ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Gênesis 15,16 e 17 há 21,16 e 27 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Gênesis 15.1-21 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Caro(a) professor(a), hoje você deverá destacar a fidelidade de Deus para com aqueles que o servem com desprendimento e fé. Abraão viveu entre perigos, mas logo Deus declarou ser o seu escudo; estava velho e não tinha herdeiros, mas logo Deus lhe garantiu uma descendência. Mostre aos alunos que as promessas se cumprem no tempo de Deus e que, viver sob as próprias escolhas e decisões trouxe duras consequências para Abraão e para toda a sua descendência. Precisamos observar que Deus não mudou os planos que queria realizar através de Abraão, antes o corrigiu e o transformou. Precisamos somente de Deus, como Abraão. Como cristãos, nosso sinal de Aliança com Deus é o Espírito que governa a Igreja.
OBJETIVOS
• Apontar o cuidado de Deus como digno de nosso reconhecimento.
• Ressaltar a importância de evitar atalhos e desvios em nossa caminhada com Deus.
• Encorajar o exercício de fé na providência divina.
PARA COMEÇAR A AULA
Professor(a), comece sua aula com uma pergunta: se Abraão creu nas promessas, quais as nossas promessas, para que também creiamos? Claro que Deus tem planos para todos nós, cada um deve buscar tal intimidade com Ele a ponto de discernirmos a comissão que nos cabe no projeto divino de redenção. Contudo, há nas Escrituras todas as máximas promessas nas quais devemos crer e todo o padrão moral que devemos praticar para que Deus seja um escudo também para nós, que professamos a mesma fé de Abraão.
RESPOSTAS
1) Ismael.
2) Pai de uma multidão.
3) 99 anos.
Lição 9 – Gênesis 15 a 17: A Bênção de Deus Sobre Abraão
LEITURA ADICIONAL
Deus garantiu a Abraão a segurança e a felicidade, que ele estaria sempre a salvo. O Senhor lhe disse: “Eu sou o teu escudo”; ou ainda, é como se dissesse: “Eu sou para ti um escudo, presente contigo, que cuido de ti de forma muito real”. A consideração de que o mesmo Deus é e sempre será um escudo para o seu povo, para colocá-lo em segurança em relação a todos os seus males, um escudo disposto para eles e um escudo ao redor deles, deveria silenciar todos os temores que atormentam e confundem.
Ainda que jamais devamos nos queixar “de” Deus, temos permissão para nos queixar “a” Ele, e expressar em sua presença todas as nossas aflições. É consolador para um espírito carregado apresentar o seu caso a um amigo fiel e compassivo. A queixa de Abraão era por não ter um filho, e que provavelmente jamais teria um. A falta de um filho era um problema tão grande para ele que lhe tirava toda a consolação. (…)
Deus deu a Abraão a promessa de conceder-lhe um filho. Os cristãos podem crer em Deus a respeito das preocupações cotidianas da vida; porém, a fé pela qual são justificados sempre se refere à pessoa e à obra de Cristo. Abraão creu que Deus lhe prometera o Cristo, e os cristãos crêem que Cristo ressuscitou dentre os mortos (Rm 4.24). Pela fé em seu sangue alcançaram o perdão dos pecados.
Livro: Comentário bíblico de Mathew Henry (4a ed – Rio de Janeiro, CPAD, 2004, pgs. 53-54).
LIÇÃO 9 – GÊNESIS 15 a 17: A BÊNÇÃO DE DEUS SOBRE ABRAÃO
Texto Áureo
“Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade.” Gn 15.5
Verdade Prática
A presença e a companhia de Deus nos trazem segurança na caminhada.
Estudada em 27 de fevereiro de 2022
Leitura Bíblica Para Estudo Gênesis 15.1-21
INTRODUÇÃO
I. PREOCUPAÇÕES DE ABRAÃO Gn 15.1-7
1. Sua segurança Gn 15.1
2. Seu herdeiro Gn 15. 4
3. Sua terra Gn 15.7
II. UM DESVIO TRÁGICO Gn 16.2-5
1. Impaciência gera problemas Gn 16.2
2. Os arranjos humanos Gn 16.3
3. Consequências das escolhas Gn 16.5
III. UM NOVO NOME Gn 17.1-21
1. Uma nova teofania Gn 17.1
2. O sinal da Aliança Gn 17.10
3. Chegou o tempo Gn 17.21
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 126 – 380
INTRODUÇÃO
Veremos na presente lição três capítulos que retratam a fidelidade e o cuidado de Deus, bem como a diferença que a fé autêntica faz na vida de uma pessoa.
