Lição 7 – Êxodo16 e 17: O Maná e a Água da Rocha Ferida

ÊXODO 16 e 17: O MANÁ E A ÁGUA DA ROCHA FERIDA

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Êxodo 16 e 17 há 36 e 16 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Êxodo 16.32-17.16 (5 a 7 min.).

A Paz, professor(a)! A lição de hoje nos ensina que Deus é infinitamente cuidadoso com os que a Ele se entregam sem duvidar. Tão grande cuidado pede em troca apenas a nossa fé. Devemos saber que quem vive debaixo da obediência ao governo de Deus não é oprimido, mas goza de segurança e paz. Homens que cultuam a si mesmos e rejeitam as regras divinas para seguirem suas próprias vontades, estão entregues a si mesmos. Felizes os que contam com a providência divina! Muitas vezes, nosso problema é sermos imediatistas, querermos tudo a nosso tempo. Essa atitude nos leva a acreditar que Deus não sabe o que fazer e que podemos fazer melhor sem Ele. Triste engano.

 

OBJETIVOS
• Crer no sustento divino.

• Evitar a murmuração.

• Fazer do Senhor a nossa Bandeira.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Podemos começar com uma reflexão sobre a situação da igreja na sociedade. Ao contrário de outras organizações sociais, a igreja tem uma constituição divina, pois foi Jesus quem a instituiu. Isso significa que nossos braços devem estar elevados como os de Moisés. A nós não compete pegar em armas, como fazem os exércitos nacionais, mas confiar que se cumpra a vontade de Deus (Jo 18.10-11). Nossa batalha é espiritual, vigiemos para que não sejamos surpreendidos pelo inimigo.

 

 

RESPOSTAS
1) Maná significa “o que é isso?”.
2) Saciou a sede do povo mediante a graça.
3) Arão e Hur.

 

 

LEITURA ADICIONAL
Eles deveriam recolher o maná a cada manhã. Aqui, ensina-nos:
Primeiro – a sermos prudentes e diligentes para provermos comida para nós, nossas famílias e os que estão sob nossa responsabilidade; a trabalharmos tranquilos e comermos o nosso próprio pão, e não o pão do ócio ou do engano. A abundância por parte de Deus dá lugar ao dever do homem; já era assim na época em que chovia o maná. Eles não deviam comer até que o tivessem recolhido;
Segundo – a estarmos contentes com a suficiência. Aqueles que mais têm, têm somente alimento e vestes para si mesmos; aqueles que menos têm, geralmente têm estas coisas, de modo que aqueles que recolhem muito nada têm que sobre, e nada falta ao que junta pouco. Não há desproporção entre um e outro quanto ao desfrutar as coisas desta vida, como existe na simples posse delas;
Terceiro – a confiar na providência divina; que durmam em paz mesmo que não tenham pão em suas tendas, nem em qualquer outra parte do acampamento, confiantes que Deus, no dia seguinte, lhes trará o pão cotidiano.
O povo estava mais seguro e a salvo confiando no armazém de Deus, do que no poder deles, e que o sustento que dEle viesse seria mais doce e fresco. Veja aqui quão néscio é desesperar-se para acumular riquezas.
O maná que foi acumulado por alguns, que pensaram ser mais sábios e melhores administradores do que os seus vizinhos, e que quiseram abastecer-se para que não lhes faltasse no dia seguinte, ficou cheio de bichos e se decompôs. Aquilo que é ajuntado cobiçosamente e sem fé ficará completamente desperdiçado. Tais riquezas são corruptas (Tg 5.2,3).
Livro: Comentário bíblico de Mathew Henry (Editora CPAD, 2004).

 

Estudada em 14 de agosto de 2022

 

LIÇÃO 7: ÊXODO 16 e 17: O MANÁ E A ÁGUA DA ROCHA FERIDA

 

Leitura Bíblica Para Estudo Êxodo 16.32 até 17.16

 

Texto Áureo
“E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos limites da terra de Canaã.” Êx 16.35

 

Verdade Prática
Na simbologia bíblica o deserto é sempre temporário, enquanto Canaã é eterna.

