Lição 13 – Tiago 5: Injustiça Social, Paciência e Oração do Justo

OBJETIVOS

  • Orientar acerca das injustiças sociais,
  • Elencar os exemplos de paciên­cia.
  • Exortar a Igreja às práticas pie­dosas.

 

 

PARA COMEÇAR A AULA
Uma boa estratégia é iniciar a aula falando do quanto a oração é uma operação prática que per­mite ao crente dirigir-se a Deus pela mediação de Jesus Cristo. Precisamos entender que orar não é ato mecânico feito apenas para cumprir liturgia, mas uma comunicação efetiva com Jesus. Pela oração somos dotados da paciência para aguardar a volta de Cristo em meio às provações. Oração e fé prática geram uma vida sem desonestidade e injus­tiças, vida de serviço e cuidado dedicados aos irmãos.

 

RESPOSTAS

1)        Os ricos opressores.

2)        Profeta Isaías.

3)        Chuvas temporãs e serôdias ou chuvas do outono e chuvas da primavera.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Olá, professor(a)! A carta de Tiago tem nos ensinado a paciên­cia com a fraqueza dos irmãos e nossa responsabilidade de ensi­nar sem julgar e condená-los. Nes­ta lição, aprenderemos que nossa fé prática não pode admitir injus­tiças sociais nem corrupção. Como profetas do presente, devemos viver pacientemente as provações amparando-nos uns aos outros com justiça, humildade e sabedo­ria. Precisamos evitar a pregação triunfalista de hoje, que ensina o crente a vencer neste mundo, pois a vitória que queremos é espiri­tual. Por isso, nosso grande poder sobre as barreiras espirituais e sobre os sofrimentos físicos vem da oração. Orar e pôr em prática a fé que confessamos, por ela pode­mos mover o favor de Deus.

 

Lição 13 – Tiago 5: Injustiça Social, Paciência e Oração do Justo

 

LEITURA ADICIONAL

 

Qual é o destino final da riqueza? (Tg 5.1-4)

Tiago viu não apenas o presente julgamento (as riquezas sendo devora­das e o caráter sendo destruído), mas também ele falou do julgamento futuro diante de Deus (5.1,9). Jesus é o reto juiz e ele julgará retamente. Todos vão comparecer diante do tribunal de Cristo para dar conta de suas vidas.

Veja as testemunhas que Deus vai chamar nesse julgamento: Primeiro, as suas próprias riquezas enferrujadas e suas roupas comi­das de traça vão testemunhar contra eles no juízo (5.3), revelando a ava­reza de seus corações. Há uma ironia aqui: os ricos armazenam suas riquezas para protegê-los e elas serão contra eles para condená-los.
Segundo o salário retido com fraude dos ceifeiros vai testemunhar contra eles (5.4). O dinheiro tem voz. Ele fala e sua voz chega ao céu, aos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Deus ouviu o sangue de Abel e ouve o dinheiro roubado dos trabalhadores. Terceiro, os trabalhadores irão também testificar contra eles (5.4b). Não haverá chance de os ricos subornarem as testemunhas e o juiz. Deus ouve o clamor do Seu povo oprimido e o julga com justiça.
Em quarto lugar, as riquezas mal usadas revelam a perda de uma preciosa oportunidade (5.3). Pense no bem que poderia ter sido feito com essa rique­za acumulada de forma avarenta. Pobres poderiam ter sido assistidos, o reino de Deus expandido, o salário dos ceifeiros pago. O que esses ricos guardaram, perderam anos depois quando Roma começou a perseguir os judeus (64 d.C. e 70 d.C.). O dinheiro não deve ser uma arma para controlar e dominar os outros, mas um instrumento para ajudar os necessitados. O que guardamos, perdemos. O que damos, retemos.

Uma pessoa pode ser rica neste mundo e pobre no mundo por vir. Pode ser pobre aqui e rica no mundo vindouro (2Co 6.10). O dinheiro fala: o que ele irá testemunhar sobre você no dia do juízo? Como você tem lidado com o dinheiro: ele é seu dono ou seu servo? Seu coração confia na provisão ou no provedor? Você é honesto no trato com o dinheiro? Você tem alguma coisa em suas mãos que não lhe pertence? Os bens que você tem, foram adquiri­dos honestamente? Você tem usado seus bens para ajudar outras pessoas, ou você tem acumulado apenas para o seu deleite e conforto?

