Revista Completa 1 Coríntios

 

LIÇAO 5
1CORÍNTIOS 7: CASADO OU SOLTEIRO? EIS A QUESTÃO
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em 1Coríntios 7 há 40 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1 Corín-tios 7.1-24 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Do capítulo 7 ao 11.1, Paulo trata a respeito de dúvidas que os próprios crentes de Corinto haviam escrito a ele, o que é indicado pela frase inicial: “Quanto ao que me escrevestes…” (1Co 7.1). Nesse interregno de 4 capítulos, o tom da carta muda um pouco de exortação e repreensão para um tom mais pedagóg1Co.
A primeira dúvida respondida pelo apóstolo foi acerca do dilema entre permanecer solteiro ou ca-sar-se. Paulo expressa clara preferência pessoal pela permanência do estado de solteiro. Por outro lado, reconhece a importância e as responsabilidades em torno do casamento, dando recomendações aos que já são casados.
Paulo fala também da situação dos que estão casados com incrédulos, sobre divórcio, viuvez e novo casamento.
V J
OBJETIVOS
• Compreender o ensino bíbl1Co sobre o casamento.
• Glorificar a Deus independente do estado civil.
• Valorizar a comunhão e o serviço cristão.
PARA COMEÇAR A AULA
Inicie esta lição evidenciando que, como o contexto de Corinto era de impureza sexual, Paulo recomendou o casamento como forma de proteção contra o pecado, uma vez que os cristãos daquela localidade eram tentados à fornicação. Paulo reforça que nem o casamento nem o celibato são para todos, mas que cada pessoa nasceu com um propósito.
Essa foi a exortação de Paulo. Posteriormente, ele apresenta as do Senhor, entre elas a que recomenda que o casal viva em reciprocidade (1Co 7.3-5).
RESPOSTAS DA PÁGINA 34
1) Cuidar das necessidades sexuais um do outro, proteger da tentação e fortalecer a união de corpo e espírito.
2) Que permaneçam solteiros.
3) Gerado: paz. Evitado: discórdia.

Paulo destaca a completa mutualidade dos direitos conjugais (7.3,4). Paulo vivia em uma sociedade de profunda influência machista, mas ele quebra esses paradigmas da cultura prevalecente e afirma a igualdade dos direitos conjugais. Diz Paulo: ‘O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido’ (7.3). O imperativo presente “conceda” indica o dever habitual. Paulo está falando do relacionamento sexual. A mesma Bíblia que condena o sexo antes do casamento, o pecado da fornicação, e também o sexo fora do casamento, o pecado do adultério, está dizendo que a ausência de sexo no casamento é pecado. O marido deve conceder à esposa o que lhe é devido e semelhantemente a esposa ao seu marido. Ambos, marido e mulher, têm direitos assegurados por Deus de desfrutarem a plenitude da satisfação sexual no contexto sacrossanto do matrimônio. Paulo ainda prossegue: ‘A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu corpo, e sim a mulher’ (7.4). Paulo define que o sexo é um direito do cônjuge, um direito legítimo. A satisfação sexual é um direito legítimo do marido e um direito legítimo da mulher. A chantagem sexual no casamento é um pecado. O marido não tem poder sobre o seu corpo nem a mulher tem poder sobre o seu corpo. O corpo de um pertence ao outro. Usar o sexo como uma arma para chantagear o cônjuge está em desacordo com o ensino da Palavra de Deus. Paulo se torna ainda mais enfát1Co, quando escreve: ‘Não vos priveis um ao outro’ (7.5a). A prática do sexo no casamento é uma ordem apostólica. A ausência da relação sexual no casamento é um pecado.
Livro: 1Coríntios: como resolver conflitos na igreja (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2008, pág. 130).
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J
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Estudada em
LIÇÃO 5
1CORÍNTIOS 7:
CASADO OU SOLTEIRO? EIS A QUESTÃO
‘ D
Leitura Bíblica Para Estudo
1Coríntios 7.1-24
Verdade Prática
Assim como apoiamos e promovemos o casamento, devemos apoiar a condição de solteiro como honrada e produtiva para Deus.
INTRODUÇÃO
I. CASAR OU VIVER SOLTEIRO
III. OS CASADOS 1Co 7.12-40
1. Jugo desigual 1Co 7.12-14
2. Divórcio 1Co 7.15,27
3. Novo casamento 1Co 7.39-40
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
CSD ÇTO CQD ( IõD CSD CSD
1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 1Co
7.3 7.4 7.7 7.14 7.19 7.21
Hinos da Harpa: 77 – 432
3. Que não se casem 1Co 7.11
1Co 7.1-7
1. Decisão a ser tomada 1Co 7.1
2. Fidelidade conjugal 1Co7.2-5
3. Abstinência no casamento 1Co 7.5
II. OS SOLTEIROS 1Co 7.8-11 1. Simplesmente solteiro 1Co 7.8,9
2. Solteiro novamente 1Co 7.8
Texto Áureo
“Ande cada um segundo o Senhor lhe tem distribuído, cada um conforme Deus o tem chamado. É assim que ordeno em todas as igrejas.”
1Co 7.17
INTRODUÇÃO
Paulo agora trata de perguntas e assuntos específ1Cos que chegaram até ele em uma carta enviada pela igreja coríntia (7.1). Ele passa de um tom de repreensão um tanto severo e corretivo para um tom pastoral e informativo, tratando de questões que requerem discernimento espiritual mais profundo e orientação pastoral.
I. CASAR OU VIVER SOLTEIRO (1Co 7.1-7)
1. Decisão a ser tomada (1Co 7.1) Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher.
A propensão mais comum do ser humano é o casamento. Nesse versículo, Paulo trata da questão do celibato em contraste com o casamento. A condição de solteiro, sinônimo de celibatário, não é para todos, tampouco deve ser buscada a fim de obter benefícios espirituais, mas algo a ser valori-zado como dom especial. Cada um deve fazer sua decisão conforme o dom que recebeu de Deus (7.17, 20,24). Alguns recebem o dom do celibato; outros recebem o dom do casamento.
Alguns em Corinto argumentavam que a abstinência sexual os colocava em um patamar espiritual mais elevado. Paulo nega que seja o caso.
2. Fidelidade conjugal (1Co 7.2-5) Mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido (72)
A situação da Corinto romana não era drasticamente distinta da sociedade atual. Diante dessa realidade, Paulo lembra aos coríntios a importância da intimidade conjugal. Uma vez que a intimidade sexual cria entre os cônjuges uma união que vai além do mero prazer fís1Co (6.16), a intimidade e a relação sexual pertencem exclusivamente ao âmbito do casamento, entre marido e esposa.
O uso enfát1Co pelo apóstolo da expressão “seu próprio” é relevante. Cada homem ou mulher deve ter relações sexuais com seu próprio cônjuge. Cristãos que encontram argumentos, sejam emocionais ou racionais, para a promiscuidade, desprezam as questões mais profundas associa-das ao sexo, ao relacionamento e à espiritualidade.
3. A abstinência no casamento
(1Co 7.5)
Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência.
Em vez de considerar a intimidade sexual pecaminosa ou vê-la como obstáculo para a verdadeira espiritualidade, Paulo a enxerga
como fator de comunhão entre os cônjuges e de proteção contra o pecado. Aliás, é questão de responsabilidade, tanto da esposa quanto do marido, certificar-se de que a intimidade sexual per-maneça constante e habitual.
O distanciamento sexual ou o desinteresse de uma das partes abre a porta para a tentação e dá a Satanás oportunidade para romper a união entre os cônjuges. A ênfase de Paulo sobre a mutua- lidade nessa questão demonstra o caráter santo e protetivo do casamento cristão.
Os cônjuges não devem se ver como pessoas que simplesmente resolveram morar juntos no mes-mo lugar para dividir uma cama e um espaço de convívio, sem qualquer compromisso permanente.
II. OS SOLTEIROS (1Co 7.8-11)
1. Simplesmente solteiro (1Co 7.8,9) E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo (7.8).
A forte ênfase sobre o casamento na maioria das igrejas evangélicas dá a impressão de que a condição de solteiro é indesejável e deve ser considerada uma infeliz situação temporária.
Por essa razão, se é difícil permanecer solteiro no mundo de hoje, de modo geral, por vezes pode ser ainda mais difícil em alguns meios cristãos.
Igrejas que usam ocasiões seculares como “Dia das Mães” e “Dia dos Pais” para promover o sólido ensino sobre família devem considerar a possibilidade de incluir um “Dia dos Solteiros” para ajudar a destacar o ensino de Paulo nessa área.
Há igrejas com ministérios cristãos voltados para solteiros, que têm como objetivo ajudá-los a viver bem nessa condição, como também a encontrar outras pessoas com potencial de amizade que viabilize a um casamento bem-sucedido, se for o caso.
Lembrando que a decisão de viver solteiro é encarada por Paulo como um dom dado por Deus. Significa viver em celibato e consagrar esta área da vida a Deus. Viver “solteiro”, mas se relacionando sexualmente com alguém, tem outro nome: promiscuidade. Caso alguém não possua este chamado, case-se.
2. Solteiro novamente (1Co 7.8)
E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo.
Solteiro novamente é a pessoa que, pelo divórcio ou viuvez, voltou à condição de solteira.
Ministérios para aqueles que já foram casados se concentram com frequência em ajudar as pes-soas a lidar com a dor do divórcio ou da viuvez, visando prepará-las para a vida a sós ou para um novo
relacionamento bem-sucedido.
De acordo com o apóstolo, separados ou viúvos, enquanto permanecerem nesse estado, devem canalizar suas energias para viver bem e servir a Deus.
3. Que não se casem (1Co 7.11) (Se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher.
Permanecer solteiro deve ser entendido como uma exortação para que os cônjuges, uma vez separados, se reconciliem. Os que chamam de Senhor aquele que reconciliou o mundo consigo devem buscar a reconciliação. Nada aquém disso evidenciará o poder e a presença de Cristo. Esse é o princípio entre os cristãos, conforme ensinado por Cristo.
No entanto, a aguçada consciência de Paulo da situação específica em Corinto, bem como sua mudança de tom nesses versículos, de diretivas para orientação pastoral, atenua o caráter incisivo da ordem. Como os versículos mostram (v. 8-9, 12-15), é preciso levar em consideração circunstâncias especiais, tratando os casos com muito cuidado e graça.
Não é bom exercer pressão e colocar um fardo para que os solteiros cristãos se casem. A fim de atentar para o ensino de Paulo nesses versículos, é necessário que as igrejas comecem a ressaltar
a dignidade da condição de solteiro e seu valor inclusive para o ministério do Reino.
III. OS CASADOS (1Co 7.12-40)
1. Jugo desigual (1Co 7.12-14)
Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone (7.12).
A presença de Cristo por meio do cristão deve gerar paz e não discórdia no casamento e no lar, pois o cristão é ajudado pelo Espírito de Cristo. A bênção e a proteção espiritual que o cristão traz para o lar em que o outro cônjuge não tem a mesma fé, no entanto, não tem o propósito de incentivar casamentos mistos ou jugo desigual, mas oferecer uma palavra de encorajamento e confiança para o cônjuge cristão que recebeu Jesus como Senhor e Salvador já dentro desse relacionamento.
Geralmente, a desigualdade entre um e outro é comparada a um objeto denominado “jugo”. O jugo era uma peça de madeira que servia para alinhar dois animais para fins de trabalhos no campo. O objetivo é que o trabalho seja dividido em dois coordenadamente, para que não seja dificultada a ação por uma só pessoa.
À medida que o cristão permanecer fiel em sua adoração e devoção a Cristo, o poder de Deus operará por meio do cristão para trazer as bênçãos da presença divi
na ao seu lar. O foco do ensino de Paulo continua a apontar para a capacitação concedida pelo Espírito e para o testemunho da presença renovadora de Cristo que o cristão trará a seu lar, principalmente sobre seus filhos (1Co 7.14).
2. Divórcio (1Co 7.15,27)
Estás casado? Não procures separar-te. Estás livre de mulher? Não procures casamento (7.27).
O objetivo de Paulo não é criar uma nova “lei cristã” adequada a todas as situações imagináveis, mas fornecer orientação teológica e pastoral acerca de como os cristãos podem e precisam per-manecer voltados para a imitação de Cristo em situações diversas e difíceis.
Preocupado com a preservação do lar cristão, ele instrui seus leitores à sujeição mútua e à recon-ciliação. Preocupado com o cristão que talvez precise ser liberado de uma situação intolerável em um lar misto, ele remove a culpa do divórcio, quando inevitável.
Paulo tem a convicção de que a presença de Cristo se torna evidente por meio da reconciliação e da sujeição mútua. Em outras palavras, a capacitação pelo Espírito de Cristo proverá a graça necessária para manter o foco na semelhança de Cristo dentro da situação em questão; e também a permanecer na vocação e dom de cada um.
Segundo Jesus, a permissão
de divórcio era uma exceção dada por Moisés por causa da dureza do coração humano. “Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio” (Mt 19.7-8).
Em outras palavras, quanto ao casamento, ser fiel ao seu dom significa manter-se casado; ou manter-se celibatário, se esse for o seu dom. Qualquer coisa fora disso tem suas consequências
3. Novo casamento (1Co 7.39-40)
A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor (7.39).
Divórcio e novo casamento é contemplado neste texto como exceção e não como regra. Somente quando inevitável. A reconciliação e a restauração do casamento são possíveis mesmo depois do divórcio e devem ser buscadas em lugar de novo casamento.
Nos últimos versículos do capítulo 7, Paulo expõe sua preocupação com as viúvas e viúvos. E acrescenta que o vínculo matrimonial perdura enquanto ambos os cônjuges estiverem vivos. Em caso de morte de algum deles, essa união é dissolvida e o cônjuge vivo fica livre para viver solteiro ou “casar com quem
quiser”, mas somente no Senhor. Deus quer o melhor para nossas vidas.
Paulo dá dois conselhos para as viúvas naquele contexto. Primeiro conselho: fiquem como vocês estão. Segundo conselho: se você decidir casar, case-se, mas somente no Senhor.
O casamento no Senhor indica
que deve ser em amor e fé. Isso significa maior probabilidade de harmonia se compartilharem a mesma fé. O amor supremo chega quando duas pessoas se amam entre si e quando seu amor é comum em Cristo. Vivem juntos, oram juntos; e a vida e o amor se combinam para ser um ato contínuo de adoração a Deus.
APLICAÇÃO PESSOAL
A Igreja deve apoiar a condição de solteiro como honrada e produtiva para Deus, assim como apoia o casamento, promovendo iguais iniciativas e oportunidades a ambos os casos.
2) Qual a recomendação para os cônjuges separados?

PR Enaldo Br
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LIÇAO 6
1CORINTIOS 8 e 10: ALIMENTO, ÍDOLOS E LIBERDADE CRISTÃ
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em 1Coríntios 8 e 10 há 13 e 33 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1Coríntios 8 e 10.23-33 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
No capítulo em apreço, Paulo sai de um assunto mais específ1Co, o casamento, e vai para um assunto mais amplo, o relacionamento social, a exemplo das festas daquela sociedade, nas quais, de alguma forma, os cristãos de Corinto estavam inseridos; e nisso há um apelo para que os crentes fossem um exemplo de fé na graça de Deus.
É nessa perspectiva que o apóstolo direciona o seu argumento sobre liberdade cristã, mostrando que ele era um grande incentivador dessa liberdade. Porém, não no sentido amplo, mas restritivo, o que mostra que a liberdade em Cristo não nos deixa mais presos aos ritos juda1Cos, todavia, também não somos livres para fazermos o que queremos; mas tudo isso está pautado no amor ao próximo.
OBJETIVOS
• Explicar o conceito da liberdade cristã.
• Compreender a diferença entre liberdade e libertinagem.
• Buscar e promover aquilo que é lícito e edificante.
PARA COMEÇAR A AULA
Comece a aula sob a perspectiva de que os judeus já eram ensinados desde cedo a crer na exis-tência de um ún1Co Deus (como sugestão, leia com a classe Deute- ronômio 6.4).
Sendo assim, Paulo evidenciou que os deuses estranhos nada são, isto é, eles não têm nenhuma realidade e nem um poder sequer neste mundo. Dessa maneira, o comer ou não comer as comidas sacrificadas aos ídolos – o que é enfatizado no Capítulo 8 – não faz bem nem mal. Então, por que comer, se o comer escandaliza os nossos irmãos? Nossa liberdade está baseada no amor.
RESPOSTAS DA PÁGINA 40
1) Porque seria um mal testemunho aos mais fracos.
2) Ajudar a fortalecer a fé dos mais fracos.
J
3) Salvação por meio de Cristo e o testemunho para a comunidade.