 

INTRODUÇÃO

I. O MANÁ Êx 16.1-35
1. Novas murmurações Êx 16.2
2. Comida em abundância Êx 16.12
3. O sustento espiritual Êx 16.35

 

II. ÁGUA DA ROCHA FERIDA Êx 17.1-7
1. A orientação do Senhor Êx 17.1
2. Moisés fere a rocha Êx 17.6
3, A rocha, um tipo de Cristo 1Co 10.3,4

 

III. VITÓRIA SOBRE OS AMALEQUITAS Êx 17.8-16
1. Os amalequitas atacam Êx 17.8
2. Nossa batalha é espiritual Êx 17.11
3. O Senhor é a minha Bandeira Êx 17.15

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 262 – 523

 

INTRODUÇÃO
Depois do tempo de refrigério nos oásis de Elim (15.27), o povo segue sua marcha e enfrenta mais provações. Nosso destino está além do conforto temporário que podemos desfrutar neste mundo. Abordaremos as lições de três episódios e suas relações com a obra de Cristo.

 

I. O MANÁ (Êx 16.1-35)
Novamente, o povo encontra-se em uma situação de vida ou morte. Desta vez, a ameaça é a fome.

1. Novas murmurações (Êx 16.2)
“Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto.”
Alguém disse que “murmurar é algo que não exige preparo, talento nem habilidade. Basta má vontade”. Dura verdade! O espírito de queixume e a incapacidade de cultivar gratidão nos impede de vermos as bênçãos à nossa volta e nos torna propensos a enxergar tudo sob uma ótica negativa. A murmuração, ao que parece, contagiou os demais. O alvo eram os líderes. Antes, murmuraram contra Moisés; depois Arão foi incluído (16.2). Se não for contida, a murmuração vai se intensificando e se ampliando. Mas, no fundo, o descontentamento era contra Deus. Murmuração, no final das contas, é dizer: “Deus não sabe o que faz”.
No Egito eles também reclamavam e agora queriam voltar? Ficava claro que o problema não era o lugar, mas o coração do povo. Nada satisfaz um coração adoecido. Haviam saído do Egito fazia apenas um mês. Tinham saudades de quando estavam próximos das “panelas de carne” e do “pão a fartar”. A ingratidão os fez esquecer dos espancamentos, do trabalho forçado e do próprio clamor por libertação.

 

2. Comida em abundância (Êx 16.12)
“Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel; dize-lhes: Ao crepúsculo da tarde, comereis carne, e, pela manhã, vos fartareis de pão, e sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus.”
Os israelitas também foram milagrosamente supridos de codornizes (Êx 16.13). Deus fez com que elas voassem a uma altura de aproximadamente 90 cm do chão, e eram facilmente apanhadas pelo povo. Tendo capturado uma grande quantidade, eles as salgaram e estenderam para secar ao redor de todo o acampamento (Nm 11.31,32). A palavra “maná” vem da pergunta que os israelitas fizeram no primeiro dia quando viram aquela substância no chão: “O que é isso?” (hebraico, man hu). Israel comeria desse pão celestial pelos próximos quarenta anos até entrar em Canaã (Js 5.11,12).
Toda manhã, ao longo de quatro décadas, o povo, ao sair das suas tendas, deparava-se com o milagre do maná. Eles poderiam dormir tranquilos, pois a cada manhã haveria o necessário para viverem. O maná aparecia em seis dos sete dias da semana e não poderia ser guardado por dois dias, exceto no sábado.
Deus provê tudo o que necessitamos para nossa jornada física e espiritual. As instruções para colher o maná eram claras: um gômer por cabeça (cerca de 2 litros). Havia ainda o milagre do aumento ou da diminuição porque nada sobrava para quem colhesse mais e nem faltava para quem colhesse pouco (16.18). O milagre do maná também está no controle da quantidade, ou seja, Deus enviava a quantidade suficiente para alimentar milhões de pessoas durante 40 anos e controlar sua dosagem e frequência, de modo que no sábado tal substância não poderia ser encontrada.