I. PREOCUPAÇÕES DE ABRAÃO (Gn 15.1-7)
Depois de uma batalha da qual saiu vitorioso e após entregar o dízimo (Gn 14.20) a fim de demonstrar sua gratidão e seu reconhecimento a Deus pelas bênçãos recebidas, Abraão tem uma nova experiência com Deus e nela suas preocupações são tratadas pelo Senhor.
1. Sua segurança (Gn 15.1)
“Depois destes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande.”
Abraão vive como peregrino num território hostil e em uma época na qual era comum povos e clãs dominarem outros. Será que os reis do capítulo anterior poderíam voltar com reforços? Talvez por isso ele temeu. Não sabemos os detalhes, mas o texto relata que Deus dirige-se ao seu servo com a encorajadora promessa: “Não temas, Abrão, EU SOU o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande”. Para que serve um escudo? Que segurança caminhar na vida sabendo que Deus é quem nos protege. Nenhuma segurança é tão efetiva como a que Deus nos proporciona. Há um remédio eficaz para o nosso medo: lembrar a nós mesmos quem é o nosso Deus. O “EU SOU” de Deus é perfeitamente oportuno quando o homem diz: “eu não sou”.
Se olharmos para quem somos, fatalmente ficaremos desanimados; contudo, quando olhamos para Deus, somos encorajados.
2. Seu herdeiro (Gn 15. 4)
“A isto respondeu logo o Senhor, dizendo: Não será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro.”
Abraão está dialogando com Deus. Então, abre seu coração dizendo que não tinha herdeiros e que um servo seu ficaria com tudo. Eles estavam envelhecendo e o seu tempo de vida parecia se esgotar. Então diz: “continuo sem filhos”. É como se dissesse: “nada mudou desde que o Senhor falou comigo”. Quem nunca teve essa sensação? Deus falou, mas o tempo vai passando, os dias parecem escorrer por entre os dedos e nada parece acontecer. Deus então garante a Abraão que seus descendentes seriam tantos que ninguém poderia contá-los, assim como as estrelas do céu não podem ser contadas.
Na primeira vez, Deus usou a imagem do pó da terra (13.16), agora usa a imagem das estrelas. W. Wiersbe diz que “quer Abraão olhasse para baixo e visse o pó da terra, quer olhasse para cima e visse as estrelas, iria lembrar-se da promessa de Deus e confiar. O Novo Testamento mostra que a promessa não se referia apenas a uma descendência hereditária, pois através daqueles que têm a mesma fé de Abraão haveria também uma descendência espiritual.
A afirmação “Ele creu no Senhor e isso lhe foi imputado para justiça” é uma das mais importantes de toda a Bíblia, pois deixa claro que a fé, e não as obras, foi o meio pelo qual vieram as bênçãos na vida de Abraão (Gn 15.6, Rm 4.3; G13.6; Tg 2.23).
3. Sua terra (Gn 15.7)
“Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra.”
Deus tem uma herança para Seu servo: a terra que Deus o mandara percorrer e pela fé tomar posse, um dia seria dele (13.17). Abraão poderia estar preocupado com isso, o que se justificaria depois, pois, quando finalmente chegou ao seu destino, percebeu que Canaã não era uma terra sem habitantes ou sem dono, já que os cananeus moravam lá e Abraão era apenas um nômade sem experiência de guerras. Sua pergunta é cheia de sinceridade: “como?” (15.8).
Deus não tem problemas com nossas perguntas sinceras, Ele não repreende nem condena Abraão por sua pergunta; antes, confirma a promessa através de uma Aliança notável à época e ainda hoje (15.9-14). Por fim, promete que ele teria uma vida longa e uma velhice feliz. Curio
samente Abraão, durante toda a sua vida, comprou somente a terra usada por ele para sepultar sua esposa Sara. De papel passado, como diriamos hoje, essa foi sua única herança em vida, o resto ele tomou posse pela fé e se tornou um modelo para o cristão que peregrina para uma terra futura (Hb 11.9-10).
II. UM DESVIO TRÁGICO (Gn 16.2-5)
Uma das maiores lições desse tópico é que a vontade de Deus precisa cumprir-se do jeito Dele e no tempo Dele. Qualquer ato contrário à vontade divina trará sérios problemas.