LEITURA ADICIONAL
No contexto de Corinto, a questão era a participação em eventos públ1Cos importantes tanto para a estrutura social da cidade quanto para a proeminência pessoal do indivíduo. A participação no culto imperial era uma excelente oportunidade para interação social e para fazer contatos.
É possível que fosse considerada um dever cív1Co pelos coríntios ansiosos por demonstrar sua lealdade a Roma. O antigo Apologista Tertulia- no (160-220 d.C.) permite a participação em banquetes em homenagem ao aniversário do imperador como um dever cív1Co, mas logo em seguida, ressalta como a participação dos cristãos deve diferir nitidamente da participação dos não cristãos.
Parece haver um paralelo direto com nossa situação atual. O desejo humano de obter proeminência pessoal e a empolgação de circular por meios socialmente importantes apresenta diversas tentações de minimizar a importância do relacionamento com Deus.
Livro: ”1Coríntios” (Preben Vang. Série Comentário Expositivo. Editora Vida Nova – SP, 2018, pág.138).
V J
n
LIÇÃO 6
1CORÍNTIOS 8 e 10:
ALIMENTO, ÍDOLOS E LIBERDADE CRISTÃ
Texto Áureo
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” 1Co 10.23
Estudada em
r ^
Leitura Bíblica Para Estudo 1Coríntios 8 e 10.23-33
Verdade Prática
A liberdade cristã é enriquecida pelo amor ao próximo e o bom testemunho.
INTRODUÇÃO
I. COISAS SACRIFICADAS A ÍDOLOS 1Co 8.1-8
1. Amor versus conhecimento 1Co 8.1-3
2. Deus versus ídolos 1Co 8.4-6
3. Fortes versus fracos 1Co 8.7-8
II. LIBERDADE TEM LIMITES
1Co 8:9-13, 1Co 10.1-13
1. O amor ao próximo 1Co 8.9-12
2. Não ao individualismo 1Co 8.13
3. Em pé, não caia 1Co io.ii,i2
III. DIREITOS VERSUS TESTEMUNHO 1Co 10.14-33
1. Celebrações 1Co io.2i,22
2. Lícito, mas não edifica 1Co io.23
3. Fé e vida prática 1Co io.3i-33
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Çs~) ÇQ) Ço~) ÇTQ ÇTQ
1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 8.3 8.6 8.12 10.6 10.13 10.33
Hinos da Harpa: 235 – 266
V J
INTRODUÇÃO
O Capítulo 8 é diretamente relacionado ao assunto tratado no capítulo 10: alimentos oferecidos a ídolos. Ao abordar o assunto pela primeira vez no Capítulo 8, Paulo orienta a igreja sobre a questão de alimentos sacrificados e também escreve sobre os limites da liberdade cristã. No Capítulo 10, o apóstolo expressa profunda frustração com as práticas pagãs de alguns indivíduos que se diziam cristãos.
I. COISAS
SACRIFICADAS A ÍDOLOS (1Co 8.1-8)
1. Amor versus conhecimento
(1 Co 8.1-3)
No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica (8.1).
A igreja em Corinto estava inserida num contexto pagão, assim como Israel estava entre os cana- neus, e nós, semelhantemente, estamos cercados por toda sorte de crenças e tipos de “fé”. Era comum, entre os coríntios, servir a carne sacrificada a ídolos em festas e banquetes, convidando amigos e parentes (dentre eles cristãos) para compartilharem juntos.
A carne oferecida em sacrifício a ídolos em templos pagãos era dividida em três partes iguais: 1)
para o ídolo; 2) para quem a oferecia levar para casa e comer; e 3) era dada ao templo/sacerdote. A carne ofertada ia muito além do que precisavam os que serviam no templo. Por isto comumente era vendida em restaurantes e feiras por um preço bem mais barato, sendo muito procurada por todos, inclusive cristãos.
Isto levantava a seguinte pergunta: “Os cristãos podem comer esta carne oferecida a ídolos, ven-dida nas feiras a menor preço ou servida na casa dos amigos?”. Em vez de falar de comida, Paulo primeiramente compara o saber e o amor. O comportamento cristão é baseado no amor e não somente no conhecimento/saber. “O saber ensoberbece, mas o amor edifica”.
O verdadeiro conhecimento de Cristo leva o cristão a considerar de que maneira seu com-portamento pessoal afeta outros cristãos quanto a sua fé. O amor a Cristo e a preocupação com os outros devem prevalecer sobre os direitos pessoais.
2. Deus versus ídolos (1Co 8.4-6) No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus (8.4).
Paulo compara os ídolos a nada, porque não existem outros “deuses” senão um só, que é Deus. Existem muitos ídolos e imagens que tentam ocupar o lugar do Deus verdadeiro, mas são meras
tentativas de representar algo divino. Por mais que sejam adorados e chamados deuses, só há um ún1Co Deus.
Os cristãos de Corinto, aqueles com mais conhecimento, usavam este princípio e arrazoavam: “Se os ídolos são nada, então, comer alimentos oferecidos a ídolos também não representa nada”. Isto atropelava a fé dos cristãos com menos conhecimento e recém-chegados à igreja.
3. Fortes versus fracos (1Co 8.7-8) Entretanto, não há esse conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se (8.7).
Havia dois grupos diferentes dentro da igreja. Os “mais fortes”, que se orgulhavam de seu conhe-cimento, afirmavam ter o direito de comer qualquer coisa. Quer os cristãos participassem de refei-ções cultuais pagãs em templos ou servissem carne do templo em casa, essas ações não exerciam impacto algum sobre sua fé cristã.
Embora se achassem livres e no direito de comer estes alimentos, que para eles não faziam mal algum, o exercício desta liberdade feria os menos instruídos. Como ficava a consciência do irmão mais fraco? O outro grupo (“os fracos” ou cautelosos) não achava esses argumentos convincentes e ex
pressava abertamente suas preocupações e críticas em relação aos mais fortes.
Por causa da sabedoria e conhecimento dos mais instruídos, os fracos teriam que perecer? Este é o centro desta passagem. Jesus não morreu por todos?
II. LIBERDADE TEM LIMITES
(1Co 8.9-13, 1Co 10.1-13)
1. O amor ao próximo (1Co 8.9-12) Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos (8.9).
Este é o foco do início deste capítulo: o amor com os novos e menos entendidos na fé. Paulo volta sua preocupação pastoral tanto para cristãos maduros quanto para os mais frágeis na fé. Seu verdadeiro objetivo é ajudar todos a reconhecer que o conhecimento obtido de Cristo precisa ser exercido em amor pelo próximo, se necessário, renunciando a direitos para que a igreja caminhe em paz e comunhão.
Os mais frágeis na fé são mais legalistas e sensíveis a questões como estas. Quanto mais maduro é o cristão, menos sensível e legalista ele se torna. Isto vai contra o que se pensa, que a maturidade traz mais legalismo, mas é justamente o contrário.
A resposta pastoral de Paulo aos fracos é: “Vão em frente, comer carne não prejudicará seu
relacionamento com Deus”. E aos fortes, afirma: “Em vez de pensar só em seus próprios direitos, certifiquem-se de não escandalizar o cristão mais fraco”.
O exercício da liberdade cristã, em detrimento ao próximo e levando-o a perecer, é pecado contra Cristo. Jesus também morreu por este irmão mais fraco e não quer que ele tropece.
2. Não ao individualismo (1Co 8.13) E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandaiizá-io.
O individualismo tende a reinar quando os cristãos consideram que a fé é uma questão pessoal e particular. É mais conveniente concluir que cada indivíduo é exclusivamente responsável por sua própria fé, mas Paulo rejeita esse individualismo entre os cristãos.
Com base em princípios cristo- lóg1Cos, ele remove qualquer argumento que sugira que só o cristão mais fraco precisa lidar com a confusão causada pelo estilo de vida dos cristãos mais fortes. Aqueles que pertencem a Cristo são, acima de tudo, responsáveis por ajudar a fortalecer a fé dos mais fracos; os direitos pessoais e individuais ficam em segundo plano.
3. Em pé, não caia (1Co 10.11,12) Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia (10.12).
Para prevenir os coríntios de praticarem a idolatria e se manterem separados de um ambiente repleto de festas e rituais idólatras, Paulo apresenta os exemplos da história de Israel. Ele narra os grandes feitos e privilégios concedidos pelo Senhor ao Seu povo, bem como o trág1Co fim que tiveram – seus “corpos espalhados pelo deserto” – quando o Senhor não se agradou da maioria deles.
Após ilustrar seu ensino com exemplos do povo de Israel, Paulo conclui, dizendo: “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa” (v. 11).
A liberdade cristã poderia ser exercida: comer certos alimentos, ter certas amizades, estar em al-guns lugares, mas Paulo escreve a primeira parte do capítulo 10 como se dissesse: ‘Atenção, vocês não são tão fortes como pensam”. O que sobreveio ao povo de Israel lhes serve de exemplo. No exercício desta liberdade, isto também pode sobrevir a vocês. O povo no deserto teve experiências incríveis e mesmo assim pereceu. Por isto: “Aquele que está de pé veja que não caia” (10.11).
Ele parece contradizer o que disse no capítulo 8, mas no capítulo 10 ele apresenta o outro lado da mesma moeda e esclarece os limites da liberdade cristã.
Não seja pedra de tropeço e cuidado para não tropeçar.
III.DIREITOS VERSUS TESTEMUNHO
(1Co 10.14-33)
Os seguidores de Jesus têm como objetivo ser imitadores de Cristo em tudo o que fazem. O testemunho deles acerca de seu relacionamento com Cristo tem precedência sobre seus direitos e os leva a rejeitar ações que comprometem esse testemunho.
1. Celebrações (1Co 10.21,22) Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (10.21).
Paulo se preocupa com a mistura entre a adoração a Deus e a adoração idólatra da cultura pagã. Os fortes se julgavam capazes de lidar com a participação direta em eventos seculares sem serem levados à idolatria. Os eventos sociais, religiosos, profissionais e culturais que podem ser considerados inofensivos, muitas vezes têm potencial de levar à transigência do ensino de Cristo.
Por detrás dos ambientes e alimentos sacrificados por toda a cidade de Corinto, demônios es-tavam em atuação. Assim como quando nos aproximamos da Ceia, não participamos apenas de um pedaço de pão e um pouco de vinho, mas participamos da comunhão do corpo de Cristo (v. 16); Quem participa destes alimentos e
ambientes também pode não apenas estar comendo um alimento, mas se associando com demônios (v. 20). Paulo apresenta o outro lado da moeda. Lembre-se que estamos falando de liberdade cristã.
2. Lícito, mas não edifica
(1Co 10.23)
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.
Declarar que algo é lícito não o torna moralmente correto. De acordo com Paulo, os cristãos são norteados por princípios mais elevados, que adicionam mais algumas camadas ao julgamento daquilo que seria correto e adequado praticar: É lícito? Convém? Edifica? Se algo é ilegal, ou não é permitido, não deve ser feito; se é legal ou permitido, existe a possibilidade de que, ainda assim, não deva ser feito. A balança na qual se deve pesar a questão é a edificação da comunidade. A ação contribui para o fortalecimento ou a edificação da igreja de Cristo ou serve de obstáculo? Em vez de concordar com um conjunto de leis cristãs a ser aplicado de forma indiscriminada, ele coloca diante de seus leitores três perguntas que os obrigam a pensar: É lícito? Convém? Edifica? Portanto, se esta ação prejudica seu testemunho ou ofende a fé de outrem, vale a pena perguntar: em seu lugar, o que faria Jesus?
É importante não buscar ape
nas seus próprios interesses, mas também os dos outros ao nosso redor. Quem vive para Cristo vive para Ele e também por todos que foram alcançados pelo Seu amor.
3. Fé e vida prática (1Co 10.31-33) Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus (10.31).
Para o apóstolo, o que revela de fato a identidade cristã é a salvação por meio de Cristo e, ao mesmo tempo, o testemunho para com a comunidade. Quando o padrão do comportamento cristão é só o fato de algo ser permitido,
torna-se possível dissociar a doutrina cristã da vida cristã.
Uma maneira simples de avaliar a liberdade crista é: 1) Deus está sendo glorificado com o meu testemunho? 2) Os outros estão sendo edificados e se tornando pessoas melhores com meu teste-munho?
Para corrigir essa situação, Paulo os chama a serem seus imitadores, assim como ele procura imitar a Cristo. A vida prática cristã deve demonstrar o ensino de Cristo. Essa é a regra para a vida e o pensamento cristãos. O ensino cristão não deve estar separado do viver cristão.
APLICAÇÃO PESSOAL
Paulo nos desafia a sermos seus imitadores assim como ele é de Cristo tanto no amor ao próximo como no bom testemunho.
2) Qual a responsabilidade dos cristãos mais maduros?
3) Segundo a lição, o que de fato revela a identidade cristã do indivíduo?
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LIÇAO 7
1CORÍNTIOS 9: PAULO, EXEMPLO DE LIBERDADE
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em 1Coríntios 9 há 16 versos, no total. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1Coríntios 9.11-27 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Exponha, amado professor, que embora pareça abrupta a transição do capítulo 8 para o 9, Paulo não está fugindo completamente da ideia de participação dos coríntios em festas a fim de falar sobre o seu digno direito de ser remunerado por exercer o apostolado. O fato é que, em ambas as sessões, o que está em questão são os direitos.
O apóstolo evidencia que ele tem todo o direito de exigir algo dos coríntios; ele foi o agente de salvação para os crentes daquela localidade, recebeu o apostolado de maneira diferenciada dos demais; isto é, aqueles crentes eram beneficiários de Paulo, eram seus devedores. Contudo Paulo abriu mão de seus direitos, a fim de ser um exemplo de liberdade e renúncia àquela igreja.
V J
OBJETIVOS
• Atestar a autenticidade do apostolado de Paulo.
• Entender que vale a pena abrir mão de alguns direitos em prol do reino de Deus.
• Aprender com o exemplo de liberdade e renúncia de Paulo.
PARA COMEÇAR A AULA
Pergunte à classe quem acha digno que nossos professores do Brasil sejam mais bem remunera-dos; se alguém aceitaria trabalhar incansavelmente sem ser pago por esse trabalho; se pastores de nossa igreja são tão importantes quanto o méd1Co, que cuida da nossa saúde; o advogado, o qual cuida das nossas causas judicias, entre outros profissionais.
Pergunte também o porquê de não termos dificuldade de aceitar que as pessoas que cuidam da nossa vida aqui na terra sejam recompensadas por isso, mas que, às vezes, temos dificuldades em valorizar aqueles que cuidam da nossa alma. RESPOSTAS DA PÁGINA 46
1) F
2) F
3) V

Exemplo de Liberdade
LEITURA ADICIONAL
O Apóstolo Paulo era questionado por um grupo em Corinto. Ele começou esse capítulo com cinco perguntas. A primeira pergunta, ele responde com a sua própria vida. Paulo era um homem livre. Não para fazer o que ele bem desejasse; mas para usar todos os direitos que ele tinha como Apóstolo de Cristo.
Paulo se dizia liberto de todo sistema secular e religioso vigente; assim, ele estava livre das amarras para exercer o seu apostolado, em toda sua plenitude.
As exigências fundamentais para ser apóstolo foram cumpridas por ele. Ele tinha visto Jesus no caminho de Damasco.
Em seguida, ele assenta seu apostolado sobre as bases de seu efeito; ou seja, por meio de sua pregação do Evangelho, ele conquista os coríntios para o Senhor.
Paulo apresenta sua forte defesa de si mesmo; ao qualificar a conversão dos coríntios, como sendo ele um instrumento nas mãos de Cristo; porquanto, ela envolve uma espécie de nova criação da alma.
No versículo 2, ele consolida esse pensamento ao dizer: “Mesmo que os outros não me aceitem como apóstolo, vocês não têm como não me aceitar. A prova é que vocês estão unidos com o Senhor. Isto prova que sou um apóstolo.”
Livro: “Comentário Exegét1Co da I Carta aos Coríntios” (Oton Miranda de Alencar, Editora Inove, Macapá, 2013, págs. 79-80).
V . )
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LIÇÃO 7
1CORÍNTIOS 9:
PAULO, EXEMPLO DE LIBERDADE
Texto Áureo
“Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.”
1Co 9.22