Livro: Tiago: transformando provas em triunfo (Hernandes Dias Lopes. São Paulo, Hagnos, 2006).

 

Estudada em 26 de junho de 2022

 

Leitura Bíblica Para Estudo Tiago 5.1 -20

 

Texto Áureo
“Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras as últimas chuvas” Tiago 5 .7

 

Verdade Prática
A paciência evidencia o fruto do Espírito na vida do crente.

 

INTRODUÇÃO

 

 I. AS INJUSTIÇAS SOCIAIS Tg 5.1-6

  1. Riquezas oriundas da corrupção Tg 5.2
  2. Tesouros injustos Tg 5.3
  3. O clamor dos trabalhadores Tg 5.4

II. OS EXEMPLOS DE PACIÊNCIA Tg 5.7-11

  1. O exemplo do lavrador Tg 5.7
  2. O exemplo dos profetas Tg 5. 10
  3. O exemplo de Jó Tg 5.11

III.     LOUVOR E ORAÇÃO DO JUSTO Tg 5.12-20

  1. Sobre o juramento Tg 5.12
  2. Exortação acerca da oração Tg 5.13
  3. Elias, um exemplo de oração Tg 5. 17,18

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Devocional Diário

  

Hinos da Harpa: 74 – 296

 

INTRODUÇÃO

Na conclusão da epístola de Tia­go encontramos uma palavra dura contra os ricos opressores que acu­mulavam riquezas injustas numa época de grande carência de assis­tência social. Exortações e instruções acerca da paciência, do juramento, da oração e unção com óleo, res­saltando os exemplos dos profetas (com destaque para Elias) e de Jó.

I. AS INJUSTIÇAS SOCIAIS (Tg 5.1-6)

1. Riquezas oriundas da cor­rupção (Tg 5.2)

“As vossas riquezas estão corrup­tas, e as vossas roupagens, comidas de traça.”

Os ricos aqui são repreendidos e condenados a chorar e prantear pelas misérias que virão. O motivo é que essas riquezas foram adqui­ridas com a prática de corrupção. Na versão NVT diz: “Sua riqueza apodreceu”.

Muitos hoje ocupam cargos de honra, mas suas vestes estão comi­das de traça. São tantas as formas de corrupção: lavagem de dinheiro, compra de sentenças, concessão de pedágios, votações subornadas nos diversos níveis do poder legislati­vo, desvios de fundos de aposenta­dorias, sonegação de impostos, uso indevido da máquina pública para enriquecimento ilícito, etc.
Podem estar vestidos com ternos de linho fino, mas Deus os vê vesti­dos em trapos de imundícia, espiri­tualmente estão jogados às traças.
Em Lucas 16.19 Jesus conta a história de um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssi­mo, mas morreu e foi para o Hades, enquanto Lázaro que mendigava à sua mesa morreu e foi levado ao seio de Abraão. A Bíblia cita o nome do mendigo, mas não cita o nome do rico, tal é a importância das ri­quezas terrenas, em especial, aque­las mal adquiridas.

 

2. Tesouros injustos (Tg 5.3)

“O vosso ouro e a vossa prata fo­ram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesou­ros acumulastes nos últimos dias.”

Jesus já havia ensinado a não acumular tesouros na terra. “Não acumuleis para vós outros tesou­ros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam” (Mt 6.19).
A palavra grega para últimos dias é “eschatos” que dá origem à palavra escatologia. Na tradução hebraica o texto está assim: “Esta­mos nos últimos dias e vocês conti­nuam acumulando bens!”.
Na época do Plano Collor, algu­mas igrejas estavam com seus recur­sos aplicados no “Overnight’, plano de investimento de curtíssimo prazo. Tesouro acumulado que enferrujou porque não foi investido em missões.
O apóstolo Paulo ensinou aos coríntios que o tempo se abrevia para a vinda do Senhor, por isso não é sábio nem sensato priorizar o acúmulo de riquezas. “Os que compram, sejam como se nada possuíssem” (1Co 7.30).

3. O clamor dos trabalhadores (Tg 5.4)

“Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos que por vós foi retido com fraude está clamando e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos.”