 

3. O sustento espiritual (Êx 16.35)
“E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos limites da terra de Canaã.”
Além de sustentar fisicamente os israelitas, Deus enviou o maná para ensinar lições espirituais para eles e para nós. Não é difícil observar as conotações espirituais em torno do maná: a) Ensinar que todos dependemos do sustento divino. Se alguém recusasse o maná, morreria de fome; b) Ensinar o valor da confiança e da fé. O povo deveria saber que Deus é fiel; c) Ensinar a importância da obediência. O envio do maná em seis dias e sua interrupção no sábado provaria se o povo era obediente aos mandamentos do Senhor (Êx 16.20,28); d) Por último e mais importante: O maná era uma prévia de Jesus Cristo e sua obra.
O próprio Senhor Jesus associou o maná à Sua pessoa (Jo 6.32). Assim como o maná sustentou o povo no deserto, Jesus é aquele que nos sustenta. Nós somos o povo que se alimenta e vive do amor de Deus provado com o sacrifício de Cristo. Ele é o Pão vivo que desceu do céu; o maná de qualidade infinitamente superior, pois enquanto o primeiro mantinha o povo vivo na história, Jesus Cristo nos mantém vivos na eternidade. Nós ainda estamos na jornada rumo à Canaã Celestial. Não chegamos ainda, mas sabemos que não faltará o sustento.

 

 

II. ÁGUA DA ROCHA FERIDA (Êx 17.1-7)
Pelo fato de os israelitas terem contendido com Moisés, o lugar é chamado “Meribá” (contenda). Pelo fato de terem tentado ao Senhor, o lugar também é chamado de “Massá” (provação).

1. A orientação do Senhor (Êx 17:1)
“Tendo partido toda a congregação dos filhos de Israel do deserto de Sim, fazendo suas paradas, segundo o mandamento do Senhor, acamparam-se em Refidim; e não havia ali água para o povo beber.”
Deus intencionava não apenas levar o povo a um destino, mas forjar neles um caráter santo. As situações difíceis faziam parte da peregrinação deles como fazem da nossa rumo à Canaã celestial. O relato aponta que eles marchavam “segundo o mandamento do Senhor”, indicando a clara orientação divina da jornada. Então, concluímos que Refidim também fazia parte dos propósitos de Deus.
Nossos “desertos” não são acidentais e fortuitos, mas pedagógicos. São parte do plano de Deus para nós. A atitude de Israel não foi das melhores. Usou o episódio para desafiar a liderança de Moisés, demonstrando ingratidão e falta de fé. Israel era um povo lento para aprender. Será que somos diferentes?

 

2. Moisés fere a rocha (Êx 17.6)
“Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel.”

Esse episódio marcou negativamente a nação de Israel e é mencionado em outras passagens bíblicas. A expressão “Meribá” também traz o sentido de bate-boca podendo até conotar um conflito violento. Moisés, inclusive, temeu ser apedrejado. É a mesma palavra usada em Gênesis 13.7 para a disputa entre os pastores do gado de Ló e de Abraão. Moisés diz que a atitude do povo é tentar o Senhor.
O homem pecador se acha no direito de colocar Deus no banco dos réus. Achamos que Ele tem que se moldar ao que queremos. Expressões do tipo: “eu decreto” e coisas afins são uma vã tentativa de coagir Deus, assumindo o protagonismo.

 

3. A rocha, um tipo de Cristo (1Co 10.3,4)
“Todos eles comeram de um só manjar espiritual e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.”
Aquela rocha era um emblema da pessoa e obra de jesus, nosso Salvador e doador da vida. Assim como a água, Cristo é essencial à vida. Sem jesus, o que temos?
Razões porque a rocha era uma figura de Cristo: a) Um povo inteiro, embora indigno, saciou a sua sede mediante a graça de Deus (Tt 2.11); b) A água era gratuita (Ef 2.8); c( A água era abundante e sem limites (Jo 3.16); d( A água estava próxima e de fácil acesso (Rm 10.8); e( A única coisa que os israelitas precisavam fazer era exercer a vontade para beberem (Rm 1O.13); d( A rocha, assim como Cristo, precisou ser ferida para que dela manasse vida.

 

III. VITÓRIA SOBRE OS AMALEQUITAS (Êx 17.8-16)
Essa é a primeira batalha real e concreta que Israel vai participar após sair do Egito. Há grandes princípios aqui para nossas vidas.

1. Os amalequitas atacam (Êx 17.8)
“Então, veio Amaleque e pelejou contra Israel em Refidim.”
Para entendermos melhor esse episódio é necessário complementarmos com o texto de Deuteronômio 25.17,18: “Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saias do Egito; como te veio ao encontro no caminho e te atacou na retaguarda todos os desfalecidos que iam após ti, quando estavas abatido e afadiga- do; e não temeu a Deus.”
Percebemos a covardia de Amaleque em esperar os israelitas passarem e atacar por trás derrubando os mais frágeis e retardatários. Ele vem eliminando os que ficaram atrás naquilo que vergonhosamente é conhecido como “tática das hienas”.
O texto diz que Amaleque não teve temor de Deus. Faltou-lhe compaixão. Israel não representava uma ameaça para eles. Faltou dignidade aos amalequitas. Eles sequer foram provocados, antes tomaram a iniciativa e vieram contra Israel. Amalequitas são inimigos cruéis. São aqueles que pisam os frágeis e atacam os debilitados. Representam pessoas sem temor, que tripudiam sobre os fragilizados. E aquele que fere o que já está ferido, que humilha o já humilhado, que pisa o que já está aos cacos. É aquele que ataca de surpresa pela retaguarda. Deus não gostou disso e jurou que Amaleque seria julgado um dia (Dt 25.19).

 

2. Nossa batalha é espiritual (Êx 17.11)
“Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando, porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque.”
O êxodo e a caminhada de Israel pelo deserto simbolizam espiritualmente a caminhada do crente neste mundo e a peregrinação da Igreja. Eles saíram do Egito físico e nós saímos da escravidão espiritual. Como eles tiveram batalhas, nós também as temos, só que as batalhas de Israel eram físicas e as nossas, espirituais. Suas armas eram físicas, mas nossas são espirituais.
Comentaristas sugerem que contra o Egito os israelitas não lutaram, pois o Egito representa a escravidão espiritual, estado em que não havia qualquer condição de se libertarem por suas próprias forças. Já a batalha contra Amaleque é diferente. Deus quer envolver Israel. Até aqui Deus havia lutado por eles, agora Deus vai lutar com eles. As mãos de Moisés levantadas representam isso. Havia Josué e os soldados guerreando, mas havia também Moisés no monte orando. Havia duas batalhas simultâneas acontecendo. Mãos erguidas falam de oração (Sl 28.2; 1Tm 2.8). Mãos erguidas representam intercessão e dependência de Deus. Se Deus não estiver lutando conosco seremos derrotados. Orar é isso. Orar é envolver Deus na batalha. Oração é uma arma que nos foi dada por Deus para nos ensinar a depender Dele.

 

3. O Senhor é a Minha Bandeira (Êx 17.15)
“E Moisés edificou um altar e lhe chamou: O Senhor É Minha Bandeira.”
Por que usamos bandeiras? Bandeira sugere identidade. É aquilo que somos. Tem a ver com aquilo que para nós é valioso, aquilo pelo que um povo estaria disposto a viver ou morrer. Qual a nossa bandeira como cristãos? Nós temos uma identidade como povo de Deus. A bandeira é um símbolo que representa um povo. “Edificou um altar ao Senhor”. Moisés não construiu um monumento para si ou para Josué, muito menos para o exército de Israel. A glória da vitória pertencia ao Deus de Israel.
Quando fazemos do Senhor a nossa bandeira então vencemos qualquer obstáculo e seu nome será glorificado. Não foi uma vitória de um indivíduo ou de uma pessoa, a vitória era do povo de Deus. Josué não teria vencido sem Moisés, mas Moisés não poderia prevalecer sem o apoio de Arão e de Hur.
Nossa bandeira é Cristo. É Ele que nos move e é por Ele que vivemos e morremos. Ele é o único que traz satisfação para nosso coração. Cristo é sua bandeira?

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Mantenha-se firme na Rocha, que é Cristo. Ele tem poder para suprir nossas necessidades, sejam físicas ou espirituais. Somente ao lado Dele podemos prevalecer diante das adversidades e batalhas da vida.

 

RESPONDA
1) Qual o significado do nome “maná”?

2) Cite uma razão porque a rocha era um emblema de Cristo.

3) Moisés não teria prevalecido sem o apoio de auxiliares no monte. Quem foram eles?