Estudada em
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Leitura Bíblica Para Estudo 1Coríntios 9.11-27
Verdade Prática
O compromisso com o Evangelho é maior do que qualquer direito pessoal.
INTRODUÇÃO
I. AUTENTICIDADE 1 Co 9.1-6
1. Autenticidade do chamado 1Co 9.1
2. Autenticidade dos direitos 1Co 9.3-6
3. Autenticidade da liberdade 1Co 9.15
II. DIREITOS 1Co 9.5-11
1. Casamento 1Co 9.5
2. Sustento 1Co 9.7
3. Legalidade 1Co 9.8-ii
III. RENÚNCIA 1Co 9.12-27
1. Liberdade para renunciar 1Co 9.i2
2. Renunciar para pregar a todos 1Co 9.22
3. Prêmio da renúncia 1Co 9.25
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
ÇS~) ÇQÇ Çol Ç~S’) Ç~S’)
1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 1Co
9.2 9.9 9.10 9.14 9.16 9.26
Hinos da Harpa: 186 – 418
V J
Lição 7 – 1Coríntios 9: Paulo, Exemplo de Liberdade
INTRODUÇÃO
No capítulo 8, vimos que a liberdade do cristão não é regida pelos seus direitos, mas pelo amor ao próximo. Paulo instrui os irmãos a abrirem mão de certos direitos individuais em favor da unidade entre os irmãos e do testemunho da igreja perante os de fora da comunidade cristã (1Co 6.7). A ética cristã consiste em colocar as necessidades do próximo acima de nossos direitos individuais (1Co 8.9).
No capítulo 9, Paulo ilustra esses princípios através de sua própria vida abnegada. Ele enumera vários direitos aos quais faria jus na qualidade de apóstolo, mas demonstra como abriu mão de todos eles para que o Evangelho fosse pregado com liberdade, sem obstáculos, ao maior número de pessoas possível.
I. AUTENTICIDADE
(1Co 9.1-6) 1
1. Autenticidade do chamado
(1Co 9.1)
Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor?
Alguns crentes de Corinto questionavam o chamado de Paulo e a autenticidade de seu apos- tolado. Havia aqueles que o consideravam um impostor. Devido a isso, Paulo não teria direitos nem liderança sobre aqueles irmãos.
Por toda a carta, Paulo argumenta, como se perguntasse: “O que prova que alguém é verdadei-ramente um apóstolo de Jesus?” Ele mesmo enumera esses requisitos:
1) Ter visto a Jesus Cristo;
2) Trabalhar pelo Evangelho;
3) Produzir frutos.
Ele tinha todas os predicados de um chamado autênt1Co. Qualquer outra pessoa poderia ques-tionar seu apostolado, menos a igreja de Corinto (1Co 9.2). Paulo gerou aqueles irmãos em Jesus (1Co 4.15). Paulo os compara ao selo de seu apostolado. O selo é um carimbo que prova a autenticidade; ou seja, a própria existência deles, como seguidores de Cristo, é prova de seu apostolado autênt1Co.
Reconhecida a autenticidade de seu apostolado, Paulo teria inúmeros direitos e privilégios legítimos, mas resolveu abrir mão de todos eles para poder pregar o Evangelho a todos os grupos que viviam em atrito na igreja de Corinto.
Paulo tem o cuidado de não afirmar que os coríntios são sua igreja, ou de sugerir que ele é a causa de sua salvação. Antes, Corinto é a lavoura de Deus, e a existência de uma comunidade de Cristo ali é resultado da fidelidade de Paulo como lavrador de Deus (1Co 3.6, 3.9).
2. Autenticidade dos direitos
(1Co 9.3-6)
não temos nós o direito de comer e beber? E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã,
ACONTECIMENTO REFERENCIA
Início da igreja durante a segunda viagem missionária At 18 1-17
Saída de Corinto e chegada a Éfeso At 18-13,19
Redação da carta que foi perdida1 #H 1
Recebimento do relatório da família de tloe e uma carta de Corinto 1C0 1,11 ;7-1
Escrito do 1 Corintios 1 Corintios
Envio de Timóteo e Erasto At 19.22; 1Co 4.17: 16.10
Notícia de que emissários judeus enviados a Corínto estavam questionando a autoridade de Paulo, fato que causou uma crise na igreja local 2 Co 1.10; 11,23; 12 6,9
Viagem urgente a Corinto (“a visita triste”) 2Co 2.1; 1 2.14; 13.1
Redação de uma “carta severa” aos corintios 2Co 2.3-9; 7.8-12
Procura porTíto em Trôade a na Macedônia 2 Co 2.12,13
Titoé encontrado e relata que a crise em Corinto estava solucionada 2Co 7.6-16
Escrita de 2 Corintios 2 Corintios
Terceira visita a Corinto At 19-21; 20.3; 2Co 13-1

O amor é paciente,
o amor é bondoso. |f|j
Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, nã° procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra om a injustiça, mas se alegra com a
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo Suporta.
o amor nun
como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? (9.4-5).
Paulo defende direitos legítimos no cumprimento do seu chamado apostól1Co.
Primeiro, o direito ao suporte da igreja e sustento material digno, sem que ele precisasse trabalhar em outro ofício enquanto o trabalho do ministério lhe tomasse todo o tempo e potencial. A Timóteo, Paulo diz que o trabalhador é digno do seu salário. O ministério é uma “obra excelente” e que, em muitos casos, demandará a integralidade do tempo e esforço para que seja exercida com excelên-cia. É algo bíbl1Co, digno e autênt1Co.
O segundo direito mencionado por Paulo, do qual ele abd1Cou, era o de se casar e fazer-se acompanhar de sua esposa, mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas. Nesse caso, Paulo teria o direito de pedir à igreja que suprisse as necessidades tanto dele quanto de sua esposa.
Se Paulo havia sido casado em alguma época, é difícil determinar. Mas, à vista de seu conhecimento da vida de casado (7.1-9), é plausível supor que ele já havia sido casado. Os estudiosos que assim pensam sugerem que ele pode- ria ser viúvo, ou mesmo ter sido abandonado por sua esposa em razão da sua conversão.
3. Autenticidade da liberdade
(1Co 9.15)
Eu, porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas e não escrevo
isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, antes que alguém me anule esta glória.
Embora tivesse todos esses direitos, Paulo exerce a liberdade de poder abrir mão de muitos deles por um objetivo maior e, assim, ilustra a aplicação autêntica e equilibrada da ética cristã.
Em nenhum momento ele condena os direitos do sustento ministerial e do casamento, como veremos nos próximos tóp1Cos.
Ele primeiro defende esses direitos como autênt1Cos e, ao final, reivindica a liberdade para renu- nuciar-lhes em favor da causa do Evangelho (1Co 9.15).
Paulo destaca com propriedade o princípio superior da renúncia, que consiste em abrir mão de seus direitos pessoais, ainda que legítimos, em benefício do próximo, imitando a atitude de Cristo.
A preocupação de Paulo é que os cristãos que se julgam fortes não levem os cristãos “fracos” a perderem a fé. Ele não se preocupa se os cristãos fortes se sentirão ofendidos pelos fracos. Para os fortes, é como se dissesse: “Seus direitos são irrelevantes; sua incumbência maior é imitar o Cristo que abriu mão de Seus direitos divinos a fim de tornar a salvação possível a todos”.
II. DIREITOS (1Co 9.5-11)
1. Casamento (1Co 9.5)
E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como
fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?
Paulo menciona o direito de casar e levar consigo uma esposa crente, podendo prover a ela a proteção e sustento. Era costume da época casais cristãos viajarem juntos para pregar o Evangelho. Outros apóstolos e, especificamente, Tiago e Cefas, que eram conhecidos dos coríntios, tinham cada qual a sua esposa, e podiam desfrutar desse direito.
2. Sustento (1Co 9.7)
Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem pianta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do ieite do rebanho?
O apostolado era considerado como um ofício, um trabalho em prol da igreja, que exigia esforço e dedicação. Alguns dos apóstolos, pela importância da missão, e até pelo chamado que receberam de Cristo (Lc 5.10,11), escolheram abrir mão de suas profissões para se dedicarem de maneira exclusiva à pregação do Evangelho.
Paulo compara o ofício apostól1Co a três profissões muito comuns à época: 1) Soldado; 2) Agri-cultor; 3) Pastor de gado.
Ele pergunta: Qual é o soldado que vai à guerra à sua própria custa? Quem é o agricultor que, após colheita da lavoura, não pode comer da colheita que ele mesmo plantou e colheu? Seria justo que ele precisasse ir ao mercado com-
prar legumes? Qual o pastor que, após cuidar do rebanho, tem que ir comprar 1 litro de leite para alimentar a si e sua família e só depois voltar para continuar cuidando e protegendo o rebanho?
Paulo aplica esse mesmo raciocínio ao ofício apostól1Co, demonstrando que é lóg1Co e justo que aquele que dedica sua vida à causa do Evangelho, gerando milhares de frutos, seja sustentado por estes frutos. Se isso é verdade para o soldado, para o agricultor e para o pastor do rebanho, também o seria para o apóstolo. Se era verdade no que diz respeito a profissões seculares, quanto mais seria em relação à obra de Deus.
3. Legalidade (1Co 9.8-11)
Porque na iei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é, seguramente, por nós que eie o diz? (9.9-10).
Paulo se refere às Escrituras (Dt 25.4) para lembrar que esses direitos estão fundamentados na Lei. Quando Deus fornece diretrizes à eira, dá aos que aram, semeiam e debulham a expectativa de participação da colheita. Uma vez que Paulo arou, semeou e trouxe uma colheita para a eira de Deus em Corinto, ele teria o direito de contar com o suporte dela. Aliás, se outros apóstolos passa-ram pela cidade e tiveram direitos referentes a essa colheita, Paulo ainda mais.
Até dos animais Deus cuidava e impediu que se atasse a boca do boi enquanto trabalhava. Paulo demonstra que não é somente com os animais que Deus está preocupado, mas com o obreiro que trabalha na obra, para que viva dignamente.
III.RENÚNCIA (1Co 9.12-27)
1. Liberdade para renunciar
(1Co 9.12)
Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao Evangelho de Cristo.
Os coríntios se orgulham de seus direitos; se Paulo tinha algo de que se orgulhar, era de ter abdicado de seus direitos. Em outras palavras, o orgulho de Paulo é um “não orgulho”. Paulo não quis tirar nenhum proveito próprio do Evangelho em relação aos coríntios. Ele tinha o direito de receber o necessário para o seu sustento, e o recebeu de algumas igrejas, para que ele servisse em Corinto. Mas, nesse caso específ1Co, preferiu abrir mão para não criar embaraços à pregação do Evangelho naquela cidade (2Co 11.7-9).
É exatamente pelo fato de Paulo haver renunciado aos seus direitos que ele tem liberdade de pregar o Evangelho plenamente. Essa é a sua recompensa. Já que o apóstolo prega sem cobrar e sem exigir seus direitos como benfeitor espiritual dos seguidores de Cristo em Corinto, ele tem o direito e a liberdade de pregar o Evan-
gelho a todos com toda autoridade, até aos que criticavam a ajuda financeiramente aos apóstolos.
2. Renunciar para pregar a todos (1Co 9.22)
Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.
O contexto de se “fazer tudo para com todos” demonstra a disposição de Paulo de abrir mão de seus direitos pessoais e de comportamentos que possam prejudicar a fé dos cristãos mais fracos. Caso contrário, Paulo poderia simplesmente defender os direitos dos cristãos “fortes” de comer a carne oferecida a ídolos (1Co 8) e argumentar em favor deles. Ele trata dos pontos de tensão entre os co- ríntios, das áreas que geravam conflito entre os “fortes”, que exigiam certos direitos, e os “fracos”, cuja fé era prejudicada ou dificultada em razão dessas exigências.
Ele não sugere uma disposição de transigir convicções cristãs. Podemos resumir suas afirmações da seguinte forma: “Para ganhar os pobres, estou disposto a viver como os pobres; para ganhar aqueles cuja tradição étnica é diferente da minha, estou disposto a mudar minhas preferências; para ganhar aqueles que têm menos liberdade que eu, estou disposto a abrir mão de minha liberdade cristã. Contudo, de modo algum renuncio às exigências do Evangelho”.
3. Prêmio da renúncia (1Co 9.25)
E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível.
Os famosos Jogos Ístm1Cos, um dos dois mais importantes eventos atlét1Cos daquela época (o outro eram os Jogos Olímp1Cos), eram patrocinados e realizados a cada dois anos em Corinto. As ilustrações esportivas servem para explicar “como as coisas são”. É óbvio que o atleta compete para receber o prêmio; deve ser igualmente óbvio que cabe aos cristãos concentrarem-se em alcançar seu objetivo de se tornarem semelhantes a Cristo.
Os atletas se sacrificam ao abrir mão de diversos prazeres e direitos. Isso, levando em conta que competem por um prêmio perecível (uma coroa feita de folhas de pinheiro ou de aipo silvestre). Portanto, os cristãos devem estar mais que dispostos a abrir mão de seus direitos para obter um prêmio que jamais desvanece.
Este capítulo finda com uma advertência sobre a consequência temerosa de não praticar a abne-gação ou o domínio próprio no que se refere à liberdade. Ele tornou-se exemplo do exercício correto da liberdade cristã ao renunciar legítimos privilégios apostól1Cos em nome da causa do Evangelho.
APLICAÇAO PESSOAL
A vida cristã não é regida somente pelos direitos, mas pela renúncia destes em favor do Evangelho.
RESPONDA
Marque “V” para a opção verdadeira e “F” para a falsa:
1) Paulo era o apóstolo daquela igreja, que era o selo do seu apostolado; portanto, Paulo estava reivindicando seu próprio sustento.
2) Paulo estava condenando o sustento dos ministros de Cristo, visto que ele próprio era o exemplo de não ser sustentado pela igreja. Assim, todos os ministros deveriam trabalhar fora da igreja para seu sustento.
3) Há, no apóstolo dos gentios, um grande exemplo de uma pessoa que abriu mão de direitos legítimos visando a causa maior, o alcance de pessoas pelo Evangelho.
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MLO 8
1CORÍNTIOS 11: O CULTO CRISTÃO E A CEIA DO SENHOR
*’ SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em 1Coríntios 11 há 34 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1Coríntios 11.23-34 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Nesta lição, trataremos de um assunto de suma importância para a igreja. Ele é importante para definirmos a origem da Ceia do Senhor. Além disso, o professor deverá levar ao conhecimento dos alunos a verdadeira forma de interpretação da liturgia da cerimônia.
Deverá discutir sobre as outras formas de interpretação da Ceia, tais como: Transubstanciação e Consubstanciação, levando o aluno a compreender, através das Escrituras, que o modo correto de celebrar a Ceia que mais encontra base Bíblica é o memorial.
Ademais, é preciso entender que não se trata de uma simples refeição, e sim de uma cerimônia espiritual. Faz parte dela uma autoanáli- se de nossa comunhão com Cristo, indicando a seriedade com a qual devemos tratar o momento.
V J
OBJETIVOS
• Entender que a Ceia do Senhor é um instrumento de comunhão com o Senhor.
• Identificar a Ceia como uma ordenança de cunho espiritual.
• Reconhecer que a Ceia é a renovação e elevação espiritual para a igreja de Cristo na terra.
PARA COMEÇAR A AULA
Professor levante um pouco mais da história das interpretações para debatê-las em sala de aula. Além disso, no início da aula, interrogue-os sobre a origem da Ceia do Senhor. Depois, discorra sobre a origem da Ceia, fale um pouco sobre a Páscoa e os elementos usados no Antigo Testamento. E por fim, questione os alunos se todos podem participar da Ceia do Senhor, independente se são batizados ou não. Reforce o verdadeiro significado da Ceia do Senhor e a sua importância espiritual para nós cristãos.
RESPOSTAS DA PÁGINA 52
1) Na época, a mulher que andava sem véu em públ1Co era associada à prática da prostituição.
2) Batismo e Ceia.
3) Examinar-se e discernir o significado da celebração.

