

 

LEITURA BÍBLICA
Tito 3.1-5
1 Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra,
2 não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens.
3 Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros.
4 Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos,
5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo.
Texto Completo: Tt 3.1-15

 

Hinos da Harpa: 18 – 355

 

TITO 3 – SERVINDO COM RESPEITO E BOAS OBRAS

 

INTRODUÇÃO

 

I. DEVERES SOCIAIS 3.1,2
1. Respeito às autoridades Tt 3.1a
2. Prontidão nas boas obras Tt 3.1b
3. Cortesia para com todos Tt 3.2

 

II. PECADO E SALVAÇÃO 3.3-7
1. Passado de trevas Tt 3.3
2. Benignidade manifestada Tt 3.4-6
3. Herdeiros com Cristo Tt 3.7

 

III. RECOMENDAÇÕES FINAIS 3.8-15
1. Solícitos para o bem Tt 3.8
2. Evitar debates vazios e hereges Tt 3.9-11
3. Bons amigos e boas obras Tt 3.12-15

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO
O império romano via os cristãos com suspeita, pois sua conduta era muito diferente e realizavam cultos particulares devido à perseguição que sofriam. Assim, era importante que fossem bons cidadãos, sem abrir mão de nenhum dos princípios da fé cristã, por menores que fossem.

 

I. DEVERES SOCIAIS (3.1,2)

1. Respeito às autoridades (Tt 3.1a). Duas coisas são exigidas do cristão em relação às autoridades. Em primeiro lugar, obediência (Tt 3.1a). Isso porque aqueles que governam são autoridades constituídas pelo próprio Deus e devem ser respeitados e obedecidos por isso. Portanto, a obediência civil é responsabilidade do cristão, uma vez que resistir à autoridade é insurgir-se contra o próprio Deus que a constituiu.
Muitas tensões sociais e políticas pairavam sobre a ilha de Creta. Paulo já havia destacado a atitude insubordinada dos cretenses. Agora, Tito deveria orientar os cristãos a serem submissos aos seus governantes.
A obediência civil, porém, tem limites. Sempre que o Estado se torna absolutista e opressor, invertendo e subvertendo a ordem, promovendo o mal e coibindo o bem, os cristãos têm o dever de combater isso, nos limites da lei, pois a autoridade é constituída por Deus para promover o bem e coibir o mal. Aliás, antes importa obedecer a Deus que aos homens.

 

2. Prontidão nas boas obras (Tt 3.1b). Em segundo lugar, ao cristão é exigida obediência às autoridades civis constituídas (Tt 3.1b). A submissão implica obediência e cumprimento dos deveres. O cristão deve cumprir as leis e instruções das autoridades civis e pagar seus impostos com fidelidade. O cristão deve ser um cidadão exemplar, estando pronto para toda boa obra.
Ele não é um problema para a sociedade, mas um benfeitor. O cristão deve ser cooperativo nos assuntos que envolvem toda a comunidade, uma vez que a cidadania celestial não o isenta de suas responsabilidades como cidadão da terra.

 

3. Cortesia para com todos (Tt 3.2). O cristão deve relacionar-se positivamente não apenas com as autoridades, mas também com seus pares, ou seja, com todos os membros da comunidade (Tt 3.2). Devemos ter relacionamentos corretos não apenas dentro da Igreja, mas também com os não-crentes.
O apóstolo Paulo menciona quatro atitudes que um cristão
deve cultivar no trato com seus concidadãos: (1) não destruir a reputação das pessoas; (2) não destruir o relacionamento com as pessoas; (3) não cavar abismos, mas construir pontes de contato com as pessoas; e (4) não lutar pelos próprios direitos, mas entregá-los a Deus.
A mansidão não é um atributo natural. Não é virtude, é graça. Ser manso não é ser frouxo ou ficar impassível diante dos problemas. Ser manso não é ser tímido ou covarde; é não lutar para impor os próprios direitos. Isso não é sinal de fraqueza, mas de verdadeira força.

 

 

II. PECADO E SALVAÇÃO (3.3-7)

1. Passado de trevas (Tt 3.3). O apóstolo Paulo, em seguida, tratou a fundamentação teológica para um comportamento adequado na vida pública (Tt 3.3). A nossa correta relação com as autoridades e com as demais pessoas é consequência da nossa correta relação com Deus. A obra de Deus por nós e em nós pavimenta o caminho para a obra de Deus por nosso intermédio.
O pecado atingiu todas as nossas faculdades: razão, emoção e vontade. Estávamos perdidos e condenados. Os convertidos ao cristianismo não eram melhores que seus semelhantes pagãos.
A retidão cristã não nos torna orgulhosos, mas agradecidos, porque éramos escravos de toda sorte de paixões e prazeres, até que Cristo nos resgatou.