1. Impaciência gera problemas (Gn 16.2)
“Disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai.”
Ninguém gosta de esperar. Toda espera é dolorosa, mas a impaciência costuma gerar frutos amargos. Já haviam decorrido 1O anos desde a chegada de Abraão a Canaã. Parece que o desespero tomou conta do co-ração de Abraão e Sara. O resultado foi o primeiro relato de “barriga de aluguel” da história. Com 85 anos, Abraão ainda tinha muito a aprender, isso nos mostra que a maturidade espiritual também exige tempo. Esperar pode ser difícil, mas é melhor do que nos precipitarmos e errarmos. Erram os que dizem que Deus tem pressa. Não, não tem. Ele tem tudo sob controle. Seus planos não possuem remendos ou falhas.
2. Os arranjos humanos (Gn 16.3)
“Então, Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, depois de ter ele habitado por dez anos na terra de Canaã.”
Sara tinha uma sugestão para ajudar Deus, já que Ele parecia não cumprir Sua promessa e o tempo estava contra eles: oferecer sua serva egípcia a Abraão para que, através desta, fosse gerado um herdeiro. Uma vez que Agar era escrava, o filho que ela gerasse com Abraão pertencería, por direito, a Sara.
“E Abrão anuiu ao conselho de Sarai.” É sempre bom ouvir a esposa, mas aqui Abraão cometeu um grave erro. Deixarmos de ouvir a voz de Deus para ouvirmos a voz de pessoas que, mesmo bem intencionadas, não estão em sintonia com a vontade divina será sempre um erro e um perigo. Fica claro que Abraão e Sara erraram, não por descrerem na promessa, mas por achar que poderíam decidir eles mesmos a forma pela qual se cumpriria. A opção de Abraão foi buscar caminhos alternativos e ajudar Deus no cumprimento da Sua promessa, mas Deus não pediu isso. Ele não precisa de nossos arranjos. Atalhos humanos geralmente custam caro e nos fazem gastar mais tempo do que seria necessário se, tão somente, nos adequássemos ao projeto de Deus.
3. Consequências das escolhas (Gn 16.5)
“Disse Sarai a Abrão: Seja sobre ti a afronta que se me faz a mim. Eu te dei a minha serva para a possuíres; ela, porém, vendo que concebeu, desprezou- -me. Julgue o Senhor entre mim e ti.”
Já vimos que a decisão de Abraão e Sara não estava em harmonia com os planos de Deus, mas também não frustrou Seus planos. Deus não aborta Seus projetos por causa de nossas falhas, mas também não nos livra das dores de cabeça que colheremos. O primeiro problema surge em forma de conflito familiar, quando Sara passa a se sentir desprezada por Agar. Ela en-tão joga toda a culpa no colo de Abraão, embora a iniciativa tenha partido dela: “Por sua culpa Agar me despreza. Que o Senhor julgue quem é o culpado, se é você ou se sou eu!” (16.5 BLH).
Todos nós somos livres para escolher, mas não somos livres para escolher as consequências, inevitáveis, das nossa escolhas. As dores de cabeça que advieram dessa decisão de Abraão perduram até hoje, atingindo seus descendente através da história. Aquilo que hoje nós chamamos de conflito árabe-israelense começou com um vacilo de fé.
III. UM NOVO NOME (Gn 17.1-21)
Deus muda o nome do casal. Apesar das imperfeições de Abraão Deus continua Seu projeto. Que alento saber disso. O ser humano facilmente desiste de tudo, mas Deus não é assim.
1. Uma nova teofania (Gn 17.1)
“Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.”
Teofania é o nome que a teologia dá para uma revelação ou manifestação sensível da glória de Deus isso é exatamente o que ocorre quando o Criador se revela a Abraão como o Deus Todo-poderoso (“El-Shadday”). Um especialista em hebraico explica que uma tradução bem literal dessa expressão seria “O Deus que é suficiente”, ou o “Deus que basta”. Abraão tentara resolver as coisas por si mesmo, mas, depois de 13 anos, Deus lhe aparece e diz: “tudo que você precisa é de mim”. A expressão “El-Shadday contrasta claramente o poder de Deus com a fraqueza humana. Todas as vezes que essa expressão surge sempre está associada a uma situação ou estado de desalento e fraqueza humanos (Gn 28.3; 35.11; 43.14).