LEITURA ADICIONAL
O apóstolo Paulo acabara de fazer um elogio à igreja de Corinto (11.2). Agora, porém, traz uma séria exortação: “Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo, porquanto vos ajuntais não para melhor, e sim para pior” (11.17). O que estava acontecendo? Mais uma vez divisão na igreja de Corinto. As divisões na igreja haviam chegado a proporções alarmantes. Além do culto à personalidade em torno de alguns líderes (1.12), agora Paulo mostra que os crentes estavam indo à igreja e voltando para casa piores (11.17). O culto na igreja estava desembocando em certo esnobis- mo perverso e odioso por parte dos r1Cos. Eles estavam desprezando os pobres. Os r1Cos estavam desprezando a Igreja de Deus e envergonhando os pobres. “Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague” (11.2). A Ceia era precedida pela Festa do Amor, a Festa do Ága- pe. A Bíblia fala dessa festa em Judas 12. No dia em que a Ceia do Senhor era celebrada servia-se uma refeição completa. Os crentes comiam, be- biam, repartiam, se confraternizavam e depois, num clima de comunhão, celebravam a Ceia do Senhor. Essa foi uma prática da igreja apostólica que se perdeu na História. A Festa do Ágape era não apenas um tempo de comunhão, mas, também, e sobretudo, um ato de amor aos membros mais pobres da igreja. Era uma oportunidade para os cristãos r1Cos repartirem um pouco de seus bens materiais com os pobres. Uma vez que todos traziam de casa alguma coisa para comer e faziam uma espécie de ajunta-prato, os pobres poderiam participar de uma boa refeição pelo menos uma vez na semana. Depois desse banquete, então, eles celebravam a Ceia.
Livro: 1Coríntios: como resolver conflitos na igreja (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2008, págs. 210-211).
V J
n
Estudada em
LIÇÃO 8
1CORÍNTIOS 11:
O CULTO CRISTÃO E A CEIA DO SENHOR
Texto Áureo
“Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Se-nhor, até que ele venha.”
1Co 11.26
Leitura Bíblica Para Estudo 1Coríntios 11.23-34
Verdade Prática
A Santa Ceia é um memorial que celebra a vida, morte e ressurreição de Cristo até que Ele venha.
INTRODUÇÃO
I. O USO DO VÉU 1Co
1. Extremos devem ser evitados 1Co 11.1-6
2. Homem e mulher 1Co 11.11,12
3. A mulher e o véu 1Co 11.13-16
II. A CEIA DO SENHOR 1Co 11.23-26 1. Ordenança 1Co 11.25
2. Elementos 1Co 11.23-25
3. Significado 1Co 11.26
III. A FESTA DA SALVAÇÃO 1Co11.26-29
1. Examinar a si mesmo 1Co 11.28
2. Discernir o significado 1Co 11.29
3. Anunciar a morte e a volta do Senhor 1Co 11.26
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
rs^ cõd coi rro
1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 1Co
11.3 11.12 11.24 11.27 11.31 11.32
Hinos da Harpa: 301 393
INTRODUÇÃO
Três problemas principais surgiram na igreja em relação ao culto: a posição da mulher; a maneira que a Ceia do Senhor estava sendo celebrada; e, o uso correto dos dons espirituais. Do capítulo 11 ao 14, Paulo trata desses três problemas. Os dois primeiros são tratados no capítulo 11.
I. O USO DO VÉU
(1Co 11.1-16)
Religiões refletiam o distorcido conceito da época de que as mulheres eram inferiores aos homens e não precisavam de religião. Esse era o pano de fundo cultural da época em que Paulo chegou a Corinto. No entanto, esse bandeirante do reino de Deus chegou com uma mensagem nova, com as boas novas do Evangelho de Cristo, uma nova perspectiva para as mulheres. As boas novas do Evangelho de Cristo trouxeram uma revolução profunda acerca do valor da mulher na sociedade. O Evangelho do Reino dos céus pregado por Jesus resgatou o valor e a dignidade da mulher. 1
1. Extremos devem ser evitados
(1Co 11.1-6)
Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo (11.1).
Esse capítulo começa com o elogio de Paulo à igreja e o convite para que sejam imitadores de
Cristo (11.1-3). A tradição era o ensino que Paulo recebeu de Deus, transmitiu à igreja e esta o guardou e o observou.
O que aconteceu com as mulheres de Corinto quando elas receberam as boas novas do Evange-lho? Algumas mulheres cristãs de Corinto saíram de um extremo, o desprezo que recebiam, para outro extremo, a quebra de alguns paradigmas culturais e, desse modo, provocaram desordem no culto. A reação imediata foi abolir o uso do véu. Paulo, porém, as exorta dizendo que se elas orarem e profetizarem sem o véu desonrarão a própria cabeça e, se forem casadas, os próprios maridos.
O momento central da cerimônia de casamento romana era a colocação do véu sobre a noiva. O véu era o indicador social de que a mulher era casada. Já cortar o cabelo era uma punição que anunciava publicamente as esposas adúlteras e mulheres ligadas à pratica da prostituição.
A fé cristã inclui uma vida de obediência e a maneira pela qual a fé se manifesta no mundo é atra-vés do exemplo, do amor, da decência e da ordem na igreja.
2. Homem e mulher (1Co 11.11,12) No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher (11.11).
Na Grécia, as roupas dos homens e das mulheres eram muito
parecidas, exceto pela “cobertura da cabeça”. O que distinguia a mulher dos homens era o véu. Toda mulher honrada usava o véu. Nenhuma mulher honesta ousava sair de casa sem o véu. Nenhuma mulher frequentava uma reunião pública sem usar o véu. As profe- tisas pagãs do mundo greco-ro- mano exerciam seu ofício com as cabeças descobertas e cabelos desgrenhados.
O apóstolo Paulo mostra o padrão de relacionamento que Deus estabeleceu na comunidade cristã (11.3). E ele nos mostra também uma ordem no Reino de Deus. Podemos dizer que é uma ordem lógica, pois a hierarquia divina é: Deus-Homem-Mulher. A submissão da mulher ao homem não é uma questão de superioridade do homem ou inferioridade da mulher, mas de respeito e au-toridade, assim como numa tropa militar funciona a hierarquia e a disciplina.
3. A mulher e o véu (1Co 11.13-16) Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu? (11.13).
O véu, portanto, representava duas coisas na cultura de Corinto: a honradez da mulher e a submissão ao seu marido. Nesse sentido o véu era símbolo da dignidade e da modéstia feminina. Apenas as prostitutas e as sacerdotisas cultuais dos cultos pagãos saíam a públ1Co sem véu, ou participa
vam de um culto pagão sem véu. Quando uma mulher era vista sem véu, seja na rua ou em uma cerimônia pagã, ou mesmo na igreja, essa mulher estava desonrando a si mesma, dando motivo para que sua reputação fosse questionada. Agindo assim, ela também, se fosse casada, desonrava a seu marido (11.5). Uma mulher em Corinto participando do culto públ1Co sem véu seria a mesma coisa que uma mulher chegar hoje num culto com trajes mínimos. Você pode ima-ginar a reação? Isso provocaria escândalo e seria absolutamente inconveniente.
A mulher tem espaço na igreja. Paulo fala que a mulher orava e profetizava na igreja (11.5). Elas exerciam um ministério de oração e palavra na igreja. O véu protegia a reputação das mulheres solteiras e a honra no casamento das mulheres casadas.
II. A CEIA DO SENHOR
(1Co 11.23-26)
1. Ordenança (1Co 11.25)
Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.
A Ceia do Senhor é parte fundamental na liturgia do culto cristão. A Ceia é uma das duas orde-nanças de Cristo: Batismo e Ceia.
Paulo exorta os Coríntios, dei
xando claro que a Ceia não é uma cerimônia vazia na qual os fiéis digerem o pão e o vinho. É, sim, uma proeminente doutrina bíblica embasada em uma ordenança clara e direta de Jesus durante o Seu ministério terreno, com objetivos bem definidos.
Não se trata de uma refeição comum, ou seja, não é apenas comer ou beber. A Ceia vai muito além disso. A Ceia do Senhor é um memorial cujo objetivo central é relembrar e anunciar a morte do Senhor até que Ele venha.
Além disso, é um instrumento de comunhão com o Senhor, chamado pelos primeiros cristãos de festa ágape, ou seja, festa do amor.
É também uma ocasião de celebrar a comunhão entre os irmãos.
2. Elementos (1Co 11.23-25)
E, enquanto comiam, tomou Jesus um pão e, abençoando-o, o partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo (….) Tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue (11.24-25).
Os elementos da Ceia do Senhor são de grande importância para o estabelecimento da sua liturgia.
“Isto é o meu corpo” (v. 24). O pão representa o corpo do Senhor.
“Este cálice é a nova aliança no meu sangue” (v. 26). O vinho representa o sangue de Jesus. Recebia o nome de “fruto da vide” (Mc 14.25).
Um fato curioso em relação ao vinho é que se trata de uma confir
mação do compromisso de noivado nos tempos bíbl1Cos. Depois de pagar o dote, o jovem trazia o contrato de casamento, também chamado de “pacto da aliança”. E por último era oferecida à noiva uma taça de vinho. Se ela bebesse o vinho, estava aceitando o compromisso com o jovem. Simbolicamente, a Ceia é o momento no qual a “noiva” (Igreja) celebra a aliança, ou seja, seu compromisso com o “noivo” (Jesus).
3. Significado (1Co 11.26)
Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.
Devemos celebrar a Ceia como um memorial no qual recordamos a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Este é o significado que encontra embasamento bíbl1Co para sua aplicação.
A Bíblia Sagrada aponta a celebração da Ceia como um memorial (1Co 11.24-25). Esta visão não estabelece seu modo de celebrar na hipervalorizarão dos elementos e, sim, no seu simbolismo.
Apesar de não fazer parte da doutrina das igrejas pentecostais, corre em nosso meio um certo misticismo em relação aos elementos, depois da oração feita pelos fiéis. Alguns pretendem dar um significado maior aos elementos e para a cerimônia do que a ideia bíblica de um memorial.
Para o Catolicismo, os elementos se transformam em carne e
sangue no momento da eucaristia, dogma conhecido como transubs- tanciação. Quanto a nós, cristãos evangél1Cos, celebramos a ceia da perspectiva bíblica, ou seja, como públ1Co memorial de fé.
III. A FESTA DA
SALVAÇÃO (1Co 11.26-29)
A Ceia é uma das ordenanças do Senhor Jesus. Por isso, ela é regularmente celebrada na igreja. A Ceia é a festa da salvação e do perdão.
Vejamos algumas recomendações para participar da Ceia do Senhor.
1. Examinar a si mesmo (1Co 11.28) Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice.
Após explicar sobre os elementos, o significado e a importância da Ceia do Senhor, Paulo exorta o povo de Corinto a examinar-se a si mesmo antes de participar da cerimônia.
Neste momento, cada participante deve ser juiz de si mesmo, conscientizando-se de suas atitudes e arrependendo-se de seus pecados. É hora de contrição, discernimento, perdão. Um detido autoexame é um requisito primordial para ser participante da celebração da Ceia.
Cada participante deve colocar a vida cristã na balança da Palavra de Deus, observando se suas atitudes e pensamentos estão alinha
dos com os ensinamentos bíbl1Cos, para, então, participar da Festa da Salvação.
2. Discernir o significado
(1Co 11.29)
Pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si.
A Ceia (nova aliança) teve origem por ocasião da Páscoa, mas não era a Páscoa (antiga aliança), a Páscoa era apenas uma pálida figura do que viria.
A Ceia tem a ver com a igreja celebrando a morte e ressurreição; aguardando a vinda do Rei pelo Seu sacrifício vicário que trouxe de volta a realidade da comunhão com Deus.
Discernir significa evitar de participar indignamente e sem arrependimento (v. 27). A ceia é des-tinada aos que creem em Jesus e querem celebrar a memória da Sua morte e ressurreição, e anunciar a Sua vinda. É por este motivo que, em muitas igrejas, para cear, a pessoa precisa ser batizada em águas e estar em comunhão com Deus e com os irmãos.
3. Anunciar a morte e a volta do Senhor (1Co 11.26)
Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.
Nos tempos de Jesus, depois que selavam o compromisso de casamento, o noivo não poderia tomar nada que fosse produto da uva até
o momento do casamento. Já para a noiva, a ordem era oposta. Ela estava liberada para beber um cálice de vinho a fim de lembrar que, em breve, seu noivo voltaria para tomá-la como sua esposa e levá-la para seus aposentos. A igreja de Cristo, ao cear, relembra do seu compromis
so com o Senhor Jesus, anunciando que Ele, em breve, voltará.
É bom lembrar as palavras de Jesus: “Pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus” (Lc 22.18).
APLICAÇÃO PESSOAL
A Ceia é uma ordenança do Senhor como um memorial da Sua morte e ressurreição. Além disso, ela anuncia a volta gloriosa do Senhor Jesus.
RESPONDA
1) Por que a orientação paulina sobre uso do véu pelas muheres em Corinto?
2) Quais foram as duas ordenanças de Cristo em sua vida terrena?
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em 1Coríntios 12 há 31 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1Coríntios 12.120 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
A aula de hoje é uma daquelas que convidam os crentes a viverem em santidade e fiéis a Deus. É realmente impossível falar de “dons espirituais” sem citar o grande avi- vamento ocorrido em Los Angeles, na rua Azuza, sob a liderança do pastor Metodista William Joseph
dois suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren que, por revelação divina, vieram até o Brasil, na cidade de Belém do Pará, para propagar os feitos ocorridos do Espírito Santo e a atualidade dos dons espirituais.
Precisamente, chegaram ao Brasil no ano de 1910 e, até hoje, a Igreja Assembleia de Deus propaga a continuidade dos dons e o batismo no Espírito Santo. Hoje em dia, são milhares de pessoas que já tiveram uma experiência transformadora com o Espírito Santo.
V J
OBJETIVOS
• Compreender a contempora- neidade dos dons espirituais.
• Entender a tensão entre unidade e diversidade.
• Incentivar a busca dos dons espirituais para fins proveitosos.
PARA COMEÇAR A AULA
Caro professor, os dons espirituais no meio da igreja são um instrumento fundamental que nos faz ser identificados como pente- costais.
Somos chamados de “conti- nuístas”, porque acreditamos na continuidade dos dons e na ma-nifestação do Espírito Santo, que atua, até os dias atuais, batizando os fiéis no Espírito Santo.
O aluno deverá estar ciente de que os dons espirituais são uma promessa veterotestamentária, que se cumpriu com exatidão no dia de Pentecostes (Jl 2.28-29; At 2.16-18) e permanecem atuais.
RESPOSTAS DA PÁGINA 58
1) F
2) V
3) V