Não é por acaso a nota de repúdio de Tiago contra os ricos opressores, pois haviam retido com fraude o salário dos trabalhadores e isso foi denunciado através da oração ao Senhor dos Exércitos. Deus ouviu e entrou na briga a favor dos trabalhadores oprimidos. Deus é Pai de órfãos e juiz de viúvas (Sl 68.5).
Enquanto as riquezas estão acumuladas nos palácios, sob o domínio de uma minoria, uma multidão de trabalhadores clama para receber o que é seu por direito. O governo federal, estadual ou municipal, a empresa ou instituição que age dessa atrai juízo para si.

“E, assim, fizeram que o clamor do pobre subisse até Deus, e este ouviu o lamento dos aflitos.” (Jó 34.28).

 

 

II. OS EXEMPLOS DE PACIÊNCIA (Tg 5.7-11)

1. O exemplo do lavrador (Tg 5.7)
“Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as pri­meiras e as últimas chuvas.”

As primeiras e as últimas chu­vas são também chamadas de chu­vas temporãs e chuvas serôdias ou chuvas do outono e chuvas da primavera. Durante as primeiras chuvas, no outono, a semente é germinada. Durante as últimas chuvas, na primavera os frutos são amadurecidos. O lavrador conhece a ciência dos tempos e por isso não desperdiça a semente em outras estações. As promessas de Deus se cumprem no tempo certo e os que sabem aguardar com paciência co­lhem frutos preciosos.
Sara foi estéril até os noventa anos, mas Deus prometeu que ela te- ria um filho. Era a primavera na vida de Sara. “Existe alguma coisa impos­sível para o Senhor? Na primavera voltarei a você, e Sara terá um filho”. (Gn 18.14) NVI. Os que semeiam no outono, receberão o seu Isaque na primavera, receberão o seu fruto precioso. “Os que semeiam em lágri­mas, segarão com alegria”.

 

2. O exemplo dos profetas (Tg 5.10)
“Irmãos, tomai por modelo no so­frimento e na paciência os profe­tas, os quais falaram em nome do Senhor.”

A palavra sofrimento aqui sig­nifica aflição, perseguição, pressão, dificuldade, angústia, problema, etc. Paciência é calma, é tolerância, é gentileza, está relacionada ao fru­to do Espírito conhecido como “do­mínio próprio”.
Alguns profetas que são desta­que como modelos de sofrimento e paciência:
a) Isaías. Andou três anos nu e descalço como sinal sobre o Egi­to e Etiópia (Is 20.3) Segundo a tra­dição foi serrado ao meio durante o reinado de Manassés.

b)Ezequiel.  Deus ordenou que o profeta deitasse sobre o seu lado es­querdo durante 390 dias represen­tando a iniquidade de Israel, após isso, deitar-se 40 dias representan­do as iniquidades de Judá e durante esse período ele deveria cozinhar sobre esterco com a comida e água racionada, simplesmente para aler­tar como o povo sofreria no cativei­ro. (Ez 4.4-17). Quando sua esposa morreu, Deus não permitiu que ele chorasse, (Ez 24.16-18).

c) Oseias. Casou com uma pros­tituta para representar a infideli­dade do povo de Israel. (Os 1.2)

d) Elias. Foi sustentando por corvos e depois por uma viúva du­rante a seca que ele mesmo profe­tizara.

Por causa dessa paciência, es­ses homens foram recompensados: Isaías foi profeta messiânico. Agos­tinho chamou o seu livro de quinto evangelho. Ezequiel foi arrebatado entre a terra e o céu e viu coisas extraordinárias, Oseias é usado pra exortar o povo ao arrependimento, Elias derrota os profetas de Baal e Aserá e ordena que chova segundo a sua palavra. Desejamos a mesma autoridade dos profetas? Será que também estaríamos dispostos a so­frer como eles?

 

3. O exemplo de Jó (Tg 5.11)

“Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Se­nhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo.”

A trajetória desse grande ho­mem nos fascina. A Bíblia o apre­senta como homem reto, sincero, temente a Deus e que se desviava do mal. Apesar de sua vida pie­dosa intercedendo pelos filhos, Deus permitiu que ele perdesse tudo. A paciência de Jó diante das perdas é algo impressionante,

a) Perdeu a fazenda e os filhos e dis­se: “Deus deu. Deus tirou, bendito seja o nome do Senhor” (Jo 1.21);

b) Perdeu a saúde e disse: “temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? (Jó 2.10);

c) No auge do sofrimento Jó disse: “Ainda que Ele me mate, nEle espe­rarei” (Jó 13.15 ARC);

d) Diante das acusações dos seus amigos Jó disse: “Eu sei que o meu redentor vive e por fim se levantará sobre a terra (Jó 19.25); e) Deus mudou o cativeiro de Jó quando ele interce­dia pelos amigos (Jó 42.10).