A grande lição aprendida aqui é que precisamos nos manter fiéis, mesmo quando Ele parece silente.
Passaram-se 13 anos desde a última vez em que Deus se revelara a Abraão, o qual trilhou um caminho alternativo ao que Deus lhe havia prometido. ‘Anda na minha presença e sê perfeito” foi um convite a Abraão para que retornasse ao caminho da vontade do Deus Todo-poderoso. Somos perfeitos enquanto andamos na presença de Deus.
2. O sinal da Aliança (17.10)
“Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua des-cendência: todo macho entre vós será circuncidado.”
A aliança era a mesma feita antes, mas agora com o acréscimo da circuncisão como um sinal e uma marca no corpo. Chamam a atenção duas expressões “quanto a mim” (v. 4) e “quanto a ti” (v. 9), pois referem-se aos compromissos de cada uma das partes. O compromisso de Abraão era obedecer e circuncidar todos os homens de sua casa e seus descendentes. Quanto ao compromisso de Deus este consiste na Sua fidelidade a Israel, povo escolhido para sempre, por graça e vontade soberanas (Dt 7.6-11).
Neste capítulo Deus diz 12 vezes “farei, estabelecerei, dar-te-ei…” e, semelhantemente, repete a expressão “minha aliança” nove vezes (17. 2,4,7,9,10,13,14,19,21), O acordo era simples: quem tivesse a circuncisão estava inserido no pacto; quem não a tivesse estaria fora (vs 14), A ligação entre a circuncisão e o pacto era tão grande que o termo “incircunciso” se tornou sinônimo de pagão ou sem temor de Deus. Obediência não é op-cional, se queremos andar com Deus. Isso é tudo que Deus pede a Abraão.
Vejamos três observações finais: a) A circuncisão nunca foi pretendida por Deus como um meio de salvação pois esta ocorre pela fé (Rm 4.9-12); b) Em Cristo, a verdadeira circuncisão é a “circuncisão do coração” (Rm 2.28,29); cj O selo da salvação do cristão não é uma marca no corpo, como no judaísmo, mas a presença do Espírito Santo no seu interior (Ef 1.13).
3. Chegou o tempo (Gn 17.21)
“A minha aliança, porém, estabelecê-la-ei com Isaque, o qual Sara te dará à luz, neste mesmo tempo, daqui a um ano.”
Deus garante (de novo) o cumprimento da promessa mudando o nome de Abrão (pai elevado) para Abraão (pai de multidão). Ele agora está com 99 anos e 24 anos se passaram desde que a promessa de um filho herdeiro fora feita. Os corpos do patriarca e de sua esposa já estavam amortecidos pela idade, mas chegara o tempo de Deus. Estranhamente, Deus parece fazer as coisas de um jeito e no momento que julgamos os mais improváveis, pois suas ações não são limitadas como as nossas, sendo Ele soberano para cumprir Sua Palavra e tornar possível aquilo que para nós é impossível.
APLICAÇÃO PESSOAL
Os constantes diálogos entre Deus e Abraão provam o frequente relacionamento mantido entre eles. O mesmo é assegurado a nós, através da Aliança firmada em Cristo.
RESPONDA
1) Qual o nome da criança gerada através de Agar?
2) Qual o significado do nome “Abraão”?
3) Quantos anos tinha Abraão quando Deus ordenou a circuncisão?
COMENTÁRIOS:
14.4-16 – Quem foi Quedorlaomer e por que ele foi tão importante?
No tempo de Abrão, a maioria das cidades possuía seus próprios reis, e eram comuns as guerras e rivalidades entre estes. Uma cidade conquistada pagava imposto ão rei vitorioso. Nada se sabe a respeito de Quedorlaomer exceto o que lemos na Bíblia, mas aparentemente ele era muito poderoso. Cinco cidades, incluindo Sodoma.
haviam pago impostos a ele durante 12 anos. Quando as cinco cidades fizeram uma aliança e se negaram a pagar os impostos, Quedorlaomer reagiu rapidamente e reconquistou todas elas.
Ão derrotar Sodoma, foram capturados Ló, sua família e seus pertences.
Abrão, com apenas 318 homens, desafiou o exército de Quedorlaomer e o atacou próximo a Damasco. Com a ajuda de Deus, ele os derrotou e resgatou Ló, sua família e pertences.