LEITURA ADICIONAL
A ligação que Paulo faz entre buscar o amor e desejar avidamente os dons espirituais norteia a compreensão de seus leitores da relevância dos dons espirituais como capacitações divinas para demonstrar amor. Muito diferente de algo semelhante a um teste de perfil ps1Cológ1Co aplicado aos membros da igreja com o propósito de revelar desejos e talentos ocultos, Paulo incentiva cada membro a buscar avidamente os dons que edifiquem a fé dos outros membros.
Para o apóstolo, pelo menos nesse contexto, amar significa tirar o foco dos desejos pessoais e voltá-lo para o fortalecimento da vida e da fé dos outros membros. Tanto os dons mais espetaculares quanto os mais prosa1Cos cumprem esse propósito. Uma vez que são concedidos pelo Espírito de Deus, revelam o caráter de Cristo. O desejo ávido por dons não é, portanto, uma questão secundária, reservado aos particularmente devotos, mas a capacitação do Espírito conferida ao corpo de Cristo, sem o qual é impossível a seus membros revelar o amor de Cristo.
Livro: ”1Coríntios” (Preben Vang. Série Comentário Expositivo. Editora Vida Nova – SP, 2018, pág.189).
V J
n
Estudada em
LIÇÃO 9
1CORÍNTIOS 12:
OS DONS ESPIRITUAIS UNINDO A IGREJA
Texto Áureo
“De maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1Co 1.7
r ^
Leitura Bíblica Para Estudo 1Coríntios 12.1-20
Verdade Prática
Deus continua concedendo dons aos homens, os quais são indispensáveis para a vida da igreja atual.
INTRODUÇÃO
I. DONS DE REVELAÇÃO IC012.8-10
1. Palavra da sabedoria 1Co 12.8
2. Palavra do conhecimento 1Co 12.8
3. Discernimento de espíritos 1Co 12.10
II. DONS DE PODER 1Co 12.9-10
1. Fé 1Co 12.9
2. Dons de curar 1Co 12.9
3. Operação de milagres 1Co 12.10
III. DONS DE INSPIRAÇÃO 1Co 12.10
1. Profecia 1Co 12.10
2. Variedade de línguas 1Co 12.10
3. Interpretação das línguas 1Co 12.10
IV. UM CORPO, MUITOS MEMBROS
1Co 12.12-30
1. Unidade e diversidade 1Co 12.12
2. Dons para unidade do corpo 1Co 12.20,25
3. Exerça seu dom 1Co 12.27-30
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
CS~1 ÇQ) CQ) rro
1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 1Co
12.1 12.4 12.7 12.11 12.13 12.28
Hinos da Harpa: 437 – 349
INTRODUÇÃO
Os nove dons podem ser agrupados em três categorias: dons de revelação, dons de poder, dons de inspiração. Cada uma dessas categorias, por sua vez, inclui 3 dons, a saber:
Dons de revelação (palavra da sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos); dons de poder (fé, dons de curar e operação de milagres) e; dons de inspiração (profecia, va-riedade de línguas e interpretação de línguas).
I. DONS DE
REVELAÇÃO (1Co 12.8-10)
Esse conjunto de dons (Palavra da sabedoria, Palavra do conhecimento e Discernimento de es-píritos) serve para a “blindagem” espiritual do corpo de Cristo. São imprescindíveis para o momento atual da igreja e atuam na formação profunda do salvo, principalmente, no discernimento frente às heresias e erros doutrinários. 1
1. Palavra da sabedoria (1Co 12.8) Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria;
A palavra da sabedoria é uma forma sobrenatural da manifestação da sabedoria divina na vida pessoal do crente. A sabedoria provém estritamente de Deus e pode ser adquirida através da ma-nifestação do Espírito e ensino da
Palavra de Deus. Exemplo: Salomão (1Rs 3.16-28). Concílio de Jerusalém (At 15.12-29). Exemplos em Jesus: Mc 6.2; 12.17.
2. Palavra do conhecimento
(1Co 12.8)
E a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento.
Este dom, por sua vez, trata do conhecimento profundo e de origem divina. Está ligado ao primeiro e deve ocupar um lugar primordial na vida dos fiéis. A ciência é o conhecimento profundo ou a compreensão das coisas divinas de uma maneira sobrenatural. A palavra do conhecimento é a capacitação do crente, movido pelo Espírito, para declarar fatos que estão em oculto ou que ainda não ocorreram. No Antigo Testamento, Elias e Eliseu foram exemplos da manifestação do conhecimento divino.
Exemplo: Pedro e Ananias (At 5.3-9). Paulo (At 27.34, 35). Exemplos em Jesus: Jo 1.48; Mt 20.18.
3. Discernimento de espíritos
(1Co 12.10)
A outro, discernimento de espíritos;
Na língua grega, usa-se o termo diakrisis, que é traduzido como “ato ou efeito de julgar, distinguir, ver daramente”. Verificar de modo sobrenatural a origem de uma ação: se é procedente do espírito do homem, de um espírito maligno, ou do Espírito de Deus. O discernimento é fundamental para reconhecer a natureza das mani-
festações espirituais que ocorrem em nosso meio.
Um grande exemplo de manifestação de discernimento é um episódio envolvendo Jesus e Pedro em Mateus 16.13-23. Nesta passagem, Jesus pergunta a Pedro o que os outros achavam Dele. Pedro, por revelação divina, responde corretamente, mas, logo em seguida repreende Jesus quando Ele falava acerca de sua morte. Jesus teve discernimento para saber quando Pedro falara por revelação divina e quando falou sob influência maligna.
Exemplo: Saulo com Elimas, o mág1Co (At 13.8-10); e com a jovem adivinhadora (At 16.16-18). Outro exemplo em Jesus: Lucas 13.11,16.
II. DONS DE PODER
(1Co 12.9-10) 1
1. Fé (1Co 12.9)
A outro, no mesmo Espírito, a fé
O dom da fé é diferente da fé salvadora (Rm 10.17; Ef 2.8). A fé, como dom, é uma capacitação do Espírito Santo para a realização de proezas e feitos sobrenaturais em nome do Senhor. Esta fé é manifestada através de uma ação sobrenatural, impulsionada pelo Espírito Santo (1Co 13.2).
De maneira simples, podemos definir este dom como a capacidade outorgada pelo Espírito Santo para permear o campo do impossível. Aqueles em que é manifestado esse dom, creem na realização de algo extraordinário antes mesmo de ter acontecido. Abraão é um dos
grandes exemplos de fé nas Sagradas Escrituras (Gn 22.5).
Exemplo: Heróis da fé (Hb 11). Paulo mordido por serpente (At 28.3-6).
2. Dons de curar (1Co 12.9)
…e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar.
Os dons de curar são recursos utilizados por Deus para a realização de curas milagrosas. Uma observação que deve ser verificada neste dom é que ele está no plural. Isto indica que são várias as formas e manifestações de cura realizadas através deste dom.
Apesar de, nos dias de hoje, o homem querer patentear a autoria deste dom, temos que saber que é Deus quem cura. Temos que fazer como um dos alunos do profeta Eliseu que, ao deixar cair o ferro do machado, ou seja, seu instrumento de trabalho, reconheceu que era emprestado. Nosso instrumento de trabalho é a capacitação do Espírito Santo concedida através dos dons, mas isso não é nosso, pertence a Deus!
Quem melhor o demonstrou foi Jesus: Mt 8.16; Mc 1.34.
Exemplo: Sombra de Pedro (At 5.15,16). Paulo na ilha de Malta (At 28.8-10).
3. Operação de milagres (1Co 12.10)
A outro, operações de milagres;
A operação de milagres ou maravilhas não pode ser confundida com os dons de curar. Milagres está no rol de maravilhas extraordiná-
rias. É a capacidade de realizar intervenções extraordinárias através do poder de Deus. Tais realizações ocorrem na esfera espiritual e física, de forma que podem ser observadas a “olho nu”.
Nas Escrituras, temos inúmeros casos de operação de maravilhas. O ministério terreno do Senhor Jesus foi marcado por vários casos de maravilhas. A ressurreição de Lázaro é apenas um dos exemplos. Já havia quatro dias que o mesmo estava morto, em estado de putrefação, e Jesus o ressuscitou.
Exemplo: Paulo em Éfeso, roupas (At 19.11,12). Paulo e Êut1Co (At 20.9-12).
III. DONS DE
INSPIRAÇÃO (1Co 12.10) 1
1. Profecia (1Co 12.10)
A outro, profecia;
O termo significa “falar em nome de alguém”, o dom de profecia capacita o homem para falar em nome de Deus. É uma ação do Espírito Santo, transmitida sempre racionalmente, expostas conforme suas próprias palavras. A profecia deve ser expressa no idioma de quem profere e dos que ouvem. Sua ação é direcionada à igreja, para que ela seja “edificada, consolada e exortada” (1Co 14.3).
Paulo incentiva o povo a buscar o dom de profecia (1Co 14.1). Apesar da relevância espiritual e edificação que traz ao corpo de Cristo, ele não possui relevância canônica ou es-
criturística. Nenhuma manifestação do dom de profecia pode alterar de alguma forma os textos bíbl1Cos ou acrescentar algo às Escrituras (Gl 1.1-12).
Exemplo: filhas de Filipe (At 21.8-9); Ágabo (At 21.10-11).
2. Variedade de línguas (1Co 12.10) A um, variedade de línguas;
É a habilidade espiritual do crente falar em línguas, que fluem sobrenaturalmente para edificar aquele que as fala (1Co 14.2,4).
Em Atos 2, temos evidências notórias de que esse dom fazia parte da igreja primitiva. Desde os primórdios da igreja, o Espírito Santo continua se manifestando no meio dos salvos através do dom de línguas (Mc 16.17). O dom de línguas deve ser buscado pelos fiéis, para que haja edifica-ção e renovo espiritual constante na vida dos servos. O capítulo 14 de Coríntios cuida de explanar de forma detalhada esse dom e como utilizá-lo com decência.
Exemplos: Paulo (1Co 14.39); os discípulos em Éfeso (At 19.6).
3. Interpretação das línguas
(1Co 12.10)
E a outro, capacidade para interpretá-las.
De imediato, temos que observar que não é tradução, e sim interpretação de línguas. Outra coisa que é importante salientar é que, apesar de parecer com o dom de profecia, é distinto. São necessárias
duas pessoas cheias do Espírito Santo: a pessoa que fala e a outra que interpreta. Mas uma única pessoa pode sim manifestar os dois dons, isto é, falar e interpretar.
Já no caso da profecia, é necessário uma pessoa só, e não precisa de intérprete, já que é proferida no idioma materno do falante e dos ouvintes.
O falar em línguas não é concebido pela mente humana, da mesma forma que interpretar as mensagens divinas. Exemplo: Daniel 5.5-24.
IV.UM CORPO, MUITOS MEMBROS (1Co 12.12-30)
A multiplicidade dos dons espirituais visa capacitar os membros a atuarem unidos no corpo de Cristo. A linha de raciocínio flui com naturalidade ao longo dessa seção. Semelhante ao corpo fís1Co, criado por Deus com muitos membros; todos são diferentes e exercem funções diversas. Ainda assim, dependem uns dos outros; o mesmo se aplica ao corpo de Cristo. 1
1. Unidade e diversidade
(1Co 12.12)
Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo.
O apóstolo argumenta que a diversidade pode vicejar na comunidade e até mesmo fortalecer sua unidade. A diversidade se torna
uma ameaça para a unidade somente quando os cristãos, individualmente, confundem o propósito de Deus com seu próprio desejo de obter proeminência e reconhecimento.
A tensão entre unidade e diversidade não é nova. Contudo, essa tensão é superada por meio da clareza do propósito de Deus ao conceder seus dons. Por mais diversos que sejam, eles servem para capacitar e conferir poder a cada comunidade de cristãos para que se demonstre o ministério de Cristo na terra. O desafio para aqueles que recebem os dons é reconhecer sua função como “partes do corpo” e entender como Deus projetou seus dons específ1Cos para fortalecer outras partes a fim de que o corpo cumpra o propósito definido por Deus.
Os membros da igreja de Cristo precisam resgatar o significado de viver como corpo de Cristo. Assim como no corpo fís1Co, nenhuma parte é dispensável; todas são importantes.
2. Dons para unidade do corpo
(1Co 12.20,25)
Para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros (12.25).
A ênfase sobre o fato de que Deus é quem concede os dons não apenas ressalta o propósito uni- ficador dos diversos dons, mas também descreve sua suficiência como provisão de Deus para sua
comunidade. A tônica do argumento de Paulo é a natureza comunitária da concessão dos dons por Deus. Assim como Deus determina diferentes funções para os olhos e as orelhas no corpo fís1Co, também concede dons espirituais variados a diferentes partes do corpo de Cristo.
Em um corpo, todas as partes são importantes; quando falta uma parte, o corpo se torna deficiente. Ademais, nenhuma parte pode existir separada do corpo. Se um dedo for cortado do corpo, o corpo sentirá falta, e o dedo desligado morrerá.
3. Exerça seu dom (1Co 12.27-30) Ora, vós sois corpo de Cristo; e, indi
vidualmente, membros desse corpo (12.27).
De acordo com o apóstolo, igrejas e pessoas que pensam precisar de mais dons ou de dons di-ferentes daqueles que o Espírito lhe concedeu, devem refletir antes se estão usando seus dons de acordo com os propósitos de Deus ou se estão procurando se tornar uma comunidade diferente do plano de Deus para elas.
Os dons visam capacitar a igreja a dar continuidade ao ministério realizado por Cristo. Para constatar a verdadeira utilidade dos dons espirituais, basta perguntar de que maneira eles estão capacitando o corpo de Cristo a expressar seu amor e a sua salvação.
APLICAÇÃO PESSOAL
Os dons espirituais são atuais e indispensáveis na vida da Igreja. Visam o serviço cristão e o aperfeiçoamento do povo de Deus; jamais a autoglorificação ou promoção pessoal.
RESPONDA
Marque “V” para a opção verdadeira e “F” para a falsa:
1) O dom de sabedoria é o mesmo dom de conhecimento, diferindo apenas a grafia para ressaltar a importância do dom.
2) A variedade de línguas estranhas, nunca ensinadas, flui naturalmente para edificar aquele que as fala.
3) Os dons são dados para a unidade do corpo de Cristo, não sua divisão. Portanto, a diversidade de dons e operações não tinham por propósito segregar, mas agregar o corpo de Cristo.
\
PR Enaldo Bri
LIÇAO 10
1CORÍNTIOS 13: AMOR, CAMINHO EXCELENTE
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em 1Coríntios 13 há 13 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1Coríntios 13.1-13 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Caro professor, seja bastante enfát1Co em abordar que os dons são dádivas da graça de Deus, mas que há uma relação dinâmica entre ter o dom e a vida de piedade do cristão. É sobre isso que Paulo trata no capítulo em apreço, enfatizando que o servo de Deus não é coisa alguma nem conquista coisa nenhuma sem amor (1Co 13.2-3).
Os coríntios consideravam ter dons como o ápice da vida espiritual, e estes possuem sua im-portância, pois devem ser usados para edificação do corpo de Cristo. Inclusive, os coríntios são exortados a buscá-los com zelo. Todavia, Paulo se propõe a mostrar a eles um caminho mais excelente, isto é, o caminho do amor, sem o qual é impossível que haja eficácia numa vida de dons espirituais.
V J
OBJETIVOS
• Assimilar a importância do amor.
• Discernir o que é e o que não é o amor.
• Incentivar a prática do amor cristão.
PARA COMEÇAR A AULA
Vamos iniciar esta aula mostrando as sete ações hipotéticas que Paulo expõe à igreja de Corin- to, as quais sem amor não teriam sentido algum, o que é evidenciado pelo advérbio “ainda” ou pela conjunção subordinativa condicional “se”, ambos evidenciando uma possibilidade. Esses gestos são: o falar em línguas dos homens e anjos; o dom de profecia; o conhecer toda ciência do mundo; o ter toda fé; o dar todos os bens pessoais aos pobres; e o entregar-se por alguém.
RESPOSTAS DA PÁGINA 64
1) Línguas, profecia, fé e sacrifício.
2) Paciente, bondoso, sofredor, fiel e perseverante.
3) Invejoso, arrogante, orgulhoso, rude, egoísta irascível, rancoroso, alegre com a injustiça.

LEITURA ADICIONAL
O Espírito concede dons aos cristãos a fim de capacitar a comunidade de Cristo a ser um exemplo de Cristo. Uma vez que os dons são expressões de poder, seu uso indevido pode produzir resultados opostos aos pretendidos. Essa inversão acontece quando a pessoa que recebe o dom (ou dons) é glorificada em lugar do doador do dom (ou dons).
Aqui, Paulo deixa claro que todos os dons, quer sejam mais espetaculares ou mais comuns, precisam se tornar articulações do amor de Cristo, e não ilustrações de devoção pessoal. Paulo chama o amor de caminho mais excelente (lit., “hiperpropulsor”) exatamente porque guarda os cristãos desse egoísmo. Quando o amor impele o uso dos dons espirituais, eles se tornam expressões da presença de Cristo e, desse modo, fortalecem o corpo de Cristo. Quando o egoísmo impele o uso dos dons, eles revelam a presença de quem os recebeu e, desse modo, abafam em vez de amplificar a voz de Deus.
Livro: ”1Coríntios” (Preben Vang. Série Comentário Expositivo. Editora Vida Nova – SP, 2018, pág.184).
V J
n
Estudada em
LIÇÃO 10
1CORÍNTIOS 13:
AMOR, CAMINHO EXCELENTE
Texto Áureo
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” 1Co 13.13
r ; ^
Leitura Bíblica Para Estudo 1Coríntios 13.1-13
Verdade Prática
Sem amor o exercício de qualquer dom do Espírito se torna inútil.
INTRODUÇÃO
I. SEM AMOR NADA VALE 7 Co13.i-3
1. Línguas 1Co 13.1
2. Profecias, mistério e fé 1Co 13.2
3. Bens e autossacrifício 1Co 13.3
II. O AMOR RESOLVE TUDO
1Co 13.4-8
1. O que o amor é 1Co 13.4
2. O que o amor não é 1Co 13.4-8
3. Aplicação prática do amor 1Co 13.7
III. O AMOR É MAJOR QUE TUDO
1Co 13.8-13
1. Dons passam, amor não 1Co 13.8
2. Sinal de maturidade 1Co 13.11
3. O amor jamais acaba, é o dom maior 1Co 13.8,13
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
ÇsA rn COA) CQT) ÇT~) Ç~S~) 1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 13.5 13.7 13.9 13.10 13.12 13.13
Hinos da Harpa: 88 – 145