 

2. Benignidade manifestada (Tt 3.4-6). Quanto à sua origem, a salvação tem sua gênese não em nosso coração, mas no coração amoroso de Deus (Tt 3.4). Assim, a benignidade e o amor de Deus são a fonte e a origem da nossa salvação.
Não foi o sacrifício de Cristo na cruz que despertou o coração de Deus para nos amar, mas foi o amor de Deus que levou Jesus à cruz. A cruz de Cristo não é a causa do amor de Deus, mas o seu resultado.
Recebemos a salvação por causa da benignidade e do amor de Deus, mas também por causa de sua infinita misericórdia (Tt 3.5,6). Não salvamos a nós mesmos. Ele nos salvou por meio do milagre do novo nascimento, por obra do Espírito Santo de Deus. Quando um pecador crê em Jesus Cristo é automaticamente purificado de todos os pecados e é transformado em nova criatura, pois o Espírito Santo passa a habitar Nele.

 

3. Herdeiros com Cristo (Tt 3.7). Paulo tratou, então, da base da nossa salvação (Tt 3.7a). A salvação é resultado da obra de Deus por nós em Cristo. Não é algum sacrifício que fazemos para Deus, mas o sacrifício eficaz que Cristo fez por nós na cruz. A base da nossa salvação é, portanto, a morte de Cristo em nosso lugar e em nosso favor.
O propósito da nossa salvação é que Deus seja glorificado por meio da nossa filiação (Tt 3.7b). Éramos escravos das paixões infames; mas agora somos filhos de Deus, herdeiros de Deus e co- -herdeiros com Cristo. Estávamos mortos, agora recebemos o dom da vida eterna. Fomos salvos da condenação do pecado, do poder do pecado e seremos salvos da presença do pecado. Aleluia!
Agora já temos a garantia da nossa herança. Então, um dia, tomaremos posse definitiva e completa dela.

 

 

III. RECOMENDAÇÕES FINAIS (3.8-15)

1. Solícitos para o bem (Tt 3.8). Quanto à evidência da salvação (Tt 3.8), Paulo concluiu que todos aqueles que creem em Deus devem estar sempre prontos para a prática das boas obras. Elas não são a causa, mas são a evidência da salvação.
Então, a necessidade da salvação é devida ao nosso pecado, à nossa culpa e à nossa escravidão; sua origem é a bondade e o amor gracioso de Deus; sua base não é o nosso mérito, mas a misericórdia de Deus, revelada na cruz; seu significado é a obra de regeneração e de renovação do Espírito Santo, sinalizada no batismo; seu objetivo é a nossa herança final da vida eterna; e sua evidência é a nossa diligente prática de boas obras.

 

2. Evitar debates vazios e hereges (Tt 3.9-11). Em seguida, Paulo passou a tratar da relação de Tito com as pessoas no contexto das questões eclesiásticas (Tt 3.9-11). Havia várias ordens do apóstolo para Tito.
Em primeiro lugar, Tito deveria evitar discussões sem proveito (Tt 3.9). Na verdade, o apóstolo não proibiu todo tipo de discussão, pois precisamos combater a heresia e defender a sã doutrina. Mas condenou a discussão sem proveito, sem implicações práticas na vida espiritual. Não podemos perder o foco, desviando-nos da obra para gastarmos nossa energia com conversas inúteis.
Em segundo lugar, ele deveria disciplinar as pessoas dedicadas à heresia e divisão na Igreja (Tt 3.10,11). Tito deveria evitar pessoas que gostavam de criar par-tidos dentro da Igreja e semear a heresia e a discórdia. Com isso, Paulo disse que devemos ter limites em nossa relação com as pessoas dedicadas à heresia.

 

3. Bons amigos e boas obras (Tt 3.12-15). Paulo estava sinalizando uma troca de obreiros, enviando Ártemas ou Tíquico para, possivelmente, substituir Tito em Creta (Tt 3.12). As igrejas da ilha de Creta não podiam ficar sem uma sólida liderança espiritual. Tito não deveria se ausentar da ilha senão depois que o seu substituto chegasse. Logo, porém, que esse obreiro chegasse, Tito deveria encontrar-se com Paulo em Nicópolis, pois era sua intenção passar ali o inverno.
Depois, Tito deveria encaminhar Zenas e Apoio (Tt 3.13), provendo de donativos e recursos esses dois obreiros na obra itinerante que estavam realizando. Ele deveria, também, estimular os crentes à prática das boas obras (v. 14) e o amor fraternal (v. 15a).
Paulo terminou essa pequena carta pastoral clamando a graça de Deus sobre todos os crentes, para todos os membros das igrejas cretenses e para todos os que posteriormente leriam a sua carta, inclusive nós, hoje (Tt 3.15b).

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL
A Igreja é uma agência de transformação e uma fonte de bênção para as pessoas, as famílias, a cidade e até para as autoridades. Ela vive e proclama a mensagem de esperança, de paz e de vida eterna enquanto aguarda o céu.

 

RESPONDA
1) Duas coisas são exigidas do cristão em relação às autoridades. Quais?
2) Qual o propósito da nossa salvação?
3) Qual a evidência da nossa salvação?

 

VOCABULÁRIO
Absolutismo: ditadura.
Benignidade: qualidade de se fazer o bem.
Coibir: inibir.
Concidadão: cidadão junto com outros.
Regeneração: novo nascimento espiritual.
Sujeição: estar debaixo de uma autoridade.