14.12 – A ganância de Ló levou-o a vizinhanças pecaminosas. Seu ardente desejo de posses e sucesso lhe custaram a liberdade e a satisfação. Como cativo de Quedorlaomer, Ló enfrentou a tortura, a escravidão, e quem sabe quase viu a morte. Da mesma forma, também podemos ser tentados a fazer coisas ou ir a lugares que não devemos. A prosperidade que almejamos é fascinante; pode tanto nos tentar quanto escravizar caso nossos motivos não estejam de acordo com a vontade de Deus.
14.14-16 – Estes incidentes demonstram duas características de Abrão:
(1) possuía coragem vinda de Deus. Ao enfrentar um poderoso inimigo, ele atacou: (2) estava preparado. Reservou tempo para treinar seus homens para um conflito em
potencial. Nunca sabemos quando seremos chamados para realizar tarefas difíceis. Assim como Abrão, devemos estar preparados e pedir coragem a Deus para quando estes momentos chegarem.
14.14-16 – Quando Abrão soube que Ló estava cativo, imediatamente tentou resgatar o sobrinho. Seria mais fácil e seguro não se envolver, mas com Ló em sérios problemas, Abrão agiu rapidamente. Algumas vezes e preciso envolver-se em uma situação complicada ou dolorosa para ajudar alguém. Devemos estar dispostos a ajudar imediatamente quando as pessoas precisarem de nossa ajuda.
14.18 – Quem foi Melquisedeque? Certamente tratava-se de um homem temente a Deus, pois seu nome significa “rei justo’ e “rei de Salem” significa “rei da paz”. Melquisedeque foi chamado de “sacerdote do Deus altíssimo” (Hb 7.1,2). Ele reconhecia que Deus era o Criador dos céus e da terra. O que mais se sabe sobre ele? Quatro principais teorias foram sugeridas: (1) Melquisedeque era respeitado como rei da região. Abrão apenas demonstrou-lhe o respeito devido; (2) O nome Melquisedeque poderia ser um título dado a todos os reis de Salem;
(3) Melquisedeque era um tipo de Cristo (Hb 7.3). Um tipo e um acontecimento ou ensinamento do AT tão proximamente relacionado as realizações de Jesus que ilustra
uma lição sobre Cristo; (4) Melquisedeque era o aspecto terreno da pro-encarnação de Cristo em uma forma corpórea temporária.
14.20 Abrão entregou dez por cento dos bens que havia recobrado a Melquisedeque. Mesmo em algumas religiões pagãs, fazia parte da tradição dar dez por cento do ganho para os deuses. Abrão seguiu a tradição aceitável; no entanto, recusou-se a se apropriar de quaisquer bens do rei de Sodoma.
Embora esta enorme soma significasse o aumento do que poderia ter dado ao Senhor, ele escolheu rejeitá-los pelo mais importante de todos os motivos — Abrão não queria que o ímpio rei de Sodoma dissesse: “Eu enriqueci a Abrão”, mas: “Deus enriqueceu a Abrão”. Neste caso. a aceitação dos presentes teria direcionado
a atenção de todos para Abrão ou para o rei de Sodoma, e não para Deus. que havia dado a vitória. Quando as pessoas nos olham, precisam ver o que Deus tem feito em nossas vidas.
15.1- Por que Abrão sentiria medo? Talvez temesse uma vingança dos reis que acabara de derrotar (14.15). Deus lhe deu dois bons motivos para ter coragem: (1) Ele prometeu proteger Abrão, e (2) prometeu-lhe uma grande recompensa.
Quando você sentir medo quanto ao futuro, lembre-se que Deus estará com você nos
momentos difíceis e que Ele lhe prometeu grandes bênçãos.
15.2,3 – Eliezer era o servo de Abrão de maior confiança, trabalhando como administrador. De acordo com o costume da época, caso Abrão morresse sem filhos, seu servo mais velho tornar-se-ia seu herdeiro. Embora amasse seu servo. Abrão queria um filho para perpetuar sua linhagem.
15.5 – Deus não prometeu riquezas ou fama a Abrão; ao contrário, prometeu descendentes como as estrelas no céu ou como os grãos de areia na praia (22.10) – numerosos demais para se contar. Para apreciar o vasto número de estrelas espalhadas no céu, você precisa livrar-se de qualquer distração. Apanhe um bocado
de areia e tente contar os grãos — é simplesmente impossível!
Exatamente quando Abrão perdia as esperanças de ter um herdeiro. Deus lhe prometeu um número de descendentes inimaginável. As bênçãos de Deus vão além do nosso entendimento!
15.6 – Embora Abrão viesse demonstrando sua fé pelas ações, foi a fé no Senhor, e não suas ações, que o fez justo diante de Deus (Rm 4.1-5). Nos, também, podemos ter um relacionamento com Deus através da confiança nEle. Nossas atitudes externas
— frequência na igreja, orações, boas obras — não nos justificarão diante de Deus. Um relacionamento correto e baseado na fé — a confiança interior de que Deus é quem Ele diz ser e que irá cumprir todas as suas promessas. As ações corretas virão
naturalmente como consequência.
15.8 – Abrão buscava a confirmação e segurança de estar fazendo a vontade de Deus. Também buscamos confirmação quando pedimos a Deus direção, mas podemos ter certeza de que tomamos a decisão certa ao agirmos de acordo com a Palavra de Deus. Abrão não tinha a Bíblia, nós a temos.
15.13,14 – O livro de Êxodo nos conta a história da escravização e a miraculosa libertação dos descendentes de Abrão.
15.16 – Os amonitas eram uma das nações que viviam em Canaã, a terra que Deus prometera a Abrão. Deus sabia que essas pessoas se tornariam cada vez mais perversas e algum dia precisariam ser punidas. Parte da punição incluiria a sua expulsão da terra de Canaã e a entrega desta aos descendentes de Abrão. Em sua misericórdia, Deus estava concedendo aos amonitas tempo suficiente para se arrependerem, porem Ele já sabia que isto não aconteceria. No momento certo, aquele povo teria de ser punido. Tudo o que Deus faz e de acordo com o seu caráter. Ele e misericordioso, sabe todas as coisas e age com justiça — e o seu tempo e perfeito.
15.17 Por que Deus deu esta estranha visão a Abrão? O pacto entre Deus e Abrão era sério. Ele representava uma incrível promessa de Deus e uma enorme responsabilidade para Abrão. Para confirmar sua promessa. Deus concedeu a Abrão um sinal — um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo. O fogo e a fumaça representam a santidade de Deus. seu zelo por justiça e seu julgamento para todas as nações. Deus tomou a iniciativa, deu a confirmação e cumpriu suas promessas. O ato de passar entre os pedaços era uma visível garantia para Abrão de que o pacto de Deus com ele era real.
16.1-3 – Sarai entregou Agar a Abrão como esposa substituta, uma pratica comum naquele tempo. A mulher casada que não tivesse filhos era envergonhada pelas outras mulheres e costumava entregar uma serva ao marido a fim de produzir herdeiros.
As crianças nascidas dos servos eram consideradas filhos da esposa. Abrão agia de acordo com o costume da época, mas sua atitude demonstrou falta de fé no cumprimento da promessa de Deus.
16.3 – Sarai buscou problemas para si quando deu Agar a Abrão. Assim como Abrão, Sarai teve dificuldade em crer na promessa de Deus que era direta e especificamente para ela e Abrão. A sua falta de fé causou-lhe uma série de problemas, o que invariavelmente ocorre quando alguém tenta passar à frente de Deus, com o intuito de fazer a promessa dEle se cumprir através dos esforços próprios, não alinhados com direções especificas. Neste caso. o tempo foi a maior prova para testar a disposição de Abrão e Sarai de permitir que Deus trabalhasse em suas vidas. Algumas vezes, nos também precisamos apenas esperar.
Quando pedimos qualquer coisa a Deus e precisamos aguardar, somos tentados a tomar os problemas em nossas próprias mãos e interferir nos planos de Deus. 16.5 – Embora Sarai tivesse sugerido a Abrão ter um filho de Agar. mais tarde ela o culpou pelos resultados. E sempre mais fácil acusar outra pessoa do que admitir os próprios erros e pedir perdão. {Adão e Eva fizeram o mesmo; 3.12,13.)
16.6 • Sarai irritou-se com Abrão. mas descontou a raiva em Agar. e seu tratamento foi duro o suficiente para fazer com que esta fugisse. A raiva pode ser perigosa, especialmente quando provém de nossas falhas.
16.8,9 – Agar estava fugindo de sua senhora e do problema. O anjo do Senhor deu-lhe aviso para (1) retornar para Sarai, a causa do problema, e (2) humilhar-se diante dela. Agar precisava melhorar sua atitude com relação a Sarai, não importava quanto justificável sua atitude pudesse ser. Fugir dos problemas raramente trará solução.
O certo e enfrenta-los. aceitar a promessa de Deus quanto ao seu auxilio, corrigir nossas atitudes e agir da forma correta.
16.13 Vimos três pessoas cometerem sérios enganos: (1) Sarai, que tentou resolver o problema por si mesma e deu sua serva a Abrão; (2) Abrão. que concordou com o plano. mas. Quando as circunstancias se tornaram desfavoráveis, recusou-se a ajudar
a resolver o problema; e (3) Agar, que fugiu do problema. A despeito desta situação confusa, Deus demonstrou sua habilidade de trabalhar em todas as coisas para o bem (Rm 8.28). Sarai e Abrão ainda tiveram o filho que desejavam tão desesperadamente, e Deus resolveu o problema de Agar apesar da recusa de Abrão em envolver se. Nenhum problema e tão complicado para Deus se você está disposto a permitir que Ele o ajude.
17.1 O Senhor disse a Abrão: “Eu sou o Deus Todo poderoso; anda na minha presença e sê perfeito”. Deus tem a mesma mensagem para nós hoje. Precisamos obedecer ao Senhor em todos os aspectos, pois Ele c Deus – o isto c razão suficiente. Se você pensa que os benefícios da obediência não valem a pena, considere quem o Deus – o único com poder e habilidade para satisfazer cada uma de nossas necessidades.
17.2-8 – Por que Deus repetiu seu pacto com Abrão? Por duas
ve/es, Ele havia mencionado este acordo (Gn 12; 15}. Aqui, no
entanto, Deus estava focalizando o pacto e preparando a sua
execucão. Ele revelou a Abrão varias partes especificas deste
pacto: (1) Deus daria a Abrão muitos descendentes; (2) muitas
nacoes descenderiam dele; (3) Deus manteria seu pacto com os
descendentes de Abrão; e (4) daria ãos descendentes de Abrão
a terra de Canaa.
17.5 Deus mudou o nome de Abrão para “Abraão” (“pai de numerosas
nacoes”), pouco antes da concepcão do filho prometido.
Deste momento em diante, a Biblia o chama de Abraão.
17.5-14 Deus estava fazendo um pacto, ou contrato, com
Abraão. Os termos eram simples: Abraão teria de obedecer a
Deus e circuncidar todos os machos em sua casa. A parte de
Deus seria dar a Abraão herdeiros, propriedade, poder e riqueza.
A maior pane dos contratos costumam ser um pouco mais
negociados: damos algo e recebemos em troca algo de igual valor;
mas, quando nos tornamos parte do pacto familiar de Deus,
as bênçãos que recebemos sobrepujam a nossa parte.
17.9,10 – Por que Deus requereu a circuncisão? (1) Como sinal
de obediência a Ele em todos os aspectos. (2) Como sinal de
pertencer ao povo com quem Deus fizera um pacto Uma vez
circuncidado, não havia retomo; o homem seria identificado como um judeu para sempre. (3) Como símbolo de “tirar” a velha
vida de pecado, purificando o coração e dedicando a si
mesmo a Deus. (4) Possivelmente, como indicador de prosperidade.
A circuncisão, acima de tudo. separava o povo de Deus
de seus vizinhos pagãos. Nos dias de Abraão, isto era essencial
para desenvolver a pura adoração ão verdadeiro Deus.
17.17-27 – Como Abraão pode duvidar de Deus? Parecia inacreditavel
que ele e Sara. em idade avancada, pudessem ter um filho.
Abraão, o homem considerado justo devido a sua fe, teve
problemas para acreditar na promessa de Deus. No entanto, a
despeito de suas duvidas. Abraão obedecou ãos mandamentos
de Deus (17.22-27). Mesmo as pessoas de grande fe podem
passar por momentos de duvida. Ouando Deus parece querer o
impossivel e voce comeca a duvidar de sua iideranca, e melhor
agir como Abraão Pense no compromisso de Deus em cumprir
suas promessas em sua vida. e então continue a obedecer. 17.20 – Deus não se esqueceu de Ismael. Embora este não fosse
herdeiro de Abraão. ele tambem viria a ser pai de uma nacão
grande. Apesar das circunstancias. Deus não esqueceu voce.
Obedeca-o e confie em seu plano.