INTRODUÇÃO
Ao introduzir o capítulo 13 falando, surpreendentemente, sobre a excelência do amor, como que abrindo um parênteses entre os capítulos 12 e 14, que instruem sobre os dons espirituais, Paulo está ensinando que o propósito de Deus para os dons espirituais é que sejam exercidos com amor. Uma vez que os dons são expressões de poder, seu uso indevido pode produzir resultados desastrosos. Essa inversão acontece quando a pessoa que exercita o dom é glorificada em lugar do doador do dom. Falar em línguas é dom, controlar a língua é fruto.
Paulo chama o amor de caminho sobremodo excelente, exatamente porque guarda os cristãos desse egoísmo.
I. SEM AMOR, NADA VALE
(1Co 13.1-3)
Nos primeiros três versículos deste capítulo Paulo não está fazendo um poema sobre amor para ser lido só em casamentos. Muito pelo contrário. Ele está exortando a igreja em Corinto, que estava em pé de guerra, dividida em facções (1Co 1.10-17).
Como pode uma igreja se gabar de grandes feitos e grandes dons espirituais se está tão longe do que Deus é? (1Jo 4.8). De que servem os dons, se não há amor?
1. Línguas (1Co 13.1)
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.
Você já f1Cou bravo quando o baterista se empolga no culto e acerta os pratos da bateria com tanta intensidade que começam a irritar os ouvidos? Pois então!
Aquele que fala em línguas mas não demonstra amor para com os outros é comparado, segundo Paulo, a um címbalo que retine. Alguém assim é como um prato enorme, sendo agredido e gerando um barulho ensurdecedor, que não edifica a ninguém.
A intenção de Paulo, ao se expressar desse modo, é produzir imagens grosseiras e desagradá-veis na mente de seus leitores, para que entendam como o seu comportamento está soando da mesma maneira e podem perturbar mais do que abençoar.
2. Profecias, ministério e fé
(1Co 13.2)
Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
Profecias servem para a edificação do Corpo de Cristo, mas como isso pode acontecer com profetas vazios? Ainda que recebesse o maior dos dons do Espírito, a capacidade de ouvir a voz de
Deus, entender Suas revelações, comunicar Suas verdades e demonstrar um nível de fé que evoca o poder de Deus, um cristão não seria coisa alguma sem amor.
Não é a toa que, de tempos em tempos, vemos grandes homens e mulheres da igreja caindo, pois a soberba toma o lugar do amor e o passo seguinte é a ruína.
A ideia, aqui, não é anular os dons espirituais, que continuam a ser úteis e benéf1Cos, pois não de-pendem da pessoa, mas do Espírito. Porém, fica claro que os dons devem ser exercidos com amor, decência e ordem.
3. Bens e autossacrifício (1Co 13.3) E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
Deus já deixou bem claro em Sua Palavra que Ele não se importa com o sacrifício em si, mas com o coração do adorador (Sl 51.16-17; Jo 4.23). Paulo esclarece que abrir mão de todos os bens aos pobres – como sugerido ao jovem r1Co por Jesus (Lc 18.18-23) – ou até sacrificar a própria vida, sem amor, é um ato sem proveito algum. Por que o ato de Deus dar Seu ún1Co Filho, Jesus, foi tão poderoso? Por causa do amor (Jo 3.16).
O que fica bem nítido nestes três primeiros versículos é que os mandamentos de Deus ainda se resumem a amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como Jesus nos amou (Jo 13.33-35).
II. O AMOR RESOLVE TUDO (1Co 13.4-8)
1. O que o amor é (1Co 13.4)
O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece.
Paulo descreve o que é o amor e tenta demonstrar que os problemas dentro da igreja de Corin- to existem porque eles não estão agindo em amor. Ele lista 18 características do amor, dentre as quais, destacaremos as 10 características que qualificam o que o amor é:
a) O amor é paciente (v4). Mesmo quando eu sinto o forte desejo de me expressar ou decidir. Com a ajuda do Espírito Santo, decidindo amar, eu exercito a paciência, demonstro domínio próprio diante das provocações ou tensões criadas por pessoas ou situações. O amor se mantém firme a despeito de qualquer oposição, dificuldade ou adversidade.
b) O amor é benigno (v4). Mesmo quando me tratam mal (Rm 12.17-21). É a ideia de vencer o mal fazendo o bem. O amor é bondoso, compassivo, atencioso e agradável até com quem não merece.
c) O amor regozija-se com a verdade (v6). Mesmo que mentir pareça ser mais fácil. O amor alegra-se com o conhecimento da verdade, pois a verdade liberta.
d) O amor tudo sofre (v7). Mesmo quando as decepções são esmagadoras. O amor é tolerante. Sofre mas não perde a esperança e guarda a perspectiva do Espírito Santo na possibilidade de mudança.
e) O amor tudo crê (v7). Ainda que os outros não creiam, eu devo manter a minha fé no poder transformador do Evangelho e do Espírito Santo.
f) O amor tudo espera (v7). Mesmo que a esperança de todos já tenha morrido. O amor aguarda o cumprimento do plano de Deus.
g) O amor tudo suporta (v7). Abrir mão de privilégios em favor dos irmãos. Especialmente quando eu penso que não posso mais suportar certas pessoas ou circunstâncias. O amor permanece firme diante do sofrimento.
As próximas três características serão estudadas mais amplamente no tóp1Co III, ao final desta lição:
h) jamais acaba (v8).
i) permanece (v13).
j) é o maior (v13).
2. O que o amor não é (1Co 13.4-8) Não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade (13.6).
Segue a lista das oito características que designam o que o amor não é:
a) O amor não arde em ciúmes. Especialmente quando percebo que outros têm se destacado mais que eu; não é certo, nem amoroso, fomentar a rivalidade, nem cobiçar a vida do próximo. Isso é sinal
de insatisfação com o que Deus tem lhe dado.
b) O amor não ufana. Mesmo quando eu tenho vontade de contar para todos as minhas realizações. O amor não glorifica a mim mesmo, mas honra ao próximo e glorifica a Deus.
c) O amor não se ensoberbece. Mesmo quando eu penso que estou com a razão. O amor não é altivo e não tenta dominar os outros; o amor se preocupa em dar-se e não em afirmar-se.
d) O amor não se conduz inconveniente. Não age inconvenientemente, mesmo que isso possa trazer a atenção para mim. O amor não constrange os outros, mas os recebe e os faz sentir bem.
e) O amor não procura os seus próprios interesses. Mesmo quando eu tenho muito a ganhar com isso. O amor, por um ato de vontade, procura servir ao invés de ser servido.
f) O amor não se exaspera. Mesmo quando tentam me provocar, não devo me exasperar. A ideia é não ser uma pessoa melindrosa, nem estar predisposto a ofender. O amor não desiste de treinar outros na justiça, mesmo diante de falhas e provocações.
g) O amor não se ressente do mal. É o grande perigo de me tornar prisioneiro do meu próprio ódio. O amor decide não levantar ofensas passadas, já cobertas pelo perdão.
h) O amor não se alegra com a injustiça. Mesmo que a outra pessoa mereça.
3. Aplicação prática do amor
(1Co 13.7)
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Se pegarmos o que já estudamos no capítulo 6 desta carta, o contexto do litígio entre os irmãos fora da igreja, o que deveria ter acontecido se o amor fosse o caminho seguido pelas partes? Teriam resolvido os litígios e, provavelmente, não haveria um processo entre irmãos, caso eles fossem: pacientes; bondosos uns com os outros; não arrogantes; não soberbos; se não buscassem os próprios interesses; não guardassem rancor pelos erros uns dos outros; sofressem o dano; cressem na ação do Espírito Santo nas vidas uns dos outros; se cressem que Deus está cuidando de tudo e de todos; se esperassem em Deus; se suportassem uns aos outros.
Aplique o amor a todos os problemas da igreja de Corinto e fica claro que eles tinham os meios necessários para resolução de conflitos através do amor. Assim também nós, a igreja de hoje, temos os mesmos recursos para evitar ou solucionar problemas.
III. O AMOR É MAIOR QUE TUDO (1Co 13.8-13)
1. Dons passam, amor não
(1Co 13.8)
O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará.
Os dons espirituais são bênçãos de Deus para nós. É uma demonstração do Seu reino visando ao crescimento e desenvolvimento espiritual do Seu povo. Mas, eles terão fim. Quando Jesus voltar e nos tornarmos plenos Nele, então não necessitaremos mais dos dons. Porém, o amor perma-necerá.
Amor é sinal de maturidade.
O amor será a régua, a forma, os usos e costumes do céu. Por isso, o amor deve ser preservado e praticado desde já, nos preparando e amadurecendo para aquele dia.
2. Sinal de maturidade (1Co 13.11) Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.
Chega um momento em que Paulo diz que abandonou as coisas de menino, como egoísmo, exclusivismo etc., pois ele quis buscar coisas maiores. O amor caracteriza a vida de um discípulo de Cristo que é adulto espiritual.
De que forma? Amando os outros com o amor que Deus já derramou em seu coração.
3. O amor jamais acaba, é o dom maior (1Co 13.8,13)
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor (13.13)
Por fim, o texto apresenta o amor junto com a fé e a esperan-
ça e afirma categoricamente que o amor é o maior que todos. Isso acontece justamente porque a fé e a esperança apontam para o amor. Se observarmos Hebreus 11.1, perceberemos que a fé é a certeza absoluta das coisas que se esperam. E é justamente isso o que Paulo está dizendo: temos certeza absoluta de que o amor permanecerá, e isso nos traz esperança, porque o amor é maior
até mesmo que a fé e a esperança. O amor jamais acaba. Que afirmações profundas e maravi-lhosas!
O contraste paulino entre a natureza temporal dos dons e a natureza eterna do amor, revela uma característica impressionante: “o amor jamais acaba”. Por isso o amor é bom e firme alicerce para todos os nossos atos, inclusive como sustentáculo da família.
APLICAÇÃO PESSOAL
O propósito de Deus para os dons espirituais é que eles sejam exercidos com amor.
2) Quais são as características do amor?
LIÇAO 11
1CORÍNTIOS 14: DOM DE PROFECIA E ORDEM NO CULTO
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em 1Coríntios 14 há 40 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1Coríntios 14.20-40 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Amado professor, explique nesta aula que devemos sempre estar no caminho do amor; temos que nos esforçar para vivermos em amor; todavia, não devemos nos limitar a viver uma vida de amor sem os dons espirituais, porque ambos provêm do Espírito Santo.
Todos os cristãos devem ter interesse pelos dons, não apenas aqueles que exercem funções de liderança, sobretudo o dom de profecia, o qual não é necessariamente uma previsão, mas um anúncio da vontade de Deus para o Seu povo.
Os profetas eram o sensor ét1Co de Israel; hoje, o são da igreja, pois as profecias mostram a situação real do povo de Deus. O dom de profecia, por seu turno, deve edi- ficar, consolar e exortar.
OBJETIVOS
• Entender porque o dom de profecia é considerado superior.
• Aprender o que é prioridade nos cultos e reuniões públicas.
• Entender que o culto deve ser ordenado e refletir a unidade e diversidade do Corpo de Cristo.
PARA COMEÇAR A AULA
Dê início nesta aula tentando falar – ou pedindo para alguém fazê-lo – algumas palavras de um outro idioma, de preferência um que seja pouquíssimo conhecido. Em seguida, pergunte se alguém entendeu o que você disse.
Logo após isso, demonstre a importância de transmitir a informação de uma maneira que todos entendam, pois o nosso maior propósito é comunicar as verdades de Deus de uma maneira que todos compreendam.
Dito isso, faça um paralelo entre os dons de profecia e o dom de variedade de línguas.
RESPOSTAS DA PÁGINA 70
V
y
A única opção correta é a letra “b”.

LEITURA ADICIONAL
Qual a ênfase principal nesses versículos? O apóstolo compara duas manifestações do Espírito Santo: o falar em línguas e o profetizar. E então estabelece os contrastes entre uma manifestação e outra. Ele declara no versículo dois que o que fala em línguas não fala ao homem, mas a Deus; por outro lado, temos como subentendido que a profecia é justamente o oposto, pois nela Deus é que fala ao homem. Depois, ainda no versículo dois, ele diz que ninguém entende o falar em línguas; mas deixa claro no versículo quatro que a profecia todos entendem. Mais uma vez, vemos o quanto são distintas. Finalmente, no versículo quatro, ele contrasta o falar em línguas com a profecia ao mostrar o nível de edificação que cada um produz.
Resumimos estes contrastes no quadro abaixo:
LÍNGUAS PROFECIAS
1. O homem fala a Deus (v. 2) 1. Deus fala aos homens (v. 3)
2. Ninguém entende (v. 2) 2. Todos entendem (v. 4)
3. Edificação pessoal (v. 3) 3. Edificação coletiva (v. 4)
Observando as distinções estabelecidas pelo apóstolo Paulo nos versículos acima, podemos afirmar taxativamente que não há qualquer semelhança entre o falar em línguas e o profetizar, salvo o fato de serem ambos uma fala inspirada pelo Espírito Santo de Deus.
Estamos destacando as distinções entre o falar em línguas e o profetizar por uma única razão: no versículo 5, Paulo diz que línguas com interpretação são equivalentes à profecia. Ou seja, há um aspecto do falar em línguas totalmente oposto à profecia, e outro igual a ela; logo, são dois tipos do falar em linguas diferentes entre si. Nessa comparação feita pelo apóstolo podemos perceber que se tratam de dois tipos distintos do falar em línguas.
As línguas SEM interpretação são exatamente o oposto do profetizar.
Já as linguas COM interpretação são o mesmo que a profecia. Se não reconhecermos as distinções entre os dois aspectos do falar em línguas (sem e com interpretação), teremos então uma grande incoerência.
Livro: “O Falar em Línguas: A Linguagem Sobrenatural de Oração” (Luciano Subirá. Editora Orvalho, Curitiba, 2017, págs. 12,13).
V J
n
LIÇÃO 11
1CORÍNTIOS 14:
DOM DE PROFECIA E ORDEM NO CULTO
Texto Áureo
“Tudo, porém, seja feito com decência e ordem.”
1Co 14.40
Estudada em
f ^
Leitura Bíblica Para Estudo
1Coríntios 14.20-40
Verdade Prática
O culto é um momento de adoração a Deus e edificação da igreja; não há espaço para o individualismo.
INTRODUÇÃO
I. DOM DE PROFECIA 1Co 14.1-3
1. Incentivado a buscar 1Co 14.1
2. As línguas edificam quem fala 1Co 14.2
3. A profecia edifica a igreja 1Co 14.3
II. MAIS ÚTIL NO CULTO 1Co 14.5-25
1. Profecia é mais útil 1Co 14.5
2. Línguas com interpretação 1Co 14.13-15
3. Prova da presença de Deus 1Co 14.25
III. ORDEM NO CULTO 1Co 14.26-40
1. Participação de todos 1Co 14.26
2. Participação com ordem 1Co 14.27-28
3. Decência e ordem 1Co 14.39,40
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
CSDCDCQ Q3CSDCSD
1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 14.4 14.9 14.12 14.16 14.20 14.39
Hinos da Harpa: 24 – 358

INTRODUÇÃO
No capítulo 14 desta carta aos Coríntios, Paulo ensina como deveria ser o culto na igreja primitiva. Ele visa corrigir o exercício desordenado de dons pelos corín- tios, salientando a necessidade de edificar a congregação e de aplicar os ensinos dos capítulos 12 e 13. Os dons exercidos no culto públ1Co devem ser de benefício coletivo; caso contrário, tudo resultará em desordem e confusão.
I. DOM DE PROFECIA
(1Co 14.1-3)
Toda a linha de raciocínio deste capítulo envolve a comparação entre o dom de profecia e os dons de falar e interpretar línguas. O dom de profetizar é a capacidade sobrenatural de falar em nome de Deus, entregando uma mensagem Dele aos seus destinatários. 1
1. Incentivado a buscar (1Co 14.1) Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis.
O dom de profecia é a capacidade de falar em nome de Deus. Neste dom está envolvido também o poder para profetizar eventos futuros (At 11.27-28; 21.10-11). O dom de profecia tem o claro pro-pósito de “edificar, exortar e consolar” a igreja de Cristo na terra. Para Paulo este dom é considera-do maior que o dom de línguas,
devido à sua clareza e possibilidade de entendimento.
É mais edificante profetizar que falar em outras línguas no culto da igreja do Senhor. Por isso, Paulo recomenda que todos os cristãos procurem falar em línguas, mas principalmente que busquem o dom de profecia.
2. As línguas edificam quem fala
(1Co 14.2)
Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.
O dom de línguas não deve ser desprezado pelos crentes de hoje e tem uma grande importância na edificação pessoal.
Além disso, ele é um sinal para os incrédulos (1Co 14.22), constituindo evidência inequívoca da presença e operação do Espírito Santo.
Porém, pelo seu caráter personalíssimo, principalmente quando não há quem a interprete, este dom deve ser exercitado com parcimônia durante as reuniões públicas.
Devemos levar em conta que Paulo não está desprezando o dom de línguas, e sim enfatizando a necessidade de ordem no culto e o seu caráter de edificação coletiva. Dentro deste contexto, é desejável que as mensagens entregues sejam proveitosas para todos os ouvintes, inclusive os incrédulos, como ocorre com o dom de profecia, ou com o dom de línguas conjugado com a interpretação.
3. A profecia edifica a igreja
(1Co 14.3)
Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.
A profecia edifica a igreja e todos os presentes, exorta-os a permanecer firmes em seu fundamento e consola os fiéis nos momentos difíceis, especialmente com a esperança da volta de Jesus e de nosso futuro glorioso ao lado Dele. Não sem razão é um dom tão desejável para os crentes.
O termo edificar significa literalmente “construir”, “levantar”. Entendemos que a vida cristã é uma construção que está em desenvolvimento. Temos que ter ciência que estamos levantando “tijolo por tijolo” desta tão grande obra. E, decerto, a profecia fará com que este “edifício” seja construído com bases bastante sólidas.
II. MAIS ÚTIL NO CULTO
(1Co 14.5-25) 1
1. Profecia é mais útil (1Co 14.5) Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação.
Durante o culto, a prioridade dever ser a edificação da igreja, de forma coletiva. Quando Paulo fala que o que profetiza é superior ao que fala em línguas, não está menos-
prezando as pessoas que falam em línguas, nem exaltando as pessoas que profetizam. Isso seria danoso como “tirar o pino de uma granada” e ficar com ela na mão, pois incentivaria mais partidarismos e divisões em uma igreja que já sofria com tais males, justamente os mais combati-dos na epístola de Paulo (v. 33).
Lembre-se que Paulo está tratando sobre ordem no culto. Organizar significa, dentre outras coisas, escolher o que deve ser priorizado e o que deve ser considerado secundário. Há uma indicação dessa lista de prioridades no Capítulo 12.28, nela o profeta aparece em segundo lugar, após o apóstolo, e a variedade de línguas aparece em último.
Durante o culto, a prioridade deveria ser a edificação da igreja, de forma coletiva.
Neste contexto, aquele que tivesse uma profecia para entregar deveria ser priorizado na ordem do culto em relação ao que falava em línguas, pois aquela mensagem edificaria a igreja, enquanto as línguas edificariam apenas o indivíduo.
2. Línguas com interpretação
(1Co 14.13-15)
Pelo que, o que faia em outra língua deve orar para que a possa interpretar (14.13).
Como fica claro, o importante no culto é que a igreja receba edificação. Por isso Paulo recomenda que aquele que fala em línguas diante
da igreja deve orar para que a possa interpretar (1Co 14.13).
Dessa forma, o apóstolo está fazendo um apelo para que os corín- tios sejam maduros no modo de pensar, deixando partidarismos e individualismos de lado para priorizar a unidade da igreja.
Paulo evoca tão fortemente a figura da igreja como um corpo, em que cada fiel é um membro dife-rente, que não há espaço na epístola para ninguém se sentir autos- suficiente e fora do corpo da igreja (1Co 12.27).
3. Prova da presença de Deus
(1Co 14.25)
Tornam-se-lhe manifestos os segredos do coração, e, assim, prostran- do-se com a face em terra, adorará a Deus, testemunhando que Deus está, de fato, no meio de vós.
Desde o Capítulo 12, o apóstolo Paulo já havia se pronunciado a respeito da manifestação do Espírito Santo. Ele ponderou que “os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo” (1Co 12.4). Também observou que “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso” (1Co 12.7). Em outras palavras, os dons pertencem ao Espírito Santo, e não à pessoa a quem são concedidos.
Hoje em dia, o Espírito Santo tem se manifestado de muitas maneiras. Muitas das pessoas que são usadas por Deus são bajuladas, até idolatradas, e, por vezes, isso acaba “subindo à cabeça”. De
vemos entender que as pessoas a quem o Espírito Santo concede os dons são tão somente canais, instrumentos utilizados por Ele para edificar a Sua igreja.
O dom é do Espírito Santo, que faz conforme lhe apraz. Adore a Ele! E não à pessoa que exercitou o dom.
III. ORDEM NO
CULTO (1Co 14.26-40)
1. Participação de todos (1Co 14.26) Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação.
Paulo está afirmando que todos os crentes de Corinto podem contribuir para a edificação da igreja local.
O culto deve ser variado e fervoroso, não precisa ser composto só de profecia, também não se vai passar o culto todo cantando.
O culto não deve cair em monotonia, nem deve virar um monólogo, no qual apenas uma pessoa fala a reunião toda. Há espaço para a variedade e para a diversidade. O culto é da igreja para Deus. Cada qual pode contribuir de diferentes formas e em diversas oportunidades.
2. Participação com ordem
(1Co 14.27-28)
No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete. Mas, não havendo intérprete,
fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.
Paulo orienta que, ao falar em profecia ou línguas, os crentes de- veriam seguir as seguintes orientações: 1) nem uma nem outra devem ser proibidas; 2) os irmãos se manifestem um após o outro; 3) as línguas devem ser interpretadas. Esses parâmetros se aplicam ao culto e não a momentos particulares de oração.
Paulo ratifica que o dom se encontra sob o controle de quem o exerce, e que este pode e deve fi-car em silêncio quando apropriado (1Co 14.32). Ele reconhece que os dons são uma manifestação do Espírito Santo e isso pode ocorrer de forma espontânea no meio da igreja, mas os irmãos devem ter bom senso e domínio próprio para controlar a manifestação de modo que não atrapalhe o desenrolar da reunião. Falar é dom, calar é fruto.
3. Decência e ordem (1Co 14.39,40) Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o dom de profetizar e não proibais o falar em outras línguas. Tudo, porém, seja feito com decência e ordem.
A manifestação do Espírito Santo no meio da igreja não é um “mover” no qual os envolvidos ficam “enlouquecidos” e fora de si.
A fala de Paulo nesta passagem é marcada pelo equilíbrio e pela ponderação. Extremos devem ser evitados. É possível deduzir que, na igreja em Corinto, o culto estava deixando
de ser um momento de adoração a Deus para virar palco de mais dis- senções, exibicionismo, concorrência, partidarismo e desordem.
De um lado, havia irmãos que queriam falar em línguas em alto e bom som, ao mesmo tempo em que outra pessoa naquele momento, estava orando, cantando ou entregando uma mensagem. De outro lado, havia os que, irritados com essa atitude, queriam proibir qualquer manifestação do dom de línguas durante o culto.
Este duelo de extremos estava tornando o culto em um momento insuportável. Uma bagunça sem sentido e sem ordem.
Paulo explica que todos devem ter o seu espaço e sua oportunidade durante o culto. Tudo, porém, deve ser feito de forma agradável, ordenada e sucessiva, organizando as prioridades com base naquilo que seja mais edificante para a igreja.
Quando Paulo fala que, em não havendo intérprete, o que fala em línguas deve se calar, não significa que só pode haver manifestação de línguas se houver alguém para interpretar. Além disso, quando Paulo fala para ficar calado, não significa que o crente deve ficar em silêncio absoluto dentro da igreja durante o culto. Como já dito, tudo deve ser regulado pelo bom senso e pelo domínio próprio, com todos dando prioridade à edificação coletiva.
Dentro deste contexto, entendemos que o crente pode permanecer falando em línguas, em tom
moderado, de modo que não atrapalhe os demais irmãos.
Continuando sua instrução, enquanto alguém profetiza, os outros julgam. Julgar significa discernir, avaliar o que está sendo dito, retendo o que for bom.
Após enfatizar que a profecia deve ser julgada (v. 29), as palavras do apóstolo a respeito do si-lêncio da mulher visavam a tratar diretamente dessa questão de julgar e analisar a fonte e o sentido da profecia.
Os homens eram encarregados desta missão. As mulheres deveriam evitar questionar na hora do culto, e se ela fosse ca
sada, deveria conversar com o marido (v. 35).
Nesse contexto fica evidente que a intenção de Paulo não é dizer que as mulheres, em geral, não podem falar nas igrejas. Uma proibição dessas seria uma contradição direta à afirmação que já estudamos no Capítulo 11.5.
Lembremos que a Igreja se reunia nas casas e tinha muito valor o testemunho da harmonia entre os esposos e esposas, principalmente do casal dono do local, sempre observado por todos os que visitavam os cultos. Daí a recomendação final de Paulo: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (v. 40).
APLICAÇÃO PESSOAL
O culto é um momento de adoração a Deus e edificação da igreja como corpo de Cristo, no qual cada um pode exercitar os dons, desde que seja com decência e ordem.
RESPONDA
Marque a única opção correta abaixo:
a) O dom de línguas é o maior dom, pois ele edifica quem fala por meio desse dom, promovendo edificação do corpo de Cristo pelas partes individuais.
b) O dom de línguas equipara-se ao de profecia apenas quando há o dom de interpretar, porque desse modo a igreja toda pode ser edificada.
c) Não há relação prioritária entre os dons, sendo eles de igual importância e urgência.
Enaldo
‘ito
LIÇAO 12
1CORÍNTIOS 15: O PODER DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição § é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em 1Coríntios 15 há 58 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1Coríntios 15.35-58 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
O que podería fazer com que pescadores medrosos viessem a morrer por amor a uma causa? O que faria alguém perder a sua vida por amor ao Evangelho de Jesus Cristo? Eu diria que somente uma grande convicção de que essa causa é verídica.
Esse foi um dos maiores benefícios da ressurreição. Jesus morreu para que houvesse expiação e perdão dos nossos pecados e reconciliação do homem com Deus; e ressuscitou para nos justificar e para que assim, houvesse igreja (Rm 4.25). Porque os primeiros mártires, os grandes responsáveis, aqui na terra, pela multiplicação da igreja foram movidos pela certeza que o Cristo que eles viram subir à cruz foi o mesmo que eles viram após a Sua ressurreição.
V )
OBJETIVOS
• Esclarecer a importância da ressurreição de Cristo.
• Descrever alguns aspectos do corpo da ressurreição.
• Consolar a igreja com a esperança da volta de Jesus e da ressurreição dos que dormem em Cristo.
PARA COMEÇAR A AULA
Interrogue a classe a respeito de quantos já sentiram a dor de perder alguém! Sem dúvidas, após a queda do homem, esse é o maior mal que temos que enfrentar.
Logo em seguida, inicie a aula expondo que o pecado nos proporcionou a vulnerabilidade diante da morte e que, devido isso, já perdemos tantas pessoas queridas. Porém, a morte de Cristo e Sua ressurreição nos garantem futuramente uma suprema vitória sobre o pecado e a morte, o que Paulo evidencia ao dizer: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”.
RESPOSTAS DA PÁGINA 76
1) Que ele não tinha vencido a morte e o pecado.
2) Na união com Adão há a morte, mas aquele que está unido a Cristo há de ressuscitar.
3) Serão transformados, de corpos corruptíveis para corpos incorruptíveis.