Deus não tem prazer no sofri­mento dos seus filhos, todavia Ele pode permitir sofrimentos e afli­ções para nos aperfeiçoar.

“Assim, abençoou o Senhor o úl­timo estado de Jó mais do que o pri­meiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas. Também teve outros sete filhos e três filhas” (Jó 42.12,13).

 

 

III LOUVOR E ORAÇÃO DO JUSTO (Tg 5.12-20)

1. Sobre o juramento (Tg 5.12)
“Acima de tudo, porém, meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto; antes seja o vosso sim sim, e o vosso não não, para não cairdes em juízo.”

O que Tiago está ensinando acerca do Juramento não proíbe ou Cristão de fazer juramentos perante magistrados ou em cerimônias militares e outras ocasiões solenes o apóstolo está orientando a não banalizar as coisas sagradas através de promessas mas que a palavra do Cristão seja sim sim e não não como Jesus ensinou o pacto realizado entre Deus e Abraão em Gênesis 15 era feito através de um juramento o escritor de Hebreus declara que não havendo ninguém maior porque jurar Deus jurou por si mesmo (Hb 6.13). O Evangelho é desmoralizado quando cristãos fazem determinadas declarações e não cumprem

 

2. Exortação acerca da oração (Tg 5.13)
“Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? cante louvores.”

Neste bloco final da carta geral de Tiago, (Tg 5.13-18) encontra­mos sete vezes menção à oração:
a) Oração pelos que sofrem. Existem corações aflitos, sofrendo por causa de desemprego, problemas familiares, luto, etc. precisando de uma oração de conforto,
b) Oração pelos enfermos. Orar ungindo com óleo, num ato de fé, pedindo a cura.

c) A oração da fé. A unção é simbó­lica, mas é a oração da fé que sal­va do doente,
d) Orando uns pelos outros. Tiago está ensinando que na nova aliança somos sacerdotes e podemos orar uns pelos outros,
e) A eficácia da oração. A súplica do justo é poderosa,
f) Oração para fechar os céus. Gostamos de orar para Deus abrir portas, mas às ve­zes Ele precisa fechar por uma cau­sa mais nobre,
g) Oração pra abrir os céus. Elias é um tipo da Igreja. A chave para abrir e fechar os céus está nas mãos da Igreja. “Que os céus fechados se abram!”.

 

3. Elias, um exemplo de oração (Tg 5.17,18)
“Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimen­tos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.”

Durante o duelo no monte Carmelo contra os profetas de Baal e Aserá, uma oração curta de Elias foi mais eficiente que os muitos rituais dos que foram envergonhados e mortos. A barreira espiritual caiu por terra, Elias orou, o céu se abriu e a chuva veio sobre a terra. Se barrei­ras espirituais impedem as bênçãos de Deus sobre a nossa família, sobre o nosso ministério ou sobre a nossa nação, somente a oração precedida de restauração do altar pode mudar o quadro.
Apesar de Elias ser um homem semelhante a nós, tomou atitudes que tornaram suas orações pode­rosas.
a) Não se curvou a Jezabel nem comeu da sua mesa como os profetas pagãos,
b) foi sustentado por corvos e por uma viúva pra não depender de um sistema corrupto,
c) Restaurou o velho altar de Jeová que estava quebrado, d) derramou como oferta a água que estava em escassez sobre o altar restaurado. O resultado foi fogo consumindo o altar e a manifestação poderosa da glória de Deus seguida de chuvas de outono e de primavera. Se a igreja se posicionar como Elias nestes dias difíceis, abençoará a nossa nação.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
É tempo de restaurar o altar do Senhor, tempo de oração e de unção. Po­nha em prática o que aprendeu e demonstre, através da sua vida, a dife­rença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não serve.

 

 

RESPONDA

1)        Quem reteve o salário dos trabalhadores?

2)        Qual foi o profeta que andou três anos nu e descalço?

3)        Nomes dados às primeiras e últimas chuvas: