Lição13 – Filemom 1 – Restaurando Relações Quebradas

LIÇÃO 13 – FILEMOM 1 – RESTAURANDO RELAÇÕES QUEBRADAS

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Filemon há 25 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Filemon 1-25 (5 a 7 min.).

Hoje encerramos este trimestre com o estudo da carta a Filemom, um escrito singelo de caráter pessoal do Paulo endereçado a um fervoroso e participativo cristão que, c om sua família, servia ao Senhor, possivelmente em Colossos.
Veremos hoje que, a despeito da condição de Paulo (preso em Roma), o apóstolo não se exime do trabalho missionário e nem de sua missão de dar suporte às igrejas já plantadas, além de apaziguar alguns conflitos existentes entre irmãos.
Por fim, teremos uma pequena demonstração do poder transformador do Evangelho, pois, mesmo em uma sociedade calcada economicamente no escravismo, o apóstolo aconselha um senhor de escravos a reconhecer seu escravo fujão, não como um simples escravo, mas como um irmão em Cristo, lavado no mesmo sangue, o sangue de Cristo Jesus.

 

OBJETIVOS
• Promover restauração de ralacionamentos através do perdão.
• Observar o poder transformador da conversão.
• Demonstrar o padrão bíblico de amor cristão e hospitalidade.

 

PARA COMEÇAR A AULA
É importante, nesta aula final, que a classe tenha em mente a real condição de igualdade vigorante no corpo de Cristo. Inicie a aula colocando esse assunto em pauta.
Relembre o que já estudamos neste trimestre, que em Cristo, não há diferença entre judeu e gentio, escravo e livre, macho e fêmea (Gl 3.28), pois, todos somos pecadores, carentes da remissão conquistada no calvário (Rm 3.23-26).
Mostre que o amor de Deus em Cristo unifica os contrários e dá sentido e expressão a todos igualmente.

 

RESPOSTAS
1) Era um colaborador da Igreja.
2) Um forte apreço por sua pessoa.
3) Um escravo fugitivo de Filemom.

 

 

LEITURA ADICIONAL
De maneira correta, Paulo conclamou cada pessoa para ser cristã na situação em que está na vida. Contudo, a consciência cristã também precisa pôr em questão todas as instituições da sociedade que violam os direitos das pessoas. Nas epístolas de Paulo, que agora temos, não existe nenhum protesto franco contra qualquer instituição política ou social de sua época. Paulo assumiu a opinião de que qualquer mudança real precisa ser efetuada de dentro para fora. Esta é a posição de todo o Novo Testamento. O amor fraternal praticado entre senhor e escravo, por fim, tornou a escravidão sem sentido. Este ataque indireto contra a instituição da escravatura asseverava o princípio de igualdade espiritual e unidade em Cristo, princípio que posteriormente deu fim ao sistema da escravidão. O princípio do amor cristão e da unidade faz com que seja impossível que o crente considere outro homem como objeto. A fé cristã venceu os males sociais, não pela força militar, não pela insurreição e rebelião, não por revolução e violência, mas por meio de homens transformados e governados por princípios cristãos. Por causa da oração, fé e árduo trabalho deles, instituições inumanas e cruéis foram minadas e derrubadas.
Livro: Comentário Bíblico Broadman, Vol. 11. II Coríntios-Filemon (1988, Pg. 461).

Texto Áureo
“Sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas.” Fl 1.10

Verdade Prática
A ação do Evangelho promove mudanças tanto no campo espiritual como na vida diária do pecador arrependido e salvo.

Leitura Bíblica Para Estudo: Filemom 1.1-25

 

 

INTRODUÇÃO

 

I. CULTIVE BOM RELACIONAMENTO Fl 1. 3
1. Paulo, prisioneiro de Cristo Fl 1
2. Filemom, o colaborador Fl 1b
3. Célula missionária na casa Fl 2

 

II. COMECE PELAS VIRTUDES Fl 4-9
1. Amor e fé de Filemom Fl 5
2. Trabalho de Filemom na igreja Fl 7
3. Pedido em nome do amor Fl 9

 

III. SEJA UM PACIFICADOR Fl 10-25
1. Um escravo livre em Cristo Fl 11
2. Pacificação entre Filemom e Onésimo Fl 15
3. Pedido final e bênção Fl 21

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

 

INTRODUÇÃO
Filemom é uma carta em toda a expressão da palavra. Apesar de ser o mais conciso entre os escritos paulinos, traz no seu bojo uma mensagem profundamente edificante, pois fala de um dos gestos mais significantes do Evangelho: o perdão! Faz também uma demonstração prática do poder transformador de Cristo na vida do homem pecador. Os personagens principais são o apóstolo Paulo, Filemom e Onésimo. Teremos grandes aprendizados nesta minúscula carta.

I. CULTIVE BOM RELACIONAMENTO (Fl 1-3)
Como em todos os seus escritos, Paulo se qualifica como autor e deixa claro o destinatário: Filemom. Diferente de outras obras de Paulo, Filemom não trata, predominantemente, de teor teológico, mas é um compêndio de princípios éticos de alta relevância no exercício da fé cristã.

1. Paulo, prisioneiro de Cristo (Fl 1)
“Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, também nosso colaborador.”
Paulo escreve a Filemom nas mesmas condições em que escreveu Efésios, Filipenses, Colossenses e 2Timóteo, ou seja, preso em Roma. Por isso, essas cartas são também chamadas de “cartas da prisão”.
A expressão “prisioneiro de Cristo” revela o sentido da vida para Paulo. Ele via o sofrimento como parte integrante de sua vocação e chamamento. Ele sabia aproveitar todas as circunstâncias para fazer conhecido o reino de Deus (At 28.30,31).

 

2. Filemom, o colaborador (Fl lb)
“…Ao amado Filemom, também nosso colaborador”.
A Bíblia fala pouco de Filemom. Sabe-se que, possivelmente, morava em Colossos, pois Onésimo é citado em Colossenses 4.9. Sabe-se também que era proprietário de escravos, uma prática reinante no Império Romano de então.
Quando Paulo fala de Filemom, faz questão de ressaltar sua condição de colaborador. Filemom era um verdadeiro irmão “coração na obra”. Acredita-se que se converteu através do ministério de Paulo e, desde então, passa a colaborar com o serviço do Evangelho. Esse valoroso irmão tinha tanto amor pela obra que, além de ajudar o ministério de Paulo, também hospedava uma igreja em sua casa (Fl 2).

 

3. Célula missionária na casa (Fl 2)
“E à irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que está em tua casa.”
Sabe-se que Filemom era um II mão muito hospitaleiro. Onde existia uma necessidade, ele estava presente com o seu coração generoso, glorificando a Deus e servindo ao reino também com suas posses (Fl 22).
O reino de Deus é bastante enriquecido quando cada membro do corpo de Cristo se coloca à disposição como propagador da fé, utilizando-se de todos os recursos e habilidades que Deus lhe tem dado. No início, a Igreja não dispunha de templos; os crentes se reuniam em casas. Filemom abrigou uma igreja local em sua própria rasa. Os estudiosos sugerem que a Irmã Áfia seria sua esposa e Arquipo, seu filho.

 

 

II. COMECE PELAS VIRTUDES (Fl 4-9)
Nesta seção, Paulo demonstra forte apreço pela pessoa de Filemom e seu trabalho ministerial.

I. Amor e fé de Filemom (Fl 5)
“Estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os santos.”
Todo pastor ou líder depende da cooperação de outros obreiros para o sucesso ministerial. Ninguém vence sozinho.
O bom líder sabe reconhecer c valorizar os seus cooperadores. Infelizmente, nem sempre é isso que acontece. Todavia, no dia do Tribunal de Cristo, os galardões serão dados, não pela posição, mas pelo trabalho em prol do reino de Deus. Quantas vezes você já reconheceu e elogiou quem coopera com você? Quem o faz também honra a Cristo.

 

2. Trabalho de Filemom na igreja (Fl 7)
“Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido reanimado por teu intermédio”
É sabido que conduzir uma igreja local não é coisa simples. O trabalho pastoral é árduo, demanda tempo e dedicação e, para ser eficaz, deve ser exercido com a ajuda de bons discípulos. Toda comunidade cristã possui irmãos valorosos que são capazes de somar na consolidação do reino. Filemom era um desses. Muitos crentes sobreviveram espiritualmente em virtude do seu trabalho.
Portanto, é importante que tenhamos em nossas igrejas o “discipulado pastoral”, por meio do qual irmãos e irmãs são treinados para serem bons conselheiros, ajudando o seu pastor na condução do rebanho.

 

3. Pedido em nome do amor (Fl 9)
“Prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus.”
Paulo era apóstolo, idoso e ainda estava preso. Mas, em vez de ordenar, pede e suplica. Não usa sua autoridade, sua condição, nem sua idade, para pressionar Filemom. A força da súplica é mais eloquente do que o grito da imposição. A humildade abre mais portas que a arrogância. A sensibilidade é mais eficaz do que a imposição. Um ditado chinês diz: “Pegamos mais moscas com uma gota de mel do que com um barril de fel”.

 

 

III. SEJA UM PACIFICADOR (Fl 10-25)
Paulo faz pedido a Filemom em benefício de Onésimo, solicitando perdão e reconciliação. Há muita diferença entre ordenar e solicitar, principalmente quando se faz em nome do amor que deve reinar no coração do cristão.

1. Um escravo livre em Cristo (Fl 11)
“Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim.”.
Onésimo era um escravo que trabalhava para Filemom. O nome Onésimo significa útil. Ao contrário do seu nome, ele tinha se tornado um escravo inútil. Além de inútil, ainda furtara seu senhor e fugira, deixando um exemplo negativo para os outros servos. Porém, ele se encontrou com Paulo em Roma e o Evangelho chegou à vida desse escravo, transformando o seu coração. Agora, Onésimo volta a ser útil, conforme o significado do seu nome, posto que totalmente liberto da escravidão espiritual.
Paulo estava preso, mas a Palavra de Deus não estava. Ele mesmo não se vê como um prisioneiro de César, mas de Cristo, e considera-se um agente de Deus com a missão de alcançar o mundo gentílico com o Evangelho.

 

2. Pacificação entre Filemom e Onésimo (Fl 15)
“Pois, acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre”.
Como já foi dito, Onésimo era escravo de Filemom. Ele causou um prejuízo e fugiu do seu senhor. Após sua conversão, através de Paulo, Onésimo começa a fazer o caminho de volta. Agora, ele não é mais um escravo malfeitor, mas um cristão liberto por Cristo, apesar de sua condição de escravo social.
Paulo deseja que Filemom receba Onésimo, não como um escravo que era, mas como um irmão em Cristo (Fl 16). Paulo intercede por Onésimo, assim como Cristo intercedeu pelos discípulos (Jo 17). Ele intercede pela mudança da condição de escravo em um homem livre.
Onésimo tinha uma dívida com Filemom. Talvez fosse algo bastante significativo, mas Paulo se propõe a pagar toda essa dívida em nome da liberdade de seu filho espiritual “gerado entre algemas”.
“E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta” (Fl 18).
Esse episódio nos ensina três lições:
a) O profundo amor cristão por alguém que vem do mundo da escravidão para o convívio do povo de Deus. Esse amor não se limita às questões espirituais, mas alcança o homem em toda a sua vida e no dia a dia;
b) O efeito remidor da morte vicária de Cristo, que pagou a nossa dívida e nos tirou da escravidão, nos tornando filhos e herdeiros das bênçãos no reino do nosso Pai;
c) A questão do perdão, que é um dos pilares do Evangelho da graça. O perdão é um instrumento de cura para o agredido, assim como ao agressor, tendo em vista que anula toda a mágoa e dor de ambos. Deus não nos trata de acordo com as nossas iniquidades, c assim devemos nos portar com os que nos machucam.

 

3. Pedido final e bênção (Fl 21)
“Certo, como estou, da tua obediência, eu te escrevo, sabendo que farás mais do que estou pedindo.”
O prisioneiro de Cristo encerra a Carta com o mesmo espírito com que a começou, ou seja, manifestando apreço e reconhecendo as qualidades de seu discípulo Filemom.
Filemom parece ser o obreiro cooperador que todo pastor gostaria de ter: obediente e trabalhador por excelência. A obediência é a qualidade fundamental de um cooperador da obra. Há obreiros que pregam bem, ajudam, além de outras boas qualidades, mas tudo isso vai por água abaixo porque têm dificuldade de obedecer.
Há um provérbio no círculo militar que diz: “Obedecer é tão nobre quanto comandar”. Um bom líder é sempre um bom servo. Olhe para Jesus!
Filemom era discípulo, cooperador e amigo de Paulo. Seu amor fraternal incluía o relacionamento com os irmãos, os interesses de toda a Igreja como um corpo e a pessoa de seu pai na fé. Esse amoroso irmão tinha bens, mas o seu coração sempre estava na obra e nos interesses do reino de Deus.
À guisa de conclusão, o apóstolo e prisioneiro de Cristo manifesta o desejo de visitar Filemom e a igreja que estava em sua casa. “E, ao mesmo tempo, prepara-me também pousada, pois espero que, por vossas orações, vos serei restituído” (Fl 22). E cita a saudação de companheiros de prisão e cooperadores, valorizando as pessoas que estão ao seu lado (23,24). Paulo também era fraterno e sabia reconhecer a importância dos que com ele somavam na obra. Ele encerra ministrando a graça de Cristo pela qual somos o que somos.

Lembremos sempre: não há caso perdido para Jesus. Não devemos desistir de pregar nem de esperar a transformação das pessoas. Jesus ainda continua transformando escravos em homens livres. O Evangelho transforma um ladrão em um irmão, perdoado, livre, salvo e útil.

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Quando alcançados e transformados pelo Evangelho de Cristo podemos passar a vivê-lo de forma plena, em valorizando mais pessoas que coisas, em sendo mais que aquilo que se possui, e assim, sempre atuando como pacificadores de relacionamentos, fazer avançar o reino de Deus.

 

 

RESPONDA:

1) Quem era Filemom, a quem Paulo escreveu uma carta?

1) O que Paulo demonstra na carta a Filemom?

1) Quem era Onésimo?

Um Comentário

  1. A paz do Senhor, sou muito grata a Deus por esse site,gostaria se possível que as lições da Escola Biblica Dominical fosse liberada com mais antecedência pois muitas vezes não dá tempo de se inteirar muito bem da lição geralmente ela é liberada no sábado sendo que a Escola Biblica é domingo.Grata