LEITURA ADICIONAL
O capítulo 15 funciona tanto como um crescendo da carta de Paulo quanto como o ápice da exposição teológica do apóstolo. Ele fornece a chave teológica que revela a mente de Paulo a seus leitores e explica a estrutura de sua ética. Para o apóstolo, tudo o que ele disse nessa carta depende da realidade histórica da ressurreição física de Cristo.
A ressurreição de Cristo é o ápice sem o qual seu sofrimento e morte não fazem sentido algum e em razão do qual a graça restauradora concedida por Deus a sua criação agora é revelada.
Por causa da ressurreição de Cristo, seus seguidores têm esperança de vida eterna na presença de Deus, uma vida que já iniciou e que provou seu poder na comunidade de Cristo. Os cristãos que se tornaram parte do corpo de Cristo e recebedores de seu Espírito têm a garantia de que serão ressuscitados dentre os mortos com Cristo. E Cristo, que se relaciona com seu corpo como cabeça, também se relaciona com seus seguidores como as primícias daqueles que são res-suscitados dos mortos (15.23).
Livro: ”1Coríntios” (Preben Vang. Série Comentário Expositivo. Editora Vida Nova – SP, 2018, pág.200).
V )
n
LIÇÃO 12
1CORÍNTIOS 15:
O PODER DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Texto Áureo
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.”
1Co 15.19
Estudada em
r ^
Leitura Bíblica Para Estudo 1Coríntios 15.35-58
Verdade Prática
A ressurreição é o alicerce da fé cristã e a vitória sobre o pecado e a morte; sem ela, a fé não se mantém.
INTRODUÇÃO
I. A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
1Co 15.1-34
1. Testemunhas da ressurreição 1Co 15.4-8
2. As primícias dos que dormem 1Co 15.20-23
3. Ressurreição e vida prática 1Co 15.32,33
II. O CORPO DA RESSURREIÇÃO
1Co 15.35-49
1. Adão e Jesus 1Co 15.48,49
2. Carnal versus espiritual 1Co 15.50
3. A transformação do corpo 1Co 15.51
III. A RAPIDEZ DA RESSURREIÇÃO
1Co 15.50-58
1. Um piscar de olhos 1Co 15.52
2. A última trombeta 1Co 15.52b
3. O triunfo sobre a morte 1Co 15.53-58
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
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1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 1Co 15.3 15.4 15.10 15.19 15.21 15.26
Hinos da Harpa: 48 – 300

INTRODUÇÃO
Alguns cristãos de Corinto resistiam à doutrina da ressurreição. Não acreditavam que haveria ressurreição do corpo. Mas Paulo é enfát1Co ao dizer que, assim como Cristo ressuscitou, também os que creem Nele ressuscitarão.
Se não tivéssemos essa certeza, vã seria a nossa crença, não te- ríamos uma mensagem a anunciar e continuaríamos sem perdão; porque um deus morto não salva ninguém.
Para provar aos coríntios que existe ressurreição, Paulo lança mão do Evangelho, menciona as ocasiões em que Jesus apareceu vivo e fala sobre o seu próprio encontro com o Cristo ressuscitado.
I. A RESSURREIÇÃO DE CRISTO (1Co 15.1-34)
A ressurreição de Cristo, além de provar a sua divindade, é também a garantia de que os mortos em Cristo irão ressuscitar no acontecimento da volta de Jesus. 1
1. Testemunhas da ressurreição
(1Co 15.4-8)
Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém algunsjá dormem (15.6).
A crucificação e a ressurreição são os fatos centrais dos Evangelhos e comprovam que Jesus é o Messias predito no Antigo Testamento. O tú-
mulo vazio confirma a ressurreição corporal de Jesus.
Sempre aparecerão pessoas para contestar que Jesus ressuscitou dos mortos. Porém, as aparições, várias vezes e a muitas pessoas diferentes, comprovam a ressurreição.
Paulo não pretende dar uma lista completa, Ele não menciona várias aparições mencionadas nos evangelhos. Todavia, enriquece a lista com mais três aparições não mencionadas nos evangelhos qual sejam: a mais de 500 irmãos, a Tiago e a si próprio. Cefas, os doze apóstolos, Tiago, e mais de quinhentos irmãos (At 1.1-15; 9.8).
Quando Paulo escreveu a carta, algumas testemunhas oculares ainda estavam vivas; outras já dormiam.
Podemos crer firmemente na ressurreição de Cristo. Crer seguramente na ressurreição do Cristo é crer no Seu triunfo sobre o pecado e a morte (1Co 15.56-57). Paulo alerta sobre o erro de esperar em Cristo somente para esta vida, como se ela fosse durar para sempre. Existe a vida eterna além desta vida, e que pode repercutir significativamente na existência humana.
2. As primícias dos que dormem
(1Co 15.20-23)
Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. (15.23)
Nestes versos, Paulo trata da ordem dos acontecimentos deste
dia glorioso da volta de Jesus: primeiro, a ressurreição dos que estiverem mortos; em seguida, a transformação dos que estiverem vivos. Os dois episódios correspondem àquilo que aprendemos como ressurreição para a vida eterna.
Cristo foi o primeiro a ressuscitar dentre os mortos e jamais morrerá novamente. Ele foi o primeiro de todos, abrindo o caminho, mas na Sua vinda será a vez daqueles que Nele dormiram e aguardam. Ele é o nosso precursor; é o penhor de que também nós ressuscitaremos ou seremos transformados se estivermos vivos durante este grande evento (1Ts 4.1,16-18).
3. Ressurreição e vida prática
(1Co 15.32,33)
Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos. (15.32)
Paulo adverte com certa ironia sobre as consequências de se ignorar a verdade acerca da ressurreição após a morte física. Nenhum esforço valeria a pena e seria mais proveitoso viver um estilo de vida despreocupado e desregrado até a hora da morte.
De fato, muitos dos que negavam a ressurreição vindoura estavam agindo assim e convencendo a outros de que deveriam viver da mesma maneira (1Co 15.32,33). Paulo os chama à razão e os aconselha a não darem ouvidos a essas
“conversas fiadas”: “As más conversações, corrompem os bons costumes” (v. 33).
“Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos?
Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?” (15.29).
Parece que em Corinto havia pessoas que eram batizadas a fim de garantir ressurreição de parentes que tinham morrido. Paulo não esta apoiando esta prática, ele usa apenas para ilustrar seu argumento com a própria prática dos coríntios.
Alguns de dentro da igreja já estavam assimilando ideias contra a ressurreição e corrompendo os bons costumes cristãos, isso por causa das más companhias e conversações. Vale muito aquele ditado popular: “Diz-me com quem tu andas e te direi quem és”.
II. O CORPO DA RESSURREIÇÃO
(1Co 15.35-49)
1. Adão e Jesus (1Co 15.48,49)
Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais (15.48).
Nesta passagem, Paulo faz um contraste entre Adão e Cristo. Naturalmente, semelhante a Adão, nascemos com um corpo terrestre, sujeito à morte e aos desgastes fís1Cos. Já em Cristo, na Sua vinda, receberemos o corpo espiritual,
que está isento de qualquer tipo de desgaste fís1Co. Ele será espiritual, celestial e imortal (1Co 15.21-22).
“Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?” (15.35). Os coríntios tinham um bloqueio para compreender a ressurreição dos mortos. Um corpo que já se encontra em decomposição e se incorporou aos elementos de sua origem – o pó da terra – pode ser restaurado, numa natureza gloriosa?
Paulo chama os seus inquiridores de insensatos. Querem ser tão sábios, mas não compreendem a lei primordial da vida vegetal? Uma árvore, para nascer, precisa primeiramente que a semente caia no solo e seja enterrada (morra) para depois germinar e, em seguida, nascer a planta. A semeadura da semente (ou morte da mesma) é a origem de sua germinação, a partir da qual ela se tornará uma planta, um pé de milho, por exemplo, com muitas espigas e milhares de grãos. Existe um nexo cau- sal entre a morte da semente e a sua germinação. Nesse fenômeno da vida temos uma representação do que acontece na ressurreição.
Não deve causar espanto o fato de que nossos corpos, incorporados ao solo, serão ressuscitados em estado glorioso. Deus dará um novo corpo como lhe aprouver dar.
Se todos hão de morrer por causa de um homem – Adão – todos que morrem em Cristo hão de ressuscitar por causa de um homem – Cristo.
Por estarmos unidos a Adão, haveremos de morrer, mas aquele que está unido a Cristo, há de ressuscitar. Paulo poderia, se quisesse, ter dito apenas que para Deus.
2. Carnal versus espiritual
(1Co 15.50)
Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.
Temos um corpo terreno. Se nascemos em um território terreno, é natural absorvemos todas as suas características; já o que é celestial traz consigo as coisas celestiais. Quando nascermos de novo, passaremos a fazer parte do “território celestial”.
Quando Paulo afirma que “carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus”, indica que nossos corpos fís1Cos, por estarem sujeitos à corrupção, não podem adentrar no lugar celestial (Mt 16.17). Isso não significa que não teremos um corpo, mas que herdaremos um novo corpo não sujeito às fraquezas da carne, ou seja, transformado. Um corpo transformado, espiritual, glorificado, imortal. Aleluia!
3. A transformação do corpo
(1Co 15.51)
Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos.
Paulo ressalta que no momento exato da “volta de Jesus” alguns estarão vivos. Aqui, o termo “dormir” é um eufemismo usado para a morte.
A geração que estará viva, esperando a volta de Jesus será transformada e arrebatada sem passar pela morte. Tamanha era a expectativa do retorno de Jesus, que Paulo emprega o termo “nós’; A expectativa de Paulo nos faz refletir e nos inspira a vivermos preparados para a vinda de Jesus a qualquer momento, até mesmo hoje!
III. A RAPIDEZ DA RESSURREIÇÃO
(1Co 15.50-58)
1. Um piscar de olhos (1Co 15.52) Num momento, num abrir e fechar de olhos.
Quando Paulo diz: “Num momento’, quer dizer numa fração de segundo, num piscar de olhos. A última trombeta ressoa, na imitação do comandante, conclamando seu exército para a batalha, os mortos ressuscitarão primeiro e os salvos que estiverem vivos serão transformados.
Aqueles que já morreram em obediência a Deus, desde Adão, ressuscitarão incorruptíveis. Aqueles que estiverem vivos serão transformados, de corpos corruptíveis para corpos incorruptíveis. Quando este corpo assim tornar-se espiritual, o corruptível se revestirá de incor-ruptibilidade e o que é mortal se revestirá de imortalidade. Cumprir- -se-á o que está escrito em Isaías 25.8. “Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o SENHOR falou’’. Ou
seja, a morte foi totalmente vencida, abolida para sempre!
No versículo 55, Paulo cita Oseias 13.14. “Onde está, ó morte, a tua vitória?”. A morte foi aniquilada, não existirá mais. Paulo pergunta onde está o aguilhão (vara longa com ponta de ferro afiada, usada para tanger animais) da morte? O aguilhão da morte é o pecado, que está cheio de veneno infernal. Ele foi também destruído. Ao vencer o pecado, Jesus anulou o que dava poder à morte e ao Diabo (Hb 2.14,15).
2. A última trombeta (1Co 15.52)
Ao ressoar da última trombeta.
No Antigo Testamento a trom- beta tinha vários usos:
1) Como um instrumento litúr- g1Co para convocar Israel ao encontro do Senhor (Êx 19.16-17);
2) Para adorá-lo na Festa das Trombetas (Lv 23.23-25);
3) Anunciar o descanso do ano do jubileu (Lv 25.9);
4) Também era usada para convocar os soldados para batalha (Jz 7.19-23; Jr 4.19).
Essa última trombeta mencionada por Paulo será tocada em breve e levará todo o crente fiel à Jerusalém Celestial.
3. O triunfo sobre a morte
(1Co 15.53-58)
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão (15.58).
Diante do falso ensino e tantas tentações diferentes, a esperança da ressurreição deve incentivar os coríntios a perseverar em sua fé. Paulo sente-se plenamente recompensado em expor aos corín- tios a doutrina da ressurreição.
O apóstolo Paulo termina o seu argumento, fazendo uma gloriosa declaração de gratidão a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo e uma exortação de encorajamento aos irmãos. “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.58).
A razão dessa exortação de en
corajamento é o que está reservado para todos nós. A vida eterna e galardão celestial para os que servem a Deus de modo inabalável e participam abundantemente da sua obra. Naquele dia, teremos recompensa completa.
Nunca deixemos de cultivar a santificação, para manter essa esperança e anseio por esse dia glorioso, quando, na extensão máxima da expressão, a morte será tragada para sempre e milhões de vozes, após o longo silêncio do túmulo, bradarão, de uma vez por todas, a canção triunfante: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (v. 55). Glória a Deus! Maranata! Ora vem senhor Jesus!
APLICAÇÃO PESSOAL
Glória a Deus que nos dá a vitória, por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo para sermos firmes, e constantes e sempre abundantes nesta vida e por fim gozarmos a vida eterna com Jesus, no céu.
RESPONDA
1) Qual seria a decorrência lógica, segundo Paulo, de Cristo não haver ressuscitado?
2) Qual o paralelo entre a união da humanidade com Adão e a união com Cristo?
PR Enaldo Bri
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LIÇAO 13
1CORÍNTIOS16: PLANOS E SAUDAÇÃO FINAL
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em 1Coríntios 16 há 24 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1Coríntios 16.1-24 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Parabéns, inestimável professor! Chegamos à última lição de mais um trimestre. Conclua esta revista, percebendo que o Capítulo 16 do texto em estudo sucede a uma orientação sobre morte e ressurreição Mas, de repente, Paulo trocou de assunto e começou a falar em dinheiro, o que mostra que tantos assuntos escatológ1Cos, a exemplo da última lição, bem como assuntos sobre dons e tantos outros tratados nesta revista, são tão importantes quanto contribuição.
Paulo trabalhava para não ser um peso às igrejas, no entanto ele nunca foi relutante em falar a respeito de ofertas para atender às necessidades da obra e do povo do Deus.
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OBJETIVOS
• Entender o valor da caridade entre os irmãos.
• Saber que o Evangelho genuíno pode “abrir portas” e gerar contenda com o inferno.
• Incentivar a prática dos valores cristãos como: amor, igualdade e renúncia.
PARA COMEÇAR A AULA
Começamos e vamos terminar estas lições interrogando a nossa classe! Pergunte: Quem já desejou que Deus abençoasse os projetos da igreja local? Pergunte também: É melhor dizer: “Deus abençoe” ou “Deus me use para abençoar sua obra”? Deus é espírito, e quando ele quer abençoar algo, comumente, Ele escolhe um corpo e usa-o para ser um instrumento de bênçãos. Ou seja, Ele quer usar as nossas mãos ou nosso esforço para abençoar os projetos da Sua obra.
As ofertas não se limitaram à Lei de Moisés, mas caminharam com a igreja primitiva e devem permanecer com a igreja até Jesus voltar.
RESPOSTAS DA PÁGINA 82
1) A igreja em Jerusalém.
2) Sob a permissão do Senhor.
3) O Senhor vem.

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Liçao
LEITURA ADICIONAL
As comunidades cristãs são mantidas ao longo de gerações por uma sucessão de líderes semelhantes a Cristo. As instruções de Paulo a Timóteo em 2Timóteo 2.2 (que ecoam Êx 18.21) indicam claramente que o processo de discipular, avaliar, incumbir e liberar novos líderes para trabalhar é o sistema correto de transmitir liderança e autoridade dentro da igreja de Cristo. Vemos outra imagem dessa realidade quando Paulo se despede dos presbíteros efésios em Atos 20.13-38. A fé cristã é um chamado para todas as épocas da vida; a opção de nos aposentarmos cedo de nosso trabalho cristão nunca será uma opção.
Oliver Wendell Holmes. Certa vez, Holmes afirmou: “Os homens não param de brincar porque envelhecem; eles envelhecem porque param de brincar”. O mesmo se aplica aos cristãos no tocante a seu chamado e a sua vocação: cristãos idosos não se afastam de sua missão e de seu propósito no reino porque estão cansados e deprimidos; ficam cansados e deprimidos quando se afastam de sua missão e de seu propósito no reino.
Livro: ”1Coríntios” (Preben Vang. Série Comentário Expositivo. Editora Vida Nova – SP, 2018, pág.235).
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Estudada em
LIÇÃO 13
1CORINTIOS 16:
PLANOS E SAUDAÇÃO FINAL
‘ ^ Leitura Bíblica Para Estudo
1Coríntios 16.1-24 Verdade Prática
Ser cristão é seguir as pegadas do Cristo ressurreto, confiando Nele que tem todo o poder nos céus e na terra.
INTRODUÇÃO
I. O VALOR DA SOLIDARIEDADE
1 Co 16.1-3
Texto Áureo
“Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos.” 1Co16.13
1. Ajuda à igreja em Jerusalém 1Co 16.3
2. A urgência da ordem 1Co 16.1
3. O primeiro dia 1Co 16.2
II. OS PLANOS DE PAULO IC0I6.4-12
1. Irei, porém, ter convosco 1Co 16.5-6
2. Longo tempo em Corinto e Éfeso 1Co 16.7-8
3. Uma porta grande se abriu 1Co 16.9
III. CONSELHOS FINAIS 1Co 16.13-24
1. Vigiar e permanecer firme 1Co 16.13
2. Fazer tudo com amor 1Co 16.14
3. Ósculo santo e Maranata 1Co 16.20-24
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 449 – 107
Lição 13 – 1Coríntios 16: Planos e Saudação Final
INTRODUÇÃO
No capítulo anterior, 15, Paulo nos levou às regiões celestiais, falando sobre o arrebata- mento e o que acontece com os que morrem primeiro, mas agora, saímos das nuvens e voltamos para a terra. No capítulo 16, o autor discorre sobre coisas muito práticas do dia a dia da igreja, e inicia falando sobre a coleta para os santos mais necessitados.
I. O VALOR DA
SOLIDARIEDADE (1Co 16.1-3)
A comunidade dos discípulos de Jesus não pode deixar de lado questões relacionadas à obra de caridade. A ênfase na salvação de almas não pode servir como desculpa para fecharmos os olhos à realidade ao nosso redor, principalmente quando os nossos próprios irmãos na fé estão passan-do por necessidades.
Um fator primordial a ser salientado é que a caridade pode não ter relevância na Salvação do homem, porém é um inequívoco resultado e uma verdadeira evidência da salvação e bom teste-munho. 1
1. Ajuda à igreja em Jerusalém
(1Co 16.3)
E, quando tiver chegado, enviarei, com cartas, para levarem as vossas dádivas a Jerusalém, aqueles que aprovardes.
O profeta Ágabo profetizou uma “grande fome por o todo mundo” (At 11.28). Ágabo era um profeta oriundo da região da Palestina que anteviu a perseguição e prisão de Paulo em Jerusalém (At 21.10-11).
Esta fome foi registrada por historiadores como: Tácito, Sue- tônio e Flávio Josefo. Estes relataram que houve uma grande fome que assolou o leste do Mediterrâneo, por volta de 40 d.C.
Em meio a esse caos anunciado, Paulo ergue-se para incentivar os cristãos a realizar caridades e a serem solidários. Essa crise afetou grande parte das igrejas. Os irmãos menos afetados e que gozavam de melhores condições tinham o dever moral de ajudar os seus irmãos mais necessitados.
2. A urgência da ordem (1Co 16.1) Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia.
Na terceira viagem missionária de Paulo, ele se empenhou em coletar o máximo de doações para ajudar os pobres da igreja- -mãe em Jerusalém. Nas igrejas formadas por Paulo, esse gesto estava amadurecendo, o valor da solidariedade entre os cristãos.
A urgência era tamanha que Paulo não só pede, ele praticamente ordena. Ele sabia e reconhecia o valor da caridade e da solidariedade cristã entre as igrejas em quaisquer circunstâncias,
principalmente, neste caso, por se tratar da igreja em Jerusalém. Por isso, tinha urgência e incenti-vava todas as igrejas: Asia Menor, Grécia e Macedonia.
Ninguém era obrigado a participar e muito menos encorajado a dar mais do que podia. A exigência e o estímulo da coleta de doações entre os cristãos era um modo de equilibrar as de-ficiências econômicas entre os crentes em tempo de crise ou escassez (2Co 8.13-15). É por este motivo que o povo de Corinto estava sendo motivado a ajudar os mais necessitados.
3. O primeiro dia (1Co 16.2)
No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperida-de, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for.
Geralmente, no domingo, ou seja, o “primeiro dia da semana”, os fiéis se reuniam e entregavam suas ofertas como forma de agradecimento (At 20.7).
Este dia era muito comemorado pelo acontecimento da ressurreição do Senhor. Por este e outros motivos, os cristãos daquela época se reuniam no primeiro dia da semana para adorar a Deus. . Vemos aqui uma nova característica da Igreja que crescia também, e predominantemente, entre os gentios. No início da Igreja, se reuniam no sábado, porque eram judeus que se converteram ao Evangelho, mas
agora a adoração ganha um novo contorno, o principal culto era no domingo, por causa da ressurreição de Jesus neste dia.
Paulo aproveita o ensejo para sensibilizar o coração dos fiéis a doarem generosamente, conforme a prosperidade de cada um (v. 2). Observemos que é proporcional ao que tinham, segundo a prosperidade dada por Deus a cada um, nada aquém ou além disso. Ele não queria que nenhuma “esforço de última hora” ou oferta mais sacrificial fosse feita após a sua chegada, preferiu re-comendar que fossem se organizando antes e fazendo aos poucos para que quando chegasse, cada um já tivesse uma quantia para ajudar os necessitados em Jerusalém.
Vemos também o cuidado e a transparência com a qual Paulo conduziria a oferta e a entregaria no destino certo, junto com pessoas confiáveis escolhidas pela própria igreja (v. 3,4).
II. OS PLANOS DE PAULO
(1Co 16.4-12)
1. Irei, porém, ter convosco
(1Co 16.5-6)
Irei ter convosco por ocasião da minha passagem pela Macedô- nia, porque devo percorrer a Ma- cedônia (16.5).
Paulo havia projetado que depois de passar pela Macedônia iria à cidade de Corinto. Almejava pas-
sar um longo tempo com os cristãos daquela cidade. Isso porque sabia da necessidade deste povo.
Porém, Paulo sabia que esta visita só poderia ocorrer mediante uma ressalva: “se o Senhor permi-tir” (v. 7), demonstrando dependência total de Deus.
2. Longo tempo em Corinto e Éfeso (1Co 16.7-8)
Porque não quero, agora, ver-vos apenas de passagem, pois espero permanecer convosco algum tempo, se o Senhor o permitir (16.7).
A estada de Paulo em Corinto foi um período longo de dezoito meses (At 18.10,11), só superado pelo tempo que f1Cou em Éfeso, onde o apóstolo se demorou por três anos (At 20.31). Logo, isto lhe proporcionou um ministério profícuo e a oportunidade de efetuar um grande trabalho, o qual prosperou fazendo de Corinto um dos mais importantes centros cristãos da igreja primitiva.
Com os cristãos de Corinto, Paulo manteve uma das mais efusivas relações epistolares, destinando a eles pelo menos três epístolas, uma das quais nos é desconhecida (1Co 5.9).
Foi em Corinto que Paulo escreveu a carta aos Romanos, e a 1â e 2â Tessalonicenses.
3. Uma porta grande se abriu
(1Co 16.9)
Porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e
há muitos adversários.
“Uma porta grande” se refere aos grandes feitos de Deus através das viagens missionárias de Paulo, principalmente da terceira viagem (cf. At 19).
Um destes feitos está registrado em Atos 19, quando Paulo impôs as mãos sobre alguns dos moradores de Éfeso e estes foram batizados no Espírito Santo e falaram em outras línguas (At 19.6). Como parte do povo de Éfeso aceitara a Cristo como salvador, houve uma grande revolta dos adoradores da deusa Diana. Os ourives fabricantes de imagens foram esses grandes adver-sários que se levantaram contra Paulo e o Evangelho de Jesus que estava sendo anunciado na cidade de Éfeso (At 19.8-41).
III. CONSELHOS FINAIS
(1Co 16.13-24)
1. Vigiar e permanecer firme
(1Co 16.13)
Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos.
Paulo recomenda aos irmãos de Corinto que permanecessem vigilantes e firmes. Nos tempos bíbl1Cos o termo vigiar tinha muita relevância. A expressão “vigiar” significa literalmente “manter a luz acesa”. Jesus afirma que somos “a luz do mundo” (Mt 5.14). E, nestes momentos difíceis, nos quais as trevas têm se alastrado
por toda parte, temos que nos erguer como “luz”. O prêmio por andar na luz é não ser pego de sur-presa no dia da volta do Senhor (1Ts 5.4; Mt 25.6-13).
Outro conselho de Paulo foi para que o povo estivesse firme na fé. Alguns poderiam pensar: “Mas a fé não é algo abstrato? Como, pois, se firmar nela?”. Não é bem assim. ‘A fé é o firme fundamento” (Hb 11.1, ARC), e o seu fundamento é o próprio Jesus (1Co 3.11).
É por isso que a fé, algumas vezes, manifesta-se como concreta, quando nossas ações demonstram nossa confiança Nele. Um exemplo disso ocorre quando Jesus vê os quatro homens que levavam um paralít1Co até Ele em Cafarnaum: “Vendo-lhes a fé” (Mc 2.5). Jesus viu a fé daqueles homens pela atitude que estavam tomando, ao levar o seu amigo doente até Ele.
Será que, se Jesus olhar para as suas ações, poderá ver também a sua fé?
2. Fazer tudo com amor
(1Co 16.14)
Todos os vossos atos sejam feitos com amor.
O amor é parte fundamental para o serviço na obra do Senhor. Nenhum serviço para Deus deve ser realizado por imposição ou qualquer outra motivação que não seja amor. O próprio Paulo já havia falado que “se não tivesse amor”, nada aproveitaria. (1Co 13.1).
3. Ósculo santo e Maranata
(1Co 16.20-24)
Todos os irmãos vos saúdam. Sau- dai-vos uns aos outros com ósculo santo (16.20)
Nos dias atuais é comum saudarmos uns aos outros com aperto de mãos e abraços. Naqueles tempos, porém, o gesto comum de saudação era o “ósculo santo”, literalmente, um beijo no rosto. Esse exemplo foi referido por Jesus (Lc 7.45) e usado na parábola do “filho pródigo”. A Bíblia diz que o pai “correndo, o abraçou, e beijou” (Lc 15.20). Atualmente nós usamos o aperto de mãos, di-zendo: “A paz do Senhor!”.
“Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata! A graça do Senhor Jesus seja convosco. O meu amor seja com todos vós, em Cristo Jesus” (v. 22,23). Nas últimas palavras de Paulo, ele emprega o termo “Maranata”. Este termo é de origem aramaica, e se traduz como: “O Senhor Vem”. Este termo está relacionado ao arrebatamento, o dia que Jesus virá para buscar a Sua igreja.
Ao utilizar esta palavra, o apóstolo Paulo estava incentivando a igreja a viver uma vida de vigilân-cia. O povo de Corinto não poderia viver uma vida descuidada e, ao mesmo tempo, esperar ser arrebatado e encontrar-se com o Senhor.
Há grande semelhança entre o final desta carta e as últimas palavras da Bíblia, no Apocalipse: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20,21).
E assim, Paulo conclui a carta, assinando-a com seu próprio punho, e afirmando: Maranata!, Ou seja: “Nós acreditamos que Jesus ressuscitou dentre os mortos e há de voltar”. Isto significa que o Evangelho mostra toda uma nova realidade de vitória sobre a morte e o pecado. Não é apenas um conselho moral ou uma receita de espiritualidade pessoal.
É por causa da ressurreição de Jesus e da certeza da Sua vinda que temos razão para viver unidos como Igreja Dele, com integridade. Moral e sexual. É a fonte de energia para amar outras pessoas mais do que a nós mesmos e, em última análise, é a nossa vitória sobre o pecado e a morte. Juntos dizemos: Marana- ta! Vem, Senhor Jesus!
APLICAÇÃO PESSOAL
Somos incentivados a permanecer firmes em todo o tempo e, principalmente, quando a nossa fé e valores cristãos são desafiados ao interagirmos com o mundo. Maranata! Vem, Senhor Jesus!
RESPONDA
1) Para qual igreja Paulo ordeou a coleta de uma oferta em Corinto?
2) Sob qual condição Paulo desejava visitar a Igreja em Corinto?
3) O que significa o termo “Maranata”?
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FYpmisçào Individual nu çoíetiva pela condusJü da copia manuscrita do Antigo ou do Novo Testementü.
OURO
Pramiaçâo rntfcviduar ou coletiva pela cgnclueào
da aápi.s manuscrita lIa
Bíblia completa.
DIA DA BÍBLIA
2a DOMINGO DE DEZEMBRO
Celebre o Dia da Bíblia honrando com um diploma quem concluir a leitura completa da Bíblia e com uma medalha os que produziram a cópia Manuscrita da Bíblia.
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